Amando o Inimigo escrita por IsabellaC


Capítulo 16
Sala Precisa




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Estava arrumando meus materiais sobre a mesa, me preparando para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas que logo começaria. Já haviam passado semanas desde o envenenamento de Rony e alguns dias desde a partida de Quadribol da Grifinória contra a Lufa-Lufa, na qual Harry havia sido atingido brutalmente por um balaço durante uma discussão com McLaggen em campo.
O clima estava bem estranho no castelo. Não sei se era apenas impressão, mas era assim que eu me sentia. Eu não estava mais andando junto a Harry, Hermione e Rony como costumava, mesmo depois dos dois últimos terem feito às pazes. Gina vivia com Dino, apesar da discussão que tiveram durante o jogo, quando ele riu de McLaggen acertando Harry com o balaço, e Robert estava cada vez mais distante.
Não que a culpa fosse exclusivamente deles, o verdadeiro problema era eu. Não sentia ânimo para ficar conversando e vivia pelos cantos lendo ou estudando e, de vez em quando, escrevendo para meus pais e lendo as cartas que os mesmos me enviavam através de Orheni. Sem falar que essa crescente obsessão de Harry em relação a Malfoy estava começando a criar certo desconforto em mim. A alienação era tamanha que ele havia, inclusive, colocado dois elfos para persegui-lo no castelo, e foi dessa maneira que ele havia descoberto que Draco costumava se esconder na sala precisa, o que ele havia dito para mim durante o café da manhã – coisa que eu já suspeitava há tempos, de tanto vê-lo rondar pelo sétimo andar, muitas dessas vezes no local exato da sala precisa.
Falando em Draco, o mesmo não havia aparecido na última partida de Quadribol, assim como não havia ido às anteriores. Ele parecia ficar cada vez mais esquivo, eram raros os momentos que eu o encontrava pelo castelo sem ser no Salão Principal ou nas aulas que tinha junto com a Sonserina. Além de que ele apresentava um semblante ainda mais apreensivo e duro a cada dia, o que me perturbava.
Estava procurando me aproximar de Draco ultimamente. Sim, era um ato estranho de minha parte, mas algo em mim dizia que era necessário que eu o fizesse. Acho que esse era o principal motivo de eu estar me sentindo tão estranha. Os sentimentos confusos dentro de mim estavam ficando cada vez mais fortes e eu já não sabia como controlá-los, agia apenas por impulso. Porém, até agora, eu não havia tido a oportunidade de trocar uma palavra com ele.
Peguei-me observando-o sentado em sua mesa no outro canto da sala e, quando seu olhar encontrou o meu, tive a impressão de que ele havia esboçado um pequeno sorriso em seu rosto. Mordi meu lábio inferior, indecisa entre corresponder ou não o sorriso, ao qual não tinha nem certeza que ele havia dado, quando a voz fria de Snape soou na sala.
– Outra vez atrasado, Potter. Menos dez pontos para Grifinória.
Vi Harry fechar a cara e se sentar ao lado de Rony, que estava sentado ao lado de Hermione, ao meu lado.
– Antes de começarmos, quero ver os seus trabalhos sobre dementadores. – ordenou o professor, acenando sua varinha e fazendo com que todos os pergaminhos pousassem em uma pilha sobre sua mesa – Espero, para o seu próprio bem, que estejam melhores do que o chorrilho que tive de ler sobre a resistência à Maldição Imperius. Agora, queiram abrir a página... Que foi, sr. Finnigan?
– Senhor, - começou Simas – como é que se pode diferenciar um morto-vivo ou Inferius de um fantasma? Porque saiu no Profeta uma notícia sobre um Inferius...
– Não, não saiu. – retrucou Snape, entediado.
– Mas, senhor, ouvi comentários...
– Se o senhor tivesse realmente lido a notícia, saberia que o suposto Inferius não passava de um ladrãozinho chamado Mundungo Fletcher.
