Amantes Secretos escrita por Tai


Capítulo 6
Troca de Presentes Parte II


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente boa noite minna!
Vai dar uma da manhã e eu to correndo igual uma louca pra poder postar esse capítulo, que graças a uma inspiração divina depois de dias de oração e peregrinação consegui escrever! Rsrs.
Passei o dia inspirada hoje, terminei o capitulo e comecei o próximo, porém não tive tempo de edita-lo no trabalho então tive a brilhante ideia de salvar o capitulo no meu bloco de notas do celular pra poder editar na faculdade, e adivinhem o que aconteceu? Deu um bug louco no meu teclado e acabou apagando uma boa parte da história x.x Eu quase morri sério, mas por sorte tinha tudo na cabeça e consegui reescrever, graças a isso a postagem demorou mais do que eu havia pensado. Claro, não vamos entrar na parte de que estou a meses sem postar... Por favor ♥

Agora vamos ao que interessa, quero AGRADECER INFINITAMENTE a leitora linda Ayu, pela primeira recomendação de Amantes Secretos! Sério fiquei imensamente feliz quando a vi, sei que não mereço muito por ser tão ausente, mas saibam que é graças a vocês que ainda tenho esperanças de terminar essa fic. Muito obrigada a todos que lêem, comentam, favoritam! Eu ainda vou responder a todos os reviews! Vocês são uns lindos *-*

Enfim, chega de blábláblá dessa autora tagarela e vamos a fic! Boa leitura (:



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Capítulo VI - Troca de Presentes (Parte II).

Tudo aquilo não podia ser real, era um sonho, tinha que ser.

Lucy não conseguia acreditar em nada do que via, estava tão desnorteada que sequer notou a presença de Natsu cada vez mais próxima, seus olhos estavam fixos no amoroso casal que até então todos — ou possivelmente somente ela – acreditavam ser apenas amigos.

— Nunca imaginei que a Mira-san e o Laxus fossem um casal...

Seu desabafo soou mais alto do que esperava e aquilo a fez finalmente prestar atenção nos demais a sua volta, Erza queria poder respondê-la, mas se sentia tão perplexa quanto Lucy - não que a titânia desconhecesse o caso entre os dois magos - contudo, ela jamais havia imaginado que Laxus e principalmente Mira fossem se declarar um para o outro de maneira tão pública.

— Os dois namoravam na adolescência. – A voz de Natsu tão perto causou-lhe arrepios, Lucy recuou de imediato e não prestou atenção na mesa ao lado, acabou por esbarrar desastradamente no objeto e teria se espatifado no chão, não fossem as mãos firmes de seu amado a segurarem.

— Hei Luce, você está bem? Está vermelha... – Inocentemente Natsu tocou a testa dela a fim de medir sua temperatura, ao sentir o contato das mãos dele Lucy quase perdeu os sentidos, seu coração batia tão rapidamente que ela se sentiu sufocar.

— Luce, Luce!!

(...)

Juvia estava praticamente explodindo de ansiedade, a possibilidade de ser a próxima a animava, definitivamente dessa vez Gray se apaixonaria por ela, após ver sua nova versão 2.5 e os lindos presentes que havia preparado.

No palco, Makarov ainda se vangloriava pela cena a pouco, finalmente havia conseguido reatar aqueles dois, foram tantos anos, tantos meses, tantas missões minuciosamente arranjadas... tudo em vão.

Laxus e Mirajane eram mais durões do que se podia imaginar, não importava o que fizesse nada parecia ser suficiente para tocar o coração de ambos, com exceção do natal. Nada era tão mágico e caloroso como o Natal, e com a ajuda de Mavis tudo havia saído melhor do que Makarov tinha imaginado, certamente era a bênção da primeira que pairava sobre eles naquela noite especial.

De volta ao centro do palco, novamente fora o foco das atenções dos magos, o mestre da guilda analisou brevemente os participantes restantes, e entusiasmado escolheu sua próxima vítima.

— Levy Mcgarden.

— Não pode ser! – Houve um protesto na multidão, quase não era possível notar a dona da voz, somente seus cabelos azuis se destacavam entre os demais.

A pequena maga subiu no palco com extremo nervosismo, segurou o microfone – que o mestre praticamente jogou em sua direção – e permaneceu de cabeça baixa, não tinha coragem de encarar ninguém ali, muito menos olhar na direção de Gajeel, mas sentia a estranha sensação de estar sendo observada por ele, por aqueles intensos olhos carmesim.

