A Inspiração escrita por RayaneParaguai


Capítulo 8
Treinamento. - Dia 2


Notas iniciais do capítulo

Aiai Pessoal, tá difícil para mim rs' Por algum motivo esses capítulos do treinamento não estão fluindo legal :S Eu já tenho até escrito o capitulo das entrevistas, e já to com a arena toda na minha cabeça, mas continuo empacada no treinamento. I'm Sorry... Again :s

P;s Eu acrescentei uma coisinha no ultimo capitulo, então recomendo que vocês leiam o final novamente. ;) Beijo, beijo e boa leitura. >



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/447070/chapter/8

– Você é mesmo muito perigosa Roy.- Diz Filipe fechando a porta do quarto atrás de si, um sorriso safado no rosto.

– Para você ver que não deve se meter comigo. Srº Filho do prefeito.

– Aaah eu não me atreveria. - Diz caminhando até mim, beijando-me lentamente, mas o fogo entre nós é forte demais e logo já não há parte de mim onde não se encontre ele. Que passa uma mão entre os meus cabelos e a outra puxa meu corpo para mais perto do seu, não há como respirar, mas eu não vou parar. Coloco minhas pernas ao redor de sua cintura e ele me encosta na parede, me dando um apoio. Seus lábios são quentes e doces. Sinto sua mão percorrer por dentro de minha camisa e sei exatamente onde isso vai dar.

Dessa vez Cornélia nos acorda com uma hora de antecedência para o treinamento. Ela não se surpreende mais com a presença de Filipe na minha cama. Somos os primeiros a chegar ao Centro de Treinamento e Lavignea debocha.

– Muito bem 8, pelo visto o relógio que lhes mandei funciona. - Cornélia levou uma bronca, agora eu tinha certeza disso. Explica o seu "bom humor" matinal.

– Bom dia para você também queridíssima instrutora. -Digo sorrindo falsamente. Ela apenas arqueia a sobrancelha em reposta.

xx

Os tributos do 8 estão em um canto esquerdo, fazendo algo estranho...acho que dançando? Filipe gira Melanie, que ri e o abraça, enquanto continua a balançar de um lado para o outro. É estranho para mim que sou Instrutora Chefe, ver gestos tão doces e gentis. Isso não é muito comum na minha vida. A garota é abusada, mas gosto dela. Sorrio com a cena. Realmente lamentando o fim trágico dessa historia de amor.

xx

Estamos tentando dançar a quase meia hora, quando os tributos começam a chegar. Depois dos primeiros do 11, os outros chegam em seguida. Torin olha para mim de cara amarrada e me surpreendo ao ver que não há nem uma marca em seu rosto. Uau! A Capital tem mesmo os melhores remédios.

Lavignea começa mais um de seus discursos do qual eu não consigo prestar atenção e quando termina nos divide em duas fileiras novamente e nos encaminha para nossa segunda prova Armas. Essa realmente me preocupa. Eu não sei usar nem uma arma. Nessa prova o Tributo escolhe a arma que quer usar e a pratica com algumas simulações holográficas. Um computador marca os pontos de 0 á 100.

Cat escolhe as facas. Ela começar a atirar nos alvos. Eu não consigo enxerga- los daqui mas eu estou muito longe. Sei que ela foi bem, pois seus pontos foram 96. É a vez de Torin e ele escolhe uma espada. Ainda não consigo ver os alvos que estão muito distantes de mim. Nota 100?? Esse maldito não errou nada? Ele me lança um sorriso debochado e me seguro para não voar nele de novo. Ravina surpreende de novo com nota 99 embora a lança parecesse grande demais para ela. Caiu super bem.

– Que arma você vai usar? - Pergunta Filipe depois que a garota do 7 estava saindo com uma nota 36.

– Não sei. Acho que facas. E você? - Respondo tentando parecer despreocupada;

– A foice. É a que eu me dou melhor. - Ele sorri. - Sua vez. Boa sorte amor.

