Waiting for the love escrita por Akemi Toshiko


Capítulo 2
Uma longa história...


Notas iniciais do capítulo

Kon'nichiwa, minna-san! Então aí está pra vocês o segundo capítulo fresquinho da história. Do nada tudo ficou mais pesado, mas deixa quieto, hahaha. Espero que gostem! Qualquer critica seria de muita ajuda!



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~POV’S Rafe~

Depois daquele problemão lá no shopping fomos todos pra casa da Lu. Era hoje que íamos tirar essa história a limpo! Ela ia começar a falar, mas Martin a interrompeu, dizendo que era melhor que nós jantássemos, já que já eram quase 22hrs e nós não comíamos nada desde as 17hrs.

Martin, Hayato e Jake foram procurar comida na cozinha, enquanto eu, Lu e Matt sentávamos no sofá e ligávamos a TV. Os pais dela estavam trabalhando, então teríamos que nos virar.

Eu conheço a Lu desde que tinha 9 anos. Ou seja, eu já conheço ela a 8 anos. Não tanto tempo quanto o Martin, que conhece ela a 14 anos, mas tempo o bastante pra conhecer ela bem. E pra perceber que eu nunca tinha visto ela nervosa do jeito que estava. Ou seja, algo bem sério tinha acontecido. Eu acho que os outros meninos também perceberam, pois eles ficaram bem preocupados.

Os meninos fizeram o jantar e todos fomos para a mesa. Foi um jantar silencioso, sem brincadeiras como das últimas vezes que jantamos juntos. O clima estava pesado, tenso, triste. Todo comiam rápido, pois queriam saber da história, menos Martin e Luísa, que pareciam não querer reviver a história.

Ao terminar de jantar todos fomos pra sala. Estávamos ansiosos, não sabíamos o que esperar.

–Por onde devo começar- murmurou a loirinha

–Pelo começo, oras!- falou Jake

–Ok, ok, calma! Bom, eu conheci o Alan a três anos atrás... Eu tinha treze e ele dezesseis. Nos conhecemos devido a uma Comic Shop que tinha no centro. Eu ia lá todo dia depois da aula, até que um dia eu o vi. Um menino moreno com os olhos verdes mais bonitos que eu já tinha visto. Sem perceber, eu fiquei olhando pra ele, até que ele se virou, me percebendo. Sem saber o que fazer enfiei minha cara no mangá que estava em minhas mãos. Foi quando senti alguém tirando o mangá do meu alcance, me fazendo olhar pra cima, e, consequentemente, pra ele. Ele começou a conversar comigo, fazer perguntas básicas e em pouco tempo nós já tínhamos trocado os nossos números de telefone. Descobri que ele tinha ido lá pelos lançamentos da Marvel, que ele era viciado em super-heróis e de todas as revistas da Marvel, sua preferida era a do Surfista Prateado. Ficamos um ano nesse negócio de conversar sobre tudo o que viesse na cabeça até que ele me pediu em namoro. E eu aceitei, claro. Estava completamente apaixonada por ele. Bom, pelo menos eu achava. Ele sempre foi gentil sabe? Mas no final do ano passado ele começou a ficar meio rude, distante, sei lá. Em janeiro, pouco depois do Ano Novo, ele me chamou pra sair. Ele disse que íamos ao cinema e depois eu ia pra casa dele.

Nesse momento lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. Queria fazer alguma coisa, mas tudo o que consegui fazer foi ficar parado, petrificado. Nunca a tinha visto chorando tanto. Ela sempre foi forte, não chorava por nada. Nesse momento eu me amaldiçoava mentalmente por não conseguir fazer nada, por ser tão incapaz. Me xinguei muito por não conseguir me levantar de onde estava, muito distante de Luísa, que chorava copiosamente de um jeito que me machucava o coração. E tudo o que eu fiz foi ficar sentado enquanto Martin a puxava para um abraço sufocante. Olhei para os lados e vi os meninos mais preocupados do que nunca.

