Pandemonium escrita por solaineo


Capítulo 4
Enfermidade




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Já na enfermaria, Zoe deitou-se em uma das camas com o que restava se suas forças. Parecia que o ferimento em sua panturrilha estava drenando sua vida, a dor era a pior que já sentira, era pior que qualquer corte que já sofreu, que o braço quebrado quando tinha 12 anos. Sentia que ia desmaiar, e a ultima coisa que captou antes disso foi o liquido com gosto metálico que Clarissa despejou em sua boca.

Certificadas de que Zoe estava dormindo e não poderia ouvir as três irmãs resolveram conversar:

–Vocês sabem o que provocou o ferimento, não é? - perguntou Larissa, com a voz baixa.

–Caçadores das trevas - respondeu Clarissa.

–A adaga de um caçador não deveria provocar um ferimento desses em uma bruxa - constatou Marissa.

–Só poderia estar envenenada com sangue de demônio, ou... ah, é melhor não pensar nisto - o tremor na voz de Larissa era perceptível.

–Vamos deixa-la dormir, vou fazer o possível para cura-la, sou especialista em ferimentos e Clarissa deve ter alguma poção para que ela se recupere mais rapidamente, não é? - ao ver o olhar de Clarissa, Marissa foi perdendo a esperança em sua voz.

–Se for mesmo envenenamento, posso curar. Mas algo diferente, somente Eric.

–Irmãs, cuidem bem dela. Vou arrumar o quarto de Zoe na casa das moças.

Sozinhas na enfermaria, as duas irmãs começaram o preparo de poções e remédios, mas nada estava fazendo grande efeito. Davam a Zoe água e trocavam os panos úmidos em sua testa febril. Nada adiantava, a febre não baixava e o corpo não respondia.

–Não há mais nada a se fazer - disse Clarisse, sentando-se ao lado da irmã em uma cama - temos de chamar Eric ou ela irá morrer.

–Eu sei, é só que, Eric vai querer saber o que causou isso, que tipo de veneno e nós não temos respostas.

–Bem, sobre isso falamos depois. Primeiro a vida dela.

Eric havia surgido do nada atrás das mulheres. E com a mesma rapidez foi para junto de Zoe inconsciente. Não se ouvia nenhum ruido na sala, nem mesmo os pássaros lá fora eram ouvidos. Eric movia os lábios mas nenhum som saia deles, um feitiço silencioso, uma especie de transe. Após alguns momentos ele se afastou dela:

–Ela irá dormir por três dias e três noites, continuem dando-lhe água e Larissa, você ainda não foi falar comigo. Me siga.

Larissa, mesmo com medo seguiu-o. Sumiram no ar e apareceram na sala de Eric.

Ali, sozinhos, Eric deixou a raiva transparecer em sua face. Deu um soco na mesa e virado para a janela, de costas para Larissa começou a falar:

–Quando ia me contar?

–Contar o que, senhor?

–Sobre o que realmente houve com os caçadores, a cidade deserta, o tipo de magia que foi invocada para abrir o portal?

–Eu... eu, er... não tinha certeza, bem, é que, achei que era só uma lenda. - Larissa tremia, de medo, não de Eric, mas do que acabara de perceber.

–O perigo que ela atrai estando aqui, e ainda por cima, quase foi morta. Você tem ideia do quanto de magia tive que invocar para traze-la de volta? A arma de um caçador contra... alguém como ela, é totalmente mortal.

–Então é por isso que fomos seguidas, atacadas. Mas como eles não invadiram a casa dela? estavam perto.

–Martha deve ter invocado algum feitiço poderoso para proteger a filha. Ela deveria ser julgada por usar magia no mundo mortal, mas como não pode vir aqui, não faz diferença.

–Senhor?

–Sim?

–Ela irá ficar na casa das moças?

–Suponho que sim, não devemos chamar qualquer atenção para ela. Se alguém perguntar diga que foi envenenada. Precisamos mante-la por perto até descobrir o que fazer.

–Posso me retirar?

–Claro.

–Ah, Senhor, como descobriu tudo?

–Acha mesmo que não sei de tudo que acontece em meu castelo? Agora vá.

Em silencio, Larissa saiu da sala e seguiu para seu quarto. Estava tarde. Em Godric's o tempo corria de uma forma diferente.


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