O Preço de uma Promessa escrita por Magna


Capítulo 2
De Volta ao Lar


Notas iniciais do capítulo

Descuulpa gente! Mas to repostando o capítulo da chegada do Nimbus... Eu apaguei sem querer e o outro não tinha ficado muito bom então eu mudei algumas coisas, acho que esse tá melhor



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P.O.V Autor

Já havia passado oito anos desde que Nimbus tinha pisado no Brasil pela última vez. Ele nem acreditava que finalmente estava voltando, mas não voltava do mesmo jeito que foi... Sua estadia no Japão o tinha mudado muito, apesar de ainda parecer o mesmo garoto de sempre sabia que aquele acontecimento tinha mudado-o para sempre. Suas fortes dores de cabeça, sangramentos nasais e sonhos com uma garota desconhecida vinham aumentando e ele sabia que isso era um sinal. O encontro estava próximo.

Ele estava sentado em uma poltrona do avião e fechou os olhos lembrando-se da menina. Era uma garota de cabelos pretos, longos e olhos castanhos claro. Abriu os olhos se desvencilhando da imagem da menina, a mesma menina que fazia seu coração bater forte, apesar de saber que ela só existia nos seus sonhos, mas ele preferia que fosse só assim, se ela existisse de verdade, ele não iria conseguir se controlar e ela pagaria o preço por algo que ele tinha feito.

Olhou seu relógio, os ponteiros apontavam para 14h50min, ou seja, só faltavam 20 minutos para ele pousar. Fechou os olhos novamente, mas dessa vez, lembrou-se da sua infância naquele lugar, provavelmente ninguém se lembraria dele, assim como não lembraram do seu irmão e ele até preferia assim. Queria começar uma vida nova e esquecer tudo que havia passado no Japão.

Depois de 25 minutos, ele finalmente pisava em terra, a viagem tinha sido longa e cansativa, mal podia esperar para ver sua familia. Não demorou muito para que conseguisse vê-los

– Okaa-san (mãe)!! – ele gritou ao ver uma senhora de olhos expressivos e cabelos presos em um coque

– Meu bebê, finalmente você voltou para casa. A família está completa novamente – a senhora de feições italianas se debulhava em lágrimas e abraçava o filho fazendo-o ficar sem ar

– Calma querida! – agora quem falava era um senhor que parecia ser japonês - O Nimbus chegou agora, mas ele veio para ficar - ele falou também dando um abraço no filho

– E ai, não vai vir dar um abraço no seu irmão

– Não sabia que você era tão sentimental DC – os irmãos se abraçaram – Vamo pra casa? To louco pra comer e dormir

– Sim, você tem que descansar mesmo, amanhã você vai pro colégio

– Sério mãe? Acabei de chegar de viagem!

– Você já faltou uma semana e esse ano é ano de vestibular para você, então nem adianta reclamar!

– O colégio não é nem tão ruim brother! Tem várias gatinhas lá, de todos os estilos, acho que você vai gostar

– Já andou atacando?

– Não cara, to de olho em uma garota em especial, a garota dos meus sonhos – Nimbus estranhou aquele papo... Será que Dc também tinha feito o... Não, não... Aquilo era impossível

– Uaaau, a garota dos seus sonhos! Que menino romântico – Nimbus desconversou

– Engraçadão, acho melhor você se mexer e ir para o carro se não o papai vai embora sem a gente

Durante a volta para casa os irmãos botaram o papo em dia e DC mostrou algumas gatas do colégio pro irmão que logo se interessou por Carmem, quando ele ia mostrar Mônica e Magali eles chegaram e a mãe roubou seu “bebê”. O DC nunca tinha visto alguém ser tão bajulado, a mãe enfiava tanta comida em Nimbus que ele podia jurar que seu irmão ia explodir e que viu várias vezes ele pedindo socorro. Depois da mãe dos garotos terminar o ritual de bajulação, eles foram jogar e passaram o dia todo fazendo isso até que já estava tarde demais

– Hora de dormir queridos, amanhã tem escola – podiam passar mil anos, mas a mãe deles jamais parava de tratá-los como crianças – Nimbus vá para seu quarto

– Poxa, o quarto do DC é muito mais equipado

– Até o final da semana o seu vai estar do seu jeito, agora, por favor, vão dormir. Estou cansada

– Ok mamãe – ambos deram um beijo em sua bochecha

A noite não foi muito tranquila para Nimbus, enquanto DC tinha sonhos com Mônica, ele tinha o mesmo pesadelo da noite anterior

SONHO ON

Estava sentado na grama e a menina de cabelos longos estava com a cabeça no seu colo fitando-o com os olhos que lhe transmitiam paz e sorrindo.

