Waiting for you escrita por Uma Malfoy


Capítulo 10
Chorar faz bem


Notas iniciais do capítulo

Olá! Novo capitulo e espero que gostem



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P.O.V. Alice

Minha mãe me ligou na noite passada, e eu é claro, desabei em lagrimas contando pra ela tudo o que aconteceu, e ela como toda mãe, me aconselhou e disse que eu deveria perdoar a Annie, porque apesar de tudo ela se arrependeu, e também que, o meu problema é com o Harry, não com ela.

Decidi que falaria com a Annie, com calma, só que amanhã, segunda feira, já que hoje é domingo e eu vou ficar o dia inteiro em casa, sozinha.

Acordei, dei uma arrumada no apartamento, tomei café da manhã, e quando eram mais ou menos umas 11:00 a campainha tocou, fui atender, de pijama mesmo.

– Oi Alice – Era Jake, ele nem me esperou responder, foi logo entrando – Vá se arrumar.

– Espera – ele se sentou e eu fechei a porta – O que ta acontecendo?

– Simples, nós vamos passear, agora vá se arrumar, não temos muito tempo! – ele olhou no relógio serio e ligou a TV.

– Ok então – levantei as mãos em sinal de rendição e fui pro meu quarto me arrumar.

Coloquei um short jeans, uma blusa básica, tênis, e peguei minha bolsa, voltei pra sala e Jake continuava do mesmo jeito.

– Estou pronta – digo ficando de frente pra ele.

– Ótimo – ele se levantou, desligou a TV e nós saímos.

O caminho todo até a recepção foi silencioso, e eu o observei, ele estava serio, com uma bermuda e uma blusa qualquer.

– Olá Luis – cumprimentei o porteiro.

– Bom dia dona Alice – ele acenou – Jake.

– Bom dia Luis – Jake acenou de volta e eu o encarei.

– Você conhece o meu porteiro? – paramos em frente ao seu carro.

– Conheço, ele já trabalhou na empresa do meu pai – ele abre a porta pra mim.

Entro no carro e ele também, mas eu o impeço de liga-lo.

– O que foi? – ele para e me olha.

– Da pra você me explicar aonde vamos? Porque eu não estou entendendo nada – ele suspirou.

– Eu só quero te levar pra passear ok? Não é nada de mais, é que domingo é dia de tédio, então eu bolei um dia animado pra gente, topa? – ele sorri.

– Eu já estou aqui não é? – sorrio de volta.

Ele se aproxima de mim e me rouba um selinho.

– Então vamos – ele liga o carro e saímos.

– Posso? – perguntou com a mão no radio do carro.

– Claro – ele sorri.

Ligo o radio e começa a tocar Happy do Pharrell Williams

– Eu amo essa musica – ele aumenta no ultimo o volume do rádio e comaça a cantar loucamente. – Cante comigo Alice!

E sem mais delongas começo a cantar também.

– BECAUSE I’M HAPPY! – a gente gritava o refrão, e ria sem parar.

– Ahhh acabou – digo rindo enquanto diminuo o volume do rádio.

– Não sabia que você cantava bem – ele pergunta.

– É que eu já fiz aula de canto, há uns seis anos – abro o vidro do carro, coloco minha mão pra fora e fico observando-a ser levada pela força do vento.

Depois do meu comentário um silêncio pairou, o rádio tocava uma musica qualquer, mas é como se ele estivesse desligado. E depois de alguns minutos assim, ele estacionou o carro, e foi ai que eu percebi que nós estávamos em um tipo de fazenda.

Havia uma casa, grande, mas nem muito, um belo jardim, e um homem, talvez o caseiro do lugar, que nos esperava na porta da frente da casa.

– Bom dia Jake – eles se cumprimentaram – senhorita

– Olá, Alice, muito prazer – apertei sua mão.

– Prazer, sou Julio – ele sorriu amigavelmente a adentrou a casa.

Nós os seguimos, e eu olhava o tempo todo pro Jake, esperando uma explicação, ou uma palavra sequer, mas nada.

Julio nos levou até a varanda, que ficava do outro lado da casa, que por sinal era muito bonita por dentro. Lá fora havia uma piscina, alguns bancos no gramado e uma mesa.

– Muito obrigada Julio – Jake o agradeceu e o empregado sumiu pela casa a fora.

O lugar não tinha só aquela casa grande. Ao lado ficava a casa do Julio, que ele mesmo explicou, era boa também. Mais adiante ficava um galpão, onde segundo Julio eram guardados os equipamentos usados na plantação da fazenda, que ficava mais adiante.

