Burn the Witch Interativa - Fanfic de Fichas escrita por Crow


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Aconselho que leiam com bastante atenção, tem explicações que vão ser úteis na hora de fazer sua ficha e também para o decorrer da estória.
Ficha aqui: http://www.tfaforms.com/310589



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Sentem-se, sentem-se crianças. A história que irei lhes contar possuem dois protagonistas, aparentemente simples, com histórias normais, mas que mais para frente mostrarão seus valores junto de pessoas que estão lá para ajudarem-nos e também para mostrar quão grandes podem ser.

Ajeitem-se, pois irei começar...

Nossa história começa numa tarde de verão quente e cheia em Sorcery City, uma cidade futurista onde tudo era tecnologia e inovação. Por mais que sua aparência fosse antiquada, aquela era uma das cidades mais tecnológicas do país. Sendo a maior parte de sua energia constituída pelo vapor.

O pequeno garotinho corria pelas ruas estreitas e cheias de gente, tinha uma novidade e queria chegar rápido na casa de seu amigo para contar. Se desviando das pessoas, esbarrando em outras e sendo xingado por mais outras, o menino de cabelos escuros e cacheados entrou em um beco que dava atalho para onde queria ir, mas acabou tropeçando e caindo de joelhos, as mãos foram rápidas e o apoiaram antes que seu rosto fosse direto ao chão, aquele chão era feito de pedras maciças e por cima era sujo de pó e terra, sendo assim as mãos e roupas do garoto ficaram sujas.

Aquele tombo havia doido, a palma de suas mãos e seus joelhos ardiam, assim como seus olhos que já começavam a encher de água, o menino passou as costas da mão direita nos olhos, enquanto estava sentado por cima de suas duas pernas, quando conseguiu desembaçar os olhos das lágrimas olhou para frente, ainda sentado em cima dos tornozelos o menino percebeu que aquele beco estava escuro como nunca estivera antes e olhando fixamente para escuridão que aumentava gradativamente de onde ele estava até o final da pequena ruela, o menino pensou ver algo se mexer antes de ouvir um barulho. Assustado, ele prendeu a respiração e jogou o corpo para trás, apoiando novamente as mãos raladas no chão, mas seus olhos por algum motivo que nem mesmo ele conseguia entender, continuavam fixos ali, ele sentia que uma ânsia e um medo começavam a se alastrar pelo seu corpo, começando por aquele friozinho incômodo na barriga, mas antes que ele pudesse perceber, tudo aquilo havia ido embora e ele começava a se sentir mais calmo, ele começou a se lembrar de coisas que te deixavam feliz e tranquilo, como aquela novidade que ainda tinha pra contar ou o vento fresco que fazia nos fins de tarde em sua casa trazendo junto o cheirinho de comida fresca e quentinha que sua mãe fazia.

O sol saiu por entre as nuvens trazendo mais claridade para aquele estreito beco e então, daquele canto escuro saiu uma garotinha que aos olhos do garoto, não devia ter mais de seis anos de idade, os cabelos eram ruivos meio avermelhados, mas ainda com seus reflexos cobres, possuiu algumas mechas estranhas e brancas espalhadas por ali, os olhos verdes brilhavam à luz do sol que batia em seu rosto, enquanto em suas mão pequenas havia também, um pequeno filhote de gato branco com manchas parecidas com a cor dos cabelos da menina e seus olhos eram um de cada cor, um azul e o outro amarelo.

O menino arregalou os olhos surpreso, não conseguia entender nada do que estava acontecendo ali. E aquela sensação de calmaria era ainda mais estranha.

A menina abriu a boca em um sorriso de dentes pequenos e alguns faltantes, as bochechas com algumas sardas ficaram rosadas com a animação e então ela fixou aqueles enormes olhos verdes nos castanhos do menino.

Ainda atônito o menino tentou se mexer, mas sem sucesso ele então perguntou:

— Qual o seu nome?

— Valkyria. E o seu?

— Keith, mas as pessoas nunca entendem e sempre falam errado...

— É um prazer, Kit.

O menino bufou e girou os olhos, era sempre a mesma coisa, nunca haviam lhe chamado de Kit, mas ele também não iria reclamar, aquilo era o mais próximo que já haviam chegado na pronuncia de seu nome.

— Por que você não se apresenta como Kit para as pessoas em vez de Keith, os sons são bastante parecidos e... Você não tem um apelido, tem?

E mais uma vez naquele dia, os olhos do menino ficaram atônitos. Por que nunca tinha pensando naquilo? E era estranho ter uma completa desconhecida criando apelidos para ele, mas aquela não era uma má ideia.

Keith balançou a cabeça negativamente, respondendo à pergunta de Valkyria e então, ela voltou a abrir o pequeno sorriso cheio de buracos.

— Eu tenho que ir, senão papai ficará furioso. Até mais, Kit.

Ela passou correndo por ele e antes que ele pudesse virar a cabeça para observar para onde ela ia, Valkyria já tinha desaparecido.

