POV Bella

Eu estava voando!

Essa era a melhor descrição para o que eu estava sentindo. Estar nos braços de Edward Cullen era infinitamente melhor do que eu poderia ter imaginado. Era o céu. Ele ma agarrava firmemente enquanto me beijava. Eu correspondia ao máximo que eu conseguia. Não sei se foi o beijo ou se era o fato de eu estar bêbada, mas tudo que sei é que quando eu fui me dar conta eu já não estava no convés do barco e sim em um tipo de cabine. Uma diferente da que estávamos antes com os rapazes. Essa era menor, mas tinha uma cama linda e Edward estava me deitando nela agora.

– Você é incrível Bella. Você esta me deixando completamente louco. _ ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar inteira.

Ele desceu beijos pelo meu corpo e foi tirando meu vestido ao mesmo tempo. Em um minuto eu estava quase nua em sua frente apenas com uma calcinha branca rendada.

– Você é linda. _ ele murmurou como se falasse com ele mesmo.

Pela primeira vez em minha vida eu fiquei tímida.

Eu sempre fora solta nessas horas. Provavelmente eu já teria dito alguma sacanagem, mas pela primeira vez eu fiquei constrangida e eu percebi que estava corando como uma virgensinha.

Ele subiu sua mão para meu rosto e se demorou em uma caricia em minha bochecha.

– Seu rubor só a torna mais irresistível.

Então ele veio para cima de mim de novo me beijando e foi a minha vez de tirar suas roupas. Ele me ajudou parecendo tão apressado quanto eu.

Quando finalmente estávamos nus, pele com pele ele abocanhou meus seios me fazendo gemer alto.

Sua boca conseguia estar em cada canto do meu corpo e agora eu me embriagava do prazer que ele me dava.

Quando ele se afastou para pegar a camisinha eu a tirei de sua mão e subi nele colocando seu membro em minha boca e o provando.

Viciante, era a maneira de descrever seu gosto. Agora era a vez dele gemer alto e segurar meus cabelos ditando o ritmo que queria que eu fosse. Mas nossa brincadeira não durou muito. Logo ele nos virou na cama se posicionando entre minhas pernas e me penetrando.

– Foda, como você é apertada. _ ele disse entre os gemidos.

Essa foi a única frase coerente que ele conseguiu dizer e eu não fiquei atrás. Daí em diante apenas gemidos eram ouvidos de nossos lábios.

....

– Mas que merda é essa? _ eu perguntei baixinho ao sentir o sol batendo em meus olhos.

Tentei me virar na cama mas duas coisas aconteceram. Minha cabeça pareceu que ia explodir a qualquer momento com a dor que a invadiu e meu corpo parecia ser esmagado por algo muito pesado.

Nada daquilo fazia sentido para mim. Meu apartamento não pegava o sol da manhã e não havia nada em meu quarto que pudesse ter caído em cima da cama.

Mas ao me esforçar e levantar a cabeça para olhar eu vi o motivo. Eu não estava em minha cama e muito menos em meu quarto como eu havia imaginado e havia um corpo másculo e gigantesco sobre o meu.

O homem em cima de mim pareceu se incomodar com meus movimentos e acabou virando para o outro lado e com isso libertando meu corpo para que eu pudesse olha-lo. Eu ofeguei. Era Edward o irmão de Emmet.

Então como se apenas agora minha mente despertasse flashes da noite passada invadiram minha mente me trazendo compreensão.

Eu bêbada indo para o convés pegar um ar..... Edward vindo atrás de mim..... eu gostando de flertar com ele......o beijo....... ele tirando minha roupa........ o sexo animal que fizemos e que com certeza todos no barco ouviram........

– Céus. _ eu gemi tapando meu rosto com as mãos.

Como eu ia encarar Emmet agora?

Não que eu fosse puritana ou algo do tipo, mas poxa, eu havia transado sem pudor algum com o irmão dele, no barco do pai dele enquanto ele e nossos amigos estavam em algum outro quarto bebendo e conversando. Será que nossa amizade passaria por cima disso?

Eu esperava que sim.

Resolvi levantar e procurar um banheiro quando meus olhos caíram em cima de um relógio digital que havia em cima de uma prateleira. Eu quase gritei de susto.

Eram 8:00 da manhã e eu estava mais do que atrasada para a faculdade. E hoje não poderia faltar de modo algum, tinha que entregar o trabalho que passei o fim de semana fazendo com Emmet.

Decidi deixar para lá o banho, só lavei meu rosto e improvisei uma escova de dentes com o dedo. Fiz um rabo de cavalo e coloquei minhas roupas.

Dei uma ultima olhada para o corpo de Edward largado sobre a cama. Ele tinha um sorriso lindo no rosto. Sacudi a cabeça para voltar a pensar com clareza.

Minhas prioridades. A faculdade de medicina. É nisso que eu preciso me focar. Ele é só mais um cara de rosto bonito. A faculdade é a minha meta. É para isso que eu me mato todo dia. Para me formar.

