Quatro meses depois *-*

Por Francesca #

_Ludmila e Violetta se acalmem! Vocês estão me deixando louca! – exclamei. Não era possível as duas estavam para ganhar bebê, no mesmo dia?! Que coincidência! Eu estava louca! A bolsa das duas estouraram, e tipo, eu não sei o que fazer, estamos só nos três, na minha casa.

_Fran... Liga para o Federico! – Ludmila disse suspirando.

_Não, liga para o León! – Violetta disse enquanto se sentava com dificuldade na cadeira.

_Não! O Federico vai saber o que fazer! – Ludmila disse exaltada.

_O León também vai saber o que fazer! – Violetta se irritou.

_Tanto faz! – manifestei-me. – Desde que levem as duas para o hospital, está ótimo! – falei fazendo as duas calarem a boca. Peguei meu celular e liguei para o León, depois ligaria para o Federico, para comunicar.

Ligação on:

_León?!

_Oi Fran... – ele disse um pouco apressado. – Se você não se incomodar, posso falar com você em outra hora? É que eu estou meio que “atrasado” para uma corrida, e não tenho tempo para falar com você.

_Mas você tem que me ouvi! – falei e ele respirou fundo do outro lado da linha. – A bolsa da Violetta Vargas estourou!

_O QUE?! – Vichiii surtou! – Como assim Francesca! Aonde ela tá?! Ela tá bem?! Já está no hospital?!

_Calma! – disse tranqüila. – Ela está bem León... Estamos na minha casa e...

_Eu estou chegando aí para levá-la ao hospital. – desligou, que grosseria!

Liguei para o Federico, mas deu ocupado, ele trabalhava no escritório, então não podia falar no telefone todo o tempo. Logo minha campainha tocou, e eu já sabia quem era. Olhei para Vilu e para Ludmila, as duas estavam fazendo exercícios de respiração, ri com a cena. Abri a porta e León entrou afoito.

_As duas?! – León perguntou surpreso, assim que viu a Ludmila e a Violetta.

_Sim as duas! – confirmei. – Vamos levá-las para o hospital, A-G-O-R-A!

León pegou a Violetta e levou-a até o carro, logo levou Ludmila também. Entramos no carro, elas estavam no banco de trás, enquanto, e eu e o León estávamos nos bancos da frente, ele iria dirigir, apesar de ser extremamente perigoso, pois o mesmo estava afoito.

_Que ironia! – Violetta exclamou, e eu não entendi muito bem.

_Acho que foi o destino. – Ludmila disse respirando devagar, tentando amenizar as contrações. – Como isso foi acontecer?

_Do que estão falando? – León perguntou confuso, assim como eu.

_Fala sério León! – Ludmila disse como se fosse óbvio. – Olhe bem... Nós não nos suportávamos você é o meu ex. namorado, a Vilu é minha inimiga desde a adolescência, eu mal falo com a Francesca, e como viemos parar nessa situação? Onde o meu filho vai nascer juntamente com o dela!

_Ironia do destino, Ludmila – Violetta disse de olhos fechados. – León, liga esse carro, e vamos agora para o hospital! – ordenou um tanto nervosa.

...

Por Violetta #

Já estava na maca, indo em direção á mesa de cirurgia. Eu estava aliviada, mas ao mesmo tempo com um medo terrível brotando de minhas veias. León estava ao meu lado, segurando a minha mão, ele estava bem ansioso pelo visto.

_Te amo – falei baixo.

_Não mais do que eu. – ele respondeu.

Entremos na sala de cirurgia, e eu logo vi a doutora ao meu lado, e do outro, o León com um pequeno sorriso no rosto, ele estava um pouco nervoso, dava para perceber, pois sua expressão denunciava isso. Senti algo perfurando o meu braço, me dando uma vontade imensa de chorar...

Senti uma dor aguda me atingi, e logo perdi a consciência por completo...

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_Você viu elas? – escutei uma voz feminina soar pelo ar. – Como são? – não conseguia decifrar, eu simplesmente não sabia como recuperar a consciência. – São lindas, não é?!

Abri meus olhos com certa dificuldade... Senti minha respiração pesada, percebi que estava ligada á vários fios, e estava com uma mascara respiratória. Minha garganta estava seca, sentia tudo fora de órbita.

_Olhe León! Ela acordou! – ouvi novamente a voz feminina.

Logo vi duas pessoas se aproximarem. Era Francesca... Ah, agora eu identifiquei! Eram Francesca e León. Ele acariciou meus cabelos, e sorriu. Francesca também estava sorrindo, eu não estava conseguindo falar, então apenas os olhava.

