Longford escrita por Anastasia
Notas iniciais do capítulo
- Boa leitura.
— Longford, Irlanda, Dezembro 1997.
— Descuberta.
Ela por fim, resolveu movimentar-se, ajeitou o cabelo fazendo-o neles um nó, algo bem frouxo. Foi um movimento tão rápido. Fios continuavam a cair em teus olhos pouco verdes e por um segundo cruzamos os olhares.
Ela levantou-se, pegou um maço de cigarros e um isqueiro que se encontrava no criado mudo ao lado da cama e caminhou ainda cabisbaixo, em minha direção. Ela tocou a minha mão um pouco rígida, a abriu, colocou os pertences nele e disse com uma voz manhosa e rouca “fume para mim, eu amo te vê fumar”, sem nenhuma palavra a mais ser dita, conduzi o cigarro, acendi com o isqueiro, e coloquei-os de volta na mão dela, da mesma maneira que ela pós na minha.
Ela se virou, e foi por o maço e o isqueiro no lugar que havia entrado-os.
Virei-me de frente á janela, com os cotovelos apoiados na quina, e comecei a fumar o meu marlboro vermelho como se fosse o primeiro. Eu não optei em virar, porém sentia a presença de olhares contínuos, era ela, que por algum motivo sentia prazer em me admirar, e eu a sentia também.
Após terminar e conseguir sentir total liberdade e relaxamento. Virei-me. Eu confesso que havia esquecido da situação, havia esquecido do local, havia esquecido dela. Ao virar, fui então surpreendido com um sorriso bobo totalmente hipnotizado na minha coluna vertebral e costelas coberta por sombras em forma de círculos causados pelas cortinas que vinham até minhas canelas.
Seus olhos já estavam mais claros, seus cabelos não estavam mais presos, e ela estava totalmente ereta no centro da cama quando eu disse “passou tanto tempo assim?” e ela me respondeu com aquela mesma voz manhosa “não, querido”.
Mesmo com pouco dialogo ela conseguiu, conseguiu roubar um riso totalmente bobo de mim.
Fui até a cama e sentei-me em sua frente com o corpo literalmente na mesma posição que o dela. Ficamos alguns segundos sem palavras, até que ela me abraçou. Ela pós as mãos debaixo dos meus braços, passando as mãos levemente em minhas costas e apoiando sua cabeça em minha clavícula esquerda.
No primeiro ato fiquei sem ação, mas comecei a sentir total conforto em abraçá-la. Eu rodeei o seu corpo com os meus braços na direção do ombro, abaixei minha cabeça, e dei um beijo nos teus perfumados cabelos.
Um momento mágico. Parece bobagem, mas eu me senti com uma enorme obrigação de cuidá-la.
Eu tenho toda a certeza e consciência do que teremos que enfrentar após pisar fora desde motel. Preocupações da família, satisfações com os amigos, explicações á sociedade (pessoas ao nosso redor), dividas a serem pagas e uma suposta paixão a ser vivida.
– Bjorn Joseph Clifford
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- Espero que tenham gostado.
— Um beijo da autora, Anastasia.
— Plágio é crime.