Reflexões escrita por AnneAngel


Capítulo 1
Capítulo unico.


Notas iniciais do capítulo

oi gente.(pois é, e eu dizendo que não postaria nada... enfim)essa é minha primeira fic ( que emoção) e fiquei feliz em escreve-la, não sei se agradará,mas eu escrevi o que queria.



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Era uma casa bem glamurosa, para a cidade de Hooper Bay, Alaska, não era exatamente ‘na cidade’, mas ficava bem próximo. A cidade era mais uma vila costeira no meio do nada. População: 1.124 pessoas. Ada não queria chamar muita atenção para si, mas simplesmente não conseguia viver sem um pouco do luxo que conhecia.

Pequenos prazeres da vida.- Pensou.

Grande parte da população ainda falava línguas nativas e trabalhava com pesca. Uma escola, um posto de saúde, um supermercado... uma minúscula cidade bastante simples... mas ela nem morava tão perto assim dela, era apenas um ponto de referencia.

Ada estava em seu banho quente de espuma, batia levemente os dedos na grande banheira branca de mármore questionando-se sobre o ocorrido na ultima missão.

Olhou para o quão luxuoso era o banheiro, apreciando o quanto era bom estar novamente em sua casa, o banheiro enorme e bem iluminado lhe traziam a sensação de paz que, nos últimos tempos, não tinha.

A casa era realmente grande, até demais para alguém tão solitária, o local também era bastante afastado de qualquer lugar ‘descente’, o que tornava sem sentido a arquitetura fina e impecável. Mas ela preferia assim, um lugar calmo e silencioso que lhe dava bastante comodidade para refletir.

Havia recebido a menos de uma hora uma noticia que inegavelmente a acalmou um pouco: Leon saiu, finalmente, da UTI para um quarto de Hospital comum. Seu coração ainda balançava e sua alma estava agitada! Por mais que a noticia fosse boa, não conseguia tirar de sua mente aquela aflição de que seu príncipe no cavalo branco estava ferido, e ela estava ali, sem fazer nada por ele. 

Olhando em volta do banheiro, Ada se perguntava se já não era hora de sair de sua ‘bem convidativa’ banheira, afinal mal se podia ver a cinco palmos a frente devido á tamanha neblina que tomava conta de todo o cômodo.

Não podia evitar, sempre pensou que um banho bem quente fosse sempre bem vindo para revigorar o corpo e a alma. Mas já não podia fingir que estava lá a pouco tempo.

Pegou o roupão de seda, o vestiu, e saiu caminhando lentamente para o quarto, passando por alguns curtos corredores até lá, observando os quadros e outros diversos itens de valor. A maioria das casas onde viveu eram sempre compradas já mobiliadas, seria uma chatice ter que comprar moveis e outros itens domésticos, alem do que, seria uma perda de tempo contando que ela não passava mas de seis meses em um lugar fixo.

Ainda bem que não sou do tipo sentimental.- Pensou. E realmente não era, e a espiã se orgulhava disso – Ada abriu um pequeno sorriso de canto que logo se foi quando se lembrou de Leon.

A porta do seu quarto estava aberta, ela entrou acendendo a luz e foi diretamente para o closet.

Apesar de tudo tinha que admitir que não é tão ‘fria’ , e mesmo que tentasse se enganar, tentasse fingir que Leon era apenas uma diversão, existia uma marca bem grande em sua cintura para lhe lembrar que ele significava muito mais do que uma mera diversão. Afinal, não fora ela que se colocou entre ele e o Tyrant  lá em Raccoon só para defender o seu policial de olhos azuis?

Sim, claro. Jamais se esqueceria do dia em que o conheceu e os fatos que a levaram a ama-lo o suficiente para se sacrificar por ele. Aquele dia fatídico foi marcado por atos impensados por parte de espiã, fato que de certa forma não a agradava, não gostava de imprevistos, mas se tratando de Leon, principalmente quando o destino colocava-os no mesmo caminho, mas necessariamente na mesma missão, as coisas nunca saíram conforme planejava.