Sigo para mesa mordendo os lábios. Agradeço a Deus ao ver que tinham placas indicando o nome das armas. Pego as facas. Vou ter que acertar 7 alvos. 2 no coração. 3 na testa e 2 em outras partes qualquer. Explica Lavignea e eu tento controlar o suor que ameaça crescer em minha testa. Sigo em direção dos alvos.

– Atrás da linha, 8. - Diz Lavignea, e me dou conta da linha vermelha que já havia deixado para trás. Volto para trás da linha e estreito os olhos o máximo possível tentando enxergar os alvos. Minha dificuldade deve estar obvia.

– Algum problema? - Pergunta Lavignea.

– Eu não consigo ver os alvos

– Como assim não consegue ver os alvos? - Ela arqueia as sobrancelhas.

– Quer dizer eu consigo ver, mas está muito embaçado, não dá para focar. - Lavignea suspira e passa as mãos pelos cabelos.

– Era só o que me faltava. Octavio me traga uma caneta. - O garoto trás a caneta e Lavignea escreve algo na mão. - O que está escrito aqui? - Ela me pergunta estendendo a mão.

– É a letra A. - Respondo dando de ombros. Ela escreve outra coisa na mão e me estende novamente. Ela coloca a outra palma da mão em concha em cima da outra. - E agora o que esta escrito? - Dessa vez é impossível ler, eu sei que é uma letra, mas não consigo identificar qual, esta muito embaçado.

– Não sei direito. Um F? - Me esforço e ela suspira de novo.

– Continua sendo um A. - Arregalo os olhos surpresa, que tipo de truque é esse? - Octavio leve- a Petunia por favor. Diga para fazer um exame.

– O que? Mas o que eu fiz? - Ela ia me punir? Por que? Eu não tinha feito nada, será que ela achou que eu estava mentindo. - Por favor não me mande para essa tal de Petunia, por favor. - Ouço a risada estridente de Torin e Filipe já esta do meu lado.

– Calma garota, ninguém aqui vai fazer mal algum á você. - Continua Lavignea. - Petunia é médica, ela só vai ver o que está de errado com a sua vista.

– Não tem nada errado comigo é só os alvos que estão muito longe. - Digo desesperada, Lavignea me olha impaciente.

– Os alvos não estão longe e você está com problema sim. Agora pare de frescura e vá logo.

– Eu vou com você. - Diz Filipe e segura minha mão sorrindo.

– Não vai não, você vai ficar aqui e fazer a prova. - Diz Lavignea cada vez mais nervosa. Seguro a mão de Filipe com toda força e olho para ele assustada. Ouço a risada de Torin de novo e aquilo me faz soltar a mão de Filipe.

– Mas.. - Começa ele.

– Tudo bem Filipe, eu vou. - Ele segura minha mão de novo, mas eu a solto delicadamente, seguindo Octavio por um corredor branco.

Ele para em frente a uma porta com uma placa escrito. " Petunia Doson. Oftalmologista." Bate e uma mulher abre a porta.

– Octavio, o que foi? - Ela olha para mim e arregala os olhos. Octavio explica toda situação e ela assente. - Bom, então pode entrar querida. - Exito na porta um segundo e Octavio me da um empurrãozinho. A sala é cheia de maquinas estranhas que poderiam ser consideradas de tortura. A mulher era alta e rechonchuda, o cabelo vermelho fogo em forma de coração era o mais assustador.

– Sente- se aqui meu bem. - Disse me indicando a mesa atrás da maior maquina da sala. Balanço a cabeça em negativa. - Pode ficar tranquila, ninguém aqui vai machucar você. - Seu sorriso era extremamente branco. Dou uma risadinha. - Ahm.. qual é a graça?

– Nada... - digo me sentando. - É que é irônico você me dizer isso.

– Mas por quê?

– Você sabe onde eu vou estar daqui á 4 dias? - Arqueio a sobrancelha e ela suspira sem graça.

