A Espera escrita por Lakali


Capítulo 6
A Espera de uma Missão


Notas iniciais do capítulo

Oie! Mais um capítulo saído do forno. Espero que vocês estejam gostando da história e se divirtam! Por favor comentem! Beijos!

P.S.: Lembrando que:

Em negrito: fala do inner
Em itálico: pensamento da pessoa
— Texto depois do travessão: fala do personagem
Texto normal: narração da história



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Ela entrou na sala e fechou a porta.

– Hokage-sama. Kankuro. Kazekage-sama.

– Olá Sakura! Há quanto tempo hein?! - Comentou Kankuro com um sorriso.

Ele seria eternamente grato a ela por ter salvo sua vida. Passara um maldito pedaço com aquele veneno na luta contra Sasori, e se não fosse a amizade entre Gaara e Naruto – o que fez com que Konoha respondesse ao pedido de socorro imediatamente - e Sakura ser uma excelente médica, ele não estaria ali naquele momento. Sempre que lembrava dessa situação um calafrio percorria todo o seu corpo. Não gostava daquela sensação.

– É, já faz um bom tempo que não te vejo Kankuro. - Ela respondeu olhando dele para o Kazekage. Este não havia dito nada, a única coisa foi um movimento de cabeça em reconhecimento ao comprimento que ela havia feito. Apesar de ter se tornado uma boa pessoa continuava introspectivo, só falava quando era necessário. Devia conversar só com Kankuro e Temari. E Naruto, claro. Sakura se voltou para shishou e perguntou:

– Shikamaru também está aqui?

– Não, ele ainda continua na Areia, embora deva terminar a missão antes do previsto. – Respondeu Tsunade reclinando sobre o encosto da cadeira – Sakura, foi bom você ter vindo aqui. Eu iria mandar chama-la mais tarde para discutir sobre uma missão mas vou aproveitar que já está aqui para adiantar o assunto.

– Aconteceu algo de grave Godaime? Indagou preocupada, suas feições fechadas.

– Calma. Está tudo do mesmo jeito. A Akatsuki não fez nenhum movimento... ainda. – Ela viu Sakura relaxar visivelmente, e então continuou. – Acontece que depois dos ataques da Akatsuki à vila oculta da Areia tornou-se de suma importância termos médicos bem capacitados para esta guerra. Isso será crucial para o sucesso do nosso objetivo, que é derrotar a Akatsuki e proteger os Jinchuriki. Com a aliança entre Konoha e Suna, eu e o Kazekage estamos fazendo um levantamento dos médicos para podermos realizar um nivelamento de suas habilidades. A ideia é começarmos realizando uma capacitação nos médicos de Suna.

– Capacitação? Indagou Sakura.

– Sim. – Confirmou Tsunade. – Um treinamento para elevar o nível deles a ponto de conseguirem se não fazer uma cirurgia como você fez em Kankuro, mantê-lo vivo o máximo de tempo possível até que um médico mais capacitado chegue. É claro que para chegar ao nível de fazer a cirurgia que você fez irá demorar muito. Por isso a necessidade de identificar o nível de cada médico. Precisamos ter ao menos dois ou três que sejam capazes de realizar, e que os demais estejam em um nível capazes de identificar o problema, fazer o antídoto e mantê-lo vivo até a cirurgia.

– Entendo. A capacitação será dividida em dois grupos. Um que terá menos médicos e um treinamento mais rígido, e outro com mais médicos e um treinamento mais amplo.

– Exatamente Sakura. Como expliquei ao Kazekage, para se treinar um médico e deixa-lo em um ótimo nível é necessário tempo e muita dedicação, além de características específicas, como seu controle perfeito de chakra, por exemplo. Por isso faremos uma triagem, separando os médicos e colocando-os em um dos dois grupos.

– Mas Hokage-sama, mesmo assim será necessário um tempo para que o médico chegue ao nível que está querendo. Mesmo com algumas dessas características como citou, eu treinei arduamente, em tempo integral por um pouco mais de três anos.

