A Inspiração escrita por RayaneParaguai


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

UOU!! Ressurgi das Cinzas. :s Pois é sei que fiquei um tempão sem postar, mas tenho que admitir tive um tremendo de um como se pode dizer... BRANCO, realmente havia desistido da historia, só ontem quando reli Em Chamas, que rea vi a minha Inspiração. ;) Enfim estou de volta.
So Sorry pela demora.
Bjins e Boa Leitura *O*
P.s Empaquei no Titulo,e decidi que não vou ficar mais 3 meses sem postar por causa disso, então.. vai sem mesmo. Sorry Again!!
P.s² O Cap saiu sem a divisão de parágrafos, não sei por que e já tentei consertar, mas não funciona. :s



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Sinto os pingos de chuva no meu rosto e é como se eu estivesse em casa, no distrito 8, com aquela maldita goteira em cima da minha cama que nunca me deixa dormir, como ela parecia perfeita agora. Suspiro entristecida e abro os olhos. Uma chuva fina e refrescante, reveste minha pele.
"Que merda vai estragar meu cabelo." Ouço a voz de Cat a poucos metros de mim. DROGA, levanto com um pulo e procuro em desespero um lugar para me esconder, já que correr é uma má ideia. "Não acredito que você esta preocupada com o seu cabelo aqui." DROGA, DROGA, DROGA. Eu que não acredito que dormi em um lugar tão exposto, ainda estou rodando atrás de um esconderijo e imagino o quanto isso deve estar parecendo idiota para as câmeras. Mas quem se importa com elas? Avisto uma árvore alta e vai isso mesmo, não sou tão boa em escalar quanto Filipe, mas dou pro gasto. Subo o mais rápido que consigo, tropeçando algumas vezes. As vozes do casal do 1 cada vez mais altas enquanto se aproximam. Chego ao topo da árvore, segundos antes de eles passarem por onde eu estava. Me escondo atrás do tronco. Por favor não olhem para cima, por favor não olhem para cima. "Espero que ela esteja bem, quero ser eu mesmo a esmaga-la". Torin dá uma gargalhada cruel e sinto meu sangue gelar, ao perceber que o assunto da conversa sou eu.
Uma formiga pica meu pé e por pouco não caio da árvore. " O que foi isso?" Torin se vira alerta, reagindo ao farfalhar produzido por meu quase escorregão. Prendo a respiração e tento me esconder ainda mais atrás da árvore. MEEEEEEEEEEEEEERDA! "O que?" " Eu ouvi alguma coisa, ali" Eu não posso vê-los, mas tenho certeza que ele esta apontando exatamente para minha árvore. Torin caminha lentamente na minha direção e eu não consigo parar de pensar que já estou morta. Ouço mais um farfalhar, mas dessa vez não sou eu. Um esquilo, sai do arbusto e Cat ri. "É só um esquilo", Torin ainda procura alerta, "Vamos Torin, não tem ninguém ai." Ele fica mais uns segundos observando, até que se conforma e vai embora. Fico mais uns 5 minutos sem me mexer, depois de ter certeza que eles foram embora. O alivio que sinto, faz com que eu quase caia da árvore de novo.
A chuva fina já se transformou em uma tempestade, tem quase duas hora que está chovendo e eu me pergunto se a intenção é inundar a arena. Estou só com o short e a regata, sentindo os pingos grossos baterem como agulhas no meu corpo. Tive que tirar a calça e o casaco sintético, já que estava fazendo um barulho descomunal.
Continuo andando em busca de não sei o que, a lama dificulta a caminhada e logo estou cansada. O canhão soa, alguém morreu. Penso em Filipe imediatamente. "Ai Meu Deus Não!" Calma Melanie, tem mais 10 pessoas nessa arena, pode ser qualquer um." Tento lembrar quem foi que sobrou. O casal do 1, a garota do 2, o casal do 4, eu e Filipe. Falta 3 pessoas, no entanto por mais que eu me esforce não consigo lembrar quem são. Droga! Ele não pode estar morto, não pode.
