Virou Simplesmente Amor escrita por Mary e Mimym


Capítulo 2
Conversas e Convencimentos


Notas iniciais do capítulo

Yooo! Então, gente... Mais um capítulo. Até que foi rápido, pra quem não sabe, geralmente demoramos muito para postar um capítulo. Deve ser as férias xD Ah! E ainda não estamos naquele pique de postar os capítulos enormes, desculpe =/ Mas enfim! Só digo uma coisa: não posso dizer nada x.x Desculpem, mas não posso. Nas notas finais eu falo o que era kkk'
Boa Leitura õ/



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O pai de Elesis deu passagem para o rapaz e esperou que ele se acomodasse no sofá, mas Ronan demorou para fazer isso.

–Creio que o seu tamanho já é razoável para a sua idade, então, por favor, estou agoniado com você em pé. Sente-se.

–Hã... Claro! Desculpe. - Ronan estava muito nervoso com a situação que se encontrava.

–Obrigado. - Elscud também se sentou, cruzou uma mão com a outra, apoiando os cotovelos na perna - Você me parece ser um rapaz muito decidido e eu sou um pai que pretende tomar decisões. Quero, antes de tudo, saber se está preparado para me ouvir?

–Cla... Claro. - Ronan gaguejou e engoliu a seco após responder.

–Eu não sei o que fez com a minha filha, mas ela não quer atendê-lo. E eu já ouvi certos comentários de um garoto e creio que seja você. Pode me explicar o que tanto quer com a Elesis e o que aconteceu entre vocês dois? Preciso de uma contrapartida para decretar minha decisão em deixá-lo ficar aqui na minha casa ou manda-lo embora.

–Bom... - "Eu acho que vou morrer...", pensou Ronan aflito. - Eu e Elesis somos... amigos...

–Amigos? - Pensou, em voz alta, Elscud - Para um amigo, você não é um dos melhores. - Ele se levantou e Ronan se encolheu no sofá - Eu quero mais certeza em sua voz, rapaz.

–Nós... - Ele respirou fundo para continuar e tentar fazer o que o pai de Elesis havia exigido: dizer com mais certeza. - Nós somos amigos. Muito amigos. Quer dizer... - Sua tentativa só fazia se enrolar um pouco com as palavras. - Eu não faria nada de ruim à sua filha, se é isso que o senhor quer saber. - Engoliu a seco, novamente.

Elscud olhou para a escada e suspirou.

–Eu e Elesis não temos muito contato, são raras as vezes que fico em casa. - Ele colocou os braços para trás, deixando mão sobre mão - Eu queria que entendesse o que quero lhe dizer. Se tem alguma coisa que está perturbando Elesis, preciso saber de imediato.

O silêncio se instalou na sala. Ronan não abriria a boca para dizer nada e Elscud parecia bem mais pensativo.

–Muito amigos, você disse... O que isso significa? - Elscud atingiu em cheio o que Ronan temia.

Ronan arregalou os olhos rapidamente. Sua perna já balançava. Ele tentava encontrar uma resposta que não piorasse sua situação.

–Bom... Minha amizade com a Elesis é mais ou menos... Digamos que... - Em sua tentativa Ronan começou a falar rápido. - A Elesis gosta de me bater, não que isso seja um problema, aliás, não tem problema nenhum. Eu também mereço às vezes, porque fico irritando. Irritando do tipo de ficar fazendo graça... Nossa amizade, na visão de outros é... Uma comédia, entende?

–Não.

–Senhor, não é nada além que uma amizade... Saudável, engraçada, no colegial.

–Ronan, acho que você ainda não me entendeu... - Elscud suspirou - E não me chame de senhor. - Seu semblante ficou sério e ele prosseguiu - Eu não nasci ontem e não vejo por que você precisa se intimidar tanto para dizer se sente ou não algo pela Elesis. Convenhamos, esse papo de amizade em que um implica com o outro não é muito lógica. A não ser que ela te conhecesse há mais tempo que... Meses?

Ronan respirou fundo mais uma vez. Dessa vez não pensou muito antes de falar, apenas abriu a boca e disse:

–Eu gosto da sua filha...

Elscud olhou seriamente para Ronan. Voltou a se sentar no sofá e se manteve em silêncio. Ele olhou novamente para a escada. O rapaz não conseguia regular sua respiração, fora mais difícil dizer aquilo do que tirar o elmo e beijar a ruiva.

