E se eu desistir? escrita por SuKiTa


Capítulo 1
Prólogo de um fim


Notas iniciais do capítulo

Eu juro que não sei se isso vai ter continuidade, então eu não garanto nada rs
sei lá, falem comigo, me deem ideias e a gente vê como sai...
O Cain tá sambando na minha cabeça de mãozinha dada com o Creadore e rindo da cara do Oscar que tá com medo do Riff faz um tempinho (isso fez sentido?)
Enfim, espero que gostem



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Era noite. Nenhuma metáfora conseguiria descrever o céu escuro que cobria o horizonte. Cain estava sentado à janela, observando o precipício de onde, anos antes, vira seu pai se jogar para a falsa morte. As luzes do antigo escritório estavam apagadas e o único brilho era o dos olhos dourados que teimavam em espelhar as estrelas. O barulho das ondas nas rochas era totalmente coberto pela infinidade de pensamentos que assombravam o jovem conde.

Fazia algum tempo que perdera totalmente a pista de seus maníacos familiares, Alexis e Jezebel. Tinha certeza de que, se ele não os via, era porque estavam logo atrás dele. Para vê-los, precisaria de um espelho, e, definitivamente, não queria prestar mais atenção no que tinham em comum. Os laços do sangue venenoso que corriam por suas veias já eram suficientemente assustadores. Pensara, seriamente, em se matar dali. Seguir o caminho de seu pai e largar tudo para trás. Não queria perder e sabia que eles só estariam realmentefelizes se o matassem com suas próprias mãos, especialmente Jezebel.

Não tinha uma vez que alguém falava de seus olhos que não se lembrasse do meio irmão. Todas as mulheres queriam ver amor naqueles olhos, todos os homens queriam ter o poder de sedução desses mesmos olhos, mas somente aquele loiro platinado parecia precisar daqueles olhos para viver. Sua obsessão era tamanha que Cain cogitou entregar-lhe os olhos. Não seria ruim, afinal. Não veria mais ninguém morrendo, não veria sua própria morte vindo e não veria mais o sorriso de seu pai enquanto fumava aquele maldito cachimbo. Riff seria, de fato, a única pessoa a ver aquelas marcas, os olhos tristes de Mary ficariam para trás e logo não se lembraria mais do vermelho do próprio sangue que lhe atrapalharia a visão durante a extração.

Riu de seu pensamento covarde. O jeito mais fácil era, de fato, se entregar, desistir, ser dilacerado pelo ódio que recebera simplesmente por nascer. O que o segurava alí? O que era tão importante que valia cada lágrima que ele engolira e tornara em sangue nos últimos cinco anos?

- Ah, aí está o senhor, Mestre Cain - Riff entrou no escritório com uma vela em mãos. Um sorriso aliviado se formou no instante em que viu os olhos dourados o fitando.

- E se eu morresse, Riff?

Riffael se aproximou, mantendo um sorriso calmo e acolhedor. Apoiou a vela na mesa para que iluminasse o ambiente e ajudou o jovem mestre a se levantar para que vestisse o blazer que trazia consigo.

- Você só tem desessete anos, jovem mestre. Quando tiver beirando os trinta eu deixo fazer esta pergunta de novo. - disse sério - Ou você pode perguntar para a Senhorita Maryweather e ver se ela tem uma opinião diferente da sua.

Cain sorriu e murmurou algo, desviando do mordomo e fazendo sinal para que saíssem logo dali.


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Notas finais do capítulo

Nada aconteceu, né? hahahhaaa
Mas tá bonitinho? :)



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