Virou Simplesmente Amor escrita por Mary e Mimym


Capítulo 17
Prefácio de Revelações


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo, genteeee!
Vocês devem ter lido o aviso em formato de historinha, né? kkkkkkk
Ainda era um pouco de duvida atualizar hoje ainda, mas... Conseguimos!
Estamos muito felizes por estarmos voltando, e esperamos que agora seja realmente uma volta. Teremos um capítulo por semana? Não!!! Que isso fique bem claro. Estamos retornando nossos trabalhos, mas ainda temos muitas coisas em nossas vidas pessoais. Estamos conseguindo agora começar a conciliar o tempo para fazer tudo o que precisamos e o que queremos. Nossas obrigações e nossos hobbies.
Aviso também a vocês que decidimos diminuir o tamanho de capítulo. Ficará batendo entre 2 mil, 3 mil palavras em média.
Decidimos que isso poderia ser melhor tanto para a gente quanto para vocês. Então é isso. Estamos empolgadas e esperamos surpreender com as novas ideias para a continuidade *-*
Falei demais kkkkk
Boa leitura õ/



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Jin observava que Elesis estava inquieta.

— Ronan acabou de sair e você já ficou assim...

Ela o encarou.

 — Dá para ficar quieto, Jin.

— Ué, eu só estou ressaltando que ele acabou de sair daqui e você já está agoniada. Ele não te respondeu ainda? Isso é controle, hein.

— Cala a boca.

— Eu hein… Está muito nervosa só porque o namoradinho não te respondeu ainda.

Elesis cerrou o punho. Respirou fundo e, quando Jin pensou que fosse receber um soco, só ouviu as pisadas fortes da ruiva na escada.

Elesis entrou no quarto e sentiu vontade de jogar seu celular longe. Olhou mais uma vez para a conversa. Nem ao menos Ronan havia visualizado. Aquele celular ruim ainda permanecia em seu peito.

—O que é isso…? – Fechou a mão em punho.

Olhou a lista de contatos no celular. Se fosse recorrer a alguém para perguntar sobre, por mais que confiasse e acreditasse em suas amigas, tinha alguém que, mesmo longe, ela poderia contar.

Focou o teto como se dali saísse a resposta: Ela está ou não está online?

Era tão raro…

Arriscou.

Apertou no contato e digitou:

 

Sdds…

 

Elesis ficou observando um tempo. Temeu que a mensagem não fosse chegar neste dia. Seu coração apertou. Era uma aflição indescritível. Respirou fundo, largou o celular na cama e foi ao banheiro para lavar o rosto.

Olhou-se no espelho. Como havia mudado… Seu semblante de antes sumira. Havia outra ruiva ali. Elesis só não sabia identificar ainda quem era.

Quando voltou, relutou um pouco, mas olhou o celular. Havia chegado pelo menos, era só uma questão de tempo para visualizar.

 — Ronan deve ter ido se encontrar com os pais ou sei lá… - Passou a mão no cabelo, jogando-o para trás – Eu estou pirando com isso.

 O celular vibrou em sua mão.

— Eu vou te matar, Ronan, por ter feito me esperar tanto tem… - Silenciou-se ao ver de quem realmente era a mensagem.

 

Oi filha!!! Também estou com saudades.

 

Foi inevitável o sorriso de criança. Tiveram uma conversa inesperada, mas de fortalecimento para a ruiva. Viver longe dos seus pais era uma dor que Elesis carregava sabendo bem o quão pesado era. Nunca entendera bem qual era o motivo de tanta ausência por parte dos pais. Não entendia também o porquê do pai do Ronan agir daquela forma com ela.

Confusão!

Mas Elesis se desligou disso, depois da conversa com a mãe, sentiu-se mais perto dela, pensou em perguntar quando ela voltava, mas receou e mostrou-se uma jovem, aparentemente, independente e forte, sem ligar para essas coisas. Mas ela sabia que era só “aparentemente”.

Seu celular tocou novamente, mas era Arme relembrando a todos do aniversário de Lire, que estava às portas.

 

***

 

Ronan chegou em casa. O que sentir depois de um assalto?

Ele tentou não sentir. Fracassou. Queria ajuda, mas de quem? Percorreu a sala com passos acelerado, subiu as escadas pulando mais de dois degraus e torceu para não encontrar ninguém, chegou ao seu quarto e bateu a porta ao entrar.

 — O que foi isso? – Indagou Edel para si mesma. Ela estava em seu quarto e assustou-se com o estrondo. Curiosa, pausou a música do seu celular e soltou seu livro.

 Levantou-se e foi para o corredor.

O céu escurecia aos poucos anunciando a noite. Todos já deveriam estar em casa. Edel caminhou em direção oposta ao quarto de Ronan, indo de encontro ao escritório do Sr. Erudon.

