A Rosa e O Escorpião escrita por Lari


Capítulo 20
Ops, esqueci de mencionar...


Notas iniciais do capítulo

Ooi pessoal, queria dizer que eu sei que disse que ia diminuir a melação, mas lembrando que é só daqui a alguns caps, ok? Então não me atirem pedras nos comentários por isso AHUASHASUH
Enfim, obrigada mesmo a todos que leem e comentam com todo o carinho e atenção



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—Você está linda maman, mas só me diz uma coisa, você não se esqueceu do Luke não? – Beatrice dizia enquanto eu me arrumava para sair com Scorpius e ela assistia. E bem, eu tinha me esquecido de Luke, então aquilo me pegou completamente desprevenida.

—Ai Merlin, Luke! Como pude me esquecer?

Não que eu tivesse algo sério com ele, mas quando você beija um cara e fala que no futuro talvez ele possa vir a ter alguma relação amorosa com você, é bom mencionar isso pro seu namorado.

—Ele ligou ontem à tarde, você esqueceu o celular em casa, então eu atendi – Tris disse dando de ombros.

—E o que você disse? – perguntei aflita. Era certo que uma hora ou outra eu ia ter de contar tudo a ele, mas eu deveria fazê-lo pessoalmente, e somente eu.

Ela revirou os olhos.

—Não disse nada além de que você havia saído com a tia Lily e mais outros primos. Afinal, o que é que você tem com esse tal de Scorpius?

Sentei-me na cama e fiz sinal para que ela viesse se sentar ao meu lado, comecei a formular as palavras corretamente em minha mente para não dizer nada que não devesse.

—É complicado, mon ange – falo. – Ouça, não quero mentir para você, então não vou dizer nada até o momento certo, tudo bem? Prometo que não demorarei a contar-lhe.

—Já que não tenho outra saída – ela fez biquinho e eu sorri. – Mas, eu sinceramente acho que vocês formam um casal bonito, se quer saber. Apesar de eu gostar muito de Luke, vejo que o que você sente por ele não chega nem perto do que sente por esse tal de Scorpius.

Beatrice era esperta demais, e eu temia que ela já tivesse ligado tudo antes que eu pudesse lhe explicar, temia que ela já tivesse descoberto o que eu tentava adiar.

Olhei-a desconfiadamente, com os olhos estreitos.

—Não sei tudo o que se passa por essa sua cabecinha avançada, mas não fique brava comigo antes de eu poder lhe explicar tudo, ok?

—Eu ficar brava com você? Não maman, de jeito nenhum – ela me abraçou tão forte, mas tão carinhosamente ao mesmo tempo, que eu não pude deixar de me emocionar e notar o quanto minha menininha havia crescido. – Agora termine de se arrumar, ou vai se atrasar.

Ela era sim a melhor filha que eu poderia querer, sempre questionava tudo, é claro, mas nunca me repreendia e eu sabia que no fundo ela só queria me ver feliz.

Mon ange – chamei-a enquanto ela deixava o quarto, Tris se virou novamente para mim. – Eu te amo muito filha.

Ela sorriu e falou:

—Também te amo muito maman.

Levanto-me para olhar no espelho, me vejo vestindo um vestido curto vermelho com um decote em v nas costas, os cabelos caindo em cachos, como sempre foi quando eu era mais nova.

Calço minhas sapatilhas floridas e no mesmo instante ouço a campainha tocar.

—Olá Scorpius – ouço minha mãe cumprimenta-lo.

—Olá Sra. Weasley. Oi Tris, como vai?

—Oi Scorpius, vou bem – ouço Tris.

—Não ia dormir na casa da sua madrinha ontem?

—Sim, eu fui, na verdade acabei de chegar de lá.

Antes de ir ao encontro de Scorpius, abro uma gaveta em minha cômoda para pegar um objeto em especial. Vejo a rosa, mais viva do que nunca e a tomo pelo caule. Não me feriu.

Caminho os dedos por ela levemente e encosto-a no nariz, fechando também os olhos e absorvendo seu eterno perfume.

Assusto-me quando sinto alguém me abraçar por trás, mas instantes depois já tenho certeza de quem é. O perfume dele é penetrante e impossível de não se reconhecer.

—Scorpius – sussurro enquanto ele desliza as mãos pela minha cintura e me puxa para si. Estamos de frente um para o outro agora, a rosa entre nós.

Abraço-o entrelaçando meus dedos em seu pescoço e sentindo cada vez mais seu perfume.

—Vamos, minha rosa? – ele toma minhas mãos nas suas e as beija.

Entrelaço minha mão na dele e posiciono a rosa cuidadosamente em cima da cômoda.

—Eu definitivamente sou a mulher mais sortuda do mundo, sabia?

—Eu que sou sortudo por ter você, a maioria não perdoa tão fácil assim, sabia? A não ser que estejam desesperadas. Está desesperada, Rose?

—Te perdoei porque você só fez o que fez para me proteger, mas sim, eu estou desesperadamente louca por você, satisfeito?

Scorpius sorriu e tirou uma mecha de cabelo do meu rosto.

—Eu também sou desesperadamente louco por você, meu amor – e me beijou.

