― DIEGO, CHEGA! ― Roberta gritou, ele olhou assustado ― eu já disse que não estou com dor, eu só estava desconfortável então levantei e fui pegar um copo d'gua, para de paranoia! ― Ele abaixou o olhar triste.―
― Desculpa eu só estou preocupado. ―Roberta foi ate ele.―
― Eu sei, mais é que estou na reta final da gravidez, estou pesada, estressada é muita coisa na minha cabeça. As pessoas me perguntando tudo ao mesmo tempo, é difícil
― Eu vou pra casa, amanha eu volto. ― Foi ate Roberta depositando um selinho em seus lábios.―
― Espera ― puxo-o pelo braço.― eu não quero que voce vá embora chateado comigo.
―Amanha eu volto. Tchau. ― Soltou a mão da de Roberta e foi embora
Assim que Diego foi embora Roberta dormiu por um tempo e depois desceu a procura de algo pra comer. Assim que terminou de descer as escadas encontrou seu pai sentado no sofá, ela se sentou no sofá ao lado formulando um jeito de puxar papo com ele, apesar dele ter a rejeitado ela amava ele, sentia falta de falar com ele..
― Pai, por que o senhor não foi trabalhar hoje? ― Ele desviou o olhar da tv e olhou pra Roberta no outro sofá, mas nada respondeu.― Que horas minha mãe chega hoje? ela tem chegado tarde..
― Por que você esta falando comigo? Eu disse que não quero mais você como filha, você só me trouxe desgosto.
― Pai, sera que você pode me ajudar a colocar os mosquiteiros nos berços dos bebês? É alto e eu não consigo, eu esqueci de pedir pro Diego, eu ate faria sozinha, mas minha barriga não deixa.
― Eu não ajudo, eu não pedi pra você ficar com fogo, se quiser faça sozinha. ― Os olhos de Roberta ficaram marejados.―
― Ok ― Roberta abaixou a cabeça segurando o choro.― Pai eu não queria te magoar tanto assim. ― olhou pra ele.― Eu..- Eu queria ficar bem com você, o dia do nascimento dos bebês se aproxima e toda cirurgia tem risco, se acontecer algo comigo eu quero estar bem com você, quero não ter que carregar essa culpa pra sempre. Quero poder saber que eles virão pra essa casa e você não vai os maltratar.
― Se algo acontecer com você eles irão pra casa do sem vergonha do pai deles, e não pra essa casa. Não temos responsabilidades nenhuma com eles.
― Eu sei pai, me desculpa. ― As lagrimas começaram a descer―
Roberta se levantou com dificuldade, voltou para o quarto chorando, assim que abriu a porta do quarto viu os berços dos bebês prontos, só a espera deles. Começou a mexer nos berços que já estavam com seus devidos enxovais, o do menino Azul com ursinho e bolas, e da menina rosa e branco com uma linda ursinha e laços.
― É bebês vocês não serão tão bem vindos assim.. Eu mesma vou por esses mosqueteiros.
Pegou os mosqueteiros do seu armário, puxou a cadeira que usava quando mexia em seu computador e subiu na mesma pra por os mosqueteiros, começou primeiro pelo berço da pequena Ana Luíza, com pouco de dificuldade conseguiu coloca-lo.
Após isso puxou a cadeira ate o berço de Pietro, subiu mais uma vez na cadeira e começou a colocar o mosqueteiro, como a cadeira era de rodinhas Roberta perdeu o equilíbrio fazendo com que a cadeira andasse um pouco pro lado assim ela caiu e bateu com a barriga na proteção do berço.
― Ai caralho ― se levantou.― pelo amor de Deus bebês, eu acabei de bater a barriga ta doendo e vocês ainda vão ficar me chutando? ― foi ate sua cama e se deitou esperando que a dor parasse.―