Sinto meu corpo encharcado tremer de frio, a minha dificuldade de enxergar se intensifica ao máximo com a chuva forte, e eu me sinto completamente cansada e faminta. Não há abrigo nem um avista, nem uma caverna ou buraco que seja, onde eu possa me proteger do temporal. O maior perigo é eu ficar doente. Era só o que me faltava, vim para os Jogos Vorazes para morrer de uma sem graça pneumonia.
Continuo caminhando aleatoriamente, meus pensamentos vagando até o tributo morto, a duvida dominando. Meus pés afundam numa poça vasta de lama, tento com dificuldade passar, me movimento bruscamente e nem percebo que estou afundando até a lama chegar no meu joelho, o acontecimento só me deixa ainda mais impaciente, e eu me mexo ainda mais, afundando mais rapidamente. A lama já esta um pouco acima do meu umbigo, e eu tento desesperadamente não entrar em pânico, desisto de me mexer, isso só piora minha situação. Eu fico só parada, sentindo meu corpo afundar. Meu pânico se intensifica ainda mais, quando começo a sentir minha perna formigar, como se pequenos bichinhos a tivessem mordiscando, avisto um galho pendendo de uma árvore mais ou menos um metro a minha frente e avalio minhas chances, que se resumem a uma só. Eu posso tentar me jogar para frente e agarrar o galho, mas se não der certo eu vou cair de cara na lama e bom.. podemos dizer que isso não vai ser muito bom. Com o corpo imerso quase a altura do meu peito, o impulso não vai ser forte, mas espero que seja suficiente para me erguer até o galho, com esse pensamento "tranquilizante" me lanço para frente, e posso dizer com certeza que por um milimetro, eu consegui. Agarrada ao galho como se ele fosse o grande amor da minha vida, e nesse momento é mesmo, já que o verdadeiro esta por ai perdido por essa arena, quem sabe até...
Subo pelo galho que Graças aos Céus é forte o suficiente para aguentar meu peso, e suspirando de alivio ao ver minhas pernas emergindo daquela lama nojenta. Chego ao topo do galho, e pulando como um verdadeiro macaco, consigo chegar até o tronco da árvore que esta na outra margem da poça de lama movediça. Agradeço pela primeira vez no dia essa tempestade incessante, que me ajuda a lavar meu corpo imundo. Eu estava certa a respeito dos pequenos bichinhos me mordendo, minha pele esta quase toda coberta de pequenos pontinhos vermelhos que coçam insuportavelmente.
Estou tão concentrada me esfregando, que quando percebo o olhar de alguém sobre mim já é tarde demais, sinto claramente que estou sendo observada, a presença de algo me rondando. Levanto lentamente e sem nenhum movimento brusco, não me atrevo a tentar pegar a faca, que deixei ao lado das minhas botas, enquanto estava me limpando. Caminho para trás até minhas costas baterem em uma árvore. Algo se movimenta entre os arbustos e corre na minha direção. Fecho os olhos incapaz de encarar seja lá o que esta vindo me matar, sinto a lamina fria de alguma arma no meu pescoço, pronta para me tirar desse jogo. Porém, por algum motivo, ele não prossegue, apenas ouço o ruido de sua respiração pesada, provavelmente ele espera que eu abra os olhos, que eu não seja tão covarde. Mas eu não abro, não quero ver. Que se dane o que ele quer, acaba logo com isso.
Sinto a arma cair ao meu lado, acompanhado de um arquejo profundo.
– Meu Deus do Céu. - Diz e eu abro os olhos imediatamente. E por pouco eu não grito. Minha unica reação é pular no colo de Filipe e beija-lo como se estivesse morrendo, porque a verdade é que estou mesmo.


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Notas finais do capítulo

Aaah então pessoal, é isso espero que tenham gostado. ;)
Não sei quando vou postar o outro cap, mas vou me esforçar para que seja logo ;)
Bjins. *O*



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