As Aventuras dos Marotos escrita por Aki Nara


Capítulo 29
Capítulo 29 - Natal in Love




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Cena 1 – Batalha na Neve


 


Hogwarts estava em ritmo de Natal. Após uma noite de intensa neve a paisagem se transformara num lindo tapete branco. As garotas se divertiam ao ar livre montando quatro bonecos de neve, cada um representando um dos Marotos. O boneco mais engraçado era o de Petter, elas riam enquanto faziam às expressões nos rostos dos bonecos com galhos secos.


 


Ao ver as garotas entretidas, os Marotos se esconderam atrás das árvores para preparar uma emboscada para elas. Os Marotos preparavam uma pequena Guerra fria fabricando um monte de bolotas de neve. Petter não estavam entre os amigos, pois ultimamente ele só pensava em comer e dormir.


 


- Atacar!


 


Uma saraivada de bolotas de neve foram lançadas e as garotas foram pegas de surpresa, assim a única opção que sobrou para elas era uma retirada estratégica atrás dos bonecos de neve. Os garotos gargalhavam a valer até que uma mão surgiu por trás dos bonecos agitando um lenço branco.


 


Marlene se levantou e as outras apareceram uma atrás da outra. Os Marotos se aproximaram ainda rindo das garotas. Cada um deles pensava numa forma de ganhar ou roubar um beijo. Marlene esfregou um punhado de neve bem gelado na cara de Sirius. Ela riu e tentou fugir, mas ele foi mais rápido.


 


- Não senhora. Exijo reparação agora.


 


- Você me acertou primeiro e eu só dei o troco. Marlene de se debateu em vão. Quanto mais procurava se libertar mais Sirius usava de força para prendê-la.


 


- O motivo não interessa. Você vai ser castigada do mesmo jeito.


 


- Pára, Sirius. Está machucando, por favor?


 


Ele afrouxou a pressão nos pulsos, mas em vez de se ver livre, Marlene foi imobilizada numa árvore. Sirius a imprensou com a intenção de lhe dar um beijo, mas ela tentava fugir do beijo desviando o rosto várias vezes.


 


- Aceita Lene, por favor?


 


A entonação suplicante na voz de Sirius a fez erguer o queixo. Ele pareceu angustiado e desta vez Marlene não teve coragem para resistir. Ele ganhou o beijo que queria, mas tentou mais do que devia. Uma mão boba tentava subir cintura acima. Marlene tremeu de indignação por ele tentar se aproveitar, ela se afastou imediatamente e depositou um sonoro tapa no rosto de Sirius.


 


- Cachorrão! Eu dei licença apenas para um beijo. – Marlene o deixou esfregando a face latejante.


 


- Garota brava! – Ele sorriu maroto e a acompanhou de volta para Hogwarts.


 


Alguns momentos atrás, Lílian acertava uma bolota de neve na cara de James saindo em disparada, mas James acabou por alcançá-la agarrando sua cintura por trás e manteve-a presa em seus braços.


 


- Paz, James. – Ela ria sem fôlego e encostou a cabeça nos ombros dele.


 


- Então, agora você que paz de verdade, ham?


 


- Você está molhado. – Lílian arrepiou-se ao sentir a respiração dele em seu ouvido.


 


- A culpa é toda sua! – James beijou seu pescoço.


 


- Pode parar seu Maroto!


 


- Lily... – a voz dele estava rouca.


 


Lílian se virou e ficou um pouco temerosa ao perceber o quanto mexia com os sentimentos dele e seu coração bateu loucamente. Ela estremeceu enfraquecida pela emoção que a assolava.


 


- Eu estou com frio, James.


 


James suspirou várias vezes para se recuperar e como de costume passou a mão nos cabelos num gesto impaciente.


- Vem, você vai congelar - ele a aconchegou nos braços para aquecê-la. Mal ele sabia que todo esse estremecimento não vinha do frio.


 


Andrômeda também esfregou um punhado de neve no rosto de Remo. As três haviam combinado isso antes de acenarem o lenço branco, mas ao contrário das outras, ela não tentou fugir.


 


- Malvada! Remo limpou o rosto com a mão.


 


- Coitadinho! Deixa eu te ajudar. Ela retirou um lenço e limpou a maior parte, deixando somente a neve dos lábios.


 


- Você poderia limpar a minha boca também?