– Sim, eu sei. Nós não temos todo esse tempo, mas iremos fazer o melhor que pudermos. Por isso, eu e o Kazekage estamos planejando uma missão de longo prazo. Irei enviar um grupo de médicos para Suna comandados por um de minha escolha e total confiança. Eles deverão permanecer em Suna durante um ano, e caso necessário será estendido esse tempo por mais seis meses.

Tsunade fez uma pausa enquanto avaliava Sakura. Ela tinha muito orgulho de sua aluna e agora estava mais que satisfeita por dar-lhe uma aquela oportunidade.

– Sakura, tanto eu quanto o Kazekage concordamos que você é quem deve comandar esta missão, sendo responsável por chefiar a equipe que será enviada e dar o treinamento para os médicos.

Sakura não respondeu. Pelo andar da conversa ela já havia imaginado que Tsunade a enviaria. Mas mesmo assim ao ouvir da boca de sua shishou não conseguiu fazer outra coisa a não ser ficar encarando Tsunade enquanto processava todas as informações. Era uma oportunidade incrível para sua carreira, e ela faria qualquer coisa pela vila. Ao mesmo tempo em que estava feliz pela oportunidade ela não sabia porque, estava hesitando. Um ano. Um ano fora, no mínimo. Não sabia ao certo porque, mas naquele momento um ano pareceu tempo demais.

– Sakura? Indagou Tsunade, vendo que Sakura não falaria nada.

– Hã... desculpe Shishou. Estou um pouco surpresa pela oportunidade que está me dando. Eu mal acabei de me tornar Jounnin.

– Não deveria estar surpresa. Você é a melhor ninja médica depois de mim. Você se tornou Jounnin com grande mérito. Tenho certeza que se quiser pode até mesmo entrar para a ANBU. Você será capaz de liderar o grupo que enviaremos e treinar muito bem os médicos de Suna. É uma excelente oportunidade para desenvolver sua carreira como médica. – Tsunade fez uma pausa antes de continuar. - E além disso tudo, você é uma das pessoas em quem confio totalmente. O que é fundamental nesta missão. Você é a pessoa certa para ir. E o Kazekage concorda totalmente comigo. Na verdade, ele sugeriu que eu enviasse você.

Ela se surpreendeu com isso. Não esperava ter sido solicitada diretamente pelo Kazekage. Ela não sabia o que dizer. Merda, isso estava acontecendo muito ultimamente. Não seja estúpida Sakura. Abra logo a boca, pensou.

– É uma surpresa ter sido indicada diretamente pelo Kazekage.

Quando terminar de falar ela viu finalmente o Kazekage virar o rosto e a encarar pela primeira vez desde que entrara naquela sala. Kankuro também a observava com um sorriso na boca. Apesar do frio na barriga ela estava feliz. Não imaginava que eles a tinham em tão alto conceito.

– Quando a Chiyonão conseguiu salvar Kankuro e você chegou e fez a cirurgia, assim como o antídoto, ficou claro para todos que você está em um nível muito superior aos demais médicos. Você também tentou me salvar e provavelmente só não conseguiu porque eu já estava morto. Como a Hokage disse antes, eu sugeri que você lidere a equipe e ministre o treinamento pois tenho certeza que você irá treinar os médicos melhor que qualquer um. Além disso, como a Hokage, também confio plenamente em você.

Ela ouviu o que Kazekage disse e tinha certeza que estava ficando vermelha. Ele havia terminado de falar e olhava para ela, que o encarava de volta. Abriu a boca para tentar falar alguma coisa mas só conseguiu gaguejar um som qualquer.

Por Kami-sama, agora estou gaguejando. Alguém me chute por favor, pensou.

– Pode deixar que eu faço isso!! Sua Inner gritou, já se preparando para o chute.

Ela agitou de leve a cabeça tentando tirar a imagem que surgiu em sua mente se sua Inner a chutando no traseiro.

– Eu fico muito honrada pelo conceito que tem de mim, Kazekage-sama. – Ela olhou para sua shishou sentada atrás da mesa com um sorriso na boca. Ela nunca assumiria isso mas Sakura sabia que ela estava orgulhosa dela. – Darei meu melhor para capacitar os médicos de Suna.

