Amando o Inimigo escrita por IsabellaC


Capítulo 4
Briga Por Ciúmes




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Estava no caminho para sala comunal da Grifinória quando algo suspeito me chamou a atenção. O que será que Draco fazia a essa hora da noite no sétimo andar, sendo que a sala comunal da Sonserina ficava nas masmorras?
Minha curiosidade falou mais alto que o bom senso e eu decidi segui-lo. Obviamente, de forma que não fosse percebida.
Sempre que ele olhava para trás, o que fez mais vezes do que eu pensava que faria, eu dava um jeito de me esconder atrás das colunas de mármore ou, quando não dava, usava o feitiço confundus, o que o fazia continuar a andar, atordoado, sem lembrar-se do que iria fazer naquele instante.
Ele virou o corredor e eu me escondi atrás de uma coluna de mármore, vendo que ele havia parado para conversar com duas garotas estranhas e depois começar a andar para lá e para cá, até uma porta aparecer na parede. A Sala Precisa, pensei.
Ele entrou e, seguidamente, a porta desapareceu. Fiquei intrigada com tal cena. Para que Draco iria precisar da Sala Precisa? Havíamos usado a mesma ano passado para poder combater o regime da Umbridge, mas Draco...
“Harry está obcecado com a idéia de Draco ser um comensal da morte.”– As palavras de Hermione vieram à minha cabeça. Mas não, Draco não poderia ser um comensal. E mesmo que fosse, o que o uso da Sala Precisa teria a ver com isso? E foi com tal pensamento martelando na cabeça que cheguei à sala comunal da Grifinória, me sentando ao lado de Gina.
– Olá, Gina. Não te vi no jantar hoje. Aconteceu algo? – perguntei. Ela parecia extremamente concentrada em seu livro de Feitiços.
– Não. Só estava sem fome. – ela respondeu sem tirar os olhos do livro.
– Ei... – falei, mas ela continuou sem tirar os olhos do livro – Você pode, por favor, deixar esse livro de lado por um segundo e prestar atenção em mim?
– O que foi? – ela fechou o livro e me encarou com uma expressão que parecia de raiva.
– Eu te fiz alguma coisa para você estar com tanta raiva de mim? Só queria te contar o que o Harry...
– Desculpe, mas eu não estou interessada no que você e o Harry andam fazendo por aí. – ela não havia elevado o tom de voz, mas tais palavras soaram como trovões para meus ouvidos.
– Espera, Gina. Você não acha que o Harry...
– Como eu já disse, o que vocês fazem ou deixam de fazer não me interessa. Agora, se me der licença, eu preciso dormir. – ela se levantou e seguiu para o dormitório, enquanto eu continuava sentada e sem reação ao pequeno ataque de ciúmes que ela dera. Afinal, eu convivera os últimos dois anos lado a lado com Gina, como ela podia sequer pensar que eu teria algo com Harry? Isso é ridículo.
– O que houve? – acordei de meus pensamentos ao ouvir a voz de Harry. Algo que podemos dizer ser até irônico em tal situação.
– Hm... Nada... Ela disse que estava cansada e foi dormir.
– Ela parecia enérgica quando ficou reclamando, junto com Hermione, sobre o livro que eu usei na aula de poções hoje.
– O que tem seu livro?
– Hã... Eu não sabia que seria aceito nas aulas de poções, já que achava que Snape continuaria como professor e eu só tinha conseguido ‘Excede Expectativas’ nas N.O.M.’s, então não comprei material e Rony e eu tivemos que pegar emprestados livros usados que estavam guardados na sala do Slughorn. Sendo que, o qual eu peguei, tinha várias dicas, não citadas no livro, para a preparação das poções.
– Ah, por isso você conseguiu fazer a Poção do Morto-Vivo perfeitamente. – disse e ri da careta que ele fizera.
– Pois é... E elas acham que é perigoso. – concluiu.
– O que pode haver de perigoso? São apenas anotações de um aluno que estudou aqui antes da gente, que neura. – falei e ri, sendo acompanhada por Harry.
– É exatamente o que eu penso!
Continuamos conversando durante algum tempo e depois decidi me retirar para dormir.
Levantei-me, me despedindo de Harry, e segui para o dormitório.
Quando cheguei, o quarto se encontrava vazio. O que já era de se esperar, sendo que Hermione ainda estava na sala comunal e Lilá e Parvati sempre iam dormir mais tarde.
Deitei-me na cama, já com meus pijamas, e dei uma olhada no pequeno troféu em forma de estrela, que era a única coisa que me fazia me lembrar do ‘mundo real’ quando estava em Hogwarts.
Um pequeno sorriso escapou de meus lábios e eu fechei os olhos, adormecendo.