Então tomei coragem e saí rápido daquele quarto. Mais tarde eu me explicaria com ele. Não que eu devesse alguma explicação e com certeza ele já havia deixado várias garotas sozinhas em uma manhã na cama, mas como ele era irmão do meu melhor amigo acho que merecia algum tipo de ..... sei lá.

Fechei com cuidado a porta do quarto e sai dali.

Ainda procurei pelos outros, mas não vi nem sinal de ninguém. Imaginei que já haviam ido então desci do barco com cuidado e comecei a caminhar pelo cais a procura de alguém para me dar uma informação. Eu não sabia como sair dali.

Depois de me localizar e com a ajuda de um senhor que vigiava o cais conseguir um taxi eu fui direto para casa, peguei o minhas coisas, troquei de roupa e corri para faculdade.

Cheguei a tempo para o terceiro tempo, justamente onde tinha que entregar e apresentar o trabalho. Emmet já estava nervoso me esperando no corredor e faltou me matar com o olhar que me lançou.

– Achei que fosse faltar.

– Não sou tão louca. E o professor?

– Ainda não chegou.

Nos sentamos em nossos lugares, mas eu sentia o olhar de Emmet em mim. Fechei os olhos e falei.

– Fala logo Emmet.

– E a noite com meu irmão? Foi boa?

Olhei para cara dele e ele tava mexendo as sobrancelhas sugestivamente.

Não aguentei e comecei a rir com ele.

– Isso não é da tua conta. _ falei segurando o riso.

– Eu imagino que deva ter sido ótima. Você sumiu e em seguida ele também e não deram as caras até de manhã. Isso sem contar na sua cara de “ fui bem comida”.

Abri a boca indignada com o comentário dele.

– Emmet! _ eu guinchei

– O que? Vai dizer que não foi?

Antes que pudesse dizer algo o professor chegou dando inicio as aulas.

....

Eu estava exausta. Além de não ter dormido quase nada a ressaca ainda estava me matando. Tudo que eu queria era cair na minha cama e apagar até amanhã. Mas claro que meus amados amigos não tinham a intenção de deixar isso acontecer.

Emmet, Jacob e Jasper estavam me sacaneando sobre eu ter passado a noite com Edward.

– Diz aí Belinha, meu mano deu no coro direitinho?

Nessa hora Jacob e Jazz faltaram rolar de rir. A gargalhada era audível a metros de distancia.

– Em primeiro lugar, Belinha é a vó e em segundo lugar já disse que minha vida sexual não é da tua conta.

Eles apenas riram ainda mais com a minha resposta.

Continuei andando em direção a saída do campus tentando ignorar os 3 amigos da onça que ainda gargalhavam as minhas custas quando ouço Jacob assoviar.

– Pelo visto a noite deve ter sido melhor do que pensamos. Olhe o Don Ruan ali esperando pela sua donzela. _ Jacob disse teatralmente.

Rapidamente vasculhei o estacionamento atrás de algo que explicasse aquele comentário e logo o vi.

De pé, encostado a um Volvo prata estava Edward me olhando sério. Em um primeiro momento confesso que fiquei feliz com a possibilidade dele estar ali me esperando. Mas a felicidade se esvaiu assim que ele levantou uma cerveja a levando aos lábios e voltando a me olhar com um olhar frio e vazio.

Como ele olhava diretamente para mim fui andando calmamente até ele. Ao me aproximar um pouco os rapazes se despediram e cada um foi para um lado pareciam alheio ao clima tenso que irradiava de Edward. Segui ate ele tentando imaginar o por que dele me olhar assim, mas nada me vinha a mente, a não ser a possibilidade dele ter se arrependido do que rolou na noite passada.

Cheguei um tanto tímida perto dele e me odiei por isso. Por que esse cara tinha que tirar reações de mim que não eram o meu comportamento usual?

– Oi._ falei sem graça

Seus olhos brilharam por um segundo mas voltaram a ficar frios em seguida.

– Oi? É tudo que você tem para me dizer? _ seu tom era gélido e me fez recuar um passo.

– Eu não estou te entendendo?

– Quem você pensa que é para me deixar sozinho de manhã na cama como se eu fosse um cara qualquer? _ ele perguntou .

– O que? Eu acordei atrasada,mal sabia onde estava, a cabeça doía e eu não lembrava de muita coisa....

Desatei a falar me sentindo pateticamente nervosa.

– Ah, claro, agora vai colocar a desculpa na bebida. Você parecia bem lúcida ontem quando foi para cama comigo. Ou será que você vai para cama com o primeiro que passa quando bebe? _ ele falou destilando ódio.

Não pensei, apenas levantei minha mão dando uma bofetada com toda minha força no rosto dele.

O estalo foi ouvido longe e logo muitos rostos curiosos se viraram em nossa direção.

Ele me encarou em choque, parecendo não acreditar no que eu tinha feito.

– Eu estava certa ontem quando fugi de você mais cedo. Você não presta. Faça um favor a você mesmo e a mim. Faça de conta que não houve nada, aliás, faça de conta que nem me conhece.

Me virei e comecei a caminhar na direção contraria.

Depois de alguns passos ainda ouvi meu nome ser chamado algumas vezes mas me recusei a me virar para olhar. Eu queria apenas chegar em casa e esquecer.........

Continua......