– Eu te amo, Nimbus

Antes que ele pudesse responder o cenário do sonho mudou totalmente. Agora ele podia ver a menina que a poucos segundos sorria para ele com um olhos de desespero e coberta de sangue

– Por favor... Eu não aguento mais. Nimbus, manda ela parar

– Ela quem?

– Ela! – a menina apontava com o dedo tremulo para aquela que ele já conhecia

– PANDORA! Pare com isso!

– Eu só vim buscar o que é meu, você me prometeu Nimbus... Uma promessa é uma divida. Arranque o coração dela

– Eu não vou fazer isso!

– Então eu farei – a mulher se aproximou e enfiou a mão no peito da garota

– NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO – Nimbus gritava, mas já era em vão, não havia mais vida no corpo da garota

SONHO OF

– NIMBUS, NIMBUS! ACORDA!

– NÃOOOOOOOOOOOOOOO – Nimbus acordou gritando e chorando

– O que foi cara?

– Nada, só tive um pesadelo – recuperando o fôlego Nimbus se levantou – Já ta na hora de ir pro colégio?

– Para sua sorte ou azar, sim. Quando eu tava vindo te acordar eu escutei os gritos

– Eu falei o nome de alguém?

– Não que eu tenha escutado.

– Beleza, vou tomar um banho, te encontro lá em baixo

– Tá...

Nimbus não conseguia parar de pensar no rosto apavorado da garota, ele sabia que aquilo não era real, mas doía como se fosse. Demorou mais tempo no banho do que o normal, depois que saiu botou uma calça jeans, uma camisa preta e seus tênis de sempre. Não tomou café o que deixou a sua mãe preocupada, mas ele usou a desculpa que tinha comido muito no dia anterior

– Meninos, eu tenho dois presentes para vocês – o senhor de faces orientais levantou duas chaves – Eu sei que vocês não têm idade para dirigir aqui ainda... – a face deles se iluminou –... Então quero que vocês me prometam que não vão sair para muito longe com seus respectivos presentes e que se forem correr em alta velocidade vão fazer isso na pista da casa de campo

– PROMETO PAI! - Nimbus falou animado

– Ok - Dc falou de maneira seca

– Então me acompanhem até a garagem – quando os três homens da casa chegaram lá tinha uma moto e um carro estacionados – Como eu sei que o DC sempre gostou mais de moto eu comprei uma Ducati 1000ss e pro Nimbus um Jaguar F-Type

– EU NÃO ACREDITO PAI, VOCÊ É O MELHOR PAI DO MUNDO!

– Então acho melhor vocês irem indo se não vão se atrasar e perder os presentes

– É pra já capitão! – os dois irmãos bateram continência o que fez o pai rir, não podia desejar filhos melhores

DC subiu em sua moto com cuidado e deu a partida, era incrível como aquela maquina era irada, nenhuma moto que ele dirigiu se comparava aquilo. Nimbus entrou em seu carro e imediatamente esqueceu o pesadelo. Só conseguia pensar em como aquilo ia servir para impressionar a loira que o DC tinha mostrado no dia anterior.

Enquanto isso Mônica e Magali acordavam desesperadas porque tinham passado a noite fofocando e perdido a hora para ir pro colégio. Nem tomaram banho, colocaram a primeira roupa que viram e foram correndo. Magali que estava correndo tão rápido não viu um jaguar vermelho em sua direção. Todos gritaram, mas já era tarde demais para desviar, ela fechou os olhos

– VOCÊ É LOUCA GAROTA? SE METER NA FRENTE DE UM CARRO DO NADA? SE EU NÃO TIVESSE FREADO VOCÊ PODIA ESTAR NO HOSPITAL AGORA! SUA SORTE É QUE EU NÃO ESTAVA EM ALTA VELOCIDADE – era Nimbus que olhava para garota com o rosto abaixado

