Digital Bonds escrita por Tio Raí


Capítulo 1
1.1 - Um brinde à amizade


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo da história. Não tem muito a ver com Digimon, mas, é apenas uma introdução. Divirtam-se.



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Notas do Autor: A nossa vida inteira sonhamos com outros mundos, novos lugares para ir, pessoas para conhecer, jornadas para trilhar. E se eu te disser que podemos fazer isso? Podemos ser quem quisermos, ir pra onde sonhamos e ter as aventuras que sempre desejamos? Podemos fazer tudo isso e mais através da leitura. Ao ler, nós incorporamos personagens e vivemos suas histórias malucas. E essa é mais uma dessas histórias, onde você poderá ser quem você quiser, conhecer pessoas e seres magníficos, visitar lugares exóticos, e se aventurar como ninguém jamais pôde.

Essa é a história de alguns adolescentes, como você, que tiveram seus destinos entrelaçados com um outro mundo peculiar. Algo mágico. Algo... Diferente. As criaturas que residiam esse “outro mundo” se chamam Digital Monsters, ou simplesmente, Digimon. São seres feitos por data e arquivos de computador. Eles têm o poder de comandar os elementos da natureza e também de criar laços de amizade e amor entre si. São criaturas interessantes e divertidas, momentaneamente. Como em toda sociedade criada por seres racionais, temos monstros bons e ruins. E, como em histórias medievais, viveremos em um mundo de reis e rainhas. Toda sociedade precisa de um líder, certo? Nesta que está prestes a ser contada, temos um reino que acaba de receber um novo rei. O nome dele é Seraphimon. Mas conhecido como Anjo de Luz. Parece algo bastante confortante, certo? Nossos pequenos monstros digitais devem estar seguros com este novo rei. Ou não.

Bom, chega de falar dos Digimon. Que tal falar um pouco dos nossos heróis? Acho que não há um jeito melhor de falar deles do que deixando eles mesmos se apresentarem. Boa leitura.

I

Um lindo final de primavera estava para começar. Ultimo dia de aula para os alunos da escola Bluesea. Alguns estavam felizes por estarem finalmente se livrando de seus estudos e problemas, outros já não queriam deixar seus amigos que tanto amavam. Algumas horas após o sol nascer, se toca um despertador. Um som agudo começa a encher o que se parecia com um quarto. Que, visivelmente, estava muito desarrumado.

– Hmmm..

Um garoto se levanta da cama, com uma cara de zumbi levantando do túmulo, algo que ninguém gostaria de ver. Este mesmo se encontrava com os cabelos negros bagunçados e com os olhos, que ora eram de uma cor verde forte, cheios de olheiras.

– Finalmente, estou livre! – Diz o garoto-zumbi, em uma alegria frenética, saltando da cama e correndo para o banheiro. Não há nada melhor do que a alegria de se livrar dos professores e matérias estúpidas da escola.

O garoto sai esbarrando em tudo que havia pela frente, e era muita coisa mesmo. O quarto dele estava cheio de bugigangas e roupa suja. Era um grande desafio chegar até a porta sem pisar em nada.

O menino entra no banheiro e toma um bom banho, e dá aquela escovada básica nos dentes, que deviam estar completamente sujos depois do que ele havia comido ontem à noite. O quarto estava cheio de salgadinhos e latas de refrigerante. E “vush”, o garoto sai do banheiro com uma aparência nova. Os cabelos penteados, ou quase isso, e com uma toalha verde. Este mesmo corre para o guarda-roupa e veste o seu uniforme da escola. O uniforme era de uma coloração branca com um símbolo no peito. Algumas bordas verdes e uma gola desgastada.

O garoto pega sua mochila preta e calça os seus tênis. Como o quarto continuava horrivelmente sujo e o garoto não era tão hábil para não pisar em nada, ele tropeça em uma caixa cheia de cartas sortidas, aquelas que continham desenhos de monstrinhos e seus ataques.

– Isso foi um aviso não é? – O garoto-zumbi, que também era maluco por estar falando com as cartas, pega um dos cards e o vira para onde estava a luz. Ele continha um monstrinho pequeno com as orelhas grandes, que ora pareciam hélices de um helicóptero. Este tinha uma coloração marrom com uns traços de rosa. Algo não muito masculino acho eu (o autor). – Não posso me esquecer de você.

