Por Francesca #

Estava com a Camila em minha casa, conversando sobre coisas do dia-a-dia. Marco e Broduey estavam concentrados na televisão, assistindo um filme horrivelmente sangrento. As crianças estavam com a gente no quarto, brincando com algumas bonecas da Julie, até o Luca entrou na brincadeirinha delas, achei a coisa mais fofa. Mel estava uma graça com aqueles cabelinhos ruivos que tanto chamavam a atenção de Lucas, ele ficava hipnotizado com aqueles cachinhos saltitantes e tão brilhantes de Mel.

_Olha os olhinhos do Lucas, Cami – falei olhando para eles.

_Sei não hein Fran... Eu acho que esse seu filho tá caidinho pela minha filhinha – Camila disse e imediatamente começamos a rir. Mas o Lucas realmente parecia estar gostando de Mel, ri mais ainda com estes meus pensamentos, ai, ai, essas crianças.

Ouvi o som do meu celular, ele estava tocando. Levantei-me e fui até a mesinha que se encontrava ali, e o peguei. Vi na tela, e era a Vilu, deve ter acontecido algo, ou não... Atendi no terceiro toque.

_Olá amiga! – atendi prontamente.

_Fran! – disse animada e eu estranhei. – Você não sabe o que houve!

_Conte-me oras – disse curiosa.

_Eu passei mal! – disse contente? Quem fica contente com uma coisa dessas?!

_E desde quando isso é pra comemorar?! Você tem que ir ao médico, isso sim! Quando você passou mal? O León já te levou ao hospital? – perguntei preocupada.

_Não se preocupe, eu já estou melhor, e muito feliz! – continuei sem entender o motivo dessa alegria repentina. – Eu e o León achamos que... Que existe algo em mim, ou melhor, alguém...

_Não creio! – disse quase gritando e Camila me olhou confusa. – Você acha mesmo?

_Temos quase certeza... Ele foi á farmácia, comprar um teste de gravidez para mim. Ai amiga... Eu estou tão feliz! Tomara que seja...

_Estou torcendo por você! E tomara que seja verdade essa sua dúvida, e que você seja muito feliz! – falei e ela agradeceu do outro lado da linha. Logo desligamos.

_O que houve? – Cami perguntou.

_A Vilu... Pode estar grávida! – falei, Camila deu um gritinho, e as crianças nos olharam curiosas, ri com isto.

Por Violetta #

_Violetta! Voltei! – gritou León, e eu ouvi a porta ser fechada.

Estava no quarto, esperando o meu marido voltar, com uma ansiedade fora do normal. Estava feliz, mas ao mesmo tempo com medo... E se eu não estivesse? O que seria de mim? Eu estava tão animada, que coisas como estas, começaram a me atormentar.

León entrou no quarto e me fitou com um sorrisinho nos lábios. Ele parecia estar contente e bem animado com essa nossa suposição.

_Comprou dois? – perguntei.

_Sim, como você pediu. – ele disse me entregando a sacola, e eu peguei um pouco nervosa.

_Estava pensando... E se eu não tiver grávida? – perguntei. – E se for uma simples virose?

_Vilu... Apenas faça os testes, depois vemos o que dá... – falou ele em um tom extremamente calmo. Assenti e fui ao banheiro.

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Depois de uma meia hora...

_Veja logo o resultado. – León insistiu.

_Não! – disse nervosa. – Eu quero saber, mas estou com medo também! –irritei-me.

_Vamos, veja logo! Se não eu mesmo vejo! – disse perdendo a paciência e eu cruzei os braços em sinal de reprovação. – Por favor... – disse abaixando o tom.

Suspirei e fui até os testes que estavam em cima da pia, (estávamos no banheiro). Peguei o primeiro um pouco trêmula, temia o resultado. Olhei para o León que estava branco como uma seda. Suspirei novamente e olhei para o teste...

“...Positive...”

Fiquei estática, sem reação nenhuma, o sangue parou com o seu trabalho em meu cérebro. Uma lágrima de alegria saiu de meus olhos e percorreu a minha face... Minhas mãos tremiam como nunca haviam tremido antes, eu não podia movimentar nenhuma parte de meu corpo,e não conseguia proferir nenhuma palavra, muito menos conseguir fazer uma expressão em meu rosto.

_Amor? – León chamou-me um pouco baixo.

Um pouco assustada ainda, fui correndo em sua direção, o abraçando fortemente e quase que desabando em lágrimas... O apertei contra mim, e logo pude sentir seus braços em mim, me acalmando e transmitindo certa paz...

_Positivo... – sussurrei ainda em seus braços e esbocei um sorriso nos lábios. León se afastou de mim e me olhou nos olhos um pouco surpreso e eu ri entre lágrimas.

_O-O que...? – perguntou não acreditando em minhas palavras.

_Deu positivo León... Eu estou grávida! – Exclamei tentando conter as lágrimas que saiam de forma descontrolada de meu rosto...

Por Naty #

_BRUNOO! – gritei enquanto corria atrás daquele menino sapeca que me estressava fácil, fácil! – Volte aqui com a minha revista!

Maxi? Estava na sala mexendo no computador, e eu lá, toda descabelada atrás do Bruno. A empregada, Lígia, estava tentando arrumar o quarto do Bruno, o que era quase impossível, pois toda a hora que ele entreva lá fazia uma zona...

