Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig


Capítulo 35
Capítulo 27. Again




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/44664/chapter/35

Capítulo 27. Again

 

Mais tarde pedi a Synyster para levar Anne a casa.
Por fim, a calma tinha se instalado naquela casa. Mas não em mim. Tudo me lembrava Zacky. Os seus olhos, as suas palavras. E também o ódio e o nojo que tinha por ele.
Baterem a porta do meu quarto, onde estava deitada na minha cama. Era Syn, tinha acabado de voltar.
- Posso querida?
- Claro pai.
- Querida, quero-te pedir desculpa. Pelas minhas ausências, por não estar sempre junto da tua mãe, por não ser o pai que tu merecias. És uma miúda incrível, com grande inteligência, bonita. Mereces o melhor.
- Obrigada, penso eu. Pai, ainda amas a mãe?
- Sim, muito. Mas as pessoas mesmo que amem alguém, estão com outras pessoas. Não deviam, mas fazem-no.
Obrigada Synyster Gates, conseguiste. Falaste em ti e no Zacky, e em mim e no Thomas.
- E o Thomas? Gostas mesmo dele, ou é só por estar?
- Gosto dele…
- Como amigo?
- Sim.
- E mais que isso?
- Não sei. Sinto-me bem ao pé dele. É o que importa. Estou protegida.
Riu-se. Olhei para ele com ar de dúvida.
- Fizeste-me lembrar quando eras pequena. Dizias que o Zacky te protegia. Eu não sou grande protector, mas ele tinha imenso jeito. Vocês os dois, estão bem? Não te despediste dele quando partimos nem grande festa quando chegamos…
- Cresci pai. Não preciso mais da protecção do Baker.
- Hum. Boa noite, Haner.
- Boa noite, Gates.
Para além do silêncio, tinha agora a escuridão. O tormento para adormecer começava, e não queria parar. Tremia bastante, e sentia-me extremamente zonza. A cabeça estalava, o coração ia até a garganta, deixando um vazio no peito. E assim acontecia todas as noites.
Por estranho que pareça, não bebia desde que Zacky mudará no que toca ao que sinto por ele, e o problema era na minha esperança, esse: falta de bebida. Havia algures uma garrafa perdida no meu quarto, tinha a certeza. Comecei a minha busca, sem fazer grande barulho para não acordar Brian.
Estava difícil, mas lá encontrei um resto de uma garrafa de martini. Começava a pensar se seria boa ideia beber. Tinha estado tanto tempo sem o fazer, que agora me atormentava. Mesmo assim a dor tem de se combater. Não ia provocar dor física em mim, ia provocar prazer.
Pensei e repensei. A imagem de Zacky perseguia-me, e o vazio aumentava. Molhei os lábios naquela garrafa, bebendo o resto de seguida. Era pouco. Pouco para adormecer.
Voltei a procurar, com a fúria da bebida. Tinha de haver mais.
Não encontrara nada. Voltara a procurar. Num fundo de uma gaveta, uma garrafa de vodka de limão sorria para mim. Tentei-lhe chegar mas algo se atravessou no caminho, fazendo-me bater com a cabeça, e o sangue jorrou sobre a minha face. Não me importei, conseguira o que queria. A garrafa.
Bebia e rapidamente o sono chegou. Fechei os olhos e adormeci.