Quando Elscud iria dizer algo, uma pessoa inesperada apareceu na sala.

–Olha só quem está aqui! - A mãe da ruiva desceu as escadas - Pensei que Elscud o deixaria lá fora.

–Eu quase o deixei. - Sussurrou o pai de Elesis.

–Ele foi muito gentil em me deixar entrar... - Murmurou Ronan num tom audível dando um sorriso sem graça em seguida.

Elscud lançou o típico olhar de Elesis para o menino e bufou. A mãe da ruiva, mesmo não sabendo o que havia se passado, riu da situação.

–O que vocês conversaram? - Perguntou a mãe um pouco curiosa.

–Esse garoto - O tom de voz de Elscud ficou grave - me confessou algo que me deixou...

Ronan se levantou e olhou surpreso para a escada. O pai de Elesis se calou e trocou olhares de Ronan para a escada.

"Agora ferrou de vez..."– Pensou o azulado.

–O que ele faz aqui!? - Indagou Elesis, não sabendo se subia para o quarto ou se continuava descer as escadas.

–Ér... - Quando Ronan abriu a boca e não conseguiu dizer nada, Elscud resolveu responder por ele, ainda mais após ver um pedido de súplica no olhar do azulado.

Elscud também não sabia o que falar, balbuciou algo, mas até ele não sabia como se comportar naquela situação. Olhou para a esposa, que sorria com tudo aquilo.

–Acho que agora nós quatro podemos conversar.

No exato momento em que a mãe da ruiva se calou, a porta se abriu. Jin aparecera com Amy.

–-

Lothos estava indo para a escola, pois precisava estar presente em determinados dias, para falar com pais de alunos, ou ver algum documento pendente.

Ao chegar à escola, viu que Zero estava em sua sala, esperando-a.

–Bom dia. - Disse Lothos, entrando na sala.

–Lothos, eu não quero tomar muito seu tempo.

–Por que você não senta e me diz o que está fazendo, aqui na escola, durante as férias? - A diretora apontou para a cadeira e depois se dirigiu para a sua, sentando-se.

–Eu prefiro permanecer em pé mesmo. - Respondeu Zero e Lothos o olhou Mas obrigado, mesmo assim.

–Tudo bem. Diga-me: o que veio fazer aqui?

–É sobre a aluna Lin.

–Hum - Lothos ficou pensativa Ela tem um grande poder dentro de si.

–Isso mesmo. Um poder que - Zero hesitou - Que ela ainda não consegue controlar.

Lothos uniu um mão a outra, apoiando o cotovelo sobre a mesa.

–Quando começou a falar sobre Lin, fiquei me perguntando o que havia acontecido, porque você não é de demonstrar preocupação por alguém, muito menos por um aluno. Pouco se importa com a habilidade que cada um possui. - Lothos deu uma pausa para ver como Zero reagia às suas palavras. Ele permanecia sério. Então ela continuou: - Mas agora está tudo esclarecido. Está preocupado com Lin, pelo poder secreto dela, o qual ela não consegue controlar e, convenhamos, essa história já se repetiu em sua vida. - Lothos desfez o entrelaçamento das mãos e pôs seu braço na mesa - Creio que desvendei o mistério de o senhor estar aqui em minha sala em pleno recesso, não é?

Zero fitou a diretora. Tirou a Grandark das costas e sentou-se na cadeira.

–Sim. - A diretora respondeu sua própria pergunta apenas com a atitude de Zero.

–Não quero que Lin... - Zero não continuou, não sabia muito bem qual palavra usar.

–Se torne uma ameaça? - Sugeriu Lothos.

–Não exatamente.

–Zero, não quero que ache que estou sendo inconveniente, mas se Lin não controlar o poder que ela tem, que não é uma mera habilidade, ela se tornará, sim, uma ameaça não só para a escola.

–Eu sei que ela consegue controlar, só... Precisa treinar mais esse poder.

–E você conseguirá fazer isso? - Lothos quis saber.

–Eu a treinei para o Campeonato. Tenho certeza que consigo treiná-la para se controlar.

–Eu só preciso saber de uma coisa para consentir o seu pedido.

–Fale.

–Você já é capaz de se controlar?

