A Inspiração escrita por RayaneParaguai


Capítulo 6
Os reis da neve


Notas iniciais do capítulo

Hello People! Ai vai o 6º capitulo. Espero que gostem!! Como sempre.

Bom é só isso. ( sem criatividade para as notas :s)



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A Capital é enorme. Quando chegamos já somos imediatamente encaminhados para nossa equipe de preparação onde somos esfolados.. quer dizer arrumados. Cada tributo tinha direito a três preparadores, que fazem absolutamente tudo e qualquer coisa com você. Os meus se chamavam, Dafne, Nindra e Poulo. Eles eram absolutamente bizarros, um com a aparência mais estranha que a outra. Poulo estava aparando as pontas do meu cabelo, quando perguntou, com seu sotaque esganiçado da Capital.

– E então, quais de seus pais é ruivo?
– Minha mãe. Pera ai, como você sabe que um de meus pais é ruivo? - pergunto arqueando a sobrancelha.
– A cor do seu cabelo, é uma mistura de ruivo com negro.Acaju, é uma cor bem rara. - responde ele sorrindo. - Muitas pessoas na Capital pintavam o cabelo dessa cor, só que de uns tempos para cá, optamos por cores mais vivas. - Aaah então é essa a cor do meu cabelo.
– Tipo rosa Chok? - Ironizo.
– Exatamente. - Apertou meus ombros e sorriu. - Ela esta pronta para o Verne.

Sou encaminhada para uma sala, completamente nua, para esperar meu estilista, que tem a função de me deixar Linda, ou qualquer coisa do tipo. Uns 2 minutos depois, Verne entra na sala. Tudo nele era hipnotizante, o cabelo dourado, a pele levemente azulada, os sapatos de salto, mas definitivamente o que chamava mais atenção, eram com certeza os olhos vermelhos, não o globo ocular, a retina. Ele olhou para mim e arqueou a sobrancelha, com um movimento do dedo pediu que eu me virasse. E foi o que eu fiz.

– Você é bem bonita. - Diz ele, e estende as mãos. - Eu sou Verne. Antony Verne.
– Prazer. Melanie - Digo também apertando sua mão.
– Bom Melanie, o look que eu preparei esse ano, na minha nada humilde opinião, é um dos mais deslumbrantes de toda minha carreira. - Imagino que maluquice será dessa vez, ano passado, ele vestira os Tributos com pele de tigre, simbolizando o instinto selvagem que existe dentro de cada um de nós. As Criticas foram terríveis. - Vamos vesti-los de Rei e Rainha da Neve. Sua pele pálida vai combinar perfeitamente.
– Rei e Rainha da Neve? - Pergunto surpresa.
– Sim, por que da surpresa, o Distrito 8 não é o mais frio de Panem, nevando 83% do ano?!
– É mas, achei que a roupa tinha haver com a função do Distrito.
– Normalmente é isso mesmo, mas pense só, quem melhor pode demonstrar os atributos de um belo tecido, do que um rei e uma rainha?- ele sorri, piscando para mim.

O vestido é deslumbrante, um tomara que caia, longo, todo estampado de flocos de neve, os detalhes do busto e da bainha eram de cetim creme. Por cima um sobretudo de veludo branco, com uma calda de mais ou menos 30 cm. Verne prendera meu cabelo, fazendo um coque desfiado, no topo uma tiara linda, com pedras brancas, que Verne me confidenciou ser de diamantes falsos, mas ninguém precisa saber disso. Diz ele entre risadinhas. Para maquiagem, ele usara uma camada de pó, que me deixara mais pálida que o normal, a sombra era azul e o blush também era azulado, ele colara uns pequenos adesivos em forma de floco de neve ao redor dos meus olhos, que deram a fantasia um efeito quase mágico. Depois de pronta, ele me observou por alguns segundos.

– Ai meu Deus, eu sou mesmo maravilhoso. - Disse batendo palmas, para si mesmo. Claro! - Você está deslumbrante.

Quase não reconheço a garota no espelho. Ela parecia quase de outro planeta, parecia vir de um mundo fantástico, de fadas, duendes e rainhas, como eu queria vir de lá mesmo.

A carruagem era ainda mais elaborada. Completamente diferente de todos os anos anteriores. Os cavalos eram brancos, e suas rédeas eram azuis. A carruagem era toda de vidro espesso, e nela havia uma paisagem viva. Flocos de neve caiam constantemente. Era lindo. Filipe não me surpreendeu ao estar parecido comigo. Ele também parecia um ser Fantástico.

– Hum... A realeza lhe caiu bem. - Disse me girando.

A apresentação ia começar, teríamos que percorrer uns 60m do edifício dos Tributos até a Praça, onde o presidente nos receberia. A saída era em ordem numérica ou seja, os tributos do um já estavam partindo. Subimos na carruagem e esperamos a nossa vez, Natalie nos dava instruções de como agir.

– Sejam simpáticos e sorriam, façam com que gostem de vocês. E acima de tudo, demonstrem confiança. Entenderam? - Balançamos a cabeça concordando. - Ótimo! Então Boa Sorte.

Quando saímos a vista é quase inacreditável, os dois lados das arquibancadas estão abarrotados de pessoas, todas histéricas e em êxtases. Tenho a impressão que vou cair da carruagem, mas Filipe segura a minha mão e me sinto mais segura. Ele sorri abertamente, e me induz a fazer o mesmo, pelo que percebo devo estar parecendo um coelho assustado com essa cara de espanto. Sorrio e aceno com empolgação. A plateia vai a loucura. Gritando nossos nomes e dizendo que nos ama. "Bom, imagina se não amassem."

Chegamos e o presidente já está a nossa espera. Octavio Samper, é um homem carrancudo, alto e um pouco acima do peso. Não faz questão nem uma de ser amigável com ninguém e tortura qualquer pessoa que não lhe agrade. Redige Panem a punho de ferro, e quase todo mundo o odeia. "Não tem problema. Melhor ser temido do que amado."

– Sejam Bem Vindos Tributos. Saudamos sua coragem e o seu sacrifício. E que a sorte sempre esteja ao seu favor! - Diz ele e se retira. Me pergunto a quanto tempo aquela mesma frase ridícula era dita. O idiota antes de Samper dizia a mesma merda, e é provável que o idiota depois dele também diga. Que vá todos para o Inferno.

Voltamos pelo mesmo caminho, recebendo os mesmo gritinhos chatos. Uma Cornélia aos pulinhos nos recebe na entrada das carruagens.

– Vocês foram incríveis. Eles adoraram vocês.

– Eles, que você diz são os macacos raivosos lá fora? - Filipe pergunta, e eu caio na gargalhada, Natalie e Brandon riem também, porém Cornélia e todo o resto da equipe de preparação parecem não gostar muito da piada.

– A maioria daqueles "macacos raivosos" são patrocinadores, que podem salvar sua vida dentro da arena. Então eu o aconselho a trata-los com mais respeito mocinho. - Diz Cornélia virando- se indignada indo conversar com outro alienígena da Capital.

Rimos por mais algum tempo, e reparo em alguns tributos nos fulminando, aparentemente nossa entrada triunfal não agradou a todos. Eu não sou a única a perceber isso, pois Brandon pigarreia e diz.

– Bom acho melhor irmos. - Caminhamos em direção ao elevador, ainda seguidos por certos olhares. - Como o nosso Distrito é o 8, acreditem se quiser, ficamos no 8º andar.


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Notas finais do capítulo

Eai pessoal, estão gostando da Fic?



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