Gajeel permaneceu inerte durante toda a festa, seus esforços se resumiam apenas em esvaziar a cerveja da caneca para poder enchê-la outra vez, entretanto, bastou escutar o nome de Levy para que seus sentidos imediatamente retornassem e se direcionassem para o palco onde a maga estava. Gajeel não havia olhado muito para ela durante a festa, estava irritado por ter sido ignorado em sua apresentação e depois ser trocado pelos dois idiotas que não a desgrudavam a todo momento, não sabia se estava imaginando coisas, mas parecia que Levy estava fugindo dele, por isso Gajeel passou o tempo inteiro bem longe de sua pequena fada.

Somente agora o dragon slayer podia vislumbrá-la melhor e como aquela visão o agradou, Levy usava um curto vestido verde com alguns enfeites em tons de amarelo, tinha as belas pernas expostas, sua pele branca e delicada o atraia como um imã, por um momento ele sentiu a boca salivar com a imensa vontade de mordê-la.

Panther Lily observou o amigo apreciar Levy enquanto mastigava uma espécie de parafuso de aço, mais um pouco aquele brutamontes comeria o balcão inteiro.

— Acalme-se Gajeel, se continuar assim não sobrará nem a bancada. – Mencionou, e o moreno desviou sua atenção da maga por um breve momento, apenas para encará-lo — de muito mau humor diga-se de passagem - para depois voltar toda sua concentração na tímida Levy.

— Meu a-amigo secreto... – Era tão difícil falar quando se tinha tantos olhares sobre si, Levy baixou os olhos e passou a fitar os próprios pés, mas a pressão de estar sendo observada por várias pessoas era constrangedora demais. Era praticamente impossível se confessar naquele ambiente, não que aquilo fosse uma confissão de verdade! Era só que... Ela não sabia explicar direito o que sentia, só temia que se contasse seus reais sentimentos para Gajeel, ele se afastaria e acabaria com a longa amizade de ambos.

E definitivamente Levy não poderia suportar isso, já não conseguia mais viver sem a companhia de Gajeel.

A ideia arrasadora a atormentava, Levy sentia um medo incalculável de perdê-lo, preferia passar a vida inteira sendo somente uma amiga a correr o risco de ser abandonada para sempre. Só que agora não tinha mais volta, ela já havia decidido dizer o que sentia, até bordou aquele presente para ele afinal.

— O meu amigo secreto é... – Outra pausa, respiração, mantra, uma voz em sua cabeça sussurrando palavras de coragem. Escutou mais alguns resmungos no salão e então ergueu a cabeça, dessa vez tinha uma expressão calma e o olhar firme. — É um mago extremamente forte, leal e companheiro, é alguém que não importa qual a adversidade ele a enfrenta de cabeça erguida. Não importa qual o perigo, ele sempre sorri depois de uma luta. Ele me protege, me dá forças, me acolhe, faz eu me sentir grande... Sinto que não há nada que eu não possa fazer quando estou junto com ele, sinto-me única ao seu lado.

— Ele é aconchegante como o lar, caloroso como o sol, apaixonante como os livros... Eu não poderia ter tirado uma pessoa melhor do que você... Gajeel Redfox.

Sua voz era quase um sussurro no microfone e quando terminou de falar, sentiu o coração mais leve, as bochechas estavam queimando e suas pernas tremiam, Levy estava a ponto de desabar a qualquer momento, se sentia tonta, tudo girava... E quando suas forças lhe faltaram, ela sentiu o conforto de seu lar.

Lá estava ele em um passe de mágica, erguendo-a do chão com facilidade, envolvendo-a protetoramente, ternamente.

— Você está bem baixinha?

A voz dele a fez encolher-se, estava tão envergonhada, não conseguia acreditar que finalmente havia dito tudo o que sentia, e na frente de tantas pessoas! Com certeza iria desmaiar...

— Eii Levy? – O abraço se tornou mais forte. — Você está pálida... Anda venha comigo vou te levar para a enfermaria.

— Gajeel não esqueça isso! – Lily apareceu voando acima deles, jogando na direção do moreno o presente que ele havia comprado para Levy.

O exceed tinha um sorriso cínico e parecia muito feliz com alguma coisa que Gajeel teria descoberto se não tivesse tão preocupado com a maga em seus braços, ele pegou com agilidade o presente no ar e em seguida saltou por cima da multidão de maneira apressada, sumindo das vistas de todos antes que eles pudessem reclamar.

— Aaah, foi só isso? Mas quem ela tirou mesmo? Mal consegui ouvir daqui!

— Foi o Gajeel não foi? Tenho certeza que ouvi ela dizer Gajeel.

— Mas e ele, quem ele tirou? Obvio que deve ter tirado ela também, ta na cara que esses dois se gostam!

