As Crônicas do Equilíbrio escrita por Tiagobm


Capítulo 1
Prólogo- Um sonho estranho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Lucio encontrava-se sozinho nas ruas escuras e enevoadas da cidade vazia. Que estranho, Lucio não se lembrava de estar na rua até tão tarde, muito menos de já ter visto névoa numa cidade tropical como Rio de Janeiro.
Mas, seus devaneios logo foram interrompidos pela figura da mulher ao seu lado. Que estranho, Lucio tinha certeza de se encontrar sozinho nas ruas enevoadas da cidade vazia.
A moça, ao menos essa era a palavra que melhor se encaixava para descrever o ser ao lado de Lucio, virou-se e lhe encarou a face.
A figura tratava-se de algo semelhante à uma mulher, não fosse o brilho que exalava sob a pele e as orelhas pontiagudas que seguravam as mechas claras de seus cabelos.
A estranha criatura olhou para Lucio com seriedade e lhe perguntou apontando para o chão da rua:
-E então, é isso que você deseja? E desse jeito que tudo vai terminar?
O jovem, confuso, seguiu a trajetória do braço da "mulher" e se surpreendeu ao ver o chão coberto de corpos inertes. Mais uma vez, muito estranho, Lucio tinha certeza de estar com um belo e estranho ser nas ruas enevoadas e escuras do Rio de Janeiro. Mas, de maneira alguma, se lembrava de estar em meio à cadáveres.
Passados alguns instantes, os pensamentos de Lucio foram mais uma vez interrompidos pela voz, dessa vez alarmada e estridente, da mulher:
-Olhe para mim quando eu falo com você! Me responda, covarde! É assim que tudo vai acabar? Desse jeito?
Ela fez uma pausa, como se tentasse recuperar a compostura, e sua voz voltou perigosamente calma enquanto ela agarrava seu antebraço com uma força inimaginável para um ser delicado como aquele.
-Preste muita atenção. Se você continuar fugindo e ignorando, todo mundo vai morrer. E a culpa vai ser integralmente sua. Passar bem.
Lucio teve seu pesadelo interrompido pelo irritante barulho do despertador de cabeceira que fazia o favor de lembrar-lhe, toda a manhã, de que ele teria que acordar e ir, por mais um dia, para a escola. Pelo menos ele não teria mais que lidar com essa sucessão de coisas estranhas que lhe perturbava o sono.
Depois de prometer a si mesmo que nunca mais ficaria jogando World of Warcraft pela madrugada afora, ele foi para o banheiro prepar-se para a escola.
Mas, enquanto escovava os dentes, Lucio sentiu algo, uma dor. Seu antebraço estava se sentindo estranhamente incômodo.
Ao examinar melhor, ele percebeu haverem marcas vermelhas nele. Marcas em forma de dedos.


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Notas finais do capítulo

Ficou legal? Não sou acostumado a fazer narrativas em terceira pessoa e imagino que estou pecando nesse quesito.



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