Três Vassouras escrita por Amanda


Capítulo 54
Cachecol, casaco...


Notas iniciais do capítulo

Olá, espero que gostem!



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Rose acordou antes do esperado, havia se esquecido de fechar a maldita cortina novamente, deixando que os raios do sol se esgueirassem pelas brechas entre o tecido. Abriu os olhos com um brilho diferente, jogou os pés para fora da cama, levando consigo os cobertores. Desceu as escadas e tomou seu longo banho, tentando de todas as formas possíveis ajeitar os cachos revoltados. Assim que se olhou e deduziu que seria o melhor que conseguiria, subiu as escadas lentamente, parando de frente ao brasão verde e prata, com uma ilustre serpente desenhada. Tirou as sapatilhas pretas e deixou-as nos pés das escadas, abriu a porta que rangeu, denunciando-a, mas nada. Scorpius continuava dormindo, nem ao menos se mexeu. Caminhou graciosamente até a cama onde o rapaz dormia, sentou-se na beirada e passou as mãos no cabelo loiro e fino. Scorpius dormia tranquilamente, a respiração harmoniosa e o rosto levemente amassado.

Rose timidamente se aproximou e selou rapidamente seus lábios, o que fez o loiro piscar algumas vezes e por fim, escorar-se nos cotovelos.

—Bom dia...

—Bom dia, ruiva! —Scorpius sorriu se aproximando e roubando-lhe mais um beijo. —Que horas são?

—Hora de se arrumar e descer, te espero lá em baixo! —Levantou-se saindo do quarto rapidamente, calçou as sapatilhas novamente e jogou-se na poltrona, verificando uma ultima vez a bolsa.

—Vamos? —Scorpius descia as escadas com a gravata aberta, abotoando a camisa.

Rose aproximou-se, e repetindo o ato do garoto no ano anterior, ajeitou sua gravata, dando um perfeito nó quase colado ao pescoço e sorriu. Scorpius selou seus lábios rapidamente mais uma vez, antes e saírem pelos corredores. Durante o trajeto, concordaram em evitar a troca de beijos em público, já que estavam indo com calma no relacionamento, não queriam envolver família nem nada. Scorpius separou-se de Rose no salão principal, sentando-se naturalmente com as serpentes.

—O que aconteceu? Achei que tivessem brigado. —Hugo disse, alternando as palavras entre mordidas grandes.

—Não, apenas dei o que ele mereceu.

Não houve mais perguntas, Tiago passara mal e não foi em nenhuma aula naquela manhã. Rose foi a ultima a sair da sala de Runas, mas foi surpreendida ao ser puxada para trás de uma estátua. Respirava ofegante.

—Está louco? Alguém pode ver. —Falava rapidamente, olhando por cima do ombro do rapaz.

—Você sabe que eu realmente não me importo! —Rose não conteve o sorriso bobo, ficando na ponta dos pés e beijando o rapaz.

—Hey Weasley, alguém pode nos ver! —Segurou Rose pelos ombros, afastando-a. E com um sorriso vitorioso saiu em direção à próxima aula.

E durante aquela primeira tarde do casal, a cena se repetiu, pelo o menos a parte dos beijos escondidos atrás e estátuas e tapeçarias. Mãos bobas foram atingidas por tapas, enquanto as mãos tímidas aprenderam novos caminhos permitidos.

No final de semana, nenhum dos dois ousou sair do salão comunal, em exceção os horários das refeições. Passaram o dia deitados no tapete peludo, aconchegados um no calor do outro, trocando carinhos e palavras e conforto. As coisas estavam se encaminhando bem, o rumo já se tornava mais sério, e cada vez mais difícil de esconder.

Rose já preparava-se para o natal longe do namorado, já havia trocado confidencias com a mãe, tentando explicar aos poucos toda a situação e o quanto enrolada estaria.

—Eu estava pensando, que tal darmos uma volta antes do almoço? —Scorpius pergunta para Rose que arrumava a saia plissada cinza, combinando com a meia calça preta.

—Claro, vamos lá. —Animada, Rose puxou a mão do namorado para fora o salão comunal, arrastando-o discretamente pelos corredores, até chegarem ao jardim, quase encobertos pela fina camada de neve.

Caminhavam lado a lado, bastante próximos, até um grito separa-los em um movimento brusco para ambos. Alvo estava com Luke, Lily e Hugo, sentados em baixo de uma árvore. Olharam-se decepcionados e seguiram até os amigos.

—Então, estão preparados para o Quadribol? —Alvo perguntou sorridente.

—Claro, creio que esse ano vamos ganhar! —Scorpius sorriu abertamente para Rose com a sobrancelha erguida em incredulidade. —Que foi?

A ruiva revirou os olhos e continuou uma tranquila conversa com Lily. Após algum tempo, Rose estremeceu, não achou que fosse estar tão frio.

—Aqui Rose. —Scorpius surpreendeu a todos quando tirou seu blusão de lã verde escuro e entregou para Rose em um forte estado de rubor.

—Obrigada. —Vestiu o blusão e sorriu novamente, tentando ignorar o olhar de Luke para o loiro. Estava decidido que depois do natal contariam aos amigos e possivelmente aos pais, por cartas, por ser mais seguro.

E após o casaco, Rose já havia perdido a conta de quantas vezes já vestira alguma coisa do loiro. O cachecol no ano anterior e agora o casaco verde ainda estavam sobre sua posse. Assim como Scorpius tinha o cachecol de Rose em seu malão, escondido e baixo de diversas camadas de roupas que escondiam o chamativo vermelho e dourado.

E a partir de agora, a neve já cobria Hogwarts. Os campos verdes e floridos perderam o espaço para a neve fofa. O lago negro, agora semi congelado brilhava quando poucos raios de sol brilhavam sobre ele. O salão principal ganhara meia dúzia de arvores natalinas, enfeitadas com o maior cuidado e refinamento. Foram Rose e Scorpius que enfeitaram a árvore de seu salão comunal, entre uma briga ou outra por causa das cores dos enfeites, bolinhas e fitas. Scorpius, como um Sonserino, escolheu enfeites que iam do verde ao prateado, enquanto Rose escolheu vermelho e dourado. Mas a ruiva como uma boa debatedora, usou o argumento ideal para convencer o garoto. A frase saiu confiante e pretensiosa.

“—O verde vai ficar apagado pela árvore e o prateado pela neve!”

Scorpius não havia entendido a questão da neve, até que Rose, suficientemente boa em surpreender o rapaz, movimentou a varinha, e flocos de neve começaram a cair sobre a árvore, enfeitando-o de branco, o que com certeza, apagaria as bolinhas. Então, concordaram em usar metade vermelho e metade azul, para não transformar a árvore em algo harmonioso apenas para a ruiva.

Faltava apenas um dia para o feriado de natal e ano novo.


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Notas finais do capítulo

Até logo terráqueos!



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