Magia ou não, o menino teve quase certeza que aquilo não era algo comum. Naquelas cidades e ainda naqueles tempos, era comum se acreditar em bruxas e feitiçaria. O problema real era que: tudo que saia da boca daquelas pessoas simples, não passavam de histórias inventadas e nada era como na realidade.

Não... Não teve toda essa história de bruxas sendo queimadas em fogueiras em Salem, muito menos a história da Inquisição onde católicos mandavam pessoas inocentes para fogueira. O principal fato que eu devo desmistificar e esclarecer para vocês crianças, é que: bruxas nunca foram para fogueiras, elas eram enforcadas como qualquer outro detento, bruxas não morriam apenas com fogo, porque afinal, se você for parar para pensar, elas são bruxas, poderiam facilmente controlar aquele fogaréu todo, mas isso é um assunto que trataremos mais para frente. A segunda coisa que você deve saber é: humanos nunca mandaram bruxas para lugar nenhum, quem realmente mandava eram outras bruxas e até então, assim vem sendo.

Diferente do que vocês pensam bruxas não tem essa imagem naturalmente feia, algumas delas até podem adquirir essa imagem horripilante, mas porque elas trocariam uma aparência comum, onde elas podem se camuflar por entre tantas pessoas e lugares, por uma imagem que chamaria atenção e acabaria as condenando mais facilmente? Com essas formas humanas comuns, ela podem estar em qualquer lugar, até mesmo no lugar onde você menos imaginaria... Isso mesmo, nas igrejas. E mais uma vez, diferente do que muitos de vocês pensam, bruxas não louvam à Satã ou qualquer coisa parecida, muitas delas são bastante religiosas e eu tomaria cuidado com elas se fosse você.

E para fechar nosso assunto e nossa história e começar finalmente de onde interessa, uma última coisa que você deve saber, é como elas trabalham. Não tem essa ladainha toda de bruxa boa ou bruxa má, assim como qualquer outra pessoa, bruxas sentem os mais diversos tipos de sentimentos indo do ódio ao carinho, basta apenas à elas decidirem qual sentimento irá prevalecer.

Existem alguns tipos de magias que são ensinadas a todas igualmente, magias básicas, livros de família, livros para cada tipo de magia... Confuso, eu sei, irei te explicar isso também.

Bruxas podem controlar os quatro elementos já conhecidos por todos: água, fogo, ar e terra, além de um elemento extra que podemos dizer que é a energia, não digo energia de luzes e ou força elétrica, digo essa energia e eletricidade que flui pelos nossos corpos. Essa última pode ser mais perigosa que qualquer outro elemento. Mas dentre os outros quatro elementos, o que vocês devem saber é que o fogo e água tem as consequências mais devastadoras, isso não desmerece a força dos outros, obviamente. O que as bruxas dizem é que qualquer elemento da natureza tem sua força própria e você não deve subestimá-lo, deve aprender a trabalhar com eles. Uma linhagem clássica também, é a linhagem psíquica, qualquer habilidade é executada através do exercício da mente, essas pessoas são normalmente mais pensadoras e mais perceptíveis em relação as outras, seus poderes assim como o uso da energia, são os mais imperceptíveis quando são usados. Porém, uma coisa que existe em comum entre a linhagem de energia e a linhagem psíquica é que as usuárias tem habilidades físicas muito debilitadas, fortes em mente, mas fracas em corpo.

Bruxas possuem linhagens, alguém só nascerá bruxa ou terá o dom da magia se tiver em seu sangue uma linhagem de bruxos e como em qualquer família há características que passam de geração em geração, com a magia não é diferente. Cada família possui um elemento chave e desse elemento chave ela pode se aprimorar em alguns feitiços, feitiços de várias formas e potências e para cada nível de poder.

Agora nós entramos em uma parte um pouquinho complicada, preste atenção e apure seus olhos e ouvidos, criança.

Existe uma série de livros, rascunhos, pergaminhos que contém magias que podem ser aprendidas por qualquer bruxa, com qualquer elemento chave, essas magias são conhecidas como Regentes, elas tem um poder destrutível dependendo de quem usá-las e por isso ela foi escondida pelo antigo Círculo das Bruxas, aquele o qual foi destruído na Inquisição.

É por esse motivo que nossa história começa... O novo Círculo das Bruxas descobriu que outras bruxas espalhadas pela grande região de Sorcery City estão atrás dessas magias, sabendo as consequências, o Círculo deve entrar em uma caça e prevenir que as outras encontrem aquelas magias antes.

Preparem suas armas, crianças, nós vamos a caça. Queime a bruxa!


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Notas finais do capítulo

Sim, a Val e o gato dela são parecidos, mas não foi intencional, fui perceber isso só depois...
Vão ter elementos do steampunk por aqui e eu não me lembro de ter me baseado em alguma coisa para fazer isso... Talvez um pouco em um anime chamado Witch Hunter Robin, é muito amor e eu recomendo.
Espero seus comentários e fichas e boa sorte!