 


- Com muito prazer. – Andrômeda o beijou várias vezes retirando o restante da neve.


 


- Hum... Isso foi mais gostoso do que um sorvete.


 


- E mais gelado. – Andrômeda riu.


 


- Que tal tentarmos mais tarde com sabor de chocolate?


 


- Está frio mesmo. Eu adoraria tomar um chocolate quente. Vamos?


 


Remo segurou as mãos enregeladas de Andrômeda entre as suas enquanto caminhavam de volta para o castelo.


 


Cena 2 – Natal entre Amigos


 


Os Marotos e as garotas estavam reunidos na Sala Comunal. No Natal, tudo era menos rigoroso em Hogwarts. Os amigos podiam convidar um número restrito de alunos das outras casas para compartilhar o Natal em suas casas.


 


Petter já havia subido para dormir e James percebeu que o amigo estava estranho ultimamente, principalmente depois que eles procuravam ter as garotas sempre por perto. Ele ainda não tinha comentado isso com os outros Marotos, mas procuraria tirar a história a limpo depois de aproveitar esse momento.


 


James estava com um peso em seu coração; sentia um enorme remorso por não ter voltado para passar o Natal em sua casa. Ao contrário dos outros amigos, ele não tinha um motivo plausível para estar lá, mas ele estava apaixonado e quando ele soube que Lílian ficaria em Hogwarts, não pensou duas vezes.


 


Resolveu escrever duas cartas: uma para os seus pais, informando que não voltaria para casa porque queria passar o Natal com os amigos e uma outra em particular para o pai, contando o verdadeiro motivo. Seu pai sempre foi seu amigo e na certa encontraria uma maneira de a mãe aceitar a sua decisão sem magoá-la. Ele ia parar sua introspecção para voltar à conversa, mas tomou um susto com o aparecimento de dois vultos na lareira.


 


- Oi, filho. Dumbledore permitiu a nossa aparição para te desejarmos um Feliz Natal.


 


- Mãe! Pai! – James ficou escarlate.


 


- Que bom que vocês estão se divertindo. O Natal está tão triste aqui em casa.


 


- Desculpa, mãe.


- Tudo bem. Feliz Natal Remo, Sirius!


 


- Feliz Natal, Sra. Potter. – os garotos responderam juntos.


 


- E onde está Petter? – a mãe estranhou.


 


- Ele já foi dormir, mãe. – James respondeu.


 


- Então, deseja um Feliz Natal por mim. E essas garotas lindas, quem são?


 


James meio que a contra gosto, se afastou para apresentar as garotas.


 


- Andrômeda Black, Marlene McKinnon e Lílian Evans.


 


- Encantada. - Cada uma delas respondia à medida que iam sendo apresentadas.


 


- E qual de vocês é a namorada do meu filho? - As garotas olharam para Lílian, delatando-a.


 


- Mãe! - James queria encontrar um lugar para se enterrar.


 


- Ela é linda, não é, Edward?- Vivian olhou para o marido e este olhou para Lílian por cima dos óculos.


 


- Sim. Você tem bom gosto meu filho. Bem, Vivian. - Ele olhou para a esposa - Agora que você já viu que eles todos estão bem, deixemos os jovens se divertirem.


 


- Claro, meu amor. Bom Natal, crianças! Eu espero encontrar todas vocês brevemente. Quem sabe nas férias antes do quarto ano? Eu escreverei para os seus pais. Até logo!


 


Os vultos sumiram e as chamas voltaram ao normal.


 


- Que coisa incrível, Lily. Você acabou de conhecer a mãe do James e ela pareceu gostar de você. E ela quer que a visitemos nas férias de verão.


 


- Pode parar... Andy, que anel lindo é esse?


Lílian se sentiu corada da cabeça aos pés, mudou de assunto propositadamente e Marlene pegou na mão de Andrômeda.


 


- Remo me deu de presente de Natal.


 


- Que lindo!


 


Lílian e Marlene disseram juntas com inveja da amiga e cada uma olhando para um Maroto.


 


- Eu vi Remo desenhar, mas não sabia que era para mim.


 


- Eu adoraria receber um presente desses, Remo. - Lílian comentou brincando, mas James ficou enciumado.


 


- Eu te daria um presente se você já fosse a minha namorada.


 


- Tudo bem. Quando eu for a sua garota, você me dá um presente melhor.