—Não abra os olhos ainda – Scorpius me guiava para algum lugar que eu não fazia ideia de onde seria, mas não me deixava abrir os olhos. – Pronto, pode abrir agora.

Então eu abri meus olhos e vi a coisa mais linda que eu poderia imaginar para um encontro – ainda mais sendo nosso encontro.

Estávamos no Green Park, um dos parques mais famosos e mais bonitos de Londres, não havia muita gente ao redor, era quase como se estivéssemos a sós, imaginei que isso seria porque era noite.

Vire-me para ele e fechei meus olhos sorrindo e lembrando:

—“Sabe o que seria perfeito?— dei uma pausa para sorrir. – Um jardim, muitas flores, borboletas, só você e eu”.

Sim, por incrível que pareça eu ainda me lembrava, porque cada momento que eu havia passado ao lado de Scorpius se tornou inesquecível.

—Sua preocupação em realizar tudo o que eu peço e tudo o que eu digo me fascina, sobretudo depois de tantos anos. Mas eu só quero que saiba que nada é mais importante pra mim do que estar com você, e simplesmente isso, não, tudo isso. Porque você é tudo pra mim.

—Eu gosto de te fazer feliz – ele me puxou para si, segurando em minha cintura. – Gosto de realizar seus sonhos, até os menores deles.

—Você é o meu maior sonho já realizado, o resto pouco importa.

Scorpius me beijou e senti-o sorrir contra meus lábios.

Sentamo-nos na grama por um tempo, algumas borboletas passaram voando ali perto de vez em quando, comecei a puxar conversa:

—Então, no que trabalha Scorp?

—Falando sério, gostaria muito de ser apanhador profissional em um time de Quadribol, mas por enquanto só trabalho no Departamento de Cooperação Internacional em Magia no Ministério. E o que faz você na França?

Dei uma risadinha quando ele falou do Quadribol, Scorpius nunca fora grande coisa jogando, mas não comentei nada sobre o assunto

—Também trabalho no Ministério de lá, no Departamento de Execução das Leis da Magia.

—Portanto, vai se mudar para cá e fazer o mesmo, certo?

Ainda não tinha pensado seriamente sobre esse assunto, então quando ele tocou nele eu me senti perdida, sem saber dar-lhe uma resposta certa.

—Rose?

—Provavelmente Scorp, muito provavelmente, tudo bem?

E ele fez o típico biquinho.

—Rosie... Por favor – ele tomou minhas mãos na suas.

—Rosie? – estranhei.

—Não mude de assunto, meu amor, sabe que não posso mais ficar longe de você, ou de minha filha... Milha filha, Rose, quando vamos contar a ela, afinal?

—Logo... Mas não se preocupe com o fato de eu morar ou não aqui por agora, tudo bem? Veremos isso depois.

—Depois, sempre depois. Esse seu depois durará quanto tempo, Rose? Não pode adiar as coisas para sempre.

—Não é pra sempre, só me dê um tempo, eu tenho tanto medo de que Beatrice me culpe, tenho medo de tanta coisa que você nem tem ideia.

Scorpius acariciou as costas das minhas mãos com os polegares enquanto me olhava.

—Só lhe imploro que não demore demais, pois não quero correr o risco de perder vocês duas.

—Você não vai – assegurei-lhe.

Fomos jantar em um restaurante perto do parque, Scorpius e eu chegamos a conclusão de que iriamos contar a Beatrice tudo o que precisava ser lhe dito no dia seguinte, a levaríamos à alguma sorveteria e lhe revelaríamos tudo calmamente.

Ele me levou para casa não muito tarde e entrou comigo até a sala de estar, me dando pequenos beijos dos lábios até o pescoço pelo caminho. Scorpius me girou no ar quando já havíamos chegado na sala, depois me beijou profundamente. Sorrimos juntos, nossos sorrisos se encontrando no final do beijo.

—Rose? – ouvi uma voz familiar me chamar, virei a cabeça e vi Luke, Tris e meus pais sentados e nos olhando, Luke tinha um olhar especialmente estupefato. Senti que estava com a boca aberta, o que ele estava fazendo ali?

—Luke – murmurei com os olhos ainda fixos nele, virei-me para Scorpius e vi que ele alternava olhares entre mim e Luke, confuso.

—Você não voltou quando disse, eu queria lhe fazer uma surpresa, então liguei para Tris e ela me deu o endereço.

Só então vi que ele tinha nas mãos um buque de rosas, ele se levantou e deixou o buque sobre a mesa.

—Mas vejo que atrapalhei algo, me desculpe se fui muito inconveniente.

Ele deixou a sala nervoso em direção à porta. Fui atrás dele sem pensar.

—Luke, espere.

Puxei-o pelo braço, ele ainda tinha um olhar raivoso, mas agora a mágoa também era visível em seu rosto.

—Eu posso explicar – tá bom, eu sei que é uma frase clássica e que quando alguém diz isso quase nunca pode mesmo se explicar, mas eu podia.

—Explicar? – Scorpius chegou por trás de mim. – O que é mesmo que está acontecendo aqui, Rose?


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Notas finais do capítulo

Comentem u.u



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