– Jake para – ele arruma algumas coisas em cima da mesa e parou imediatamente para me olhar.

– O que foi?

– O que foi? – sorri – Da pra me explicar onde estamos e o que viemos fazer aqui?

– Essa fazenda é do meu avô, ele trabalha com plantação há anos, e tem essa fazenda, mas ele se mudou pra cidade, por isso a casa fica vazia o tempo todo – ele se ajeitou e ficou de frente pra mim – então pedi a ele que me liberasse a casa hoje, pra eu te trazer aqui, vamos passar a tarde juntos, afinal nós passamos por situações pesadas esse final de semana, por isso, tive essa brilhante ideia.

– Uau – me sentei pra processar tudo – Nossa, parabéns, você é ótimo com surpresas, e eu adorei!

Levantei os abraços em sinal de animação e fui ajuda-lo a organizar o nosso piquenique.

Estendemos uma toalha no gramado, fomos até a cozinha e pegamos bolo,bolacha,suco,frutas, pães e é claro chocolate, apesar de eu ter insistido, Jake achou chocolate e quis porque quis leva-lo pro nosso piquenique.

– Nossa quanta coisa – digo olhando as comidas arrumadas sobre a toalha.

– Pois é – ele se sentou – A gente tem o dia inteiro pra comer, pronta?

– Prontíssima – eu me sentei ao seu lado e começamos a comer.

– Mas e ai, porque você e a Anne brigaram? – ele pergunta.

– É um assunto meio chato, mas resumindo – suspiro – eu já namorei o Harry, do primeiro ano de engenharia, e a Anne é afim dele, daí eles estão ficando, e ela armou pra mim, pra eu énsar que o irmão dela esta afim de mim, assim, eu não atormentaria os dois pombinhos...

– Nossa meu amigo ta ferrado... – ele diz.

– Amigo? – pergunto sem entender.

– Bom, é que... – ele bebe um gole de suco – O Harry é meu melhor amigo...

– O que? E você só me conta agora? – pergunto.

– Então, eu já sabia sobre você, ele já tinha me contado, sabe, nós ficamos muito amigos quando ele se mudou... E esse ano, quando vocês se encontraram, e brigaram, e ele dormiu na sua casa, enfim eu sabia de tudo.

– Espera – tentei entender – Então você sabia de tudo, de mim, da Anne, das nossas brigas... tudo?

– Sim, mas eu não sabia que você era a tal Alice, só me toquei depois que te deixei em casa no dia da festa...

– Acho que só eu que não sabia, eu sou uma idiota mesmo – me levantei – eu preciso ir Jake...

– Espera, Alice, por favor, eu não sabia quem você era eu juro! – ele se levantou e veio atrás de mim

– Eu acredito em você, mas... – eu estava confusa, não sabia o que pensar – na verdade eu nem sei em quem acreditar.

Eu parei de andar, precisava pensar, se o que eu estava fazendo era certo, precisava entender tudo o que estava acontecendo.

– Se acalma, vamos conversar – Jake me alcançou – calma Alice...

– Jake, me desculpa eu... – me sentei no chão, ali mesmo na entrada na casa – eu agi sem pensar, e ai meu Deus você não tem nada a ver com isso, me desculpe...

– Tudo bem, não foi nada – ele se sentou do meu lado.

– Minha vida virou um inferno, só brigas, confusões, e tudo o que eu queria era fazer minha faculdade em paz, do jeito que eu sempre sonhei, mas eu não consigo... – meus olhos foram enchendo de lágrimas e eu comecei a chorar.

– Vai ficar tudo bem, eu prometo – ele passou o braço na minha cintura e me abraçou – pode chorar...

– Eu não aguento mais chorar...

– Chorar é bom, alivia – eu assenti.

Chorei muito, e Jake me confortou com um amigo que não se acha em qualquer lugar, chorei por tudo que passei e pelo o que estou passando.

– Vem, vou te levar pra casa – ele se levantou e estendeu a mão pra me ajudar.

– Nem pensar – me levantei e sequei as lagrimas que ainda teimavam em cair – Vamos aproveitar ok? Não vamos deixar essa minha crise estragar o nosso domingo...

– Não precisa Alice, se você não estiver se sentindo bem eu te levo.

– Nada disso vamos – puxei seu braço e nós voltamos pro nosso piquenique.

Ficamos a tarde toda juntos, nos divertimos, ele me mostrou a fazenda e eu, por algumas horas esqueci todos aqueles motivos pelos qual eu chorava a um tempo atrás.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM! Beijos e até o proximo



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