– Bom acho melhor começarmos. - diz calçando as luvas. Posiciona a maquina bem na direção dos meus olhos e eu tenho que enxergar umas letras miúdas em um quadro na parede. Ela vai mudando as lentes diante dos meus olhos, até eu conseguir enxergar as letras.

– Uau a sua vista é bem ruim. - Diz analisando uma prancheta. - É miopia, você enxergar até 15 metros de distância, no máximo. A partir disso as coisas perdem o foco.

– É, isso vai me atrapalhar muito. - Mordo os lábios, pensando como diabos eu pretendo sobreviver mais de um dia nos jogos, se não consigo nem enxergar o que estou fazendo.

– Bom... é uma desvantagem. - Conclui Octavio.

Voltamos pelo mesmo corredor branco até a sala de treinamento. A prova obrigatória já havia acabado e os tributos estavam espalhados entre os Stands, Filipe estava sentado num canto de cabeça baixa, as mãos sobre o joelho.

– Até que enfim. - Diz Lavignea, Filipe levanta a cabeça rapidamente e vem em nossa direção. - Hum.. Miopia em - Continua Lavignea, olhando a prancheta que Petunia mandara por Octavio.

– Você está bem. - Diz Filipe suspirando aliviado enquanto me abraçava - Eu pensei que..

– Eu disse que não ia acontecer nada. Esse garoto não parou de perturbar desde a hora que você saiu. - Continua Lavignea, revirando os olhos.

O treinamento segue sem mais novidades, Lavignea me aconselha a usar as adagas que são mais corpo á corpo que as facas, e eu realmente me saio melhor com elas. Após fazer a prova depois de todo mundo, e com toda atenção para mim novamente. Minha nota é 85. Não é tão ruim assim. Filipe tirou 94. Ele devia ser mesmo bom com a foice.

– Miopia, sério? - Diz Natalie quando chegamos ao 8º andar. A mesma maldita prancheta repousava em suas mãos. Aquela merda só pode estar me perseguindo. - Parece que tudo é complicado quando se trata de você, não é mesmo princesinha?

– Desculpe Natalie, se não posso controlar minha natureza humana. Quem sabe um dia eu não fico perfeita como você. - O sarcasmo em minha voz fica um pouco forçado com a raiva sobrepujando. Quem ela pensa que é?

– Olha aqui engraçadinha. - Seus olhos estavam cerrados, e eu sabia que ela estava se controlando para não voar em cima de mim. Mas por que diabos ela me odeia tanto? - Você deu o seu showzinho ridículo bem na frente de todos as pessoas que vão estar tentando de matar ardentemente, daqui á 4 míseros dias. Sabe o que isso significa?

Ela ainda tem os olhos cerrados. Tento manter minha carranca intacta, mas suspiro vencida, pois sei exatamente o que isso significa. Eles sabem que eu não enxergo direito, e vão usar isso contra mim. Ela da uma risadinha vitoriosa e eu me encolho envergonhada.

– Uhun.. - Pigarreia Cornélia. - A Melanie, não de atenções a boba da Natalie, quando você voltar dos Jogos, os nossos médicos consertam isso para você rapidinho. - Cornélia sorri docemente, tentando me alegrar. Melhor seria se ela tivesse ficado calada. Suas palavras só despertam em mim uma fúria incontrolável.

– SÃO OS JOGOS VORAZES CORNÉLIA, MINHAS CHANCES DE SAIR VIVA DESSA MERDA SÃO AS MESMAS QUE VOCÊ TEM DE FALAR ALGUMA COISA UTIL. - Grito para Cornélia, que arregala os olhos espantada. Corro para o quarto e bato a porta com toda força, trancando -a. Me jogo na cama, e desisto de lutar contra as lagrimas que se formam nos meus olhos. Logo escuto as batidas de Filipe na porta, mas ignoro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. O próximo capitulo sai no máximo daqui á 5 dias. Vou me esforçar rsrs' Até lá... ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Inspiração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.