Tears Dry On Their Own - Dramione escrita por Cams


Capítulo 1
Capítulo 1 - Tears Dry On Their Own


Notas iniciais do capítulo

Escrevi meio que de repente e a um bom tempo, lembrei muito da minha avó escrevendo, pois ela infelizmente faleceu com essa doença. Sinceramente espero que gostem e comente, é importante .Desculpem os erros.Boa leitura.



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18 de Junho de 2011

Eu a conheci no pior momento de sua vida, quando ela descobriu que a morte estava próxima. Lembro-me bem desse dia.

Eu era um menino mimado de família rica, que tinha tudo e todas as garotas que queria, até aquela visita. Às vezes me pergunto como tudo pode ter acontecido em apenas dois anos...

Junho de 2009

Era uma manhã qualquer de um dia qualquer. Meu amigo, Blaise me chamou para acompanha-lo a uma visita ao Hospital do Câncer da região, o qual ele tinha ido há dois dias e se apaixonado pelo local.

– Vamos Draco, já está na hora! – ele chamava.

– Vamos Blaise – meio relutante e desanimado, fui.

O caminho não foi longo e Blaise falava a todo o momento sobre o hospital. De fato, era grande e moderno, não parava um só segundo e naquela correria começamos a visita pelas crianças. Aquilo realmente me emocionou, crianças que sofrem tanto, mas que não deixam de sorrir, que quando você chega te enchem de carinho e amor, te alegram, fazem bem. A cada quarto que visitávamos, me sentia uma pessoa ruim por ter tudo e não dar valor. Estávamos caminhando pelo corredor, trovando de ala quando Blaise segurou minha mão e disse.

– A garota que está nesse quarto é da nossa idade, faz uma semana que ela descobriu o câncer já avançado e há dois dias atras quando vim aqui, a amiga dela me falou que ela está pensando em desistir da vida, se entregar a doença. Eu prometi a amiga dela tentar ajudá-la, foi por isso principalmente que eu chamei para ajudarmos essa garota a lutar pela vida. – não entendi bem o que ele tinha na cabeça, como eu um garoto mimado ajudaria uma garota nessa situação? Mesmo inseguro assenti e entramos no quarto.

A primeira visão que tive foi de uma garota com longos e cheios cabelos de cachos castanhos, parecia abatida, estava de olhos fechados e com a respiração fraca. Ai seu lado uma jovem ruiva, muito bonita murmurava coisas em seu ouvido.

– Gina?

– Blaise, que bom que você veio, graças a Deus! E você quem é?

– Draco Malfoy, prazer – sorri.

– Um prazer te conhecer – começou – Blaise, não sei mais o que fazer, aquele dia que você conversou com ela, ela ficou tão bem, mas agora, voltou à mesma coisa. – ela parecida cansada e derrotada.

– Me deixe conversar sozinho com ela.

– Claro, aproveito para conhecer o Draco – saímos da sala e um silêncio incomodo reinou.

– Bom, cadê os pais dela?

– Hermione perdeu os pais muito cedo e vivia com os tios até vir para o hospital. Conhecemos-nos desde pequenas e ela sempre foi tímida. Antes de descobrir a doença, ela tinha amor pela vida, mesmo sofrendo conseguia sorrir, e se você a conquistasse arrumaria uma amiga para todo o sempre – a ruiva começou a chorar. Não sabia muito que fazer, como reagir, era tudo muito novo para mim, mas peguei a sua mãe e disse:

– Ela vai ficar bem, vai sair dessa.

Decorridos 10 minutos, voltamos para o quarto. E olhei a garota que agora estava menos pálida. Ela era linda! Com um sorriso nos lábios e mesmo com uma expressão triste parecia angelical, os olhos quase sem brilho, mas mesmo assim um castanho intenso e misterioso.

– Prazer, Draco Malfoy – ela sorriu o sorriso mais lindo que já vi.

– Hermione, Hermione Granger.

Depois disso, passei a visitar o hospital diariamente.

18 de Junho de 2011

Foram tantos os momentos juntos, tantas conversas, risadas, palavras de carinho e conforto, carinhos em si, abraços, brigas. Com ela descobri o mundo e me tornei homem.

Dezembro de 2009

Eu ainda não acreditava que já amava ela, que tinha me envolvido emocionalmente com ela. Sabia que não seria um conto de fadas com final feliz, que acabaria sofrendo, mas eu queria viver com ela como se cada segundo fosse o último.

Faziam seis meses que ela começou a quimioterapia e quatro que estávamos juntos. Ela já estava sem cabelo, mas magra e um tanto abatida, mas o que não me desanimava era o brilho em seus olhos e o sorriso, desta vez verdadeiro em seus lábios carnudos.

– Draco, e quando eu morrer?

– Nunca mais repita isso. Você sempre vai estar aqui comigo.

– Eu te amo.

– Eu também te amo – nunca tive tanta certeza de algo em minha vida.

18 de Junho de 2011

Eu não a amava, eu ainda amo e sempre vou amar. Mas eu tenho que entender que nada é perfeito e mesmo longe, ela está aqui comigo e nada nem ninguém vai nos afastar.

Março de 2010

– Não se preocupe meu amor, eles gostaram de você, assim como eu gosto.

– Mas nem cabelo eu tenho! Você merece alguém melhor.

– Eu não estaria com ninguém que não fosse você, sabe por quê? Por que eu te amo – selei nossos lábios.

