Made In The USA escrita por Vitória Jackson


Capítulo 1
The A Team.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo. Espero que gostem.
Um aviso, as musicas do titulo do capitulo são aleatórias, não há nada a ver com o capitulo.



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Annabeth dirigia em seu Chevrolet Cruze descontroladamente. Ela estava se controlando o máximo possível para não explodir em lagrimas, isso era péssimo. Seu celular não parava de tocar, e isso a estava deixando mais frustrada. Seguia pela interestadual-81, New York à Bordnersville, Pensilvânia. De noite. O visor de seu iPhone não parava de acender, mensagens, chamadas no Whatsapp, no Skype... Todos, sem nenhuma exceção, estavam à sua procura. E isso a deixava relativamente histérica. O que ela queria, e o que precisava era de um tempo, só. Nada mais.

Tudo estava ficando relativamente embaçado. E a explicação para esse fato era que ela não conseguia, de jeito nenhum, conter suas malditas lagrimas. Cada vez mais embaçado. O toque do celular martelava em sua cabeça. Annabeth olhou mais uma vez para o visor, 36 chamadas não atendidas. Ela fechou os olhos por um instante e quando retornou a abri-los, estava de frente com faróis. Era um caminhão.

— Droga!

Ela puxou o volante com violência para a direita, para a sua mão na estrada. Fora por pouco, pensou. Ela olhou mais uma vez para o visor do celular, sem deixar de prestar a atenção na estrada. Mordeu o lábio inferior. O celular tocou mais uma vez. Pegou com a mão direita mantendo a esquerda ocupada com o volante. Será que eles não se cansam, não?

Atendeu o maldito celular.

— Alô?

— Filha? Onde você está? — uma voz preocupada falou na outra linha.

Silencio.

— Você precisa encarar os fatos. Uma hora vai ter de voltar! — soou de novo a voz de seu pai.

Seus olhos encheram-se novamente de lagrimas. Tudo embaçou. Completamente tudo. Annabeth passou a mão esquerda nos olhos, em uma tentativa frustrada de conseguir enxergar.

— Você está bem, Annabeth? — perguntou Frederick, seu pai.

Na terceira tentativa, ela conseguiu enxergar novamente. Pegou o celular que acidentalmente havia caído em seu colo. Colocou no ouvido e fora avisar a seu pai que não tinha ocorrido nada.

— Estou sim, Frederick. Estou bem, não aconteceu na... — Sua frase fora interrompida por seu próprio grito.

Enquanto estava conversando no celular, não vira o maldito cervo passando na frente do carro, no milésimo de tempo que viu, tentou puxar o volante do carro, para tentar evitar a batida. Mas mesmo assim o impacto aconteceu, achatando totalmente o carro e fazendo-o capotar.

A linha ficou muda.

Carros cercavam um acidente que acontecera na autoestrada. O xerife Colwyn estava falando para os outros policiais que haviam chegado o que havia acontecido. A cena estava perfeitamente para a famosa serie CSI. Sirenes ligadas, vários carros de policia. Um carro totalmente destroçado. Perfeito para uma cena.

Um policial falava em seu radio para o centro de comando:

—... Acidente na interestadual-81, já perto de New Jersey. Por jugar pelo cervo morto, o motorista o atingiu em cheio. Pinba. O modelo do carro é um Chevrolet Cruze. Que agora que está totalmente destruído, que pena. É um belo carro!

— Socorro, há uma garota ferida dentro do carro!

— Corram! Corram!

Policiais gritavam de um lado para o outro. Haviam realmente encontrado uma garota dentro do carro.

— Ela está presa!

— Serrem isso, agora!

— Isso pode arrancar a perna dela!

Por fim, conseguiram arrancar a menina de dentro do carro. Identificaram-na como Annabeth Chase, pelo menos era isso o que continha em seus documentos. Colocaram-na em uma ambulância. Iam leva-la para o hospital mais próximo. Em New Jersey.

Frederick estava dirigindo o mais rápido possível para New Jersey. Há meia hora havia recebido o telefonema de que sua única filha havia sofrido um grave acidente, e que estava instalada no Christ Hospital.

Mais meia hora, Frederick conseguiu chegar a New Jersey. E conseguiu encontrar o hospital com uma facilidade, também.

Era uma construção enorme. E marrom. Entrou e foi direto em uma atendente.

— Annabeth Chase. — foi a única coisa que conseguiu dizer.

