A Inspiração escrita por RayaneParaguai


Capítulo 9
Treinamento. - Dia 3


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal, me esforcei e consegui escrever o capitulo em um dia rs' Uhul! Minha criatividade voltou. kkkkk's Pelo menos é o que eu espero. :s

Ai gente e quis deixar esse cap mais fofinho e tenho que admitir que adorei o final rs' Espero que vocês também gostem. Beijos e Boa Leitura. *_*



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Acordo suada. Embora eu não consiga me lembrar claramente do sonho que acabei de ter, sabia que ele não havia sido agradável. Levanto e tomo um banho frio. São 6:30, daqui á uma hora Cornélia viria me acordar. Subitamente me lembro da noite anterior e arquejo. Preciso urgentemente me desculpar com Cornélia, ela não merecia ter ouvido aquilo, mas eu estava tão revoltada.. enfim, nada justifica. Decido sair para pegar um ar e quando abro a porta me surpreendo, Filipe está escorado na parede ao lado da porta, adormecido, ele provavelmente vai estar com uma baita torcicolo quando acordar, mas não resisto a sorrir com a cena.

Depois de insistir por quase uma hora em tentar entrar no quarto, ele desistiu. Pensei que ele tinha ido para o seu quarto, mas não, aparentemente ele passara a noite toda ali.

Dou um passo em sua direção e ele acorda exasperado.

– Mel, ai. - Diz passando a mão no pescoço, eu estava certa sobre a torcicolo. - Está tudo bem?

Assinto ainda sorrindo.

– Você passou a noite inteira ai? Achei que tinha desistido, por...

– Eu nunca vou desistir de você Melanie. - Ele diz, calando- me. Não sei o que dizer, então apenas fico parada olhando para ele. - Bom, será que eu posso entrar no quarto agora, essa parede não é nada confortável. - Diz ele com um olhar pidão, passando a mão pelo pescoço. Sorrio novamente acenando para ele entrar.

São as batidas na porta que me acordam novamente.

– Nãaao. - Choraminga Filipe do meu lado. Depois que ele entrou no quarto conversamos por um bom tempo, e parecia que só tinhamos dormido mais 10 minutos, embora eu saiba que foi mais tempo.- Agora não.

Brandon abre a porta.

– Vamos lá pombinhos, está na hora de acor..

– Onde está Cornélia? - Interrompo- o bruscamente. Ele hesita um pouco antes de responder.

– Ahm Cornélia foi para casa ontem, mas disse que mais tarde está ai. - Brandon me lança um sorriso um tanto sem graça.

– Aaah eu ia me desculpar com ela agora. - Digo também sem graça.

– É bom que faça mesmo mocinha, porque Cornélia chorou como um bezerro depois do que você disse. - O tom de Brandon passou de afável para inquisidor. E minhas bochechas com certeza ficaram em chamas.

Tomo o café da manhã no quarto, pois não estou afim de olhar para cara de Natalie. Como muito lentamente, adiando ao máximo minha ida ao treino, afinal tampouco quero encarar os outros tributos. Novamente eu e Filipe somos os últimos a chegar, mas dessa vez não estamos atrasados.

Então acontece tudo de novo. Lavignea e seu discurso chato, as duas fileiras e a nossa 3ª prova obrigatória. Força. Essa prova era a que eu estava menos preocupada, não havia me saído tão mal nas outras, mas mesmo assim ainda estava na média, essa era a prova que eu tinha para tentar me superar e melhor superar Torin. Meu sorriso sádico devia estar revelando claramente minha intenção, ou Filipe lê mentes.

– Lembre- se do que Natalie disse, para não mostrarmos nossas habilidades. - Olho para ele indignada.

– Para você é fácil falar, já mostrou que é bom no que faz. Não é mesmo Srº 94 pontos? - Ironizo cruzando os braços. - E se minha intenção era passar desapercebida eu já falhei, sou a primeira na lista dos carreiristas.

– E você acha que eu não sei disso, você podia ter me ajudado sabe, ficado quietinha no seu canto, mas não, tinha que se tornar logo o alvo central dos maiores assassinos naquela arena, só para complicar ainda mais minha situação. - Filipe estava sussurrando. Fico boquiaberta, a culpa é minha? Ele esta dizendo que a culpa é minha? Cerro os punhos indignada, e respondo também sussurrando, embora o que é sussurro para mim, seja falar bem audivelmente para os outros.

– Olha só eu não pedi para você vim tá bom, e outra coisa, talvez eu não tivesse socado aquele idiota, se você não tivesse tentado me "proteger", me fez parecer fraca.

– Você é mesmo muito ingrata Melanie Roy. - responde ele seu sussurro tão alto quanto o meu agora.

– Não é essa a questão, o fato é que, todos acham que eu sou um coelhinho indefeso, e isso não é verdade, eu sei me defender, eu sei como...