– Tenho certeza disso, Sakura. – Respondeu Tsunade com um sorriso. – Essa não será uma missão imediata haja vista que precisamos montar um esquema de treinamento e realizar alguns preparativos em Suna para receber a equipe que enviaremos.

– Certo. Respondeu Sakura.

– A previsão é de enviarmos todos em no máximo duas semanas. Eu e o Kazekage iremos terminar de planejar os detalhes. Mais tarde irei chamar você Sakura para alinhar o que foi decidido. Depois você terá alguns dias para montar o plano de treinamento bem como selecionar os médicos que irão com você.

– Certo.

– Bom, isso é tudo então. Hum... há sim, você queria alguma coisa quando entrou aqui?

– Ia dizer que vou pegar o turno da noite no hospital. Também queria discutir um outro assunto, mas volto mais tarde.

– Sem problemas. E Sakura não informe a ninguém sobre esta missão. Ela deve ser planejada e executada o mais discretamente possível.

– Pode deixar Hokage-sama.

– Excelente. Pode ir agora, Sakura.

Ela fez um cumprimento, despedindo-se de todos que estavam na sala e saiu, caminhando em direção ao hospital com a cabeça mergulhada em um turbilhão de pensamentos. Sua vida estava mudando muito rápido. E ela não sabia se conseguiria lidar com todas essas mudanças.

–x-x-x-

Kakashi passou o dia em seu apartamento lendo sua nova edição do Icha Icha. Ou relendo. Ele terminou de ler a edição um pouco antes do almoço, e quando chegou na última página viu que não tinha nada melhor para fazer e voltou para a primeira para ler novamente.

O quê? O livro era incrível! A dosagem certa de romance, as dúvidas do rapaz, os anseios da donzela, o desejo arrebatador entre os dois, as cenas de ação, a revelação de segredos encobertos desde a primeira edição... tudo, tudo era incrível! Ele terminou o livro praticamente chorando, e o que mais ele poderia fazer em seu dia de folga? Claro que ele voltou para a primeira página.

Já estava no início da noite quando ele estava acabando de fazer um lanche e já pensando em ler o livro pela terceira vez quando ouviu baterem na porta do apartamento. Ele não estava esperando ninguém. Colocou o copo na pia e foi em direção a porta. Ao abrir encontrou um Gai totalmente alterado.

– Há! Kaakaaashii! – Gai gritou enquanto apontava um dedo pra ele. – Seu covarde!! Está com medo é?

– Hein? Falou Kakashi sem entender nada.

– Se pensa que irá ficar por isso mesmo está enganado. Ninguém passa pra trás o fera verde de Konoha! Venha, vamos decidir isso agora mesmo. Minha energia da juventude está fluindo por todos os meus poros e não será derrotada facilmente. As flores da primavera ainda brilham intensas no inverno da alma.

Flores da primavera brilham no inverno da alma? Pensou Kakashi enquantouma gota enorme descia pelo seu rosto. Por Kami-sama!

– Gai, porque não entra? Indagou Kakashi enquanto tossia discretamente, tentando evitar uma cena maior na porta do seu apartamento.

– Se está tentando me enganar não vai funcionar, já disse que a primave...

Kakashi o interrompeu agarrando-o pela frente da roupa e arremessando-o para dentro do apartamento, fechando a porta logo em seguida. Todos na vila conheciam Gai mas não precisava fazer uma propaganda daquelas na porta do seu apartamento. E por Kami, se ele ouvisse aquela frase de novo era capaz de atirar na própria cabeça.

– Kakashiiii!! Seu maldito!! Eu vou..

– He... por que não me explica o que está acontecendo?

– Explicar?

– Sim Gai. Explicar, falar, contar, dizer. Qualquer uma dessas palavras serve. Então, por que você estava gritando na porta do meu apartamento?

– Ora, mas é claro qu... – Gai parou por alguns segundos - HHAAA!!! Você esqueceu!!

– hum... o que exatamente?