James sorriu. Lílian começava a entender como funcionava a mente dele e adorava ter o poder de levar certa vantagem sobre ele.


- São duas meias-luas, um de frente pro outro formando um coração. - Marlene continuava a admirar o anel.


 


- Pronto! Você nos fez uma gentileza, Remo. Agora, eu e o James viramos dois idiotas insensíveis. - Sirius reclamou e Remo riu dele.


 


- Quem manda você ser devagar, amigo?


 


- Devagar? - As garotas perguntaram sem entender.


 


- Nada, garotas. É uma piada particular dos dois. - James riu.


 


- Venha, moça. Já está tarde e como eu sou um Gentleman, vou te acompanhar até o portão da sua Casa, Andy.


 


- É... você também precisar ir, Lene.


 


- Eu vou sozinha.


 


- Eu não vou discutir com você. Vamos! - Sirius puxou Marlene.


 


O grupo se despediu.


 


Cena 3 – O Amor está no Ar


 


- Enfim sós, Lily.


 


As covinhas de James apareceram e Lílian percebeu as intenções dele imediatamente.


 


- Eu vou dormir. – Ela tentou se levantar e foi impedida por mãos fortes.


 


- Não senhora. Nós temos tempo até os outros voltarem. – Ele se sentou ao lado dela no sofá.


 


- Tempo pra que Sr. Potter? – Ela se afastou até chegar na ponta do assento.


 


- Para namorar, Srta. Evans. –Ele se aproximou mais passando os braços sobre os ombros dela.


 


- Nós não somos namorados ainda.


 - Só na teoria, na prática nós estamos um pouco mais adiantados.


 


- James! – Ela corou.


 


- Eu quero a continuação de hoje à tarde. – Os olhos dele brilhavam.


 


- Não. – Ela sussurrou, mas para si mesma do que para ele.


 


James tentava descobrir se o estremecimento de Lílian durante a tarde havia sido mesmo por causa do frio. Ele continuou a exploração a partir da orelha dela e acabou por descobrir o ponto fraco. Lílian estremeceu por causa de um arrepio involuntário e ele descobriu o poder de sedução que exercia sobre ela. Agora as forças estariam equiparadas.


 


- Está com frio, Lily? – Ele sorriu maroto.


 


- James... Não seja malvado. – Lílian sentiu sua boca ressequida ao falar.


 


- Você que é má comigo. Você já gosta um pouquinho de mim? – Ele sussurrou provocando mais ondas involuntárias, deixando-a mole e enfraquecida.


 


- Você é um tolo por perguntar. – Ela prendeu a respiração em expectativa.


 


- Eu sou um tolo apaixonado. – Ele aproximava-se cada vez mais de sua boca.


 


- E eu sou uma louca por gostar de você mesmo assim. – Lílian entreabriu os lábios.


 


- E agora eu vou dormir feliz e você está liberada. – James se afastou.


 


- E quem disse que eu quero ser liberada? – Ela puxou-o de volta.


 


- Que contradição Dona Lily, mas se a gente continuar vai ser difícil eu me controlar...


 


- Só mais alguns beijinhos.


 


- NÃO! Levante-se. Terminou as aulas práticas. – Lílian se levantou ao ser puxada por ele.


 


- Então, só mais um – suspirou - Um singelo beijo de boa-noite.


 


- Quem diria Lílian Evans suplicando por um beijo. – James sorriu de orelha a orelha antes de atender o pedido de sua amada.


 


Os pares de casais se separaram num dos corredores. Remo e Andrômeda andavam de braços dados e em silêncio. De vez em quando ele olhava para Andrômeda e ela lhe sorria. A felicidade deles era visível, nada melhor que amor correspondido para fazer bem a alma.


 


- O que você está tramando, Sr. Remo Lupin?


 


- Nada, Srta. Andrômeda Black. Só isso. – Remo parou repentinamente para lhe dar um beijo de supetão.


 


- Remo. Você não precisa de um ramo de azevinho para me dar um beijo.


 


- Você sabia que tinha um aqui?


 


Eles olharam para o ramo de azevinho pendurado acima de suas cabeças.


 


- É claro, Remo. As garotas sabem onde ficam todos os ramos de azevinhos espalhados por Horgwarts inteira. Vocês, os garotos só conseguem um beijo roubado porque simplesmente nós permitimos.