–Uhun... - O pigarro de Lavignea me interrompe, os braços cruzados na frente do peito e batendo os pés ritimadamente em sinal de impaciência, todos estão olhando para nós,. - Desculpe incomodar o casalzinho, mas eu estou tentando humildemente, aplicar uma prova aqui. - Seu sorriso era debochado. Minha discursão com Filipe me impediu de ver as provas de Torin e Cat e eu fiquei com raiva por causa disso. Já estava na vez de Vania. Presto mais atenção nas seguintes. Quando acabo minha prova um filete de sangue escorre pelo meu nariz. Eu escolhi a luta dentre minhas opções, Corpo á corpo, atirar bolas de metal ou arrastar uma parede de treinamento de 150 kg. Foi cansativo, mas no final venci a luta contra um dos treinadores.

Filipe passa por mim sem nem olhar na minha cara ensanguentada, ele também escolhe a Luta, e é bem obvio que esta com raiva, pois dá uma chave de braço no treinador em menos de três minutos de combate, vencendo- o. Jeff finalmente termina a prova, falhando na tentativa de empurrar a parede de 150 kg e somos liberados para os outros Stands.

Sigo para o de sobrevivência enquanto Filipe vai para o de armas. Torin ameaça dar mais uma de suas risadinhas irritantes, mas meu olhar vai tão raivoso em sua direção, que ele até desiste.

– Você devia visitar outros stands. - Diz Norman, o treinador, após uma hora e meia. - Eu já vi que você sabe como encontrar água á quase 20 minutos.

– Gosto desse Stand. - Respondo secamente.

– Então tá bom. - Ele dá de ombros.

Olho para Filipe regularmente e ele faz o mesmo comigo, mas toda vez que nossos olhares se cruzam, desviamos, como se estivéssemos indiferentes um ao outro. Quando Lavignea anuncia o fim do dia de treinamento eu quase choro de alivio, estava louca para me trancar logo no meu quarto. Levanto rapidamente e minha visão fica turva, cambaleio para trás tonta, em busca de algum apoio e logo encontro as mãos de Norman.

– Ou calma ai mocinha. - Diz ele me sentando, abrindo meus olhos e olhando dentro deles. Aos poucos minha cabeça foi parando de girar e eu voltei ao normal. - Tudo bem?

– Sim. Eu só levantei rápido demais. - Ele assente.

– Pode ser o calor também, como seu corpo é habituado á baixas temperaturas, sua pressão arterial acaba abaixando por causa disso.

– É deve ser isso mesmo. - Sorrio e ele me olha preocupado.

– Vou chamar o Filipe para te acompanhar até lá em cima.

– Não. - Digo me levantando bruscamente de novo- Eu já estou bem, não precisa chamar ele.

– Tem certeza? - Ele arqueia a sobrancelha. Assinto sorrindo e vou na direção do elevador, antes que Norman queira me internar. Arquejo indignada quando a porta do elevador se abre e Filipe está lá dentro. Encosto na parede do elevador, com os braços cruzados. Alguns segundos se passam e ele quebra o silêncio.

– E então, você não vai me pedir desculpa? - Ele pergunta, me viro para ele, os olhos arregalados.

– Como é que é? - Pergunto sem acreditar, mas que cara de pau.

– Quando você vai pedir desculpas pelo que me disse? - Ele continua com os braços também cruzados, seu famoso ar arrogante brilhando novamente em seu rosto.

– Você só pode estar debochando da minha cara. - Digo ainda estupefata, mas já sentindo minhas orelhas começarem a queimar.

– Não, nunca falei tão serio em toda minha vida, eu não merecia o que você disse lá em baixo, eu fiz isso por você, não por mim e eu mereço que você ... - Nesse momento as portas do elevador se abrem no 8º andar, e eu saio correndo porta a fora em direção ao meu quarto. - MELANIE ROY, EU NÃO TERMINEI DE FALAR E DESSA VEZ QUERENDO OU NÃO VOCÊ VAI ME OUVIR. - Grita Filipe vindo em minha direção. Todos no lugar nos olham surpresos, mão não reparo neles, só corro para o meu quarto, batendo a porta na cara de um Filipe furioso. Quem esse filho da mãe pensa que é, pedir desculpas? Até parece.

– ABRE ESSA PORTA MELANIE. - Filipe esta esmurrando a porta com cada vez mais força. Que cretino hipócrita, vai exigir desculpas da sua mãe. - SE VOCÊ PENSA QUE EU VOU DORMIR ENCONSTADO NESSA PAREDE DENOVO, ESTÁ MUITO ENGANADA. - De repente Filipe para de falar e eu me aproximo da porta.

– Pelo amor de Deus garoto, o que aconteceu?. - Brandon pergunta.

– NADA BRANDON, SÓ A MELANIE QUE GOSTA DE SER SEMPRE A DONA DA VERD.. - Abro a porta bruscamente e o encaro com a carranca mais perigosa que eu consegui. Ele não se atreveria a terminar essa frase. Ele me encara arfando. Nos encaramos por um minuto e antes que eu possa pensar qualquer coisa, ele me agarra e me beija, seus lábios colados ao meus intensamente. No começo tentei resistir, mas logo me entreguei a ele.

– Vocês são malucos. - Ouço a voz de Brandon ao longe, enquanto ele fecha a porta. Tenho um milhão de coisas para dizer a Filipe, mas nem uma delas importa agora. Meu único desejo é ficar ali, para sempre presa naquele beijo ardente.


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Notas finais do capítulo

Eai pessoal gostaram?? Posto o próximo capitulo o mais rápido que puder. >
Amo vocês Ray ;)



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