O jantar com meus pais foi maravilhoso, Hermione estava linda, com um vestido preto e um lenço na cabeça combinando, usava um colar que eu lhe dei, cujo pingente era uma fênix, pois foi ela que me fez renascer das cinzas em que vivia, deu cor ao meu mundo.

Eu consegui permissão para ela dormir na minha casa esta noite. Após o jantar, subimos para o meu quarto e ficamos conversando sobre tudo, era fácil e ótimo estar com ela.

– Você promete que não vai me deixar? – perguntou repentinamente.

– Nunca! – beijei-a

O beijo foi esquentando cada vez mais e lentamente ela começou a abrir os botões da minha camisa e a jogou longe.

– Tem certeza?

– Absoluta - ela tomou a iniciativa e voltou a me beijar. Ali, nos tornamos um do outro.

18 de Junho de 2011

As lembranças inundavam minha mente, e eu não controlava, mas as lagrimas. Aquele colar, agora estava em meu pescoço, o lenço em minhas mãos. As lembranças de quando ela começou a piorar invadiram a minha mente.

Março de 2011

Naquele dia, eu fui mais tarde para o hospital após um final de semana sem vê-la por causa de uma viagem do trabalho do meu pai. Quando adentrei o quarto, me deparei com a pior cena de todas. Hermione estava com a cabeça baixa em um balde vomitando aquilo que eu tinha plena certeza que não tinha comido. Estava mais fraca, mais magra e mais pálida. Desesperei-me, gritei pela enfermeira e corri ao seu encontro.

– Não Draco, sai. Não quero que me veja assim – ela sussurrou.

– Você ainda não entendeu que eu sempre vou estar ao seu lado Hermione. SEMPRE! – em resposta ela apertou a minha mão.

Junho de 2011

Desse dia em diante ela somente piorou. Eu passava dia e noite ao seu lado, não ligava para escola, festas, vida social, nada, somente lutar com ela até o último minuto. Sempre ao seu lado, segurando a sua mão, beijando-lhe, admirando teu sorriso que mesmo em meio a dor era verdadeiro. Os dias foram se passando até ela não resistir mais. Lembrar dessa cena faz meu coração doer.

12 de Junho de 2011

O estado dela estava cada vez pior, os médicos não tinham mais esperanças e isso me destruía por dentro. Era noite e ela estava encostada em meu peito, sua fraca respiração batia contra mim e o silêncio até o então momento reinava.

– Draco, eu quero que você fique com o colar e que me prometa que vai ser feliz - meu coração se apertou.

– Nos vamos ser felizes amor!

– Não e você sabe disso. Prometa-me que vai construir uma família e encontrar alguém legal, mas principalmente, que nunca vai me esquecer.

– Eu te amo e sempre vou amar – já não consegui mais conter as lagrimas.

– Eu também te amo Draco, graças a você minha vida teve sentido. Eu te amo... – e ela fechou os olhos, sua respiração cessou e o coração parou.

Ela se foi e levou parte de mim junto.

18 de Junho de 2011

Pensar na Hermione me causava varias sensações. Meu coração se aquece, o amor está vivo dentro de mim, ao mesmo tempo em que ele se aperta pela saudade que sinto e a dor da falta me consome.

Hermione foi aquela que mudou minha vida, me transformou em homem, me fez descobrir o que é amar verdadeiramente.

12 de Junho de 2013

Sempre me sinto meio perdido esse mês, as lembranças dela fica muito mais viva do que já é em minha memória, tenho pesadelos com o dia de seu falecimento e outras coisas do gênero. Normalmente, hoje no dia em que faz dois anos, eu estaria andando por ai, vagando sem rumo, mas lerdo que o comum não chorava, acho que não tinha mais lagrimas e era exatamente isso que eu estava fazendo.

Cheguei a um parque, daqueles cheios de árvore e com vários casais andando de mãos dadas. Comecei a caminhar, observando o verde, pensando nos últimos dois anos, tentando imaginar como seria a minha vida futuramente. Sinto um impacto contra mim me derrubar, uma dor na nuca e tudo ficou escuro.

Acordei em um jardim, muito parecido com o parque em que estava, levantei-me e avistei ao longe ela sentada em uma toalha de piquenique sorrindo para mim. Corri em seu encontro e a abracei, como senti a sua falta.

– Draco meu amor, como estava com saudade.

– Senti tanto a sua falta Mione – tentei beija-lhe, mas afastando-me carinhosamente e declarou.

– Não querido, não pode. Estou aqui para cobrar-te a promessa que fiz.

– Qual?

– Que iria segui em frente, encontrar alguém e ser feliz.

– Eu só quero você!

– Esta não é uma opção. Você vai saber quem é a pessoa certa no momento em que olhar para ela. Nunca se esqueça de que eu te amo.

Tudo ficou escuro novamente. Quando abrir os olhos, a claridade repentina cegou-me, mas fui me acostumando com ela e a minha frente uma garota de longos cabelos loiros e de grandes e sonhadores olhos azuis, me encarava com cara de preocupada.

– Graças a Deus você acordou!

– O que aconteceu? – perguntei levantando-me.

– Eu te atropelei com a bicicleta, desculpe – pediu envergonhada.

– Tudo bem, prazer Draco Malfoy.

– Luna Lovegood.

Aquela garota era diferente e agora eu entendi o que Hermione queria me dizer.


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