Com amor, Cato. escrita por Bonequinha de Luxo


Capítulo 1
"...Viver sem você é insuportável..."


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, vou siar um pouco de hp e entrar em thg, começar com Clato porque eu amo eles e eles são perfeitos, então, espero que gostem do drama inteiro haha ♥ mas sério, tá lindo, leiam e não chorem... Mentira, é pra chorar sim.



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Querida pirralha,

Acho que pirralha não seria o melhor jeito de te chamar, você odiava, mas eu sempre gostei de te chamar assim. Sempre gostei do fato de você parecer pequenininha na minha frente, uma bonequinha frágil o que você não é, nem um pouco. Aliás, eu consigo me lembrar de quando te vi pela primeira vez, foi treinando para os jogos aos oito anos, você sempre ria de mim quando eu não conseguia nem cortar a cabeça de um boneco e aquilo me irritava porque você, uma garotinha, conseguia atirar faca em três bonecos de uma vez só.

Eu odiava quando meninas bonitas riam de mim.

_ Matt, o que tem na cabeça de um idiota que tenta cortar a cabeça de um boneco sem nem conseguir segurar uma espada? – você perguntara para o seu amigo, Matthew, e se, por acaso, você não sabe: eu ainda o odeio muito.

Na verdade, eu queria que você fosse minha amiga, mas era difícil conversar com você quando você chegava na escola acompanhada de várias garotas conversando e dando risadinhas, você era tão cheia de si, eu não suportava isso, mas mesmo assim, eu queria falar com você. E eu consegui, mas depois de quatro anos te olhando falar com outros garotos.

Tínhamos doze anos, eu lembro que você estava usando o fardamento azul que usávamos nos treinos, estava fazendo uma trança no cabelo enorme que você tinha, e eu estava nervoso, fingi que era por causa que a colheita estava chegando e você fingiu acreditar, eu estava tão errado sobre você ser alguém irritante e mimada. Você era a pessoa mais legal que conheci.

Continuamos treinando. Nos aproximamos, nos tornamos melhores amigos e era tão fácil ser seu amigo, era tão simples como as coisas funcionavam com a gente. Mas isso foi ficando mais forte e eu fiquei dependente de ti, do teu sorriso, eu não conseguia ficar sem estar te abraçando.

E foi com quatorze anos o nosso primeiro beijo.

Você estava deitada no sofá da minha casa, estávamos sozinhos, minha mãe já te tratava como uma filha, você era de casa. Estávamos assistindo ao seu filme preferido, minha cabeça estava deitada em seu colo e você brincava com meus cabelos como você sempre fazia, era acostumada a fazer isso, observava a cena do filme sem ligar muito pra mim, eu odiava quando o ator que você ficava insistindo em dizer que era lindo recebia mais atenção do que eu. Como você sempre disse: eu sou muito possessivo.

_ Clove?

_ Hum? – como sempre, sem interesse.

_ Pirralha, olha pra mim.

_ O que você quer, Cato?!

E eu beijei você, é tipo, foi um beijo de verdade. O seu primeiro. Não era o meu primeiro, eu já havia ficado com a Emília e você a odiava, talvez, só talvez eu tenha feito isso pra te causar ciúmes. Mas eu nunca havia beijado ninguém como naquele dia, eu acho que eu estava gostando de você. Gostando de verdade.

Lembro como você ficou vermelha depois disso. Como a gente se afastou e se falava pouco. Não que eu não tentasse falar com você outras vezes, mas você se afastava de mim.

E eu ainda lembro de quando eu resolvi acabar com isso de uma vez por todas.

_ Espera Clove. – eu puxei seu braço impedindo de que você seguisse as outras garotas.

_ Podem ir, meninas. – você disse a elas, que obedeceram. – O que você quer?

_ Você não é garota de fugir, Clove. – eu disse, dando meu melhor sorrindo torto, meu charme – O que houve com a Clove que eu conheço?

_ Ainda estou aqui, Cato. Mas me diz o que é que você quer.

_ Você, Clove, é difícil de entender isso? Eu já deixei claro pra você várias vezes, por que foge de mim?

_ Porque eu não sou boba, Cato, eu te conheço e sei que você não gosta de ninguém. Você não se apega a ninguém. Eu não vou sofrer por você e é bom que comece a saber disso.

E eu te beijei de novo. Certo, foi a pior burrada que eu já fiz porque você me empurrou e fugiu de novo.

Muita coisa aconteceu em um ano quando a gente se afastou completamente, eu procurei outras garotas, nenhuma parecia com você, nenhuma me fazia se sentir especial como você fazia, mas você estava bem sem mim, você estava com Matthew e eu não suportava ver isso, por isso eu adorava quando treinávamos de corpo a corpo porque assim eu podia nocauteá-lo inúmeras vezes o que te deixava muito irritada comigo.

Depois de um ano sem falar com você, a gente se falou outra vez, você tinha acabado seu namoro e eu estava feliz. Foi meio esquisito, não falamos muitas coisas, estávamos sentados lado a lado na escola e Emília veio falar comigo e você surtou de ciúmes e eu impliquei com você por isso.

E ainda me lembro de quando eu pedi em você em namoro, eu nunca pensaria que me veria carregando um número tão grande de rosas só pra dar a você. E você, surpreendentemente, aceitou.

E foi nesse ano que nossos nomes foram escolhidos na colheita, o dia que esperávamos tanto que chegasse, foi o pior dia das nossas vidas. Estávamos bem na frente dos outros, precisávamos ser fortes para Panem inteira, mas eu ainda lembro como você chorou mais tarde abraçada comigo. Eu não podia matar você e não iria, eu morreria em seu lugar, aquilo era algo certo para mim.

Aproveitamos a semana de treinamento, eu lembro de como você tinha ciúmes da Glimmer, mas nada que pudesse impedir de você de estar todo tempo comigo aproveitando, até mesmo na arena em que deveríamos estar preocupados, estávamos felizes.

Eu ainda lembro da alegria nos seus olhos quando foi anunciados que duas pessoas do mesmo distritos poderiam ganhar, você pulou sobre mim feliz e a gente ficou abraçados por horas, comemorando.

E então o maldito dia chegou. O dia em que eu te perdi.

Não importava quantas vezes eu gritasse por seu nome e te implorasse para ficar comigo, você não me ouvia mais. Seus olhos que brilhavam tanto estavam se desfocando, perdendo o brilho. Seu sorriso estava sumindo, nem todas as minhas lágrimas que caiam em você te trataria de volta e eu nunca, eu juro pirralha, eu nunca me senti tão mal. Senti como se a vida perdesse todo o sentido. Como se os jogos fosse a pior coisa que aconteceu na vida.

E eu jurei que ganharia aquele jogo por você. E eu ganhei.

E eu estou escrevendo para você, apenas para você saber como é insuportável viver sem te ter, mesmo que sabendo que você não vai ler ou saber, mesmo sabendo que a dor não vai passar, aliás, você sempre soube que eu não expresso sentimentos, eu nunca falei que te amo Clove, mas eu amo demais você.

E viver sem você é insuportável, não faz nenhum sentido, mas eu sei que você queria que eu estivesse vivo e eu só estou assim por você. Só por você.

E um dia a gente se encontra, amor.

Com amor, Cato.

P.S: Espero que saiba que eu ficarei solteiro para sempre princesa porque nenhuma mulher vai substituir você.


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Notas finais do capítulo

Se você não deixar um review, seu nome vai em um papelzinho para aquele globo de vidro,então, se você não deixar um review mais chances você tem de entrar para o Jogos Vorazes. Que a sorte esteja em seu favor!Sério, deixem um review.



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