Ouvi Harry cochichar algo a qual não conseguira entender, porém Snape parecia ter compreendido tudo claramente.
– Mas Potter parece ter muito a dizer sobre o assunto – Snape falou apontando para o fundo da sala, onde nos encontrávamos, com seus olhos fixos em Harry – Vamos perguntá-lo como ele descreveria a diferença entre um morto-vivo e um fantasma.
Todos na sala começaram a encarar Harry, que começou a falar.
– Ah, bem... Fantasmas são transparentes...
– Oh, muito bem! – interrompeu-o Snape – Sim, é fácil verificar que não desperdiçamos seis anos de estudos com você, Potter. Fantasmas são transparentes. - repetiu com desdém.
Ouvi Pansy soltar uma risada aguda e então notei que vários alunos sorriam debochados, em sua grande maioria, é claro, da Sonserina. Incluindo Malfoy.
– Sim, fantasmas são transparentes, - ouvi Harry continuar – mas Inferius são corpos sem vida, certo? Então seriam sólidos...
– Uma criança de 5 anos poderia ter nos dito isso. – zombou o professor – Um Inferius é um morto que foi reanimado por meio de um feitiço das Trevas. Não está vivo, é meramente usado como uma marionete para cumprir ordens do bruxo. Um fantasma, como espero que a esta altura todos saibam, é uma impressão deixada por um morto na terra... E, é claro, como diz Potter sabiamente, é transparente.
– Bem, o que Harry disse é muito útil para diferenciarmos os dois! – comentou Rony – Quando nos defrontarmos com uma aparição em um beco escuro, vamos olhar depressa para ver se é sólido, não é, não vamos perguntar: “Com licença, o senhor é uma impressão deixada por uma alma que partiu?”
Todos na sala começaram a rir, porém o riso logo se cessou devido ao olhar que Snape lançou à turma.
– Outros dez pontos a menos para a Grifinória. – disse o professor – Eu não esperaria nada mais sofisticado do senhor, Ronald Weasley, um rapaz tão sólido que é incapaz de aparatar dois centímetros em uma sala.
Harry se preparava pra retrucar o professor, mas Hermione o impediu.
– Agora abram os livros na página duzentos e treze – disse Snape com um sorrisinho – e leiam os dois parágrafos sobre a Maldição Cruciatus.
Durante o restante da aula, Rony ficou estranhamente quieto, assim como Harry, e eu fiquei conversando com Hermione aos cochichos. Quando a sineta tocou, Lilá se aproximou para conversar com Rony, e Hermione me puxou discretamente no sentido contrário ao que ela vinha, evitando o encontro com a mesma.
– Já me basta ter que dividir o mesmo quarto com ela, não sou obrigada a suportá-la em outros cantos do castelo. – ela falou nervosa enquanto nos dirigíamos para a sala comunal.
– Granger nervosa. Melhor tomar cuidado. – arregalei os olhos em falso espanto e ela começou a rir, sendo acompanhada por mim.

Mais uma semana havia se passado e já estávamos no meio de outra segunda-feira. No domingo havia ocorrido a primeira parte do teste de aparatação em Hogsmeade, porém nem eu e Harry fomos, pois ainda não havíamos completado 17 anos e não podíamos tirar a licença de aparatação.
Passei o dia inteiro na companhia de Robert e seus amigos, e só voltei a encontrar Harry, Hermione e Rony durante o jantar no Salão Principal. Ele nos contou o que havia feito durante o dia que foi, é claro, ficar a espreita de Draco na sala precisa, porém sem conseguir nenhum resultado diante disso.
Estávamos sentados sobre a grama no pátio da escola, aproveitando o dia ensolarado. Hermione e Rony liam panfletos do Ministério sobre como evitar erros no teste de aparatação, porém os mesmos não pareciam aliviar o nervosismo de nenhum dos dois.