Zero já não usava os óculos. Ele fechou os olhos e pensou na pergunta de Lothos.

–Tenho certeza de que sou capaz de ajudar Lin.

Lothos se manteve em silêncio.

–Lin não se tornará uma ameaça para a escola, eu prometo que farei de tudo para que ela não machuque a ninguém, nem a si mesma.

Zero se levantou, pegou a Grandark e parou na porta.

–Não permitirei que ninguém, ao meu alcance, pereça diante um poder oculto. Lin tem força suficiente para se controlar. Como estou tendo para controlar-me também. Essa é a razão pela minha presença aqui durante o recesso.

Lothos pegou um papel em sua mesa e começou a lê-lo, pegou uma caneta e correu seus olhos até o final da folha, assinando-a.

Zero saiu da sala.

–A quadra estará aberta. Pode começar amanhã. - Avisou Lothos.

O professor já estava no corredor, mas ouviu a resposta de Lothos e deixou escapar um breve sorriso.

Zero estava saindo do Colégio, quando Mari o chamou. Ele nem havia percebido que a professora estava perto do portão.

–Oi. - Disse Zero, não sabendo muito o que dizer no encontro.

–Oi Zero, que bom encontrá-lo aqui. - Mari estava séria, mas tentava ser gentil.

–Eu preciso dizer que também é bom vê-la? - Indagou Zero.

–Acho que não. - Mari ficou em silêncio por um momento.

Os dois professores ficaram parados um de frente para o outro.

–Você quer falar comigo? Eu... Queria ir embora. - Avisou Zero.

–Ah! Perdoe-me. - Pediu Mari - Eu só queria lembra-lo de que hoje temos um encontro.

–Hã?

–A aposta.

–Hum... - Zero pôs as mãos no rosto - Que horas?

–Às sete. Não precisa me buscar. Não será nada formal.

–Ainda bem... - Zero parecia bem incomodado com aquilo.

Sieghart e Gyna chegaram, por coincidência, juntos na escola.

–Ora, ora, ora... Vocês dois já estão juntinhos e nem é a hora do encontro, né? - Disse Sieghart.

–A culpa é toda sua, imortal idiota. - Zero bufou, surpreendendo a todos com sua resposta.

–Bem... Acho que eu não faço parte dessa conversa, eu preciso entrar para entregar à Lothos meu diário. - Comunicou Gyna, entrando na escola.

–Espera. - Chamou Sieghart.

Gyna o olhou e Mari ficou olhando para a professora.

–Mari e Zero irão jantar mais tarde. Tipo um encontro. - Sieghart encarou o amigo - Não quer sair comigo também?

Gyna ficou sem saber o que dizer, não falava muito com Sieghart.

–Não... - Respondeu ela.

Por que não? - Sieghart quis saber.

Zero não conteve o riso e Mari acabou sorrindo também.

–Eu acho melhor não... Estou namorando... Não acho legal sair com você.

–Não! Não... - Sieghart percebeu que ela não tinha percebido direito - É que eu estava pensando em fazer um jantar entre amigos. Sendo que iremos em casal. Nada além disso.

–Ah... Bem, se for só isso. Acho que poderei sair com você.

–Que horas vocês marcaram? - Perguntou Sieghart à Mari e Zero.

–Nove horas. - Respondeu Mari.

Zero a olhou, pensativo.

–Você não me disse que eram às sete horas, mudou o horário?

Mari fechou os olhos. Ela não queria que Sieghart fosse junto. Na verdade, não queria que ele fosse com a Gyna. Então perder o encontro estragaria tudo.

–Zero... Você fica em silêncio mais do que fala e quando eu preciso que continue assim, você abre a boca? - Mari reprovou a atitude dele.

–É para eu me desculpar? - Zero ainda não havia entendido. Sieghart começou a rir do amigo, até Gyna riu.

–Acho melhor encerrarmos esta conversa. - Disse Mari - Sete horas. Combinado?

Os três professores assentiram. Zero foi embora sem se despedir. Mari, Gyna e Sieghart foram falar com a Lothos. Os professores caminharam em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Bem... O que eu ia falar era que a batata do Ronan tá assando xD Acho que deu pra reparar ^-^ Enfim. Qual deverá ser o fim dessas situações? A gente não sabe, ainda não escrevemos x.x Kkkkk' Beijos gente! Até o próximo capítulo =D