Life Isnt a Word, Is a Felling escrita por JulietCraig


Capítulo 15
Capítulo 11. If Can Say I'm Sorry




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     Quando Anne me disse que podia ir comigo à Alemanha, eu não podia ter ficado mais feliz. Porém, Catarina tinha de ficar por cá.

Fortes seguranças protegiam-nos no aeroporto, quando a confusão de pessoas aumentou, desejando um autógrafo.

  - Oh meu deus, Juliet porque é que nunca me disseste que era assim? – Anne falava-me como se fosse uma criança naquelas tendas do Pai Natal.

  - Para lá com esse brilhozinho nos olhos. – Desprezei-a, empurrando-a para cima do Matt.

  - Aiii, desculpa. – Pediu-lhe.

  Ri-me, Anne corava intensamente de vergonha. Mesmo sem me ter dito, eu tinha a certeza do que Matt conseguia provocar na minha amiga.

  -Tudo bem Anne. – Sorriu amavelmente.

  Aquela troca de olhares era nítida. Mesmo sabendo do que Anne sentia, o que se passava? Todos os homens acharam que andar com miúdas era giro?

  A Anne parecia encantada, eu continuei distante daquilo tudo, tentando evitar olhar para Zacky. Ele não me dissera uma única palavra desde ontem. Porém, ele era a única coisa que existia na minha cabeça.

  Entramos no avião, e Matt, que entretanto tinha começado a falar com Anne, sentou-se junto dela. Finalmente olhei para Zacky, e ele sentou-se junto de mim. Foquei a janela, evitando conversar.

  O avião preparava-se para levantar e um aperto vinha-me ao coração, tinha pavor às alturas. O Zacky estendeu-me a mão mas continuei em mim. Não sabia o que lhe dizer depois do que tinha acontecido.

  - Juliet dá-me a tua mão. – Aproximou-se do meu ouvido. – Eu sei que tens algum receio com isto.

  Sorri e dei a mão. Apertei com força, e no fim daquele tormento deitei-me sobre o seu colo.

  Passou-me os dedos pelo meu cabelo lentamente e tentou deitar-se junto a mim, começando a beijar-me o pescoço.

  Levantei-me de súbito e dirigi-me a casa de banho. Passado pouco tempo, o Zacky apareceu atrás de mim.

  - Juliet… - Zacky chamou-me, serenamente. – Desculpa.

  - É melhor ires embora. – Pedi-lhe, sem olhar para ele. Não era capaz de o enfrentar.

  - Juliet, temos de resolver isto. Eu sei que é complicado, mas podemos falar?

  - Não há nada para dizer. – Respondi seco e firme, tinha de me manter forte. Eu não podia sentir algo que fosse em relação a ele.

  - Juliet, eu posso não ser o teu Romeu mas deixa-me tentar, no mínimo, falar contigo. – Desabafou. – Isto é difícil para mim.

  - Vai-te embora, por favor. – Gemi. Não estava segura das minhas palavras. – É o melhor a fazemos. É o melhor para os dois.

  Uma lágrima caiu lentamente pelo meu rosto.

  - Juli… - Aquela alcunha que ele me dera, provocava tremuras em todo o meu corpo.

  - Eu vou-me embora. – Disse-lhe, limpando as lágrimas que estavam prestes a cair.

  Ele agarrou-me quando me tentei mexer, impedindo-me de me mover dali para fora.

  - Juliet, tu sempre foste a minha irmã mais nova, aquela miúda que eu vi bebé, quando eu ainda era quase uma criança. Agora crescemos os dois, tu mais rápido que eu. E já não és a mesma miúda que me pedia para brincar as barbies com ela, meia hora antes de eu entrar em palco e ficava com os olhos brilhantes de lado do palco, esperando ansiosamente que nós saíssemos para irmos brincar contigo. Claro, que na maioria das vezes bebíamos em vez de brincar, e assim cresceste num mundo de álcool, drogas, e um mundo em que não devias ter sido criada. Mas éramos jovens e não sabíamos como te educar. Mas foi isso que te tornou quem és agora. Agora és a aquela de quem eu penso constantemente, aquela com quem eu quero estar. – O seu rosto estava pálido e confuso. - Agora se queres, vai-te embora.

