O Rapto do Filho do Conde escrita por Juliana Rizzutinho
Notas iniciais do capítulo
Opa, chegando o nono capítulo da fanfic! E já aviso: tá ficando tenso ^^
Lugh solicitou que todos estivessem presentes para acertar as últimas preparações a fim de não só resgatar Aurthur e Raven, mas trazer a normalidade ao Condado Ibrazel.
Sentados em um grande círculo estavam Tytânia, Sereia, Lydia, Edgar, Lugh, Kelpie e os elementais do mais alto escalão para liderar os soldados. Edgar e Lydia ficaram de mãos dadas o tempo todo. “E como realmente são um casal mágico”, pensou Tytânia. Sereia, como que descobrisse o pensamento da amiga, sorriu também.
– Bem, então podemos fazer o seguinte… – a voz de Lugh deixou que todos ficassem atentos para a estratégia. – Eu e Kelpie partiremos hoje à noite com meus homens para marcar o novo confronto. O que acham?
– Não é tão mal, mas mesmo assim, um pouco incoerente, disse Sereia, enquanto todos se viraram para ela. E assim, ela continuou: – Que tal abrirmos um canal através de um espelho ou de um poço? Afinal, eles também têm um fairy doctor.
– E nesse momento, é melhor nos preservar e não causar nenhuma bobagem, falou Tytânia olhando bem no fundo dos olhos de Lugh, pois logo desconfiou que o Senhor dos Leprechauns pudesse aprontar alguma…
– Hum, sábias palavras, mas vocês podaram meu divertimento, ressentiu Lugh.
Parece que com essa leve brincadeira os integrantes puderam relaxar. Então, Tytânia e Sereia solicitaram para Tompkins um grande espelho com água do lago, onde geralmente Lydia conversava com as ondinas.
E assim se fez, aberto o círculo e todos em silêncio, a voz de Ulysses foi ouvida: – Quem me chama? – Sua imagem, então, foi ficando mais nítida.
– Eu, naturalmente! – replicou Edgar – Quero marcar com você uma nova negociação!
– Ou uma nova luta, meu caro?, provocou Ulysses.
– Que seja!! Suas palavras não me irritam mais, Ulysses. Não sou mais um escravo miserável do Príncipe… O que quero, simplesmente, é que vocês devolvam meu filho e meu mordomo!!
– Pois bem, como você sabe agora temos dois triunfos: seu querido filhinho e o seu fiel servo. Acredito que esteja ansioso para resolver a questão… – disse sarcasticamente.
– Você não imagina… – sorriu Edgar de uma forma tão enigmática que até mesmo Lydia estranhou.
– Então… podemos marcar amanhã? À uma hora da madrugada? – perguntou Ulysses.
Lugh pensou como a equipe do Príncipe era egocêntrica e estúpida. Eles acreditavam que os elementais subjugados seriam mais bem controlados dentro da noite. Mas, eles se esqueciam de um detalhe… Poderia sim, com magia, produzir uma luz tão forte quanto o Sol do meio-dia.
– Mal posso esperar… – falou Edgar e questionou: – O Príncipe irá me recepcionar pessoalmente?
– Não!! – negou de forma bem enfática o fairy doctor: – Acredita que ele irá dispender do seu precioso tempo para dedicar atenção com mais um peão de jogo?
– Hunf… É o que veremos… – revidou Edgar.
A imagem de Ulysses foi sumindo pouco a pouco do espelho.
– Bem, está feito!! – exclamou o Senhor dos Leprechauns.
Lugh sentou na cadeira, com a fisionomia bem relaxada, e acendeu seu cachimbo. Tytânia e Sereia entreolharam-se como dissessem “o que ele está tramando?”.
– Rapaz, agora você está afiado graças a mim…
– Só a você?, questionou Kelpie.
E disfarçando muito bem, Edgar entortou levemente a boca. Sendo aliados nessa batalha, eles ainda eram rivais pelo amor de Lydia, mesmo que ela tenha se decidido por Edgar, o cavalo-marinho mágico não desistia.
– Que seja!, disse Lugh debochado. – Edgar, é evidente que Príncipe não estará assim visível a olho nu…
– E não mesmo! Na época em que estive sob seu domínio, ele sempre se escondia atrás de uma redoma de vidro, colocando um de seus peões na frente para protegê-lo. Mas acredito que tenha alguma barreira mágica….
– Como fosse um manto? – indagou Sereia.
– Não exatamente isso! É como ele estivesse em outra dimensão e colocasse o Ulysses como fosse escudo.
Lugh previu o que poderia acontecer: quando os dois exércitos se encontrassem, Ulysses iria para cima de Edgar. O objetivo não era só dificultar o acesso ao Príncipe, mas eliminá-lo para que assim, naquela mesma hora, o fairy doctor pudesse assumir o posto de Conde Cavaleiro Azul.
E Lydia indagou aflita:
– Então, é isso que ele quer? Assassinar o Edgar, tomar o seu corpo e o lugar do Condado, fazer de mim sua esposa e …
E Edgar, mais assustado ainda, completou:
– E fazer de Aurthur, o sucessor do Príncipe. E assim…
– Submeter-nos sob seus domínios, tornando a população escrava tanto no mental como no espiritual. Uma pessoa de fora não notaria nada fora da normalidade. Mas quem convivesse por aqui… – disse Tytânia como uma voz quase metálica.
– Saberia que todos estão sob o efeito de magia, tirando qualquer livre-arbítrio de qualquer pessoa, seja ela quem fosse, inclusive dos elementais … – seguiu Sereia.
– Até que ele conseguisse ir mais longe. Infiltrar-se como um dos homens da Rainha e assim… tomar conta de toda Inglaterra – finalizou Lydia quase sussurrando, espantada pelo dizia.
Lugh bateu palmas e disse: – Se nós tivessemos combinado, não sairíamos tão bem.
– Lugh, então o que você nos sugere?, questionou Sereia.
– Bem, é o seguinte, quando chegar o momento do confronto, Edgar irá utilizar o speedy witch, passar por Ulysses e furar a barreira do Príncipe, através da fusão dos quatro elementos e enfrentá-lo. Só para recordar, Edgar, o speedy witch é um meio de criar uma falsa de ilusão como uma pessoa tornar-se duas, mas é a mais pura miragem. Você pode fazer isso?, perguntou Lugh.
E as pessoas puderam ouvir de Edgar um decidido: – Sim!
– Mas sozinho? Eu vou com você! Não vou ficar mais um minuto aqui parada enquanto você corre perigo de vida!, a voz aflita era de Lydia.
– Não, senhora! Já basta a minha inquietação de não conseguir recuperar Aurthur e deixar Raven nas mãos deles? Não quero nem pensar em perder você!
– Dessa vez sou eu quem decido! – não era Lydia, a condessa, mas a fairy doctor do Condado quem falava.
– Não, Lydia, está fora de cogitação!, reclamou Edgar.
Enquanto o casal discutia, Tytânia não se conteve e deixou transparecer um sorriso no canto da boca. Ela sabia do que Lydia era capaz…
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Hum... O que será que a Tytânia sabe, hein? Você saberá no próximo capítulo... Então, até lá!