– Como?! Mas, mas... você nunca esqueceu... então, o que? Hum.. – Ele se aproximou de Kakashi colocando a mão em sua testa – Não está com febre.

– Gai, estou perdendo a paciência aqui. – comentou Kakashi já sem muita paciência. – Diz logo o que foi que esqueci e cai fora.

– Nossa disputa! – acusou Gai totalmente indignado. - Nós marcamos para hoje à tarde na frente da loja de ferramentas.

Kakashi piscou os olhos enquanto seu cérebro processava a informação. Havia marcado com Gai? Ele havia se encontrado com Gai quando voltou da última missão. Hum...

Início Flashback

– ...o poder da juventude já não brilha tanto assim, hein. Gai tinha dito com um sorriso de deboche no rosto.

– Só o suficiente para acabar com você. Ele havia respondido.

– Então marcado. Amanhã de manhã, em fren...

– Amanhã de tarde.

– Amanhã de tarde então. Em frente à loja de ferramentas.

– Qual será o desafio?

– Pensarei em algo para testar o fogo da juventude!

– Tá, tá. Até lá então.

Fim Flashback

Sim eles haviam marcado. E ele havia esquecido. Os desafios e apostas entre os dois era algo muito importante na amizade deles, e ele nunca havia deixado de comparecer a uma aposta. Por que ele esqueceu mesmo? No que ele estava pensando? Hum... Sakura. Merda!

– Her.. Gai, desculpe sim? Eu estava com, hum..., uma missão na cabeça e não percebi o tempo passar.

– Você esqueceu da nossa amizade, do desafio de provar o fogo da juventude de nossos corações e tudo que faz é pedir desculpas? Gai disse com uma voz extremamente enraivecida que fez Kakashi ir diminuindo a cada palavra.

– Hum...bem... mil desculpas? Kakashi repetiu.

– Não é suficiente.

– O que sugere então? Kakashi disse soltando um ar de derrota.

– Deixe-me pensar. - Gai retrucou sério, com o dedo batendo no queixo. Seu rosto então se iluminou como se tivesse tido uma ideia de gênio. Bom, para ele ao menos era. - Você perdeu um ponto.

– O quê??!!!

– Você não compareceu ao local da aposta. Isso é caracterizado como desistência. Logo, eu ganho o ponto.

– Isso é trapaça!

– De jeito nenhum. – Gai respondeu agora com um sorriso de orelha a orelha. - E você perguntou o que eu sugeria. Bom, é isso. Você perdeu um ponto. Agora nós estamos empatados. É isso ai!! – finalizou com a pose de Nice Gai.

– Sem chance. Kakashi falou ainda tentando retrucar mas ele já sabia que não tinha volta.

– Já era Kakashi. Tchaauuzinho. – Gai finalizou já saindo do apartamento.

Merda! Kakashi pensou. Quer saber, já estou cheio disso. Preciso fazer alguma coisa. Não dá pra ficar com ela na cabeça desse jeito.

Enquanto pensava e ia em direção ao quarto para trocar de roupa, um ninja ANBU apareceu na janela da sala de seu apartamento.

– Hatake Kakashi. A Hokage solicita sua presença imediatamente.

Ele interrompeu seus pensamentos olhando para o ninja que estava na janela.

– Sério!?

O ninja ANBU apenas tombou a cabeça para ele como que tentando decidir o qual idiota ele era.

– Certo, certo.

– Imediatamente.

– Eu ouvi da primeira vez.

– Sério!? Repetiu o ninja ANBU já tirando sarro da cara dele.

– Há... muito engraçado. Eu já entendi. Estou a caminho.

– Imediatamente. – repetiu, e antes que Kakashi voasse em seu pescoço completou - A Hokage-sama pediu para frisar bem essa parte.

Kakashi tinha certeza que o ninja estava rindo da cara dele por trás daquela máscara.

– Tenho certeza que pediu. Ele retrucou mas o ninja já não estava mais lá.