_Amor? – León me chamou e eu direcionei meus olhos para ele. – Está bem? – neguei com a cabeça. – Calma já vai passar... – ele disse e beijou minha testa. Eu queria ter notícias de minhas filhas, queria saber como elas estavam e como elas eram! – Vilu... Obrigada mais uma vez pelo presente, me senti honrado em ser pai, principalmente consciente que a mãe é você – ele disse sorridente, e eu deixei uma lágrima quente escorrer, que logo o León secou.

_Como elas são?! – Francesca indagou afoita.

_Lindas... – León disse. – Bom, mas eu não as vi direito, daqui uns minutinhos a enfermeira vai trazê-las, e aí vamos vê-las direitinho. – ele disse feliz da vida.

Do nada, a porta do quarto onde eu estava, se abre, revelando Federico, com um sorrido enorme e largo no rosto, seus olhos brilhavam, como se ele estivesse transbordando de alegria, se é que não estava mesmo.

_Nasceu! – exclamou ele. – Meu filho nasceu! – era um menino.

_Parabéns, Fe! – Francesca disse e correu para abraçá-lo. – Já está na maternidade?

_Ainda não... – falou. – Ele está nos braços da Ludmila, e ela está amamentando ele... – ele disse com um sorriso gigantesco.

Fiquei pensando... Eu não vi minhas filhas, e nem as amamentei, será que estão bem? Queria pegá-las nos meus braços e sabe qual é o rostinho de cada uma... O Federico saiu do meu quarto, e a Francesca também. Ficamos só eu e o León, ele acariciava meu rosto, e beijava minha bochecha a cada minuto, estava adorando, estava me sentindo amada.

Logo uma enfermeira entrou, mas sem minhas filhas, eu já estava ficando preocupada. Com ajuda do León, ela me sentou na cama hospitalar, e tirou alguns fios que estavam conectados á mim, e logo tirou a mascara hospitalar também, me aliviando. Mas percebi que eu estava um pouco fraca, e até mesmo debilitada.

_Bom, devo informar ao casal, que dentro de uns pequenos minutos, venho trazer seus bebês, para a senhora Vargas amamentá-las. – Ela saiu sorridente, me deixando ali novamente com o León.

_Devo dizer que a Francesca, estava muito ansiosa, parecia ela que iria ser o pai – rimos. – Ela estava afoita demais, eu sinceramente não sabia se ria dela, ou se me preocupava com minhas filhas que estavam indo para a maternidade. – rimos novamente.

Dentro de uns pequenos minutinhos a enfermeira estava lá, como o prometido, com dois carrinhos, rosas. Meu coração começou a acelerar, vi Francesca entrando com a Julie e o Lucas juntamente ao lado de Marco no meu quarto e eles sorriam muito. León abriu aquele sorriso que encanta qualquer uma, e a enfermeira olhava para as minhas “coisinhas” que estavam no carrinho. Eu ainda não as tinha visto, e estava muito ansiosa.

_Parabéns mamãe e papai – a enfermeira disse sorridente, parando o carrinho ao lado de minha cama.

Olhei para ele, e encontrei duas menininhas, lindinhas, e aparentemente iguais. Uma estava com os olhos bem abertos, e pelo que vi, seus olhos eram castanhos, quase que verdes, poderia dizer que eram como os de León, verde-amarronzados. A outra estava com os olhinhos semi-abertos, eram um pouco mais “verdes” do que o da outra, e parecia estar com soninho, sorri ao ver isso... Ambas estavam com a mãozinha na boca, provavelmente com fome.

_Bom, vou me retirar e deixar a família a sós... E sugiro que dentro de dez minutos, a senhora Vargas amamente essas menininhas, com licença.

Peguei a que estava mais agitada no colo, a dos olhinhos iguais a do León. Acariciei seu rostinho de leve, e ela estranhou, percebi porque a mesma estava com uma carinha de choro. León pegou a outra, e ninou carinhosamente a menininhas em seus braços. Os olhos de León brilhavam tanto que eu podia dizer que ele estava emocionado.

_León... Acho que ela não está se sentindo confortável em meus braços. – falei vendo a minha menininha começar a chorar baixinho. Me dando um aperto no coração.

_Claro que está... É que vocês ainda não se acostumaram com a presença uma da outra – ele me explicou. – Que tal decidirmos os nomes?

_Sim, acho uma boa ideia – falei ninando minha filha. – Bom, pra essa aqui que tem os seus olhos, eu pensei em... Daniella. – disse.

_E eu já tinha escolhido antes mesmo delas nascerem... – León disse. – Eu gosto de Isabella.

_Lindo nome... Nossas filhas são preciosas... – disse. – Isabella Castillo Vargas e Daniella Castillo Vargas... – falei sorrindo.

Logo lágrimas já estavam caindo dos meus olhos, e eu me sentia muito bem, já estava amando minhas filhas de corpo e alma, e acho que nunca vou parar de sentir isso...

...