Depois que eu recebi aquela notícia de que eu sairia do pais para estudar fora me deixou e pedaços, eu deixaria todos os meus amigos para trás, fora o garoto no qual eu mais amo nesse mundo, Castiel... Hoje eu decidi que contaria ao Castiel que eu iria viajar. Mas se meus pais deixassem minha viajem para semana que vem, eu estaria tão feliz, mas infelizmente eu irei viajar daqui a 6 horas.

Eu marquei com o Castiel de encontrar ele em uma cafeteria perto de casa, eu disse que daria uma pequena notícia a ele. Ao chegar lá, vi ele sentado em uma mesa bem no canto bebendo um copo de café, assim que me viu, se levantou.

Castiel: Docete!

Docete: Castiel, eu...

Castiel: Espere! Eu tenho algo para te entregar!

Ele tirou do bolso do casaco uma pequena caixinha vermelha com um laço dourado e me deu. Abri aquela caixinha e vi um cordão com um pingente de coração.

Docete: Eu... Não tenho palavras... Castiel...

Castiel: Eu comprei porque achei que combinaria muito com você.

Eu segurei aquele cordão com força contra o peito e me esforcei para não deixar as lágrimas caírem de meus olhos.

Castiel: Você me disse por telefone que queria me contar uma notícia, pode me contar agora?

Docete: Castiel... Eu... Será que podemos ir para um outro lugar sem ter muita gente por perto?

Castiel: Claro, mas, tem algo te incomodando?

Docete: Não...

Após sairmos da cafeteria, ele me levou naquele lugar escondido e ficamos ali sentados admirando aquele belo sol que se iluminava em cima de nós. De repente, lágrimas começaram a cair de meus olhos e foram escorregando pelo meu rosto todo. Castiel viu as lágrimas descerem e ficou desesperado.

Castiel: O que houve Docete? Porque está chorando?

Docete: Castiel... Eu... Por favor, me beije!

Ele me olhou com o rosto confuso e depois, passou sua mão por minha cintura, me puxando até ele e me deu um beijo. Por algum motivo, aquele seu beijo foi quente e suave, era tão doce que eu parei de chorar.

Castiel: Agora pode me dizer o que está acontecendo?

Docete: Castiel, meus pais ontem me disseram que eu vou estudar em outro país.

Castiel: E isso não é bom?

Docete: Não é nada bom Castiel! Eu vou hoje! Daqui a 8 horas!

Castiel: Mas o que?!

Docete: Me desculpe Castiel, eu não queria ter que deixar você para trás... Eu não quero te deixar!

Castiel: Mas você não pode impedir.

Docete: Não... Eu não posso fazer nada...

Castiel: Droga! Droga droga!

Ficamos ali parados, eu e ele, sentados naquele nosso lugar escondido, ele me envolveu em seus seus braços e encostou minha cabeça em seu peito e ficou ali, brincando com os meus cabelos. Eu conseguia ouvir seus batimentos, sua respiração, tudo...

Eu acordei com o meu telefone tocando, era minha mãe pelo visto. Me levantei de cima do Castiel e atendi o celular.

Mãe: Onde você está?!

Docete: Eu estava passando alguns minutos com o meu namorado mãe...

Mãe: Minutos?! Filha, você sabe que horas são?!

Docete: Hmmm, 10:30?

Mãe: 13:30? 13:30?! Já são 16:30 filha! Você vai se atrasar pro seu voo!

Docete: Desculpe mãe! Eu acho que dormi de mais! Já estou indo!

Desliguei o telefone e me levantei do chão pegando todas as minhas coisas. Quando eu estava prestes a sair, lembrei que eu não podia deixar o Castiel ali deitado, dormindo que nem um anjo, sem algum tipo de recado. Peguei a caneta e o papel que estavam na minha bolsa e escrevi um recado, deixando dentro do bolso de seu casaco e sai correndo dali o mais rápido que eu pude. Cheguei em casa e minha mãe parecia furiosa com o fato de eu ter chegado tarde pra caramba.

Mãe: Filha, vá arrumar logo sua mala e tomar um banho que seu pai já está te esperando!

Docete: Sim mãe!

Arrumei minha mala na maior correria e depois fui tomar meu banho. Minha mãe avisou ao meu pai que eu já estava em casa e veio até meu quarto pegar as malas e leva-las para o carro. Entrei no carro e meu pai dirigia rapidamente em direção ao aeroporto.

Saímos do carro correndo, meu pai foi fazer o Check-in enquanto eu estava ali sentada no banco, tentando retomar o fôlego que me foi tirado em toda essa correria. Depois de meu pai resolver tudo que tinha que fazer, fomos para a porta de embarque, olhei para trás e vi que tinha algo tentando passar rapidamente entre a multidão que estava ali. Era o Castiel! Ele corria desesperadamente em minha direção, ele parecia cansado, parecia que nem respirava naquele momento. Até que, ele conseguiu me alcançar e me envolver pela última vez em seus braços.

Castiel: Docete! Eu consegui chegar a tempo!

Docete: Castiel!

Enquanto estávamos ali abraçados, vi uma garota correndo em nossa direção. Era a Mia! Ela parecia meu perdida, mas assim que viu a gente, correu em nossa direção.

Mia: Castiel! Não me deixe para trás desse jeito!

Castiel: Me desculpe mia.

Mia: Docete, Castiel me contou enquanto estávamos vindo para cá que você iria sair do país para sempre. É verdade?

Docete: Para sempre também não né Mia, mas por algum tempo...

Pai: Filha, já está na hora.

Docete: Tudo bem pai...

Eu abracei a Mia e lhe dei um pequeno beijo na bochecha. Depois fui ao encontro do Castiel que se encontrava de braços abertos para me receber ali, ficamos ali abraçados por um tempo, enquanto eu enterrava meu rosto em seu pescoço para guarda aquele seu cheiro viciante para sempre.

Mia: Até mais Docete!

Castiel: Adeus amor...

Docete: Adeus...

Me soltei de seus braços e fui andando devagar, foi terrível ter deixar para trás ele, assim como seus beijos. Acenei como o meu ultimo "Tchau" para eles e entrei.

Depois de alguns minutos, eu já estava dentro do avião. Sentei-me na cadeira em que fui designada e fiquei ali, apenas suspirando. Quando o avião levantou voo, vi ali naquela enorme vidraça do aeroporto, dois rostos tristes olhando para o avião onde eu estava. Aquilo me deixou com o coração mais partido ainda, mas, esse não será um "Adeus" para sempre, mas sim, um "Até logo".