Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig


Capítulo 31
Capítulo 24. I Miss You - P4




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Capítulo 24 - I Miss You

 

Parte 4

 

Acordei de manhã, e o relógio dava as sete horas. Ontem acabara por adormecer entre lágrimas e sentimentos confusos.

Tomei um duche rápido, e vesti umas calças de ganga clara com uma blusa de lá fina branca. Escovei o cabelo, e acabei de me arranjar rapidamente.

Peguei no telefone e ouvi novamente a mensagem de Zacky antes de a apagar. Ele dizia gostar de mim, era obvio que gostava. Mas não gostava o suficiente para não me magoar. A dor em mim, aumentou. Senti-me estúpida ao ter sorrido ontem ao ouvir as suas palavras.

Apaguei a mensagem rapidamente, e sai de casa.

Como ontem, precisava de caminhar e sentir a brisa fresca que abria aquela manhã. Hoje estava mais frio e também mais escuro.

Sentia-me confusa. Não sabia o que andava a fazer. Precisava de organizar ideias, e libertar-me de muitos sentimentos. De uma única coisa tinha a certeza, amava Synsyter, mesmo com a mágoa que ele me causava.

De igual forma, sabia que iria ficar com Thomas. Queria esquecer Zacky, queria ser feliz.

Respirei antes de entrar na escola. Pus um sorriso na cara e aproximei da sala. Ainda se encontrava sozinha.

Procurei o meu telemóvel dentro da minha mala desorganizada. Como esperava tinha mensagens.

“Thomas: Bom-dia meu anjo. Hoje vou ter a tua casa?”

Deslizei o dedo para a resposta, afirmando que sim. Afinal eu precisava de alguém para estar, pelo menos como amigo.

“Zacky: Amo-te.”

Apaguei a mensagem. Ele ia acabar por desistir.

Ao fundo avistei Anne e Catarina. Anne não vinha com boa cara, mas Catarina sorria naturalmente. O meu estômago contorceu-se. Caminhei para junto delas.

- Juli, temos de falar. – Pediu. – Importaste Catarina?

- Claro que não! – Sorriu e afastou-se para junto dos elementos da turma que já se encontravam presentes.

Sabia que Anne planeado toda a conversa com Catarina. Nunca tivéramos segredos entre as três, mas iria fingir que Catarina não sabia de nada.

- Diz. – Pedi.

- Juliet, o que foi aquilo com o Thomas? – Perguntou num tom de voz furioso.

- Nós… Estamos juntos. – Pronunciei secamente.

- Juli. – Abanou a cabeça ainda mais descontente. – Tu não me tentes enganar. Eu sei que tu e o Zacky. Vocês, aconteceu alguma coisa.

- Não aconteceu nada. Não interessa o Zacky. – Resmunguei entre dentes. – Eu gosto do Thomas e é com ele que eu estou bem. – Afirmei. – A sério Anne, eu estou bem.

A minha voz acalmou-se no fim da minha frase. Não suportava falar de Zacky.

- Sabes que eu não acredito, não sabes?

- Sei. – Baixei a cabeça.

O braço de Anne pousou sobre o meu ombro e caminhamos para dentro da sala de aula.

Mais uma aula insuportável, mais uma que eu não queria ouvir. Assim passaram todas aquelas daquele dia. A tarde era sem aulas, e agradeci por isso.

- Vais ficar em casa à tarde? – Perguntou Anne no caminho para casa.

- Sim. O Thomas vai lá ter quando acabar as aulas dele.

- Hum está bem. – Sorriu. – Então até manhã!

Estava novamente sozinha. Eu e as pessoas que circulavam naquela rua.

O tempo estava húmido, e brevemente iria chover. Aumentei a velocidade do meu caminhar para chegar a casa.

Em cima do telefone encontrei um papel de Esmeralda.

 

Menina, fui ao centro da cidade e aproveito para visitar uma prima minha. Coma alguma coisa por favor e não fique a tarde toda sozinha! Volto às oito da noite. Esmeralda.

 

Obedeci e almocei a lasanha que ela tinha deixado no forno.

Deitei sobre o sofá da sala, em puro silêncio.

 “Amo-te”. Aquela palavra soou várias vezes na minha cabeça. Não na voz de Thomas, mas na voz dele. Na voz de Zacky.

Não aguentei. Peguei no meu telemóvel hesitante, mas mesmo assim marquei o número dele no destinatário da mensagem.

“Não digas algo que não sentes.”

Enviei sem pensar. Rapidamente as lágrimas caíram do meu rosto. Estava-me a matar aos poucos a mim própria. A alimentar algo que não existia, a pensar em alguém que não era próprio, em vez de pensar no meu namorado. Palavra que ainda me ardia na garganta.

A campainha tocou ansiosa. Era Thomas.

- Juliet. – Beijou-me rapidamente.

- Hum, estamos sozinhos. – Informei.

- Isso soa-me muito bem.

Puxou até à sala, e deitou novamente no sofá, beijando-me ansioso e rapidamente, como se fosse a ultima vez. Talvez, ele pressentisse o que eu sinta.

O meu telemóvel vibrava constantemente junto ao meu corpo. Ignorei, continuando a beijar Thomas.

As suas mãos desciam pelo meu corpo à medida que os meus lábios se encontravam com os meus. Senti-as a subir a minha camisola, e baixei-as devagar.

- Não quero Thomas. – Pedi, entre beijos.

- Porque? – Voltou a coloca-las na bainha da minha camisola.

- Não! – Empurrei-o, afastando-o de mim. – Não me sinto preparada.

Os seus olhos projectaram-se sobre o meu telemóvel que ainda piscava junto do meu tronco.

- É por causa dele, não é?

No visor piscava o nome Zacky ansioso. A minha respiração acelerou, o sangue que corria nas minhas veias, queria rebenta-las, ao mesmo tempo que a minha língua secara. Tornara-me incapaz de pronunciar uma única palavra.

- Responde Juliet. – Ordenou-me. – Tu só estarás preparada para ele.

As lágrimas começaram a cair pelo meu rosto. Era incapaz de lhe mentir, mas a necessidade do fazer era mais forte que a minha própria pessoa.

- Não Thomas! – Gritei entre soluços, e arranquei-lhe o telemóvel das mãos, desligando. – Eu apenas quero estar contigo, não quero saber dele. Consegues perceber isso?

- Sim, desculpa. – Pediu. – Tens razão, é demasiado cedo. Desculpa.  

Respirei fundo. Ambos estávamos novamente mais calmos. Thomas aproximou-se, beijando-me a testa, abraçando-me carinhosamente e ligando a televisão.

Limpei rapidamente as lágrimas que teimavam a cair. Zacky perturbava e isso era óbvio. Se continuasse a pensar nele, continuaria a chorar. Todo aquele assunto transtornava-me.

Não era demasiado cedo, afinal não era algo que eu já não o tivesse feito. Apenas não era a pessoa que eu desejava. Thomas tinha razão, apenas estava preparada para Zacky. E odiava-me por isso.


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