Parecia que estavam fadados a acontecimentos como esses, acontecimentos em que ambos estariam dispostos a se sacrificar pelo outro, acontecimentos onde os atos falavam o que as palavras nunca seriam capaz de explicar. E, por mais que tentasse, sempre colocava seus sentimentos pelo agente secreto na frente da razão.

E se isso não era amor verdadeiro, ela realmente não sabia o que era! O que seria capaz de mover uma pessoa assim? Uma motivação que levasse ao ponto de arriscar sua própria vida por outrem? 

Já havia desistido. Porque não admitir de uma vez? Espiões também amam. E ela sabia perfeitamente que amava Leon, era impossível tira-lo da cabeça, por mais que tentasse, por mais que fingisse que conseguia essa façanha!

Olhando para as diversas roupas no closet, finalmente, se decidiu por uma roupa de dormir confortável e que lhe esquentaria da noite fria que fazia lá fora. Colocando a roupa se dirigiu novamente ao quarto.

Parou e admirou o cômodo, que tinha um aspecto moderno, um quarto todo branco com uma grande luminária no centro, havia um rebaixamento de gesso com pequenas luzes em neon, uma cama de casal gigante, uma das paredes era revestida com madeira, o que dava charme ao local, uma TV da mais nova geração, e outros itens, além do closet, que tinha um espelho na porta.

Pensou em Leon, e em como ele estaria em um quarto de hospital. Mesmo que fosse um hospital de ponta, não era a mesma coisa do conforto de casa, não mesmo.

Mas levando em consideração o ‘conforto’ da casa de Leon... — Pensou e lembrou-se da bagunça que estava a ultima vez que foi lá, nas indas e vindas que a vida os apresentava para aproveitar o tempo que tinham a sós. Nesses pequenos momentos apenas os corpos falavam, não querendo perder um segundo sequer, queimando e ardendo numa dança frenética e erótica. Mas aquelas três palavrinhas magicas nunca escapavam...

O ''Eu te amo'' ficava entalado na garganta, e isso abria um buraco imenso entre eles!

Ada sabia que estava assim, tão emotiva, por conta dos últimos acontecimentos. Seus sentimentos estavam turbulentos quanto ao agente secreto.

Depois de completar uma missão tentava não pensar muito no que fez ou no que isso ira causar, sabia que grande parte das coisas que ocorriam no mundo, os ‘incidentes’ BOW, eram por sua causa, mesmo que indiretamente. Porem com Leon era diferente. Não conseguia deixar de pensar nele!

Sabia que, pelo trabalho que tinham, Leon e ela  própria corriam o risco de ‘não voltar para casa’, porem era quase impensável para ela imaginar algo assim. Ela sabia se virar, mas durante um bom tempo achou que devesse ajudar Leon. Ela tinha consciência que ele não era fraco, e que talvez isso pudesse ferir os sentimentos dele, mas não conseguia evitar, tinha que se intrometer. Porque se importava demais com o loiro para arriscar perde-lo por imprudência. 

“Mas então porque as coisas estão acontecendo na forma inversa?” – se questionou. Logo percebeu que falava sozinha. 

Ótimo Leon, você conseguiu me enlouquecer. Pensou

Leon... Ada Wong também queria ter a certeza que aquele homem também a amava, que a protegia igualmente como ela o protegia, pois também tinha medo de perde-la. É claro que Leon também sentia algo por ela, mas aquelas três palavrinhas magicas nunca tinham escapado dos lábios dele também, até aquele momento.

Mas agora que Leon finalmente admitiu seu amor, o que ela deveria fazer? Não era boa com essas coisas!

Suspirou cançada. Sua cabeça latejava, estava tarde, decidiu ir dormir, no dia seguinte iria receber uma milionária quantia pelos seus ‘feitos’ na ultima missão. Mas deitando na enorme cama Ada só conseguia se lembrar de um feito errôneo que cometera naquela missão...