 — Sua filha ainda acha que o irmão dela tem uma doença gravíssima e que meu filho pode ajuda-lo. Sua ideia foi fantástica.— Falava Sr. Erudon, provavelmente, pelo telefone.

 Edel estranhou aquele diálogo. Aproximou-se mais.

 — Se continuar assim, meu amigo, tirarei meu filho deste lugar e o farei ter nome pelo mundo. Com a sua ajuda, conseguiremos... Sim, sim...— Ele dava umas pausas – Essas crianças não têm ideia de como é perigoso estar aqui. Farei isso para o bem do Ronan e com recompensas para mim, é claro, de bom pai.— E riu, quase de gargalhar.

 Edel deu uns passos para trás. Ouviu um soco na porta e se virou.

 — Ronan? – Indagou baixo, dirigindo-se para a porta do quarto do menino. Olhava para o escritório do Sr. Erudon, aquilo estava estranho demais – Ronan? – Bateu na porta.

 Nada.

Insistiu.

Ronan abriu, mas se afastou.

 — O que houve, está tudo bem? – Indagou Edel antes de entrar no cômodo.

— Eu não sei... – Murmurou Ronan – Acabei de ser assaltado.

—Ah! – A menina levou as mãos à boca, assustada – Mas você está bem?

— Sim, ele só levou celular e relógio. – Ronan estava sentado na cama e abaixou o rosto, cobrindo-o com as mãos.

— Nossa! Pelo menos ele não te feriu. – Edel entrou no quarto e sentou ao lado de Ronan, com o intuito de abraça-lo. E foi o que fez.

— Eu nem sei como cheguei em casa, saí correndo e...

 Ronan estava vermelho e suado.

 —Está tudo bem, você está vivo, isso que importa! – Tentou animá-lo, a menina.

 Ronan não sorriu. Edel percebeu que era melhor deixa-lo só. Mas, ao se levantou, foi surpreendida.

 —Fica. – Pediu o menino, olhando-a, com o cabelo molhado colado no rosto.

 Ela assentiu e voltou a sentar ao lado dele, ficaram um tempo em silêncio, até que Ronan comentou do aniversário de Lire, contando para Edel o que estava por vir, foi o que animou o ambiente. Ronan ainda ousou em convidá-la, fazendo com que Edel mostrasse timidez e assim se seguiu a conversa entre eles.

 O Sr. Erudon passou pelo quarto do filho e ouviu algumas gargalhadas de Edel e Ronan. Sorriu.

 — Isso irá perdurar quando eu conseguir de tirar daqui e, principalmente, de perto dos Sieghart. – E desceu as escadas, estava arrumado para sair. A Sra. Erudon o esperava na sala, também arrumada.

—Prometa que será rápido para que venhamos ter um jantar entre nós?

—Por que acha que vivo em prol dos meus objetivos e não vivo pelo nosso objetivo?

—Suas atitudes me mostram que está mais preocupado consigo e seus interesses do que com os que estão a sua volta e dependem de ti. – Ela pegou sua bolsa no sofá – Não sei até quando suportarei isso.

— E se não suportar, o que fará? – Ele perguntou ainda no último degrau da escada.

— Terei que providenciar um advogado.

 Sr. Erudon entendia do que se tratava.

 — Suas palavras foram as mesmas há 19 anos e você está aqui ainda. É sinal que me ama.

— Sim, eu te amo, e eu disse isso, quando nos casamos, porque temia que se tornasse o homem o qual eu não queria ter ao meu lado: arrogante, ambicioso e rancoroso. Parece que eu já pressentia que isso aconteceria. Mas veio o nosso filho... E você prometeu mudar.

— E eu mudei! Faço tudo por ele!

— Por ele?

— Não quero perde-lo como quase te perdi.

— Isso já passou. O que aconteceu no passado, que fique no passado. E isso não te permite interferir na vida de Ronan, principalmente no futuro dele e isso inclui a menina que ele gosta.

— Você sabe de quem ela é filha. Isso é um desaforo!

— Fale baixo. – Pediu a Sra. Erudon, se dirigindo para a porta principal – Eles não sabem do passado e que permaneça assim. – E saiu.

O Sr. Erudon murmurou para si que “não”. A mágoa ainda penetrava nele. E saiu logo em seguida.

 

***

 

Rey sentiu uma forte dor de cabeça enquanto ia para a festa com suas amigas. Mas ignorou.

 

***

 

— Dio?

 O menino olhou para trás.

 — Sinto-o distante, não para mais em casa.

— Essa não é a minha casa, Von Crimson.

— Você tem um acordo comigo. No passado... Lembra?

— Infelizmente, é algo que me persegue dia após dia.

— Minha filha está te olhando com outros olhos, prezo que seja mais cauteloso e seja o irmão que ela pensa que é.

— Por que a preocupação.