Duas semanas se passaram desde minha pequena briga com Gina na sala comunal e, desde então, ela havia parado de falar comigo e eu, obviamente, também deixara de falar com ela.
Minha amizade com Hermione se fortalecia aos poucos e ela tentava de todas as maneiras possíveis achar uma forma para que Gina e eu fizéssemos as pazes, mas nenhuma de nós queria ceder. Eu, claro, com razão.
Havia combinado de assistir os testes para o time de Quadribol com Hermione depois do café da manhã, mas como acordara tarde e Gina já estava sentada junto a ela, acabei decidindo por me sentar no final da mesa, ao lado de um garoto que, pelo que eu sabia, estava em seu sétimo ano e fazia certo sucesso com as garotas de todas as casas.
– Importa-se de eu me sentar aqui? – sorri, sendo amigável.
– Não... Sem problema. – ele deu um sorriso torto e voltou a observar o mingau de aveia que havia em sua tigela.
Eu nunca reparara muito, mas Robert, o garoto com quem acabara de falar, tinha belos olhos azuis que combinavam harmoniosamente com seus cabelos castanhos claros e... Certo, desde quando eu fico reparando em combinação de cor de cabelos, olhos e afins em garotos? Isso é tão coisa da Lilá.
Comecei a comer notando que, vez ou outra, Robert olhava para mim de soslaio, o que me fazia corar imediatamente. E, sempre que isso acontecia, ele soltava uma risada, o que me deixava ainda mais corada.
Quando me levantava para sair do Salão Principal, olhei para trás, procurando por Hermione, e notei que Lilá sorria abertamente para Rony, o qual retribuiu e saiu do Salão Principal parecendo um pavão desengonçado, fazendo-me rir.
Aproximei-me por trás de Hermione, que já se encontrava sozinha e com uma expressão fria no rosto, e cochichei em seu ouvido:
– Problemas com o Ronald?
– Mas o que... Natalia! – ele gritou exaltada e eu comecei a rir da expressão de indignação que ela fizera.
– Que estresse, Mione. Então, vamos assistir os testes ou não?
– Hum, claro. Vamos. – ela disse e saímos do Salão Principal.

Os testes estavam indo bem. Harry liderava meio desajeitado, mas se ajustava de acordo com cada apresentação dos possíveis jogadores.
O teste para goleiro já havia começado há algum tempo e Córmaco McLaggen estava indo extremamente bem, até que, na quinta defesa, pareceu perder o foco e voou para direção contrária da goles. O estranho é que isso aconteceu ao mesmo tempo em que Hermione parecia ter tossido ou espirrado. Suspeito.
Depois de Córmaco, foi a vez de Rony e eu pude ouvir um alto grito dizendo ‘Boa sorte’ vindo de Lilá, notando também que Hermione fechara a cara. Mas não comentei nada, para não estressá-la ainda mais.
Rony defendeu todos os cinco lançamentos e logo ficou óbvio para todos que ele seria escolhido como goleiro oficial da Grifinória. Hermione possuía um sorriso no rosto devido ao resultado.
– Eu tenho deveres para concluir, é melhor eu ir... – falei me levantando, direcionando uma piscadela a ela, sugestionando, indiretamente, para que fosse falar com Rony. Ela apenas sorriu de volta e seguiu em direção à quadra, enquanto eu voltava para o castelo.


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