—---...----

Era novamente o mesmo sonho, Ada estava quase chegando no fim de sua missão, O que tinha que fazer era roubar o mais novo vírus criado até então – o Vhysk Vírus  – não estava sendo fácil, até porque as pessoas mais importantes de alguns países não estavam bem preparados para um ataque assim, a cidade estava um caus, varias pessoas infectadas, e a formas cada vez mas diferenciadas de monstros. Mas apesar das diversidades Ada estava cumprindo bem a missão, como sempre.

Foi quando se descuidou. Um homem que portava o vírus estava caído no pequeno escritório quando ela chegou, se tivesse verificado saberia que o ferimento de bala que o matou era recente, bem recente...

...Foi questão de segundos,quando Ada percebeu por sua visão periférica que a ‘coisa’ que um dia foi humano e criador do vírus, tinha, para a infelicidade dele, se transformado na criatura que criou. Era bem violento, mas com apenas um tiro Ada conseguiu mata-lo... Ela tinha plena certeza que aquela coisa não a mataria. Oque? Um monstro sem cerebro? Sem a menor inteligencia ou capacidade de raciocínio contra ela, uma espiã especializada e profissional? Sem chance!

Lembrava de ter aberto um sorrisinho decanto. Aquilo estava sendo até fácil demais! Foi quando Leon apareceu na porta do pequeno escritório, com uma expressão cansada que em segundos se transformou em pânico, antes dela souber o porquê ele se jogou contra ela e a levou ao chão. Foi quando ouviu o barulho de tiros quebrando o vidro da janela...

Ai entendeu, definitivamente o criador do vírus tinha morrido BEM recentemente... e a pessoa que atirou estava atrás do vírus também, que estava naquela sala. Ela fora completamente imprudente! Subestimou sua missão!

Tentando levantar Ada percebeu que Leon gemia de dor e notou que ele estava ensanguentado.

Leon, Leon— Ada o chamava mas a condição dele era grave, mais tiros vinham em direção a eles, que estavam ‘protegidos’ atrás de uma mesa.

O agente sangrava muito, os ferimentos a bala eram em áreas estratégicas e vitais no corpo do outro. A espiã não conseguia socorre-lo como deveria... Os olhos de Leon reviravam de um lado a outro rapidamnte, parecendo perder a lucidez, e ela tinha o sangue de seu amado das mãos, vendo-o desfalecer sem poder fazer nada útil.

Ada sabia que algum dia terminaria assim! Sabia que algum dia um deles arriscaria sua vida em detrimento do outro e não haveria mais volta!

Mas agora que estava acontecendo, ela não queria acreditar. Não queria isso! Seus sentimentos estavam falando mais alto que a razão. 

"Leon ... você não pode morrer o que eu vou fazer... O que vou fazer sem você ... Como vou viver...?" Ada falava freneticamente, com Leon no colo, ela, pela primeira vez, parecia desesperada.

Talvez esse fosse o sentimento que Leon sentiu quando Ada foi gravemente ferida em Raccoon City há alguns anos. O primeiro encontro, a morte falsa de Ada Wong, que fez com que Leon sofresse.

Não o sentimento devia ser muito pior,pois ela o amava muito mais, naquela época ele era só um policial, tinham se conhecido a pouco tempo, mas agora não, agora ela já o amava a anos...

As lagrimas rolavam do rosto da espiã borrando sua maquiagem. Ada olhou para Leon em silêncio, Leon com as mãos tremulas tentando limpar as lágrimas que escorrendo em seu rosto.

“Você não pode morrer Leon” – Sua voz agora era frágil e sofredora.

“ Ada... eu queria... te dizer que...” – O agente falava pausadamente.

“ Leon, não fale, você...” – ela tentava impedi-lo mas ele parecia disposto a continuar.

“ Eu nunca... te... contei como... me sinto... eu... não queria te decepcionar...Ada eu... te... amo...”

“ Leon, pare de falar isso, não é uma despedida você não vai morrer...”