–Pouco antes de chegar à casa dele, - continuou- me senti tonta. Comecei a ver tudo desfocado e, antes que eu me desse conta eu havia desmaiado em cima dele. Quando acordei, senti uma dor de cabeça intensa. Tentei me mover mas não consegui. Olhe para os meus pés, e vi que meus tornozelos estavam presos com correntes. Olhei para meus pulsos e o mesmo ocorria. Ambos sangravam. Senti um vento frio e me dei conta de que estava apenas de roupa intima. Foi quando vi Alan entrando no quarto. Tudo o que eu conseguia fazer era me debater, perguntar o que estava acontecendo e implorar pra ele me soltar. Nesse momento tudo o que ele fez foi gritar um “Cala a boca, sua puta” e me dar um soco no rosto. Foi isso o que ele fez durante uma meia hora...Me bater...- nesse momento ela desabou de novo, e, finalmente, pude entender o motivo de seu desespero.

–E como você saiu de lá?- perguntou um Matt visivelmente surpreso

–Ela não saiu- respondeu Martin- Ele a deixou amarrada em uma árvore, em frente a minha casa. Assim que eu acordei, olhei pra baixo e quase pulei pela janela quando a vi. O estado dela estava horrível! Ela sangrava muito. Tinha cortes no rosto, pernas e braços e diversas lacerações nas costas, como se tivessem sido feitas por chicotes ou objeto parecido. Ela teve que ser levada ao hospital imediatamente- disse o ruivo com raiva.

–Lu, se me permite perguntar, ele não te...ehh...ahh... – falei envergonhado

–Não, ele não me estuprou- respondeu ela com o rosto afundado no pescoço de Martin

–Mas se ele fez tudo isso com ela, por que não foi pra cadeia? Ou pro reformatório?- perguntou Jake, abalado.

–Não existiam provas suficientes pra condena-lo.- disse Martin.- O exame de corpo de delito não deu em nada, a policia não achou o tal quarto de tortura e ele forneceu um álibi, confirmado pelos amigos.

–Impossível! Como assim, simplesmente deixaram isso passar? Fizeram como se não tivesse acontecido?- perguntei revoltado

–Exatamente- falou Martin, enquanto passava as mãos nos cabelos dourados de Luísa.

–Filho da puta!!!!! Desgraçado!!!! Eu juro que da próxima vez que eu encontrar esse idiota, retardado que teve a coragem de agredir esse anjo, eu vou mandar o filho da puta pro inferno!!!!

–Calma Rafe! Isso não vai ajudar em nada! Se bobear, só vai piorar a situação! Gente, é melhor a gente ir dormir, tá todo mundo cansado e abalado por causa dessa história! A Lu, então, coitada, ela que...- ia dizendo Hayato, o mais controlado até agora

–Já dormiu- disse Martin a pegando no colo- Bom, eu vou levar ela pra cama. Por via das dúvidas, eu vou dormir no quarto dela. Vocês já sabem onde são os quartos de hóspedes, vocês já são de casa, então fiquem a vontade. Boa noite.

–Noite- falamos em coro

E Martin desapareceu com ela no colo.

–Bom caras, também vou dormir.- disse Jake- Quem vai ficar no 1º quarto de hóspedes comigo?

Silêncio

–Poxa, não sabia que eu era tão má companhia!

–Eu fico- disse Hayato- Tô quase morrendo. Boa noite, então.

–Boa noite pros que ficam- disse Jake

–Falou- disse Matt

–Uhn- grunhi em resposta.

E Jake e Hayato desapareceram escada acima

–Vamos dormir também, cara. Amanhã é bom a gente acordar de bom humor e ver se levamos a Lu a um parque de diversões, pra ver se ela esquece essa história.- disse Matt

–É, verdade. Vamos- disse me levantando e me encaminhando para um dos quartos de hóspedes.

Naquela noite tive um pesadelo terrível. Nele eu via minha princesa sendo maltratada. Vi Alan a agredido. Vi ele a chicoteá-la. Vi ele a estuprando. E não pude fazer nada. Nada me prendia ao lugar onde eu estava. Mas eu não conseguia me mexer. Estava congelado, paralisado. Foi quando vi a pior coisa da minha vida. Vi meu lindo anjo sendo morto.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso. Espero que tenham gostado!

次回 まで, おやすみ (Jikai made, oyasumi) [Até a próxima e boa noite]



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