— Levy-chaaaan! – Jet e Droy choravam juntos.

Para conter o novo alvoroço, Mavis assumiu o posto no palco anunciando o próximo participante. E finalmente foi a vez dele, suas preces foram ouvidas! Juvia estava radiante de felicidade até que enfim havia chego a vez de seu amado Gray-sama!

No entanto, tão rápido sua alegria transformou-se em desilusão.

— Gray? Onde está o Gray? Alguém o viu? - Mavis o procurou pelo salão, sem sucesso.

— Ah ele vai me pagar se não participar!!! – Makarov gritava em cima do palco.

Aquela altura os magos estavam tão irritados quanto o mestre e o ajudaram a procurar pelo mago de gelo fujão.

(...)

Tudo isso era ridículo, foi a conclusão que Gray chegou para toda aquela palhaçada, estava na cara que tudo não passava de uma armação! Uma brincadeira de muito mal gosto arranjada pelo mestre, mesmo Makarov não tinha o direito de interferir na vida dos outros! Ele não podia obrigá-los a se confessarem diante de uma platéia. Aquele amigo secreto era simplesmente ridículo, desnecessário.

"Ou será que ele estava apenas com medo..."

Medo de se confessar para ela, medo de revelar seus sentimentos e se expor, medo de que ela perca a obsessão por ele que o deixe ou lhe de o troco por todos esses anos de rejeição.

"Admita que você sente medo daquela mulher... Gray Fullbuster."

A voz incomoda em sua mente sussurrava-lhe, Gray não queria escutá-la! Não queria ouvir a verdade, muito menos admiti-la. Qual era o problema em fugir de vez em quando?

— Gray-sama...

O moreno olhou para o céu, encarando as nuvens acinzentadas, a noite estava fria, era inverno e nevava, Gray usava o cachecol que Juvia havia lhe dado, apertou o tecido no pescoço e voltou a caminhar. A qualquer um que passasse pela rua, não faria sentido algum um homem sem camisa andar somente com um cachecol, mas para Gray aquilo bastava para aquecê-lo, o calor era tão forte que estava sendo capaz de derreter os muros de gelo que ele havia erguido em seu coração.

O mago colocou a mão no bolso e de lá retirou uma pequena caixinha com um embrulho vermelho, fizera meia hora desde que deixou a guilda desistindo de participar da brincadeira, contudo, não havia conseguido jogar aquele presente fora, no fundo queria poder entregá-lo para Juvia, afinal, havia dado muito trabalho para fazê-lo especialmente para ela.

O problema seria Juvia não aceitá-lo, não depois dele ter fugido deixando-a sozinha, ela devia estar magoada com ele outra vez... Quantas vezes ele já a havia machucado?

Que tipo de homem pode dizer que ama alguém quando tudo o que faz é ser egoísta, quando não consegue pensar ou agir em beneficio da pessoa que gosta, quando tudo o que sabe fazer é mascarar os próprios sentimentos na esperança de que algum dia eles desapareçam para sempre.

Gray fechou os olhos e outra vez a imagem de Juvia invadiu seus pensamentos, mas desta vez ele se sentiu perturbado.

"Por um momento se viu em uma igreja, lá estava Juvia linda dentro de um vestido branco, era seu casamento e todos os magos da guilda a esperavam. Ela parecia feliz, muito feliz na verdade, sorria de um jeito tão sereno. Quando ele olhou para o altar viu seu amigo e rival Lyon, o homem estava elegante em um terno cinza e parecia a ponto de desmaiar. Gray não entendeu nada daquilo, por que diabos estava vendo Juvia em seu casamento? Segundos depois tudo ficou claro, ao ver a si próprio sentado na primeira fileira, era um dos padrinhos e por coincidência - ou não - segurava a mesma caixinha de presente em mãos."

— O que estou fazendo...

(...)

Os olhos de Juvia encheram-se de lágrimas, ela piscou rápido para contê-las, enquanto todos procuravam por Gray, Juvia teve uma sensação estranha. Aproveitou-se da bagunça para poder fugir furtivamente dali, sentia a presença de Gray em algum lugar da cidade, seu coração a guiava pelas ruas esbranquiçadas, a cada passo que ela dava mais forte se tornava aquela sensação. Havia desejado tanto passar o natal ao lado dele, tinha tanta vontade de poder abraçá-lo aquela noite.

— Gray-sama...

