==> O que aconteceu...

Você é Jane Crocker e acaba de ver seu irmão explodir dentro de uma criatura gigante. Você está prestes a vomitar, embora esteja tentando impedir em um ato de tampar sua boca com suas mãos. Assim que escuta passos você as tiras se virando para encontrar uma garota.

“Caliope?” Você sussurra.

“Então você sabe sobre mim?” Ela diz levantando o dedo indicador antes de continuar “Deixe-me adivinhar, Caliborn reclamou de mim para você.” Você permanece quieta, você sabe que ela sabe que está certa, ela abaixa seu dedo esticando a mão em sua direção. “Há pessoas que querem falar com você.” Ela diz, você olha para os lados procurando por uma saída, mas antes que possa se preparar ela continua. “Não adianta fugir, você está fraca, sem seus poderes, admita Jane. Você perdeu.” Você a olha fechando sua mão em um punho e então cedendo a segui-la.

Ela a leva para fora da floresta, onde há carro de policias, mas para sua surpresa só há dois policiais. Você arregala os olhos assim que avista pessoas que conhece. Jake, Jade, Roxy, Dirk e Caliborn. Todos estão lá, ainda chocados com a cena que acabou de acontecer.

Roxy mantêm as mãos sobre a boca com uma expressão triste em seu rosto. Jade chora abraçada a Jake que também está chorando com um braço tampando seus olhos. Dirk mantém uma expressão séria em seu rosto, uma de suas mãos está sobre o ombro de Jake. Caliborn está com os braços cruzados olhando para o lado, você pode dizer que ele está se segurando para não chorar. O maior policial está parado com os dois punhos fechados enquanto a menor está com olhos lacrimejando e fazendo uma cara de pena para o céu.

Assim que eles a notam, o maior policial pega uma arma e aponta para você, você pula para trás fechando seus olhos e esperando que ele atire, mas para sua surpresa ele não faz mais nada.

“:33 < Tente alguma gracinha e você irá levar um tiro” A menor policial fala a olhando com uma expressão brava.

Você achou que iria presa depois de toda aquela situação, mas não. Você não foi. Caliope foi a responsável por deixá-la livre, mas de fato você sabe que não merece tal liberdade. Depois de todo o acidente você foi levada para casa de Jake, por algum motivo os policiais não se importaram em lhe ficar lá e perguntar o que exatamente aconteceu. Caliope começou dizendo sobre os óculos e como eram utilizados.

“Os óculos tem vida própria.” Ela disse como desculpa por todos os seus atos.

Obviamente, ninguém acreditou quando ouviu, mas como prova ela apenas pegou os óculos que pertenciam a Dirk e o pôs sobre a mesa, dizendo para que Dirk faça-o conversar com todos.

“Fale.” Dirk ordenou e como resposta seus óculos acenderam pequenas luzes escuras como se fossem seus olhos.

“Olá” Uma voz robótica saiu dos óculos.

Caliope e Dirk foram os únicos capazes de explicar a todos como os óculos funcionam e por que os óculos de Dirk consegue falar. E com isso, você foi perdoada por seus atos. Você sabe que isso foi uma decepção para vários. Admitindo, isso foi até para você. Certo, você não conseguia se controlar direito, mesmo assim você sabia o que estava fazendo e por esse motivo, no final das contas, você é a única que acha que não vai conseguir acabar se perdoando.

No mesmo dia, todos os óculos, com exceções do de Dirk, foram quebrados e deixados para Caliope que foi adquirida como assistente dos policiais. Perguntei a ela como foi que Caliborn foi revivido e como resposta ela me disse que derreteu um dos óculos e o fez tomar.

“Ew” Caliborn retruca fazendo uma careta.

“Então havia mais um óculos?” Jake pergunta tentando não entrar em desespero.

“Só mais um, pertencia a Meenah.”

“E por que ela lhe deu?”

“Ela me disse que a cor vermelha não combina muito com ela”

Dias depois se passaram, e você foi morar com Roxy que a aceitou, com toda a felicidade, junto com os óculos de Dirk. Às vezes você conversa com os óculos, o que a faz sentir-me uma louca, mas a este ponto talvez você esteja.

Alguns dias você visita Jake ou Dirk, claramente ambos ainda não a perdoaram por seus atos. Você não os culpa, embora o esforço que ambos fazem para tratá-la como antigamente a faz ficar feliz. Outros dias você acaba encontrando com Jade na rua, embora vocês nunca voltaram a se falar. Um dia, você decidiu para de fugir e chamá-la para se desculpar adequadamente.