– D-d-d-esculpa, eu sei que estava errada, mas eu não queria chegar atrasada e corri demais, não vi seu carro – Magali levantou o rosto para ver quem era

Nimbus não acreditava no que estava vendo, era a mesma menina que a tempos lhe causava nois te insônia, a mesma que apareceu no pesadelo que ele teve na mesma noite. Ele não teve outra reação a não ser entrar no carro e dar meia volta. Depois de estacionar e recobrar a consciência Nimbus não sabia o que fazer, apenas acionou o alarme e foi direto para o colégio. Entrou e logo deu de cara com um monte de meninas lhe fazendo um questionário

– Oi bofe, parece que você gosta de chegar causando hein? – quem falava era uma garota de marias chiquinhas e cabelos ruivos

– Tenho que concordar com a Denise. O carro é lindo, mas você é mais ainda – quem falava agora era uma garota magra e de cabelos pretos e muito lisos

– Licença Maria Mello, mas a nobreza não fala com a plebe. Eu sou Carmem – o Nimbus logo se interessou pela loira de cabelos encaracolados

– Prazer Carmem, gostei muito de você – Nimbus falou de maneira sedutora

– O prazer é todo meu gatinho. Quer conhecer o colégio? – Carmem estava gostando da atenção do novato, ela com certeza não ia o deixarele escapar

– Com você eu conheceria qualquer lugar.

Não seria tão difícil quanto Nimbus imaginava ficar tão longe da menina de cabelos longos, com todas essas meninas dando em cima dele, ele não teria nem tempo para olhar para ela, estaria muito ocupado cuidando das outras.

Na sala do primeiro ano Mônica encontrou uma Magali assustada e foi correndo saber o que houve com a amiga

– Maga? O que houve?

– Nada amiga, eu que sai correndo sem prestar atenção e quase fui atropelada

– De que cor era o carro? – era DC

– Era um carrão vermelho, coisa de rico

– Então era o meu irmão

– ENTÃO QUER DIZER QUE ALÉM DE METIDO VOCÊ TEM UM IRMÃO ASSASSINO? – A Mônica já estava se exaltando

– Calma Mô, a culpa foi minha... Só estranhei, porque seu irmão saiu correndo pra dentro do carro quando eu levantei o rosto

– Não sei o que foi Maga, ele é meio doido. Se você precisar de qualquer coisa falar comigo – ele olhou para Mônica – O professor de biologia vai sortear hoje o assunto do trabalho, então acho que depois a gente pode marcar uma reunião. Pode ser na minha casa?

– Jamais, eu não vou pra casa de um desconhecido. Pode ser na minha casa... Quinta! Agora se você me dá licença eu tenho que conversar com minha melhor amiga!

O resto das aulas passou normal tanto no primeiro quanto no terceiro ano. Quando tocou para o intervalo Magali saiu correndo, pois tinha que falar com o professor de Educação Física , mas no meio do caminho ela esbarrou em alguém

– AI!

– Você parece que não gosta muito de olhar por onde anda – o mesmo menino de hoje cedo lhe estendia a mão – Eu sou Nimbus

– Eu sou Magali – ela segurou sua mão – Me desculpe por hoje de manhã, eu não vi seu carro

– Magali... Não precisa se desculpar, muitas meninas se jogam na frente de carros de luxo, mas se você queria chamar minha atenção, podia ter escolhido um meio menos assassino.

– EU JÁ DISSE QUE FOI UM ACIDENTE – o rosto da menina parecia um tomate de tão vermelho

– Sim... acidente, você não me engana

– VOCÊ É NOJENTO! – Nimbus estava pondo seu plano em prática, ele queria fazer a menina dos seus sonhos odiá-lo assim não tinha a mínima chance deles se aproximarem

Magali saiu correndo, nunca tinha encontrado com uma pessoa tão asquerosa. Nunca mais queria ver aquele garoto na sua frente, mas mal sabia ela que o destino ainda guardava muitas coisas para os dois.


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Notas finais do capítulo

Da última vez que postei só teve um comentário e se continuar assim, vou excluir essa história

Gostaram? Então comentem e favoritem! Até o próximo!



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