–x-x-x-

Depois de várias consultas sem fim e poucos atendimentos de urgência o ritmo no hospital entrou em um marasmo tranquilo e imutável. Sakura pensava em comer alguma coisa enquanto caminhava pelos corredores do hospital. Já era tarde da noite e ela ficaria ali até a manhã seguinte. Conforme ia andando em direção a uma lanchonete que havia no andar térreo do hospital ela ia pensando na missão que ela iria comandar.

Isso havia tomado seus pensamentos ao longo da tarde. Comandar uma equipe de médicos para treinar outros em Suna. Era um desafio com certeza. Mas ela sabia que tinha capacidade para isso. Desde que se tornara aluna da Godaime ela não tinha mais insegurança quanto a sua capacidade. Ela era boa e sabia muito bem disso. O problema era que ela não queria se afastar de Konoha agora.

Seu coração estava inquieto e sua mente uma confusão. Não era para estar assim, mas ela não conseguia controlar. Pensar em ficar tanto tempo longe das pessoas que amava a estava afetando mais do que pensara. Ela não era ingênua. Não mais. Sabia que depois que tivesse se tornado Jounnin missões desse tipo poderiam acontecer. Além disso, ela já ficara fora da vila por períodos grandes de tempo. Naruto já havia deixado a vila por mais de um ano. Seus amigos também ficavam bastante tempo fora em missões, e as vezes esse tempo era estendido, pois mais de uma vez quando eles chegavam ela havia saído em missão, se desencontrando. Também já estava acostumada a ficar tempos sem ver sua família. Não, não era por eles que ela estava se sentindo assim. E ela também sabia disso. Era por outra pessoa.

Ela chegou na lanchonete e a encontrou vazia. Foi até o balcão e fez seu pedido para a atendente que estava praticamente dormindo em cima da máquina registradora. Enquanto aguardava prepararem seu pedido ela se aproximou de uma janela e ficou observando a noite. A lua estava cheia e brilhante, com muitas estrelas espalhadas pelo céu. Ela se deteve ali até que sentiu uma presença conhecida atrás de si. Ao se virar deu de cara com Kakashi a observando.

– Não me diga que está machucado.

– Não digo.

– É sério Kakashi. Você nunca vem ao hospital a não ser que esteja morrendo.

– Pareço estar morrendo?

– Hum... olhando melhor para você até que não. O que é uma surpresa... – completou com um sorriso irônico.

– Há. Não consigo parar de rir. – respondeu fingindo um mau humor que estava longe de ser real.

– Por que está aqui? Aconteceu alguma coisa?

– Não posso simplesmente ter vindo aqui para te ver? – ele retrucou com uma voz baixa e sensual.

Ela sentiu seus pelos eriçaram ante a referência que ele estaria ali única e exclusivamente para vê-la.

– Está aqui só por isso?

– Talvez. Porque não saímos daqui? Você já deve ser uma médica importante a ponto de ter uma sala só sua com seu nome na porta, certo?

– Sim mas eu n...

– Então vamos para lá.

– Kakashi, estou no meu trabalho e não vou fazer nada qu..

– He... por que acha que vou te atacar hein? Sabe, você não é tão irresistível assim como pensa. – disse com uma cara deboche.

Sakura piscou os olhos enquanto olhava para cara dele sem reação. Isso durou apenas 3 segundos. Até perceber que ele estava rindo dela. Então seu rosto se transformou para um extremamente irritado.

– Idiota. Sakura grunhiu por entre os dentes.

– Estou brincando Sakura. Mas não se preocupe, não tenho muito tempo então só vou conversar com você mesmo. Podemos?

– Vem, vamos.

Ela avisou a moça da lanchonete que voltaria para pegar seu lanche, que provavelmente estaria congelado até lá. Andaram por alguns corredores até que ela abriu uma sala com seu nome na porta. Sim, apesar das brincadeiras de Kakashi ela tinha uma sala.

– Então, o que queria me dizer? Sakura perguntou enquanto abria a porta da sala. Antes de acender a luz entretanto ela sentiu Kakashi a abraçando por trás e beijando seu pescoço por sob a máscara.

– Kakashi, o que está fazendo?