Natsu viu o exato momento em que Gray fugiu da guilda, foi logo após a saída de Laxus e Mirajane, ele teria impedido o amigo de sair de lá, mas bastou ver a expressão no rosto dele para desistir da ideia. Nunca havia visto Gray tão perturbado, o dragon slayer ao contrário dos outros, não se deu ao trabalho de procurá-lo, sequer conseguia pensar em Gray com Lucy ao seu lado, seu coração batia apressado demais para poder se concentrar em qualquer outra coisa. Natsu sentia o corpo se aquecer de uma maneira tão forte que começou a suar, tirou o cachecol do pescoço na tentativa de baixar a temperatura e ao fazê-lo, ouviu a voz de Lucy chamar.

— Natsu.

Virou parcialmente o rosto para poder vê-la melhor, e diferente de tudo o que já havia sentido antes, só de seus olhares se cruzarem o seu coração se acelerou ainda mais. Natsu queria poder entender o porquê só agora seus sentimentos afloraram e ainda mais que isso, queria saber se Lucy se sentia da mesma maneira, afinal eles sempre foram somente amigos.

Igual a ele Lucy estava proporcionalmente nervosa, suas mãos suavam e seu corpo inteiro parecia ser feito de concreto de tão pesado, para tentar se acalmar fechou os olhos, mas ao fazer isso pode sentir o cheiro dele, aquele aroma amadeirado, uma fragrância tão agradável que a fazia suspirar. A loira permaneceu de olhos fechados por um segundo e ao abri-los deparou-se com o pescoço dele à mostra, Natsu havia retirado o cachecol e devido a isso seu cheiro se tornou mais forte.

Aquela fragrância a acalmava... Lucy esquecia-se de tudo quando fechava os olhos e inalava o seu perfume.

— Natsu... – Sua voz foi fraca, mas ele pareceu ouvi-la, visto que se virou no mesmo instante e logo ela quis morrer por tê-lo chamado.

Se o cheiro de Natsu a acalmava, os olhos dele tinham o efeito totalmente oposto, encará-lo a deixava inquieta, seu coração palpitava tão forte. Lucy permaneceu calada por um momento, desviando a atenção para qualquer outra coisa, mas o silêncio começou a pesar sobre eles então ela resolveu falar.

— Você poderia me emprestar seu cachecol? É que eu estou com um pouco de frio.

Segundos após sentiu as mãos dele a envolverem em um abraço, era tão acolhedor, tão confortável... tão quente. Em um segundo infindo Lucy esqueceu-se quem era, onde estava, o que ia fazer e todos os medos possíveis que a afligiam, tudo o que ela conseguia ouvir eram as batidas do coração dele, batidas irregulares, aceleradas... Aquele som de alguma forma a tranquilizou, assim como seu toque, tudo o que vinha de Natsu a acalmava.

E como em um passe de mágica sua paz interior se esvaiu;

— Lucy Heartfilia. - A voz alta do mestre a acordou.

A maga estelar afastou-se do dragon slayer rapidamente, como se tivesse levado um choque com à realidade.

— Lucy venha logo aqui! Minha paciência já se esgotou com todos vocês.

Os olhos castanhos da maga seguiram até o palco onde avistou Makarov apontando o microfone em sua direção, ele não parecia muito disposto a esperar. Mesmo querendo fugir dali, algo a dizia que devia continuar em frente, devia abrir o jogo de uma vez.

Quando ela deu o primeiro passo em direção ao inferno em forma de palco, sentiu novamente o calor das mãos de seu amado.

— Espere Luce, quero que fique com isso. - Colocou um bonito embrulho em suas mãos. — Assim poderá me chamar sempre que precisar de ajuda.

O Salamander se aproximou um pouco mais e colocou seu cachecol em torno do pescoço dela.

— Não abra ainda, só no fim da noite. - Ele sorriu, e Lucy sentiu a respiração falhar. Como ele conseguia causar tantas reações diferentes daquele jeito? — Pode usar o cachecol por enquanto ainda sente frio não é? Está tremendo.

— Obrigada, mas o quê...

Olhou para o embrulho sem entender direito, será que aquilo era o seu presente? Será que era o presente do amigo secreto, será que ele...

— LUCY!!! - O berro do mestre ressoou por toda Magnólia.

— Eu já estou indo!

Reunindo a pouca coragem que ainda lhe restava, Lucy andou até o palco, pegou o bendito microfone, olhou na direção da única pessoa que realmente importava para ela e então anunciou seu amante secreto.

"Natsu Dragneel"

 

 


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Notas finais do capítulo

To morrendo de sono, por isso não me prolongarei muito aqui. Só depois de betar é que percebi que no fim acabei não revelando nenhum presente nesse capítulo, mas no próximo mostrarei todos, estamos chegando na reta final da fic.

Espero que tenham gostado, um super beijo e até a próxima (:



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