O card tinha um pequeno furo na parte superior. O garoto procura em cima de sua mesa um cordão. Neste, havia já um pingente de sol. Ou algo que se parecia com um sol. Ele abre o cordão e coloca o card nele. E logo coloca o cordão no seu pescoço. Este era o seu símbolo de sorte. Ele sempre o carregava. Algo como um amuleto.

– Raymond, é hora de ir. Vai perder o ônibus! – Uma voz feminina gritou do andar de baixo. Era a mãe do garoto.

– Já vou mãe! – O garoto, que pelo visto se chamava Raymond, corria rapidamente pelas escadas com sua mochila nas costas e seu cordão de card voando pelo vento. – Já pedi pra senhora me chamar de Ray.

– Mas esse não é seu nome.

– É sim, oura. – O garoto dá um beijo na mãe e sai correndo pela porta. Com os cabelos ao vento e um perfume horrível de limão.

A luz de sol atrapalha a vista de Ray, mas ele logo se acostuma. Era um dia que não poderia ser atrapalhado. Pois, era o ultimo dia de aula, certo? Tinha que ser perfeito. E logo seria.

II

Ray esbarra em outro cara que estava indo para a escola. Ele estava acompanhado de uma garota. Ele era alto e tinha os cabelos cacheados, não a ponto de parecer o cabelo curto de uma garota, mas, do tamanho padrão do cabelo de um adolescente normal. Tinha os olhos castanhos e usava uma mochila preta com detalhes azuis. Este mesmo tinha uma pulseira prateada no pulso esquerdo, que tinha um símbolo parecido com o de Ray, mas não igual.

Já a garota era um colírio para os olhos. Era uma menina morena com os olhos negros e um sorriso que ia fundo na alma. Seus cabelos eram lisos e escuros, e voavam com bastante facilidade naquele vento da manhã. Era como ver um comercial de shampoo seda. Ela usava uma saia preta com detalhes em verde e um broche parecido com uma gota verde no cabelo. Sua mochila era branca com detalhes em rosa e tinha uns botões com fotos que ela considerava importantes.

– Me leve! – Disse o garoto que esbarrou em Ray.

– Ah, cara, desculpe. Minha mãe me apressou. – Respondeu Ray conhecendo o garoto que havia aparecido de repente.

– Pelo menos não me derrubou. Estou levando os copos de vidro que Meio-metro pediu. – Continuou o garoto-esbarrado, eles deviam estar se preparando para alguma festa de despedida, ou algo do tipo.

– GRAÇAS A DEUS! – Falou a menina, com as mãos na cabeça, preocupada. – Se esses copos quebrassem, mamãe iria nos matar.

– Menina, deixe de escândalo. – Disse o esbarrado, que parecia ser o irmão dela pelo jeito que bateu na cabeça dela.

– Vamos logo, ou a gente não vai entrar nessa escola hoje. – Apressou-os Ray, querendo ir logo para a sua sentença de libertação. Os três voltaram ao seu rumo e começaram a correr em direção à escola. Os dois irmãos se chamavam Kyosuke e Jasmine. Eram conhecidos por estar sempre juntos, mesmo sem se suportar. Há alguns boatos de que eles prometeram aguentar a si mesmos em troca de alguns livros de uma saga chamada Harry Padre, ou algo parecido.

III

Ao chegar na escola, com o caminho para o portão cheio de faixas, balões e confetes, os três se deparam com uma multidão de pessoas com o mesmo uniforme que eles, a maioria se abraçando e já dizendo adeus. Eles correm para dentro e vão procurar o resto da sua “turma”. Kyosuke vai para a sua sala e Jasmine e Ray vão para a deles também (aparentemente, estudavam juntos). Kyosuke literalmente arremessa sua mochila a uma cadeira e volta para o corredor, depois de pegar os cinco copos de vidro que estavam dentro dela.