— Dois nomes para refrescar sua memória: Duel e Edna.

— Tudo seria mais fácil se ambos tivessem morrido.

— É, mas não foi assim. Rey está viva graças à Edna e isso precisa permanecer assim, proteja a minha princesa do Duel e te darei a chave que precisa, ouviu bem?

— Por que está tão preocupado? Hein? – Dio sentou no sofá – Ele, por acaso te encontrou?

— Não só me encontrou, ele encontrou a todos.

— Isso que dá destruir uma vida, mudar de endereço e achar que as consequências não virão.

— Você não entende o que foi sacrificado para vivermos numa sociedade harmônica, com tantas diferenças.

— Isso não convém a mim. Estou aqui para proteger a Rey e não os demais, isso inclui o senhor. Quanto aos olhares de Rey, ignore, ela é uma menina, está confusa, foi largada pelo namorado. Infantil.

 Sr. Von Crimson se calou.

 — Não pense que tem controle sobre mim, eu sei bem o que se passa por aqui, o passado, o presente...

— E o futuro?

— O futuro, Von Crimson, serei eu livre de vocês. E vejo que já se prepara para isso, convocando o rapaz de cabelo branco, que lutou no campeonato.

— Você sabe muito, Dio, muito...

 Sr. Von Crimson passou pelo rapaz com tom de ameaça. Dio foi para o seu quarto. Abriu a gaveta e moveu um fundo falso. Retirou dali uma imagem e um documento registrando uma determinada data.

 — Desde a morte de Edna, não imaginava que Duel voltaria... Isso é estranho... O voto de paz entre os que têm poder e os mortais não podia ser quebrado... Mas Edna estava descontrolada demais... – Dio pensou – Parece que o lugar onde vivemos poderá virar um campo de batalha, a menos que... É por isso que Von Crimson está desesperado! - Entendeu – Duel quererá Rey para si, mas ele não a conhece ainda... Terei que tirar Rey daqui, mas para isso... Contarei a verdade.

 Dio guardou a caixa e foi deitar. James estava à espreita da porta.

 — Isso está cada vez mais interessante... Minha dona precisa saber disso... – E sumiu.

 

***

 

Bateram na porta.

Lupus atendeu.

 

— E aí, rapaz! – Entrou aquele que havia assaltado Ronan – Fiz como o combinado.

— Isso é bom, assustou o garoto?

— O quê?! Quase o fiz mijar de tanto medo. – Ele riu – Agora falta você cumprir com o combinado.

— Calma, ainda preciso fazer umas coisas.

— Tem garota no meio, é?

 

Lupus se calou.

 

— Cara, sou teu amigo, desde quando chegou aqui. Te apresentei a Rey... Não precisa esconder nada de mim.

— Talvez seja. Esses sentimentos mundanos são complicados. Preferiria ser rejeitado por vocês por ser diferente.

— Ah, cara, fala isso não, eu me sinto no filme “X-MEN” ou “Os Vingadores”, é surreal, cara. – O assaltante se sentou.

 

Lupus não entendeu as referências.

 

— Sabe, quando nos conhecemos, você tinha um camaradinha contigo, ele morreu?

— Deveria ter morrido, mas não.

— Ele é dessa vida, igual a gente?

— Não e é isso que o mantém vivo. Ele tem uma vida “normal”. – Usou os dedos para figurar as aspas.

— Eu te admiro, cara, você passou por tantas coisas.

— É melhor não nos lembrarmos dessas coisas.

— Cara, lembra-se daquela delegada que te seguiu e te deixou fugir, podendo ter te matado?! – O assaltante estava esbaforido.

— Qual foi a parte do “não vamos lembrar” você não entendeu? – Lupus pegou seu celular. Lin lhe mandara uma mensagem. Ele sorriu.

— É a Rey? Deixa eu ver. – O rapaz se levantou e foi até Lupus.

— Não, eu não estou mais com a Rey.

— Então está deixando-a livre para mim?! Você é o melhor, cara.

— Ela tem o cachorrinho dela, cara, esquece.

— A Mary? – Ele não entendeu.

— O Dio, idiota. – Antes de o rapaz voltar a conversa, Lupus a encerrou – Preciso sair e você vai embora.

— Sensível como sempre. – Retirou os objetos de Ronan do bolso – Fica com eles, eu já tenho um monte.

 

Lupus os pegou e os jogou no sofá. Saíram logo em seguida.

 

***

 

Já era tarde da noite, quando Lothos recebeu uma ligação. Era de um diretor de um Colégio que também unia jovens com poderes e humanos. Eles conversaram e Lothos estava preocupada por um nome citado na conversa: Duel.


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Notas finais do capítulo

Então, gente, esse foi o capítulo. Não podemos dar uma data de quando postaremos o próximo, mas vai sair kkkkkk
É isso aí.
Até o próximo, gente. õ/



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