_Dona Natália – Lígia me chamou. – Não se preocupe, eu vou dar um jeitinho nisso. – continuou e eu sorri agradecida, se não fosse por ela, eu acho que eu e o Maxi estaríamos perdidos com aquele garotinho.

Lígia tinha 46 anos, mas parecia que tinha 30, ela era uma mulher um pouco rechonchuda, como diz o Maxi, mas é linda! Tem enormes cabelos pretos e lisos, que sempre estão presos num coque. Bruno a ama e ela também. Parecia que meu filho obedecia mais a empregada do que a mim, e isso ás vezes me intrigava bastante, afinal ele era meu filho.

_Naty? Que tal irmos á um parque? – perguntou Maxi aparecendo do nada na minha frente. – Faria muito bem ao Bruno respirar um pouco de ar puro, e gastar energia, que não é pouca... – rimos.

_Tem razão – falei sorrindo. – Quando vamos?

_Agora á tarde, o que acha? – propôs.

_Acho ótimo, assim até daremos um pouquinho de paz á Lígia. – rimos novamente. – Só vou me arrumar.

_Você está linda, não precisa se produzir mais... – disse e eu suspirei apaixonada, como sempre...

_Ai Maximiliano... – falei e ele fez uma cara feia, não gostava que eu o chamasse assim. – Você sabe que eu te amo muito, mas... A beleza também é importante para viver, então... Vou me arrumar. – disse e ele resmungou. – E, por favor... Arrume o Bruno para mim. – disse e ele assentiu.

Fui ao meu quarto e pus um short com uma regata branca. Baguncei meus cabelos que estavam molhados. Adoro a “Natália rebelde” haha. Passei meu batom vermelho e nada mais, pois apenas com um batom, me sentia linda, ou como a Cami diz, poderosa. Calcei um tênis xadrez, e antes que eu pudesse fazer qualquer outra coisa, o meu quarto foi invadido por uma criaturinha que corria rapidamente. Bruno.

_O que está acontecendo? – perguntei vendo o mesmo se esconder atrás das minhas pernas.

_Papai! – disse risonho.

Maxi entrou no quarto eufórico! Ele tinha nas mãos os sapatinhos do Bruno e um pente... Assim que me viu sorriu, e eu retribuí este sorriso. Ele olhou mais para baixo, até seus olhos se encontrarem com Bruno que estava atrás de mim, mas dava para perceber claramente que ele estava ali.

_O que estão fazendo?! Por acaso isso é um joguinho, onde o grandão corre atrás do meu pequeno? – perguntei.

_Você está perfeita! – Maxi disse desviando totalmente o assunto e me deixando completamente envergonhada.

_O-Obrigada... – disse vermelha e pegando Bruno no colo. – E aí filho? Vamos arrumar estes cabelos rebeldes iguais o da mamãe? – perguntei e ele negou.

_Não é igual da mamãe! – disse cruzando os bracinhos com dificuldade, devido o tamanho, e fazendo uma carinha emburrada.

_Como não?

_É mais bonito – disse batendo palmas e causando risos em mim e no Maxi.

_Tem razão bebê... É bem mais bonito. – falei e o mesmo sorriu.

Arrumei os cabelos do Bruno e calcei os sapatinhos dele nos seus pés. Arrumei a gola da blusinha dele, e pronto! Estava lindo! Perfeito! Lindo de bonito! E então fomos...

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Por Camila #

Saí da casa da Francesca, e eu e o Broduey decidimos ir até uma sorveteria, Mel estava louca por um doce, então nada melhor que um sorvete, não é? Ainda mais hoje, que estava quente, é muito bom!

Estávamos caminhando a tranquilamente, até que passei em frente á casa da Naty, só que eu estava do outro lado. A cena que eu vi, era muito engraçada. Natália e Maxi parecem dois adolescentes ainda, sério, os dois não tem um psicológico muito normal. Mas apesar dessa loucura toda, eu os admiro, são sempre tão unidos... Bruno estava uma graça, assim que Mel o viu, apontou e fez uma carinha de surpresa. Ri.

Paramos em frente em a sorveteria Tentação...

_Vai querer sorvete do que Mel? – perguntou Broduey.

_Molango – respondeu tentando subir na cadeira para se sentar.

_E você amor?

_O mesmo que a Mel... – disse sentando ao lado dela, e acariciando-lhe os cabelos tão lindos.

_Ok. – respondeu Broduey tirando a carteira do bolso e indo até a bancada.

Depois de uns três minutinhos ele voltou, com três sorvetes de morango. Mel se acabou naquilo. Eu e Broduey apenas riamos dela, era muito engraçado vê-la comendo. Mas teve uma hora que eu não agüentei e tive que chamar a atenção dela. Mel jogou o sorvete no chão e cruzou os braços, acho que ela não estava gostando das risadas que o Broduey estava dando dela.

_Melissa! – repreendi-a em um tom de reprovação. – O que foi isto?!

_Papai ri! – disse emburrada.

_É porque é engraçado te ver comendo, amor. – falei calma. – Agora vá, e pegue isto do chão, ande logo! – ordenei e a mesma não pestanejou, apenas seguiu as minhas ordens. Boa garotinha...

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