“Não te culpo” Ela me diz uma vez que estão no Starbucks

“Mas eu quase te matei.” Você retruca, se sentando e vendo-a sentar-se na sua frente.

“Eu vi você hesitando quando o fez”

“Mas...”

“Você disse...” Ela começa “John teve chance de te matar, mas não o fez. Tudo que fez foi tomar seus óculos e os quebrar.” Você permanece quieta. “John não lhe matou Jane, ele teve a chance, ele poderia fazer por tudo que você fez a ele, todos que você tirou dele e até mesmo por ter-lhe tirado sua vida no momento em que o envolveu nisso,” Ela suspira “Mas ele não o fez. Ele a perdoou. E mesmo que seja difícil para nós...” Ela para, você sabe a quem ela quer se referir com nós. “Uma vez que John foi capaz de perdoá-la, quem nós somos para nos deixar levar pelo ódio?”

Meses se passaram depois de tudo o que aconteceu, aos poucos você começou a voltar a conversar novamente com seus irmão e com seus amigos, Roxy foi a única que não agiu diferente em nenhum momento. E você é grata por isso. Você chegou a conhecer a antiga gangue de Dirk, eles são amigáveis.

Pelo que percebeu, Caliborn conhecia um deles, o pequeno mal humorado. A primeira coisa que pensou quando o viu foi que Caliborn daria como irmão mais velho daquele garoto, mas eles quase não se falaram, pois havia um cara grande que não desgrudava do pequeno Caliborn fazendo com que Caliborn se afastasse cada vez mais dele. Você chegou a perguntar que tipo de relacionamento eles tinham e como se conheceram, mas tudo que Caliborn fez foi balançar a cabeça negativamente e por fim suspirar antes de dizer que ele o envolveu no meio dessa história toda.

Roxy lhe fez conseguir um trabalho. Você agora trabalha em uma biblioteca a poucos quarteirões de distância de onde mora. Caliborn e Caliope se juntaram a polícia, você acha engraçado que alguém como Caliborn possa tentar sem do bem, afinal John pelo menos conseguiu muda-lo para melhor.

Em nenhum momento você voltou a vê-lo, ninguém se esqueceu dele, mas, também, ninguém comenta dele. Comentá-lo apenas traz memórias e tristeza a vocês e vocês todos o conhecem a ponto de saber que isso seria a ultima coisa a qual ele iria querer causar em alguém. Mesmo que as coisas tenham ficado boas entre todos, você não consegue deixar de se arrepender por usar os óculos a começo de conversa.

Será que seu irmãozinho ao menos está feliz com o final dessa história?

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“Hey” Você diz uma vez que o encontra. Faz um tempo que você está o procurando, mas, sendo sincero, você não sabe quanto tempo.

“O que faz aqui?” Ele retruca sem o olhar. “Achei que não voltaria.”

“Eu não tive muita escolha.”

“Apenas faça o que fez antes então.”

“Eu não posso.” Ele lhe olha entendo o que aconteceu.

“Está no mesmo barco que eu então?” Ele sorri, mas é um sorriso de pena.

“Exato.” Você sorri de volta.

“Se arrepende?”

“Na verdade... Não. Eu não me arrependo.” Você coloca suas mãos em seus bolsos.

“Entendo” Ele se senta observando-o.

“Eu menti.”

“Hnm?”

“Quando eu disse tudo aquilo a você. Eu menti, eu perdoei você, eu só estava puto comigo mesmo por não ser capaz de tomar uma atitude correta.”

“Desculpe.”

“A culpa não foi só sua.” Você diz observando-o se levantar e ir a sua direção.

“E o que você quer fazer por agora?”

“Eu não sei se estou pronto para voltar.” Ele ri esticando a mão para você.

“Nós temos todo o tempo do mundo para isso, Egbert.” Você sorri segurando sua mão e o acompanhando para fora desta bolha.

“É, eu acho que sim,” Você sorri para si mesmo assim que para em uma memória do circo. “Dave.”

No final das contas, é engraçado admitir que tudo acabou bem

Não só para você, você sabe que eles tão bem. Mesmo sem você.

Você é John Egbert e está morto, mas não está sozinho nessa.