Rony vez ou outra procurava se esconder atrás de mim ou de Hermione, pensando ver Lilá se aproximar no pátio, o que era bem engraçado. Uma dessas vezes foi quando uma garota veio entregar a Harry um rolinho de pergaminho, o qual ele pensara ser de Dumbledore – por mais que o mesmo houvesse dito que não teriam outra reunião antes que Harry conseguisse uma suposta lembrança de Slughorn – mas que na realidade era um convite de Hagrid para o enterro de sua aranha, Aragogue.
– Ah, pelo amor de Deus! – Hermione exclamou ao ler a carta, sendo acompanhada pelo o olhar incrédulo de Rony, que também acabara de ler.
– Ele é maluco! – exclamou ele, furioso – Aquela coisa mandou a turma dele nos devorar! Como Hagrid pode esperar que a gente vá lá chorar pelo seu defunto peludo?
– Sem falar que ele está nos pedindo para sair do castelo à noite, sabendo que a segurança está mais rigorosa e que nos meteremos em uma encrenca séria se formos pegos.
– Já fizemos isso antes. – Harry disse simplesmente e eu apenas observava a conversa, sem saber muito bem como me inserir na mesma.
– Mas não por um motivo desses. – Hermione falou – Afinal, Aragogue morreu. Se fosse uma questão de salvar a vida dele...
– Eu iria querer menos ainda. – Rony a interrompeu – Você não o conheceu, Hermione. Pode acreditar, ele morto deve estar bem melhor.
Harry suspirou segurando o bilhete.
– Harry, você não pode estar pensando em ir. – Hermione falou – Não tem sentido pegar uma detenção por uma coisa dessas.
– Sei disso. Presumo que Hagrid terá que enterrar Aragogue sozinho.
– Sim. – ela falou aliviada – A propósito, a aula de Poções vai estar quase vazia hoje à tarde, todos estaremos fazendo os testes... Aproveite para amaciar Slughorn um pouco!
– Sorte pela quinquagésima sétima vez, é isso? – Harry perguntou amargurado.
– Sorte... – repeti a palavra e chamei a atenção de todos para mim – É isso, Harry!
– Como assim?
– Sua poção da sorte, use-a para isso!
– Nat, isso é… Brilhante! – Hermione exclamou – Como não pensei nisso antes?
– Felix Felicis? – Harry perguntou nos encarando – Não sei... Estava meio que guardando...
– Pra quê? – Rony perguntou incrédulo.
– O que pode ser mais importante que essa lembrança, Harry? – perguntou Hermione.
Harry ficou fitando o nada durante um longo instante, sem responder nada. - Harry? Você ainda está aqui? – perguntei.
– Quê...? Claro. – ele respondeu, voltando a realidade – Bem... Ok. Se eu não conseguir que Slughorn fale essa tarde, vou tentar novamente à noite.
– Está decidido então! – Hermione exclamou sorridente.
– Bem, eu vou dar uma passada no banheiro antes de a aula começar. – falei levantando da grama – Vejo você na aula de poções, Harry. Boa sorte no teste, gente. – me despedi com um aceno, sendo correspondida, e adentrei o castelo.

Quando cheguei à sala, notei que, além de mim, só havia mais três alunos presentes nela: Harry, Ernesto e Draco.
Sentei-me ao lado de Harry, sendo cumprimentada por um sorriso do mesmo, o qual eu correspondi, e então Slughorn começou a falar.
– Todos muitos jovens para aparatar? – perguntou cordialmente – Ainda não fizeram dezessete anos?
Todos nós sacudimos a cabeça em negação.
– Ah bem! – falou Slughorn animado – Como são tão poucos, vamos nos divertir. Quero que preparem alguma coisa engraçada!
– Parece uma boa ideia, professor. – bajulou Ernesto, esfregando as mãos em animação. Harry esboçou um sorriso para o professor e Draco sequer mudou a expressão seca em seu rosto.