  - Eu não me quero ir embora, tu sabes isso. Apenas não sei o que te dizer. – Respondi. – Como é que isto aconteceu?

  Zacky envolveu-me nos seus braços, com força.

  - Não sei, Juliet. – Respondeu-me. – Apenas quero que percebas que eu não tinha intenção de sentir isto. Acho que nunca pensei que fosses crescer. Percebo que te querias afastar de mim.

   - Zacky… - A minha voz submetia-se a um mero sussurro. Eu nunca conseguiria me afastar dele. - Eu não disse que não sentia o mesmo. Apenas estou confusa.

  Zacky afastou-se subitamente de mim.

  - Claro, o Thomas. – A raiva estava presente na sua voz. – Como é que eu sou tão estúpido, em não ver isso!

  A raiva voltou a mim. Ele não tinha o direito de o pronunciar, não quando eu me sentia assim.

  - Zacky, não é isso. – Apressei-me a corrigi-lo.

  - Então é o quê? 

  Ele voltou costas, e caminhou de volta ao seu lugar. Novamente, uma lágrima voltou a correr do canto do meu olho, mas limpei de seguida, enquanto caminhava para o meu lugar. Não queria levantar ondas, apesar de o Matt ter reparado em mim. Levantou-se, e juntou-se a Zacky, deixando-me sentar junto à Anne.

  - O que se passou? – Perguntou-me Anne, confusa.

  - Nada. – Respondi em seco, limpando previamente as lágrimas que queriam sair.

  - Eu conheço-te Juliet Craig Haner, não vale a pena mentires.

  Encolhi os ombros e voltei-me para o lado. As lágrimas corriam e não as conseguia parar. Só queria que aquele avião parasse. Estava confusa e precisava de ar. Acabei por adormecer e apenas acordei com o meu pai, a chamar-me para sair dali.

  Chegamos a porta do aeroporto e fomos de táxi, até uma vivenda dentro da cidade mas discreta. Pensei que ficaríamos num hotel mas fomos alojados ali pela organização da entrega de prémios.

  Ali o meu pai olhou para todo aquilo e sorriu.

  - Juliet, foi nesta casa que eu e a tua mãe passamos grandes momentos há quinze anos atrás. – Informou-me.

  - Pai, não… - Ri-me. – Estás a falar a serio?

  - Claro, querida. Eu e a tua mãe pedimos para ficar aqui. – Revelou com um sorriso malicioso nos lábios perfeitos. - Achamos engraçado reviver esses momentos.

  - Oh pai… - Abraçei-o.

  Estava orgulhosa por saber onde tinha sido “feita”.

  Pousamos todo nos quartos, e Anne foi os elementos das bandas conhecer a cidade. Tirando os meus pais que a conheciam bem demais, apenas a recordavam.

  Escolhi o jardim de trás da casa para me recolher. Coloquei os phones e peguei na guitarra da minha mãe. Precisava de estar só por momentos.

  - Hey.

  Olhei para cima, era o Zacky. Por dentro, eu sorria. Preferia vê-lo ao estar sozinha.

  - Não foste com eles? – Olhei-o de soslaio, mantendo a parte de fora de mim séria. Ainda estava revoltada com a cena em relação ao Thomas.

  - Não estava com disposição. – Respondeu-me entre dentes. Eu sabia-o, sentia-me como ele. - Pensei que tu tivesses ido com o Syn.

  - Na, fazer de vela já é mau. Então aos nossos próprios pais pior. Eles precisam de estar um com o outro.

  - Pois realmente. Bem, vou subir. Só queria pedir desculpa por aquilo de há pouco. Eu não devia ser assim. Apenas é mais forte que eu. – Senti-lhe a voz a fugir-lhe. - Qualquer coisa, eu estou lá por cima. – Terminou com o que eu queria que continuasse.

  - Zacky! Espera. – Pedi-lhe numa voz rápida, com medo de querer voltar atrás nos meus impulsos.

  - Não disseste já o que tinhas para dizer?

  - Não queria dizer nada. – Respondi, aproximando-me dele.


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Notas finais do capítulo

aww. Reviews? :o



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