A atendente sorriu para Frederick, e começou a procurar no computador. Ela era atraente. Cabelos castanhos avermelhados, olhos castanhos escuros. Sorriso alinhado. O cabelo preso em um coque a deixava mais bonita. Mas como em um estalar de dedos o sorriso da atendente sumiu.

— O senhor poderia me acompanhar, por gentileza? — sua voz era branda, mas preocupada.

Isso fez com que Frederick ficasse mais preocupado do que nunca.

A atendente o guiou até um corredor branco. Totalmente branco. Ela andava com a cabeça erguida.

— O que ela é sua? — perguntou finalmente.

Novamente o silencio reinou. Frederick seguiu a atendente até um elevador. A primeira coisa que veio a sua cabeça sobre o elevador; Velho.

— Ela é a minha filha. — finalmente respondeu. A mulher deu um sorriso triste.

— Sinto muito. — foi a única coisa que disse.

Novamente o silencio reinou, só que agora até o quarto 301. O de Annabeth. O quarto não era totalmente branco. Tinha algumas partes azuis. Havia uma janela enorme, que estava ofuscada por uma belíssima cortina azul turquesa. Frederick sentiu uma lagrima quente escorrer em sua bochecha ao ver sua pequena e única filha deitada em uma cama, pálida e entupida de tubos. Tubos para respirar, para comer...

— Acho melhor eu ir... — falou uma voz. Frederick se assustou. Não se lembrava de que a moça ainda estava ali. — Oh, sinto muito. Acho que agora eu vou...

— Não. Não. Não... Por favor. Fique. — implorou Frederick. Vê sua pequenina naquele estado era deplorável.

Mas Frederick tinha de tomar uma atitude para acabar com aquilo. Iria mandar Annabeth passar algum tempo fora de New York. Isso seria bom para ela.

Frederick olhou para a atendente, ainda em silêncio. Um silêncio total e constrangedor. A atendente pegou em sua mão e falou:

— Nem imagino o quanto ruim deve estar sendo para você.

— É relativamente ruim. Mas creio que Annabeth vai superar. — ele respondeu, tentando acreditar em suas próprias palavras.

Mais uma vez o silêncio preencheu totalmente a sala. Por uns 30 segundos, até que a mulher falou:

— Ainda não sei seu nome.

— Hã? — ele estava ocupado demais prestando atenção na filha.

— Não nos apresentamos ainda. — ela falou sorrindo timidamente.

— Oh, é mesmo. Prazer, Frederick Chase. — ele estendeu a mão direita.

— Sarah Rivera. — falou estendendo a mão esquerda. Com um enorme sorriso estampado em seu rosto.

Bip-bip-bip-bip. Esse foi o barulho que fez Sarah, a atendente, se retirar. De acordo com ela, seu chefe estava lhe chamando.

E com isso, Frederick ficou sozinho com sua filha. O que era um desespero para ele. O medo de perdê-la era a maior coisa.

Um homem alto e robusto entrou no quarto. Ele tinha os olhos castanhos claros e cabelo loiro jogado para um lado. Pelo jaleco branco que estava vestindo, Frederick apostava 50 dólares que aquele era o medico.

— Olá! O senhor deve ser o sr. Chase. Pai da paciente Annabeth Chase. — sorriu e continuou — Sou o medico da sua filha. Pode me chamar de Bell.

Frederick analisou o medico por alguns instantes. Pela aparência não tinha mais do que 23 anos.

— Olá. E sim, sou pai de Annabeth. — estendeu a mão.

— Sua filha é muito forte. Não sei se outra pessoa aguentaria o impacto que ela sofreu. — e apertou a mão de Frederick.

— Poderia me contar o que aconteceu à minha filha, por favor?

— Sente-se. — Bell apontou para uma poltrona marrom, surrada.

E assim Frederick fez.

— Sua filha sofreu um acidente e tanto na interestadual que liga New York à New Jersey. Parece que colidiu com um cervo filhote. Por isso que ainda está viva. Tem sorte por isso, senhor Chase...

— Por favor, me chame de Frederick...

— Tudo bem... Então o carro ficou destroçado. Sua filha ficou presa nas ferragens, o que na verdade foi mais um lucro do que se ela tivesse sido arremessada para fora do carro, pois teria uma conclusão na coluna, o que a levaria a ficar paraplégica ou tetraplégica. Parece que estava sem cinto de segurança. Tiraram-na de dentro do carro, mas perdeu muito sangue. Apesar de ter sido grave, ela vai ficar bem. Contanto que tenha um bom descanso. — Frederick escutou atentamente.


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Notas finais do capítulo

Mandem review para eu saber se é para continuar, por gentileza.



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