3- narradora

15/5/1961

Eu estava mais uma vez chorando baixinho naquele galpão sujo e frio quando um dos vampiros do Klaus vem me trazer um homem para eu beber.

_Jantar!_ Disse ele, jogando o homem e indo embora logo depois.

Eu sei que eles tinham medo de mim, todos tinham mais eu tinha perdido meus poderes de uns dias para cá eu não sei por que nem como só sei que perdi. Bem estou trancafiada nesse galpão a mais o menos três séculos, depois que Klaus descobriu que eu não era filha dele e sim de outro homem que Hayley conhece. Mais não foi bem por isso que Klaus me prendeu, mais eu não quero pensar nisso então...

Voltei a me concentrar em meu jantar. O sangue dele parecia delicioso.

Cheguei perto dele e levantei seu rosto, nesse instante me deparei com seus lindos olhos azuis, como o mar.

_Qual seu nome?_ Eu nunca perguntava para não começar a pensar, mais com ele senti que era diferente.

Ele não respondeu.

_Perguntei qual seu nome, me responda!_ Exigi baixinho

Ele levantou a cabeça e me olhou nos olhos com raiva

_Damon._ Disse me fuzilando com o olhar e retornou a abaixar a cabeça.

_Gostei de você, Damon._ Disse o surpreendendo e a mim também.

Ele continuou quieto e de cabeça abaixada.

_Você tem família Damon?_ Perguntei mesmo não querendo saber já que o mataria e se tivesse família sentiria mais remorso ainda.

Ele pareceu pensar e então me respondeu.

_Não._ Me respondeu.

_O que estava fazendo fora de casa a esta hora da noite?_ Perguntei querendo puxar assunto. Já que estava trancada aqui por que não matar um pouco o tempo, podia mata-lo só de manhã, que era quando eles vinham para pegar o corpo.

_Estava no jardim de casa._ Respondeu um tanto impaciente._ Você vai me matar não vai?­_ Perguntou e eu só assenti._ Então por que não me mata logo, ao invés de ficarmos conversando?

Deu um sorrisinho sem realmente alguma expressão e respondi

_Só quero passar meu tempo, já que vou ficar aqui trancada resolvi falar um pouco.

Ele ficou me olhando.

_Então,... por que esta aqui?_ Perguntou depois de um tempo em silencio.

_Meu “pai” (levantei os dedos fazendo aspas), me trancou aqui, por razões das quais não quero falar.

_uuuhm._ Tinha que admitir ele era estranho pensei comigo mesma.

_Você mora sozinho?_ Perguntei, eu não tinha nenhum outro assunto, não conversava com ninguém nem tinha acesso a nada era um pouco difícil saber sobre assuntos que eram tratados por esses dias.

_Não._ Continuou._ Mais não quero falar sobre isso.

Agora eu tinha entendido, ele provavelmente tinha uma família só que não queria dizer com medo deles se machucarem por culpa nossa.

_Não vou machuca-los, eu prometo. _ continuei._ E não vou deixar ninguém toca-los também, tem a minha palavra.

_Você nem me conhece e nem a eles.

_Essa cidade é pequena, e com ouvidos como os meus não é difícil escutar, você é o único Damon da cidade de Mystic Faals._ Uma parte era verdade, outra de já ter ouvido falar dele era mentira. Já tinha ouvido Klaus falar dele e que seu pai Giuseppe Salvatore, era uma das famílias fundadoras de Mystic Faals.

Ele pensou então falou.

_Com ouvidos como os seus?_ Perguntou confuso e estranhando.

Cheguei à conclusão que ele não sabe que sou vampira, quer dizer, parte vampira.

_Aaahm, é, quer dizer..._ Não sabia o que falar, resolvi falar a verdade para ele._ Eu sou vampira. _Ou meia verdade... Eu ia mata-lo mesmo.

_O que?!_ Ele estava surpreso.

_Vampiros não existem!_ Respondeu alterado.

_Xiu, fala baixo, se eles perceberem que falo com você ao invés de mata-lo, eu é que estou encrencada._ Disse tentando amenizar a situação.

_Vampiros não existem!_ Disse me contrariando._ Acho que passou tanto tempo presa que está louca._ Disse revirando os olhos.

Em um ato impulsivo mostrei minhas presas para ele, que se arrastou para trás, estava brava por ele ter me chamado de louca, isso eu não aceitava, quem ele pensava que era ele não era ninguém.

_Não.me.chame.de.louca!!