– Acho que você sabe. – respondeu enquanto fechava a porta atrás deles, e a virava para si.

– Você disse que não tinha tempo.

– Sim. Mas estou com saudades e alguns minutos a mais de atraso não vão matar ninguém.

Ela não respondeu. Ele disse que estava com saudades? Ela também estava. E era por causa dele que ela havia ficado apreensiva quando soube da missão em Suna. Um ano era tempo demais. Se em menos de dois dias ela já estava pensando nele o tempo todo e querendo vê-lo, em um ano ela morreria. Ela levantou a mão até a máscara que ele estava usando e começou a abaixar mas foi impedida pela mão dele que segurou seu pulso. Apesar da luz apagada a sala estava um pouco iluminada pela luz da lua, e ele jamais deixaria que ela visse seu rosto. Seu limite intransponível.

– Estou com os olhos fechados. – ela murmurou, com sua boca roçando a máscara.

Ele cedeu e deixou que ela trouxesse a máscara até a base de seu pescoço. Eles continuaram se beijando, suas bocas devorando um ao outro motivados pela necessidade de um desejo intenso. Ela segurou seu pescoço e puxou-o mais para si, enquanto ele descia a mão até a base de sua coluna e apertava sua cintura com uma necessidade que o estava enlouquecendo a dias. Sakura cruzou os braços em volta de seu pescoço e ele a levantou, fazendo com que ela passasse as pernas por sua cintura, ficando assim pendurada nele. Ela não impôs resistência, ao contrário, colou se corpo ao dele e continuou beijando-o loucamente.

Kakashi caminhou em direção a uma mesa no canto esquerdo da sala, suas mãos subindo pelas coxas que ficaram mais expostas quando ela cruzou as pernas. Ele a colocou na mesa e começou a beijar seu pescoço enquanto sua mão ia subindo pela coxa, passando pelo abdômen e parando em cima do seio, apertando-o, incitando-o com o polegar enquanto a ouvia gemer. Mas não era suficiente.

Ele precisava sentir sua pele. Se afastou dela apenas para arrancar-lhe a blusa pela cabeça e jogá-la em algum quanto qualquer da sala. Beijou-lhe a boca enquanto descia seus dedos pelas costas nuas sentindo sua maciez até alcançar o fecho do sutiã. Depois de se desfazer da peça ele direcionou suas mãos para frente e finalmente pôde tocar seu seio sem qualquer tecido atrapalhando. O gemido dela ficou mais forte quando ele apertou, seu dedo em fim brincando livremente com o bico já intumescido.

Ela sentiu quando ele deslizou sua mão até o seio e começou a acaricia-lo com o polegar. Ela nem tentou conter o gemido que lhe escapou dos lábios. Ela também queria mais. Também queria sentir a pele dele contra ela sem as roupas atrapalhando. Queria passar seus dedos pelo corpo dele e excitá-lo como ele estava fazendo com ela. Ela levou suas mãos até o início da blusa do uniforme que ele estava vestindo e começou a puxar para cima. Mas foi interrompida pelas mãos dele.

Ele só percebeu que havia ido longe demais quando ela tentou tirar sua blusa. Droga, pensou. Não poderia ter feito em um momento pior. Ela tentou se desvencilhar da mão dele para tirar-lhe a blusa, mas ele foi firme e se afastou dela.

– Não.

– Hein?

– Nunca pensei que falaria isso, mas agora não dá.

– Você está de brincadeira né? – Ela retrucou, com uma respiração entrecortada devido ao prazer que estava sentindo segundos antes, e com os olhos brilhando não só de desejo, mas de uma raiva que estava começando a despertar ao tomar consciência do que ele estava falando. – Como assim não dá? Está brincando comigo?

– Maldição! – Ele disse passando a mão pelos cabelos de uma forma desesperada. – Me desculpe Sakura. Eu realmente não vim aqui com essa intenção. Estou saindo em uma missão. Já devem estar me esperando na entrada da vila.

– E daí? Você sempre se atrasa.

– Estão me esperando a mais de duas horas.