– Esqueça de mim não, Kyo! – Grita um garoto do outro lado da sala. Era um moreninho baixo e engraçadinho. Com o cabelo curto e olhos castanhos. Ele estava com uma pena roxa na mão direita, escrevendo alguma coisa no caderno. Ele usava o uniforme de sempre da escola e também usava um cordão, só que este tinha dois círculos roxos como pingente. Engraçado como todos os adolescentes dessa época gostam de enfeites na roupa.

– Venha logo então! – Kyosuke grita de volta, mesmo sem ter ninguém na sala além deles dois. O garoto do pingente roxo corre para o encontro de Kyosuke e os dois saem correndo para sei-lá-onde todos eles estavam indo. Este outro se chamava Rannyson. E estudava com Kyosuke.

Logo em seguida, na outra sala, estavam Ray e Jasmine, jogando as suas mochilas no primeiro lugar onde viam. Logo, abriam-nas e retiravam delas, respectivamente, um papel da bolsa de Ray e uma jarra lacrada da bolsa de Jasmine. Eles pegam os seus pertences e correm para o corredor. E então se encontram com os outros dois.

– E aí? Onde ela se meteu? – Pergunta Ray ao resto do grupo, quase amassando o pedaço de papel, que mais parecia um pergaminho, que estava na sua mão esquerda.

– Não vamos descobrir sem procurar. – Responde Rannyson, com um ar de ironia.

– Eu me lembro de que ela disse que ficaria em alguma sala do terceiro andar. – Responde Jasmine, querendo ajudar os amigos. Ela era conhecida por ser a mais dócil entre eles. O tipo de amiga “mãezona”.

– Deixem de enrolar e vamos logo. – Kyosuke anima todos e sai correndo em direção às escadas do terceiro andar. E assim, os outros três amigos vão correndo atrás dele, levando seus pertences. Jasmine sente um pouco de dificuldade em correr com uma jarra de, aparentemente, suco em mãos, então, Ray a ajuda a leva-la para o destino deles. E era incrível como mesmo dentro daquela escola fechada, os cabelos de Jasmine continuavam a balançar com o vento.

IV

Ao chegar no terceiro andar, eles vêm uma garota baixinha em frente a escadaria, com uma cara raivosa, olhando diretamente para eles. Ela tinha cabelos ondulados e loiros e olhos de um azul perfeito. Usava uma jardineira jeans por cima da farda da escola e usava um anel extremamente brilhante no dedo anelar da mão esquerda. A joia deste tinha um formato que mais se assemelhava com um coração e era de um Ruby muito lindo. As meninas dessa época tinha um gosto magnifico de se vestir.

– Seus idiotas! Onde vocês se meteram? Estive esperando por horas! – Falou a pequenina garota raivosa.

– Calma Jullie, a gente está aqui e é o que importa. – Responde Jasmine, defendendo os seus amigos.

– É, vamos logo começar a arrumar esse negócio que eu quero ir para casa rápido. – Falava Kyosuke, sendo o primeiro a dar um passo à frente depois do rugido da pequena Jullie.

– Vamos arrumar isso logo, tá? – Rannyson vai á frente e dá uma batidinha nas costas de Jullie.

– Quero me livrar dessa escola o mais rápido possível. – Ray vai junto aos outros dois e dá uma bagunçada no cabelo loiro de Jullie.

– Vamos, meu amor. – Jasmine pega uma das mãos de Jullie e a leva para dentro da sala onde os meninos haviam entrado. A garota estava sem expressão até aquele momento, como se estivesse paralisada no tempo.

Os cinco amigos entram em uma das salas do terceiro andar da escola Bluesea, que, justificando o nome, tinha paredes de um azul forte com pequenas faixas em branco. Era uma combinação de cores que relaxava bastante os alunos. Ou quase todos.

– Já achei que vocês iriam me deixar aqui para arrumar isso sozinha. Eu sinceramente não esperava que-

– Jullie, sem drama. – Ray interrompe Jullie tapando a boca dela com a mão. Jullie lambe a mão dele e depois pisa no pé dele. Ray começa a saltar em círculos em uma perna só, tentando parar a dor no seu pé. A garota raivosa olha pra ele e dá a língua.

– Nem dá pra acreditar que você é mais velha que eu. – Ray critica a pisadora-de-pés e depois da uma risadinha fraca.

– Vamos arrumar esse negócio ou não? Quero ir pra casa ligeiro. – Grita Kyosuke, como sempre, apressado.