– Que é que você quer dizer com “coisa engraçada”? – perguntou, irritado.
– Ah, me façam uma surpresa. – o professor respondeu despreocupado.
Peguei meu exemplar de Estudos avançados no preparo de poções e o abri. Folheei as páginas até decidir por fazer uma poção do sono que não era muito complicada.
Olhei de soslaio para Draco, que olhava fixamente para seu caldeirão. Notei que ele parecia mais magro, assim como pálido. Seu rosto não expressava sentimento algum, porém eu sentia que ele estava frustrado, impaciente e extremamente cansado.
Voltei a prestar atenção na poção que fazia e, faltando minutos para terminar a aula, consegui finalizá-la.
Slughorn, como sempre, exaltou a poção de Harry, dizendo o quanto ela estava maravilhosa. A de Ernesto acabara por dar errado, e quanto a minha e a de Draco, Slughorn não fez muito alvoroço, mas disse que havia notado um grande avanço meu em sua matéria, o que me fez sorrir agradecida.
Abandonei a sala ao som da sineta, deixando Harry para trás, que tentaria falar com Slughorn para conseguir a tal lembrança da qual precisava tanto. Tentei me aproximar de Draco, que claro, estava sozinho, para iniciar uma conversa, porém me faltou coragem. Afinal, sobre o que eu poderia falar com ele? Eu não fazia ideia.
Voltei para a sala comunal, onde estudei um pouco de Transfiguração. Harry chegou algum tempo depois, dizendo que havia fracassado em sua tentativa de conversar com Slughorn, e então ficamos conversando até a sineta para a próxima aula tocar.

Já era final de tarde e eu estava sozinha na biblioteca, estudando. Isso já havia se tornado um hábito nas últimas semanas e qualquer um que quisesse me procurar nesse horário, em qualquer dia da semana, saberia onde me encontrar. Espreguicei-me preguiçosamente e levantei da mesa, pegando o livro que lia, fechando e guardando-o em seu devido lugar nas prateleiras.
Havia passado parte da tarde junto a Gina, que mostrou que eu não era a única com problemas no relacionamento. Ela revelou que não se sentia mais bem ao lado de Dino como antigamente e que o namoro estava cada vez mais desgastante para ambos. Sabia bem o que ela queria dizer com aquilo.
Segui andando pelo corredor, silenciosamente, me direcionando de volta para a sala comunal. Faltando pouco para chegar a grande escadaria, ouvi o barulho de risadinhas e beijos vindo de trás de uma das pilastras. Pelo menos alguém está se divertindo, pensei.
Quando me virei para fazer a curva no corredor, pude ver de onde e de quem vinham tais ruídos e, bom, não foi uma cena muito agradável.
Robert estava com suas costas encostadas à gigantesca pilastra e beijava intensamente a garota que possuía nos braços, a qual eu acreditava ser Candice, devido ao longo e brilhante cabelo castanho claro. Ele segurava em sua cintura, apertando-a fortemente contra seu corpo, e ela alternava seus carinhos pelo cabelo e pescoço dele.
Aquele beijo era uma demonstração gratuita de fogo e paixão, que cortaria o coração de qualquer um por não ter a chance de ter o mesmo. Principalmente se o tal beijo estivesse sendo trocado entre seu namorado e uma garota que não é você.
Segurei as lágrimas que começavam a invadir meus olhos e saí dali do mesmo jeito que havia chegado: sem ser notada. Andava sem conseguir distinguir direito as coisas à minha frente, devido ao choro que embaçava a minha visão.
A dor que eu sentia dentro de mim era algo inexplicável. Tudo bem que nosso relacionamento não estava às mil maravilhas, mas me trair não era a solução. Eu nunca teria a coragem de traí-lo, por que ele tinha que fazer aquilo comigo? Dar um fim ao nosso relacionamento seria muito mais simples e muito menos doloroso.
