O Rapto do Filho do Conde escrita por Juliana Rizzutinho


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Opa, chegando o nono capítulo da fanfic! E já aviso: tá ficando tenso ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/447261/chapter/9

Lugh solicitou que todos estivessem presentes para acertar as últimas preparações a fim de não só resgatar Aurthur e Raven, mas trazer a normalidade ao Condado Ibrazel.

Sentados em um grande círculo estavam Tytânia, Sereia, Lydia, Edgar, Lugh, Kelpie e os elementais do mais alto escalão para liderar os soldados. Edgar e Lydia ficaram de mãos dadas o tempo todo. “E como realmente são um casal mágico”, pensou Tytânia. Sereia, como que descobrisse o pensamento da amiga, sorriu também.

– Bem, então podemos fazer o seguinte… – a voz de Lugh deixou que todos ficassem atentos para a estratégia. – Eu e Kelpie partiremos hoje à noite com meus homens para marcar o novo confronto. O que acham?

– Não é tão mal, mas mesmo assim, um pouco incoerente, disse Sereia, enquanto todos se viraram para ela. E assim, ela continuou: – Que tal abrirmos um canal através de um espelho ou de um poço? Afinal, eles também têm um fairy doctor.

– E nesse momento, é melhor nos preservar e não causar nenhuma bobagem, falou Tytânia olhando bem no fundo dos olhos de Lugh, pois logo desconfiou que o Senhor dos Leprechauns pudesse aprontar alguma…

– Hum, sábias palavras, mas vocês podaram meu divertimento, ressentiu Lugh.

Parece que com essa leve brincadeira os integrantes puderam relaxar. Então, Tytânia e Sereia solicitaram para Tompkins um grande espelho com água do lago, onde geralmente Lydia conversava com as ondinas.

E assim se fez, aberto o círculo e todos em silêncio, a voz de Ulysses foi ouvida: – Quem me chama? – Sua imagem, então, foi ficando mais nítida.

– Eu, naturalmente! – replicou Edgar – Quero marcar com você uma nova negociação!

– Ou uma nova luta, meu caro?, provocou Ulysses.

– Que seja!! Suas palavras não me irritam mais, Ulysses. Não sou mais um escravo miserável do Príncipe… O que quero, simplesmente, é que vocês devolvam meu filho e meu mordomo!!

– Pois bem, como você sabe agora temos dois triunfos: seu querido filhinho e o seu fiel servo. Acredito que esteja ansioso para resolver a questão… – disse sarcasticamente.

– Você não imagina… – sorriu Edgar de uma forma tão enigmática que até mesmo Lydia estranhou.

– Então… podemos marcar amanhã? À uma hora da madrugada? – perguntou Ulysses.

Lugh pensou como a equipe do Príncipe era egocêntrica e estúpida. Eles acreditavam que os elementais subjugados seriam mais bem controlados dentro da noite. Mas, eles se esqueciam de um detalhe… Poderia sim, com magia, produzir uma luz tão forte quanto o Sol do meio-dia.

– Mal posso esperar… – falou Edgar e questionou: – O Príncipe irá me recepcionar pessoalmente?

– Não!! – negou de forma bem enfática o fairy doctor: – Acredita que ele irá dispender do seu precioso tempo para dedicar atenção com mais um peão de jogo?

– Hunf… É o que veremos… – revidou Edgar.

A imagem de Ulysses foi sumindo pouco a pouco do espelho.

– Bem, está feito!! – exclamou o Senhor dos Leprechauns.

Lugh sentou na cadeira, com a fisionomia bem relaxada, e acendeu seu cachimbo. Tytânia e Sereia entreolharam-se como dissessem “o que ele está tramando?”.

– Rapaz, agora você está afiado graças a mim…

– Só a você?, questionou Kelpie.

E disfarçando muito bem, Edgar entortou levemente a boca. Sendo aliados nessa batalha, eles ainda eram rivais pelo amor de Lydia, mesmo que ela tenha se decidido por Edgar, o cavalo-marinho mágico não desistia.

– Que seja!, disse Lugh debochado. – Edgar, é evidente que Príncipe não estará assim visível a olho nu…

– E não mesmo! Na época em que estive sob seu domínio, ele sempre se escondia atrás de uma redoma de vidro, colocando um de seus peões na frente para protegê-lo. Mas acredito que tenha alguma barreira mágica….

– Como fosse um manto? – indagou Sereia.

– Não exatamente isso! É como ele estivesse em outra dimensão e colocasse o Ulysses como fosse escudo.

Lugh previu o que poderia acontecer: quando os dois exércitos se encontrassem, Ulysses iria para cima de Edgar. O objetivo não era só dificultar o acesso ao Príncipe, mas eliminá-lo para que assim, naquela mesma hora, o fairy doctor pudesse assumir o posto de Conde Cavaleiro Azul.

E Lydia indagou aflita:

– Então, é isso que ele quer? Assassinar o Edgar, tomar o seu corpo e o lugar do Condado, fazer de mim sua esposa e …

E Edgar, mais assustado ainda, completou:

– E fazer de Aurthur, o sucessor do Príncipe. E assim…

– Submeter-nos sob seus domínios, tornando a população escrava tanto no mental como no espiritual. Uma pessoa de fora não notaria nada fora da normalidade. Mas quem convivesse por aqui… – disse Tytânia como uma voz quase metálica.

– Saberia que todos estão sob o efeito de magia, tirando qualquer livre-arbítrio de qualquer pessoa, seja ela quem fosse, inclusive dos elementais … – seguiu Sereia.

– Até que ele conseguisse ir mais longe. Infiltrar-se como um dos homens da Rainha e assim… tomar conta de toda Inglaterra – finalizou Lydia quase sussurrando, espantada pelo dizia.

Lugh bateu palmas e disse: – Se nós tivessemos combinado, não sairíamos tão bem.

– Lugh, então o que você nos sugere?, questionou Sereia.

– Bem, é o seguinte, quando chegar o momento do confronto, Edgar irá utilizar o speedy witch, passar por Ulysses e furar a barreira do Príncipe, através da fusão dos quatro elementos e enfrentá-lo. Só para recordar, Edgar, o speedy witch é um meio de criar uma falsa de ilusão como uma pessoa tornar-se duas, mas é a mais pura miragem. Você pode fazer isso?, perguntou Lugh.

E as pessoas puderam ouvir de Edgar um decidido: – Sim!

– Mas sozinho? Eu vou com você! Não vou ficar mais um minuto aqui parada enquanto você corre perigo de vida!, a voz aflita era de Lydia.

– Não, senhora! Já basta a minha inquietação de não conseguir recuperar Aurthur e deixar Raven nas mãos deles? Não quero nem pensar em perder você!

– Dessa vez sou eu quem decido! – não era Lydia, a condessa, mas a fairy doctor do Condado quem falava.

– Não, Lydia, está fora de cogitação!, reclamou Edgar.

Enquanto o casal discutia, Tytânia não se conteve e deixou transparecer um sorriso no canto da boca. Ela sabia do que Lydia era capaz…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hum... O que será que a Tytânia sabe, hein? Você saberá no próximo capítulo... Então, até lá!