– Bom, a festa tem que ser foda, afinal é vai ser uma despedida. – Jasmine fala determinada a fazer algo muito bom. Eles planejavam fazer uma festa de despedida na escola mesmo, apenas entre eles. E com a fome de perfeição de Jullie, a festa deveria ser perfeita mesmo. Até mesmo com apenas cinco pessoas.

Eles passam o resto da manhã preparando a sala para o que eles queriam fazer, e cada um volta para a sua casa. Logo a tarde se passa e todos se arrumam para que à noite, a festa seja incrível.

V

E agora, com a lua em seu lugar de direito no céu, estavam cinco adolescentes dentro de certa sala no terceiro andar de sua escola. Essa era a despedida deles cinco. De uma extremidade da sala estava um garoto de cabelos negros e olhos verdes, usava uma camisa preta com uma jaqueta verde muito extravagante, e, como sempre, usava um colar com um card e um símbolo que se assemelhava a um sol laranja. Logo a frente dele estava uma garota pequena de cabelos loiros e ondulados. Usava uma blusa de vermelho forte com uma listra vertical branca no peito e uma saia preta. E algo que se marcava muito em seu estilo era o seu anel de Ruby em forma de coração, ou quase um coração. Á sua esquerda, estavam os dois irmãos, o menino vestindo uma camisa azul de tom escuro e uma calça jeans e, como sempre, estava usando seu amuleto da sorte, uma pulseira com um símbolo que parecia um sol de cor azul. Logo ao seu lado estava a garota radiante, sempre com seu sorriso lindo. Usava um vestido verde com uma listra negra no peito esquerdo. E também usava o seu lindo broche de gota verde no cabelo, algo que realçava a sua “fofura”. Logo a frente destes dois estava o ultimo. O garoto pequeno que usava uma camisa roxa com uma listra horizontal abaixo do umbigo e uma calça de jeans preto. Usava, igualmente ao garoto ao seu lado, um colar, só que com dois círculos em roxo.

Esses eram os companheiros que se separariam hoje, por duas semanas, para as férias merecidas. Alguns viajariam, e outros apenas ficariam em casa relaxando. Alguns iriam ler alguns livros (ou fanfics) e outros iriam apenas jogar vídeo-game. Mas, isso não importa. Esses cinco apenas queriam que essa noite fosse a melhor noite da vida deles.

– Agora um brinde! – Fala Jullie.

– Brinde para quê mesmo? – Pergunta Rannyson.

– Brinde à nossa amizade! – Diz Jasmine.

– Brinde ao fim desse inferno! – Diz Ray, com um sorriso estúpido na cara.

– Brinde às melhores férias que iremos ter! – Diz Jullie.

– Vamos acabar com isso logo! – Fala Kyosuke

– Aeho! – Grita Ray.

Os cinco amigos brindam com seu vinho de mentira (ou seja, suco de uva) e fazem seu ultimo voto de férias. E todos eles pensam a mesma coisa.

“Quero passar o resto da minha vida com eles.”

E assim, um terremoto enorme começa a acontecer na escola.

– Okay, isso sim foi estranho. – Ray fala enquanto tenta se equilibrar em meio ao tremor.

– A gente tem que sair daqui, isso vai desmoronar! – Fala Rannyson, enquanto coloca todos para fora do prédio.

– Era só o que me faltava. – Diz Kyosuke, com o seu humor de sempre.

Com a corrida de todos para fora da escola, Kyosuke chega primeiro do lado de fora e fica petrificado. Logo os outros quatro chegam e também ficam boquiabertos.

– Mas o que é isso? – Indaga Ray. Uma criatura do tamanho de um enorme dragão estava na frente deles, naquele momento. Destruindo todos os arredores da escola. Ele tinha causado aquele terremoto. “Ele” estava destruindo tudo. “Ele” acabou com as férias deles. “Ele” acabou com o dia perfeito.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler até aqui. Em breve voltarei com a conclusão do evento e mais história para vocês. Gostou? Comente. Ajuda muito saber que alguém está gostando da história. Sugestão ou Crítica? Comente ou mande uma MP. Estarei sempre disponível. Obrigado pela leitura.