– Desde quando se importa?

Ele soltou o ar, enquanto tentava normalizar sua respiração. Devia ter se controlado mais, mas quando viu que ela estava se entregando pra ele não se conteve. Ele se afastou mais ainda dela, que o observava calada. Andando devagar ele pegou a blusa dela que havia jogado no chão e caminhando eu sua direção começou a vesti-la.

– Porque está fazendo isso? Eu meio que odeio você agora.

– Desculpe Sakura. Eu realmente não tinha intenção. É que quando eu percebi que você não estava resistindo perdi a cabeça. – Ele terminou de vestir-lhe a blusa e com o dedo fez um carinho na lateral de seu rosto. – Você se decidiu, não é?

– Sim. Ela respondeu um pouco vermelha.

– Você se lembra do que eu havia dito antes?

– Não se preocupe Kakashi, não vou me envolver emocionalmente com você. Respondeu, em um tom de raiva.

Bom, aquilo era uma grande mentira e ela sabia. Mas que se danasse. Ela estava totalmente instável naquele momento para pensar em qualquer coisa lógica. A vontade que tinha era socar aquele idiota. Ela ficou em silêncio observando enquanto ele se aproximava da janela e ficava de costas para ela. Kakashi já havia puxado sua máscara a muito tempo, ele jamais se descuidaria a ponto de alguém ver seu rosto caso ele não o quisesse.

Ainda de costas para ela o ouviu dizer:

– A Godaime pediu para você procura-la amanhã cedo, depois que saísse daqui.

Ela ouviu mas ignorou o que ele estava dizendo. No momento outras ideias passavam por sua cabeça.

– Tenho certeza que você já fez isso antes. Em algum bar ou coisa do tipo. Fez amor ou sexo ou seja lá o que for com alguém e saiu logo depois. Fosse para uma missão ou para ir pra casa. Então porque isso agora? Por que não pode fazer comigo? – sua voz retratava um pouco a amargura que aqueles pensamentos a estavam causando.

Ele percebeu isso. E entendeu que ela estava tendo uma noção completamente errada da situação. Shikamaru tinha razão. Mulheres. Tão complicadas. Ele se voltou para ela e andou em sua direção parando perto dela.

– Sakura, eu já fiz isso sim. Várias vezes. Mas você não vale isso.

– Olha aqui seu idiot....

– Você não vale isso porque eu me importo com você, Sakura. – Ele apenas não queria que ela se comparasse com seus passatempos de uma noite. Ela não era um. Ao menos não como ela estava se colocando. Ele não percebeu que a verdade era muito mais profunda do que ele queria admitir.– Me importo com você o suficiente pra perceber que você vale mais que isso. Não quero fazer amor com você pela primeira vez e depois sair correndo em uma missão. Quero fazer com tempo, em uma cama, durante toda a noite. Quero ouvir você gritar meu nome, quero deixar você totalmente louca. E quando tudo terminar, quero poder fazer novamente.

Ele viu a expressão dela ficar estática, assimilando o que ele dissera. Ele quebrou a distância dando-lhe um leve beijo na boca.

– Estarei de volta em dois dias, talvez menos. Quando eu voltar, podemos continuar o que paramos aqui.

Antes dela responder ele havia ido embora. Sakura já estava começando a desconfiar que ele gostava de saídas assim.

– Continua um idiota. – disse em um tom carinho, e com um sorriso cheio de expectativas.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo! Espero que tenham gostado. Por favor comentem! Desculpem um pouco a enrolação com Kakashi e Sakura ficarem juntos (ta começando a parecer novela mexicana hehe) mas é por causa do seguimento da história. Prometo que não vai demorar para eles ficarem juntos, : )

Galera, também estou escrevendo outras duas fics, uma do Samurai X (Dia de Tanabata) e outra das Guerreiras Mágicas de Rayearth (Um Novo Lar). Quem puder dar uma força e ir lá ler, criticar, elogiar, e tudo o mais que quiserem eu ficarei hiper feliz!

No mais, sem mais
Até o próximo capítulo.

Beijos!



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