Continuei a andar, sem enxergar nada direito, e acabei tropeçando, creio que em um dos degraus da escada, e esbarrando em alguém.
– Olha por onde está... Natalia? – ouvi a voz dele dizer.
– Eu... Desculpa, Draco. – falei sem graça, esfregando os olhos com as costas da mão.
– Você está chorando. – ele falou como se eu não tivesse dito nada e um semblante de preocupação apareceu em seu rosto – O que aconteceu? – balancei a cabeça, como se dissesse “nada”, e senti uma de suas mãos me tocar a cintura.
– Vem cá. – ele falou, olhando apreensivamente para os lados, como se quisesse ter certeza de que não havia ninguém por perto, e começou a andar, sem deixar de me envolver por um segundo, me guiando pelo castelo.
Depois de subirmos pelo menos uns 3 ou 4 lances de escadas, eu ainda chorando silenciosamente encostada ao seu corpo, senti ele parar de andar e tirar sua mão de minha cintura.
Sequei as lágrimas e pisquei meus olhos, deixando minha visão mais clara, e então vi onde estávamos. Draco havia acabado de dar uma terceira volta em frente à parede vazia e a porta da sala precisa apareceu.
Draco segurou minha mão, sorrindo gentilmente, e abriu a porta que revelou em seu interior uma sala com um grande sofá branco de couro, tendo uma mesa de centro à sua frente, recheada de pães, frios, frutas e sucos, e uma lareira. As paredes eram cobertas por um papel de parede listrado em verde e vinho e o chão por um carpete branco. O cômodo não era muito grande, mas era extremamente aconchegante.
Draco me guiou até o sofá e se sentou, fazendo um sinal com a mão para que eu me sentasse ao seu lado.
– Foi o Colfer, não foi? – ele perguntou, porém nada em seu semblante expressava dúvida.
Fiz que sim com a cabeça e ele continuou a me fitar, inexpressivo.
Ele suspirou alto e encostou o corpo ao sofá, passando a fitar o teto.
– É engraçado isso... – ele começou e eu ouvia atentamente as suas palavras – Você querer tanto alguém, mas não poder ter, porque outra pessoa já tem quem você tanto quer. – ele novamente suspirou alto – Mas você fica feliz por isso, só porque a tal pessoa está a fazendo feliz. Afinal, foi você quem nunca teve a coragem de se aproximar do tal alguém, por inúmeros motivos. – ele fez uma pausa e então seus olhos cinzentos encontraram os meus – E então essa pessoa joga fora tudo o que você sempre quis e a destrói, a deixa machucada. – ele pousou sua mão sobre a minha – E você não sabe se fica machucado também ou se fica feliz por ter a oportunidade de finalmente poder tomar coragem e ter esse alguém para você.
– Draco... – falei trêmula – O que você...
– Eu quero você, Nat. – ele falou, me fitando intensamente – Eu preciso de você. – E então o que eu menos esperava acontecer, aconteceu: Draco me beijou.
Seus lábios frios se encontraram com os meus, criando um choque térmico entre eles. Ele apoiou uma de suas mãos em minha cintura, me puxando para mais perto, e colocou a outra em minha nuca, onde começou a deslizar seu dedos em um carinho.
Pega de surpresa, demorei para reagir ao beijo. Porém, quando o fiz, levantei meus braços e envolvi o pescoço de Draco com os mesmos, colando-o a mim. Ajeitei meu corpo sobre o dele, sentando em seu colo, sem separar nossos lábios por um segundo sequer.
Não entendia como e nem o porquê daquilo estar acontecendo, mas parecia tão certo, como se nossos bocas tivessem sido feitas para se tocarem. A sincronia dos nossos toques era perfeita. Estar com ele era perfeito, e a única certeza que eu tinha diante de tudo aquilo, era a de que eu não queria que isso acabasse nem tão cedo.


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