Sob o céu estrelado escrita por Laís Baldini
Ótimo, havia falado para ele que iria na casa dele... Abro a porta do guarda-roupa desanimada e não encontro nenhuma roupa que me agrade. Ligo o radio e minha lista de musicas preferida começa a tocar.
“NOBODY KNOWS HOW IS LIKE, TO BE THE BAD MAN, TO BE THE SAD MAN, BEHIND BLUE EYES...”
Olho para o radio, penso “fala serio”, é incrível como tudo no universo conspira a favor de me lembrar dele. Mudo de musica ate deixar em uma qualquer... A reconheço de cara...
“I’M IN MY ROON IT’S A TYPICAL TUESDAY NIGHT, I’M LISTENING TO A KIND OF MUSIC SHE DOSEN’T LIKE, SHE’LL NEVER KNOW YOUR LIKE I DO…”
Me jogo na cama e ouço a Taylor cantar no ultimo volume, quando começo a cantar junto com o radio…
“... DREAMING ABOUT THE DAY WHEN YOU WAKE UP AND FIND THAT WHAT YOU’RE LOOKING FOR HAS BEEN HERE THE WHOLE TIME…
E agora estou dançando e cantando como uma maluca pelo quarto...
“IF YOU COULD SEE THAT I’M THE ONE WHO UNDERSTAND YOU, BEEN HERE ALL ALONG...”
Ouço batidas na porta e minha mãe berrando algo, “já vou abrir, só vou terminar o refrão” penso.
“SO WHY CAN’T YOU SEE?…”
Antes que eu perceba a porta abre de supetão e nem na hora canto:
“YOU BELONG WITH ME!...”
Olho para a porta começo a corar e sinto a vermelhidão tomando conta do meu rosto, minha mãe entra e abaixa o volume no mínimo e ela entra acompanha de.
–MATT?! –percebo que ainda estava berrando no volume da musica – o que você está fazendo aqui?
–Eu te faço a mesma pergunta, você não disse que ia em casa depois da aula?
Indico com a cabeça o meu guarda roupa - Sim, só ia me trocar e já ia...
Ele estava parado na frente do meu radio, deu uma olhada para ver se minha mãe não estava por perto, fechou a porta e aumentou o volume.
–Não sabia que você cantava...
“SO WHY CAN’T YOU SEE? YOU BELONG WITH ME…”
Ele estava segurando uma escova de cabelo minha fingindo ser o microfone e dublando a voz da Taylor...
–Ah, não enche! – arranquei a escova da mão de e abaixei o volume num tom razoável.
–Ei! – ele reclama e ou o fuzilo com o olhar – Poe qualquer coisa e vamos!
–Então, me de licença para me trocar – o empurro até o corredor e bato a porta.
Fiquei com peso na consciência de ter sido tão estúpida com ele, descontei nele por estar brava e envergonhada com os fatos que ocorreram. Coloco uma roupa qualquer, me olho no espelho, respiro fundo e abro a porta. Aquela visão me fez prender o ar por alguns segundos, mesmo a luz do corredor estar apagada eu conseguia ver perfeitamente seus olhos azuis brilhantes. Deu-me um frio na barriga me fazendo querer voltar correndo para meu quarto e entrar de baixo das cobertas...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!