 


- Por Merlim! - Remo riu - Vivendo e aprendendo.


 


- E você não precisa mais roubar beijos. Controle-se! – Andrômeda riu.


 


- Não encrenca, beijo roubado e de surpresa é mais gostoso - Remo puxou o queixo de Andrômeda para cima e depositou um pequeno beijo - Assim também é bom.


 


- É, mas eu gosto mais assim. – Andrômeda se pendurou para dar um beijo intenso.


 


- Nossa! Você se superou. – Os dois sem olhavam famintos um pelo outro.


 - Vivas para mim.


 


- Agora siga o seu caminho, moça. Antes que eu vire um lobo mau.


 


- Um lobo?


 


- Não tente entender as minhas piadas, eu sou um péssimo contador.


 


- Então, até amanhã. Ela se virou para ir embora.


 


- Até mais.


 


Remo encostou-se à parede para aguardar até que ela entrasse, mas ela parou no meio do caminho e voltou correndo. Diante dele, ela lhe tocou a face e olhou bem dentro de seus olhos.


 


- Eu te amo, Remo Lupin.


 


- Para sempre, Andy?


 


- Para sempre.


- Eu te amo também Andrômeda Black.


 


Andrômeda andou até a porta de entrada da Sonserina, confirmando vez ou outra se ele ainda estava no mesmo lugar. Da porta, ela fingiu tirar seu coração e jogou para ele. Remo fez que o apanhava no ar e o colocou com todo carinho dentro de seu peito. Ela sorriu e finalmente entrou.


 


Marlene caminhava na frente e Sirius vinha logo a seguir acompanhado o ondular de seu andar.


 


- Quer parar de ficar olhando, Sirius?


- Eu não tenho culpa. Você é quem sempre anda na minha frente. Só se eu for cego para não olhar. - Sirius agarrou Marlene com força puxando-a pela cintura para bem perto dele.


 


- Pára! Seu cachorrão!


 


- Você me tira do sério, Lene. Sabia que você mexe com o pior de mim?


 


- E onde está o seu lado melhor? Eu teria o enorme prazer em conhecê-lo agora. Larga, Sirius! – Ela gritou furiosa mais consigo mesma por gostar tanto dele.


 


- Não faça assim, Lene. – Sirius pediu tentando impedi-la de se debater.


 


- O que eu sou para você, Sirius? Alguém que te deu um fora e agora você quer conquistar a qualquer custo, é isso? – Marlene guerreava bravamente.


 


- Às vezes penso que sim, outras vezes eu sinto que é algo mais. – Sirius foi bastante sincero.


 


- Trate de saber o que você sente de verdade por mim. Não fica brincando com os meus sentimentos, pois saiba que você pode me magoar. – Marlene desabafou angustiada e desistiu de lutar.


 


- Mas é você quem me machuca todas às vezes que me ignora.


 


- Por que você não respeita o que sinto? Eu não me entregarei por tão pouco, Sirius.


 


- A dedução não é o meu forte, diga o que você quer de mim?


 


- Você é um tonto por não saber.


 


- Marlene me dá uma chance! – Sirius suplicou de joelhos ainda com as mãos na cintura dela.


 


- Levanta! – Ela corou envergonhada.


 


- De uma coisa eu tenho certeza! Eu preciso de você tanto quanto do ar que eu respiro.


 


 


A sinceridade de Sirius tocou o coração de Marlene, ela colocou as mãos no ombro dele e se inclinou para lhe dar um beijo amigável em seu rosto, mas Sirius virou o rosto e pegou-a desprevenida, ganhando o beijo que queria na boca.


 


- Eu não resisti. – Ele sorriu maroto.


 


- Boa noite, Sirius. – Ela suspirou exasperada e pensou: - Uma vez cachorrão sempre cachorrão!


 - Marlene? – Ele se levantou.


 


- O que é, Sirius? – Ela estava super zangada.


 


- Você vai me dar uma chance? – Ele parecia um cachorro com o rabo entre as pernas.


 


- Eu acabei de dar e você a jogou fora.


 


- Você poderia explicar melhor? – Sirius cruzou os braços.


 


- Poderia, mas não quero. Descubra sozinho! Ela virou de costa para Sirius e foi embora.


 


- Garota complicada. – Marlene ouviu ele dizer antes de fechar a porta.


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