On My Way escrita por Mills Locksley


Capítulo 5
Luzes Mágicas


Notas iniciais do capítulo

Hey peoples, então aqui estou com mais um cap, que eu acho que vcs vão gostar.....
Enjoy



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– Presumo que vocês não sejam desse reino – Ele disse fazendo um gesto com a mão para nossas roupas

– Na verdade, somos daqui sim, só que as circunstâncias nos levaram para outro lugar, mas conseguimos voltar – Eu respondi sem entrar em detalhes, já que Roland havia dito que seu pai não gostava de magia, e provavelmente não gosta da pessoa que lançou a maldição.

– Foi a maldição, não é? - Ele perguntou

– Foi – Eu respondi rindo

– Essa maldição atingiu grande parte do reino, mas por algum motivo que ninguém sabe qual é, uma parte do reino ficou protegida – Robin explicou.

– Eu acho que.... - Minha mãe tentou dizer, ela parecia um pouco estranha como se tivesse visto um fantasma

– Está tudo bem mãe – Eu perguntei e coloquei a mão no ombro dela

– Tudo bem, só preciso respirar um pouco – Ela disse, mas dava para perceber que não estava tudo bem

– Filho porque não vai lá fora um pouco com a senhora Mills – Robin disse para seu filho

– Tudo bem – Roland e minha mãe saíram do castelo, me deixando sozinha com o Robin

– Então... Acho que você é um guerreiro – Eu tentei puxar assunto

– Sim, para falar verdade eu sou um arqueiro – Ele falou tirando seu arco e flecha das costas, ele posicionou uma flecha e atirou, ela acertou em algo de vidro do outro lado da sala

– Incrível! - Eu exclamei e bati palmas como uma criança fazendo ele sorrir, ele tinha um sorriso lindo

– E você? O que faz? - Ele perguntou e eu não sabia o que responder. Não poderia dizer rainha, nem prefeita, as única coisa que eu sabia fazer era conjurar coisas, mas eu também não poderia falar isso.

– Amazona, eu sou uma amazona – Eu respondi a única coisa que eu pensei, o que não era mentira, mesmo tendo tantos anos que eu não monto em um cavalo, é o que eu sou, uma amazona.

– Que maravilha! - Ele falou sem um pingo de falsidade na voz – Eu também sei andar a cavalo, quer dizer, mais ou menos – Ele completou. Era incrível, nós já tínhamos algo em comum - Podemos andar juntos algum dia...

– Seria perfeito.... - Eu suspirei – Eu não quero ser indelicada, mas, onde está a mãe do Roland? - Isso era algo que eu estava curiosa para saber. Sua expressão mudou, ele ficou triste

– Ela morreu quando o Roland nasceu – Ele respondeu

– Sinto muito – Eu falei, não deveria ter tocado no assunto

– Tudo bem, eu já superei. Eu só me preocupo com o Roland, crescer sem uma mãe é a pior coisa do mundo – Ele disse. “Sei como é”, eu pensei – Eu já tentei achar outra pessoa, mas acho que ninguém pode substituí-la – Ele terminou de falar, eu percebi que ele não havia esquecido essa moça, assim como eu nunca esqueci Daniel.

– Eu sei como é isso, eu perdi alguém também, há muito tempo – Eu deixei as ultimas palavras no vento. Nós ficamos em silêncio

– Então... como vocês voltaram para esse reino? - Ele quebrou o silêncio

– Com um feijão mágico – Eu respondi

– Você é uma feiticeira? - Ele mudou seu tom para alerta, eu estava tão distraída, que não percebi que havia falado sobre magia

–Mais ou menos, eu uso magia ás vezes, quando eu preciso, mas não se preocupe, eu não faço mal a ninguém – Eu dei a melhor resposta que eu consegui pensar

– Eu não gosto de magia – Ele falou em um tom grosso, mas eu não me incomodei

– Roland me falou, por que você não gosta? - Eu olhei bem nos olhos deles, e fiquei encantada novamente

– Porque...- Ele tentou falar mas acho que meus olhos o hipnotizaram, mas ele desviou o olhar – As consequências da magia são terríveis, mesmo ela sendo majestosa, sempre tem uma consequência – Ele falou de um modo tão profundo que parecia que ele já havia pagado algum preço

– Eu sei disso, mas eu não gosto de falar sobre isso – Eu cortei logo o assunto

– Tudo bem, só tome cuidado – Eu achei aquilo tão fofo. Se fosse outra pessoa eu reviraria os olhos ou iria rir, mas com ele era diferente.

– O.K, eu irei tomar - Eu respondi e ele voltou a sorrir

Nós ficamos em silêncio de novo por algum tempo, até eu me lembrar de minha mãe

– Eu vou lá fora ver se minha mãe está bem

– Eu também vou – Ele disse

Nós saímos do castelo e achamos minha mãe e Roland num riacho bem ali perto, ela usando magia para fazer um pequeno arco-íris com a água

– Ela também usa magia? - Robin perguntou, não havia raiva ou repulsa em sua voz

– Sim – Eu respondi e fui em direção a ela, sendo seguida por ele

– Olhe pai que lindo! - Roland disse animadamente assim que nos viu chegar

– É realmente lindo – Ele respondeu, e era mesmo lindo

Ficamos algum tempo apreciando o arco-íris, eu nunca havia visto minha mãe fazendo isso, nem eu sabia como fazer, mas era realmente encantador.

De repente ela parou – Tudo bem mãe? - Eu perguntei

– Tudo, só que isso cansa um pouco – Ela se sentou no chão e Roland se sentou ao lado dela

– Regina, você sabe fazer isso? - Roland se virou para mim e perguntou

– Não, mas sei fazer isso – Eu levantei minhas mãos e me concentrei. Luzes magicas coloridas começaram a sair dos meus dedos, eu comecei a mexê-los e as luzes saiam da minha mão como ondas e logo depois desapareciam no ar, por que eu queria. Todos estavam olhando para mim maravilhados, inclusive o Robin e olhei para ele e sorrir. Depois eu deixei apenas a luz de neon rosa saindo de meus dedos indicadores, com elas eu formei um coração ainda olhando para o Robin.

Eu comecei a fazer vários desenhos até não aguentar mais

– Demais! - Roland disse assim que eu me sentei, ou melhor me joguei no chão por conta do cansaço, o que era estranho porque usar magia nunca me cansava assim

– Foi lindo – Minha mãe disse

– Realmente, foi maravilhoso – Robin disse e se sentou ao meu lado

– E cansativo, estou exausta – Eu falei e encostei numa árvore que estava perto

– Se quiser você pode descansar lá dentro, tem algumas camas do antigo morador – Robin falou, eu não queria ir lá para dentro, estava tão bom aqui fora, mas o cansaço era muito grande

– Eu adoraria – Eu respondi me levantando

Nós voltamos para o castelo e ele me guiou até um quarto onde tinha uma cama de casal, eu sorri por dentro

– Pode ficar a vontade, ninguém dorme aqui desde o último dono – Ele disse, eu olhei em volta, era um quarto muito bonito, a cama tinha um dossel, tinha uma penteadeira, uma janela bem grande com um cortina branca e em um canto tinha uma mesa com livro: Belle. Esse quarto deveria ser da Belle

Eu me sentei na cama, era tão confortável – Obrigada – Eu agradeci

– Agora eu vou deixar você dormir – Ele falou e se retirou do quarto

Eu retirei minhas botas e deitei na cama e deixei o sono invadir.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram do coração?
Espero comentários
Kisses