A mão de Leon caiu do rosto da espiã, ele não se mexeu mais. Não fez nenhum som, nem uma respiração. Deixando tudo em um silêncio mórbido.

Ada ao perceber que Leon não estava mais respirando em seus braços começou a balança-lo, mas não importa o quanto ela chora, ou o quanto ela balançou o corpo de Leon, ou quanto gritava seu nome, ele permaneceu imóvel, com um corpo cheio de feridas causadas unicamente para protegê-la.

“NÃO” – No sonho o grito foi alto, mas quando acordou e percebeu que estava em sua cama o grito foi baixo e abafado.

Foi um sonho, pelo menos a ultima parte. Ela sabia que ele não havia morrido, mas era apavorante pensar que isso poderia ter acontecido. No exato momento ele devia estar em um Hospital em NY completamente seguro e se recuperando. Mas seu coração ainda estava agitado...

Lembrou que logo após Leon ser ferido percebeu que o atirador tinha saído do ponto onde estava, provavelmente indo para o escritório, era a chance que precisava para tirar Leon dali, pegou a amostra e o levou junto consigo, fora difícil carrega-lo, mas não podia deixa-lo para trás... Assim, largou-o em um galpão qualquer, encontrando Helena, que ajudou Leon a partir de então.

Ada foi despistar o atirador para dar chance da mulher escapar com Leon. Mas conseguiu mais: Ela conseguiu matar o desgraçado que, quase, matou o SEU homem.

A missão foi completa com sucesso... Mas Leon ainda estava em um hospital.

Ada olhou para o relógio: 01:24 da madrugada.

Levantou-se de vagar e caminhou até a janela, em meio a escuridão do quarto. A temperatura do quarto estava boa, pois o aquecedor estava ligado, e mesmo odiando o tempo frio, Ada abriu a janela.

Estava escuro, e uma fina nevasca caia levemente trazendo um ar ainda mais frio que o de costume. Ada cogitou se o que ocorreu no sonho fosse de todo verdade, e o medo a tomou, fazendo-a tremer.

Ele realmente havia falado que a amava? Sim... ela nunca esqueceria, assim como nunca esqueceria o medo que sentiu naquele momento.

E se tivesse acontecido? E se ele realmente tivesse morrido? Acabaria ali? – É claro que ela sabia que acabaria, afinal ele estaria morto, mas e a ‘historia’ deles como ficaria? Ele é a única coisa boa que aconteceu na vida dela, sem ele, ela só seria a boa espiã assassina, a mesma mulher fria que era a anos atrás.

Ele a mudara, e sem ele tudo ficaria sem sentido.

Abruptamente Ada correu para o closet... tinha que encontra-lo... agora era a hora dela de falar como se sentia...

Ele disse as palavras... Ela também tinha que dizer para ele! Tinha que dizer como se sentia, antes que fosse tarde demais. Tinha que agarrar essa chance!

Enlouqueceu? Ele está a milhas daqui... em NY...— Berrava sua consciência, mas ela já havia deixado a razão de lado, e seu corpo simplesmente não obedecia mais sua mente.

Ela era uma espiã experiente, se infiltraria com bastante facilidade, tinha certeza. E daí que ele estava longe? Urgia falar o que estava em sua mente... entalado na garganta... e não teria coragem de fazer isso em outra ocasião, e não era capaz de esperar mais...

....E diferentemente do futuro incerto que os esperavam, do qual ela não tinha certeza nenhuma, ela tinha certeza que conseguiria falar tudo o que sentia para ele agora.

Ela já descia a escada correndo ainda colocando as ultimas peças de roupa. Iria conseguir, pelo menos nisso podia acreditar, e a solução para suas reflexões não podia esperar nem um segundo e nem seu amor por Leon Scott Kennedy

Fim


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler.
Aproposito o virus que coloquei na fic não existe ( apertei qualquer botão)ah, e nem o ocorrido...
Mas, então, comente se gostou!
Se não gostou, tudo bem! Tem alguma critica positiva ou negativa? Pode mandar review, eu não mordo, sou uma garota madura!!!



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