Algo tinha melhorado. Não tinha tido pesadelos esta noite, nem sequer sonhos. Uma noite de sonho límpido e suave.
Olhei-me ao espelho, e uma grande mancha negra ocupava a minha testa. Tinha de encontrar esmeralda antes de meu pai aparecer.
 Corri para a cozinha, mas era tarde demais. Este estava sentado a tomar o pequeno-almoço, com um ar limpo, de barba feita, calças pretas ligeiramente rasgadas, t-shirt e casaco de capucho. Ia ensaiar, só isso explicava ele tirar os pés da cama tão cedo.
- Bom-dia menina. O que tem na testa?
Syn virou-se rapidamente, para me observar mais profundamente.
- Juliet! O que aconteceu?
- Bati com a cabeça…
- Oh querida, tens de ir ao hospital. Merda, tenho ensaio! Esmeralda importas-te?
- Brian, eu hoje ia embora para a minha terra… Passar o natal. Só me queria despedir de vocês e depois seguia logo.
- Claro, como é que não me lembrei. – Suspirou. – E agora? Importas-te de vir comigo para o ensaio e depois eu peço a algum técnico que te leve lá?
- Pai, posso ir com o Thomas.
- Está bem.
Pela sua expressão sabia que não concordava, mas não tinha o Zacky disponível para cuidar de mim.
- Pai, como é o natal este ano?
- Bem, nós pensamos ir todos para casa do Jack. É bastante grande e penso que dá para levar toda a gente. Nós e o avô. Depois os restos das famílias. Temos é que fazer muita comida.
Rimo-nos.
A parte das bandas que mais gostava é que elas eram a nossa família. Todas as famílias, mais as famílias das namoradas uniam-se. Este ano, porém, da banda do meu pai não havia namoradas. Estranho.
Despedi-me da Esmeralda, e esta saiu com o meu pai que a levaria a estação de comboios.
- Querida, quero que me ligues quando saíres do hospital. Não sei se vamos estar no estúdio ou vamos para casa do Zacky, por isso ligas e depois o Thomas que te venha por a casa. E não saias sozinha de casa. Com essa ferida, era motivo de notícia de amanha.
- Sim pai.
Nem parecia o Synyster Gates que eu conhecia. Era o Brian Haner a falar. Entidade que ele apenas assumia com a ausência da minha mãe e da esmeralda, e ao mesmo tempo que eu tinha um problema grave. Mas o mais certo era mandar o Zacky tomar conta de mim, como costume.
Passei-me rapidamente por agua, vestindo umas calcas cinzentas com um top azul e o meu casaco, de seguida. Liguei a Thomas, e esperei por ele ligando a televisão para ver o que estava a dar.
O Thomas chegou, e tinha trazido a sua mota de forma a eu não andar de transportes públicos como o meu pai assim pretendia. Quanto menos fosse vista melhor.
- Oh meu deus, isso está feio! – Assustou-se – O que é que andaste a fazer?
- Bati com a cabeça.
Aproximou-se de mim, beijando-me. Cada vez os seus beijos me sabiam a menos.
- A esmeralda?
- Foi passar o Natal fora. Também tem direito a férias, do que ela atura.
- Então estamos sozinhos…
Passou os dedos pela minha camisola. Doía-me extremamente a cabeça, e todo aquele sangue ressequido pesava-me.
- Vamos?
Assentiu com a cabeça.
O capacete da mota pressionava demasiada sobre a ferida, o que aumentava a minha dor. No hospital limparam-na e desinfectaram. Ainda me fizeram uma serie de exames para saber qual o estado daquilo. Tive sorte e apenas levei uns três pontos, podendo voltar para casa naquele momento, mas na condição de não fazer esforços. O raspanete por aquilo foi ouvido e liguei para o meu pai. Estavam em casa do Zacky, e ordenou-me que esperasse ali até que o dono da casa me viesse buscar.
Tinha de me preparar para falar com o Thomas. O facto de eu ir estar tanto tempo com o Zacky não o ia por feliz.
- Então, vou-te por a onde?
- Não vais. – Preparei-me para a sua reacção. – O meu pai disse para o Baker me vir buscar. Quer que eu vá para o pé deles, e quer ter a certeza que não vou a nenhum outro sítio antes.
- O que lhe deu agora? Pensava que o teu pai não era assim tão protector.
- Não está cá ninguém para tomar conta de mim. Ele está só a mandar alguém fazer o seu trabalho enquanto é o Synyster Gates. A protecção pertence ao Brian.
O Zacky chegou rápido. Dei um beijo rápido ao Thomas e entrei no carro. O medo voltara.
- Olá Haner.
- Olá Baker.
Mantivemos o silêncio durante toda a viagem. Era constrangedor e conseguia aumentar mais o meu nó na garganta. Ardia-me a testa extremamente, as tonturas e os vómitos voltavam em força. Teria mesmo de ser assim sempre que estava com ele?
Parou o carro junto à vedação. Ao contrário de Syn que adoptar por um apartamento junto à escola, Zacky tinha uma pequena vivenda. Era bastante acolhedora.
Olhava para mim, de uma forma carinhosa e preocupada.
- Sim, Baker?
- Levaste pontos? Está negro…
Aproximou-se para ver mais de perto. Novamente a sua respiração junto à minha.
Ele avançou no encontro dos meus lábios, e eu apenas me mantive no meu lugar. Não conseguia controlar o meu agir.
O beijo que ansiava há muito, chegou. Um arrepio percorreu-me de alto a baixo. Continuei-o, queria aproveitar ao máximo aquilo que eu nunca iria começar.
A sua mão tocava nos meus cabelos enquanto me beijava, e com a outra mão me puxava pela cintura para junto de si. O meu corpo ficara completamente sem controlo, e apenas o seguia para onde ele me levasse. Nem que fosse para o fim do mundo, naquele momento iria com ele.
Parou.
- Desculpa Juliet. – Baixou os olhos. – Tu andas com o Thomas. Eu não devia fazer isto, é estúpido da minha parte, devia me controlar. Desculpa, é difícil não te ter.
- Zac...Ky. O problema não é o Thomas, eu não te consigo perdoar.
- Então acaba tudo com ele, Juliet. Não é por mim, por ele. Não merece.
- Eu gosto dele.
- Claro. Parece que nos estamos a repetir bastante.
- Não, desta vez não me arrisco a te encontrar com outra pessoa. Ligas para a Gena, e matas o desejo.
Sai do carro, sentia uma estúpida a estar ali com ele. Não sentia que traíra Thomas, isso apenas sentia com Thomas e sobre Zacky. Tinha raiva de mim própria por cair na tentação dele homem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Imensas desculpas pela demora. Estive ocupada :x

Espero que gostem, comentem!