Mortals escrita por Lucas killer


Capítulo 1
Welcome to the Death


Notas iniciais do capítulo

Vou postar todos os sábados. Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/445383/chapter/1

Era uma tarde chuvosa, eu estava no telhado de um prédio qualquer. A vista era alta, passavam poucos carros e pessoas por ali.

A chuva me molhava todo, mas eu não me importava, só ligava para o meu objetivo de sair logo daquela realidade horrível.

Fiquei na ponta do prédio olhando atentamente para baixo e abri os braços, fechei os olhos que estavam cheios de lágrimas e neste momento estava preparado para minha morte.

Dou passos á frente e caio de um prédio de 20 andares e meu rosto, depois de poucos segundos, se aproximou do chão.

Acordei ofegante, olhava para os lados e vi que estava na minha casa, mais especificamente no meu quarto com a minha esposa ao lado que acabava de acordar também graças ao meu susto.

–O que houve? - Ela perguntou com uma voz sonolenta e esfregando os olhos. Não sabia se contava o que acabava de ver ou não.

–...Nada de mais. Apenas um sonho ruim. - Não, não ia falar sobre isso para ela, pelo menos não agora.

–Tem certeza? - Ela parecia um tanto preocupada.

–Sim, Mei. Estou bem. Já vou me levantar, preciso ir trabalhar mesmo. - Me levantei e a deixei na cama, não deveria atrapalha-la.

Trabalhar na S.W.A.T nunca foi algo fácil, há muitas dificuldades. Tanto fisiológicas quanto psicológicas. Mas acho que estou preparado o bastante para todas elas. Fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal e coloquei a roupa do trabalho.

Desci a escaria da minha mansão, não iria tomar café-da-manhã pois acordei um tanto atrasado. Meu colega de trabalho, Tou Haiko, estava em um carro me esperando lá dentro como sempre.

–Demorou um pouco hoje, hein? - Falou com um sorriso no rosto.

–Sim, me desculpe. Vamos logo. - Falei me sentando ao lado dele. Ele começou a dirigir até o local.

–E então? Posso saber o porquê? - Perguntou sem olhar para mim pois estava concentrado no trânsito.

–Por que, o que? - Olhei para ele sério.

–O seu atraso, você nunca fez isso, pelo menos não que eu tenha visto. - Falou ainda com um sorriso pequeno em seu rosto.

–Estou meio cansado, não dormi bem. - Respondi.

–Ainda sim, você veio...

–Isso seria um motivo besta para faltar. Não sou de desistir de algo tão facilmente assim.

–Certo, certo. Você tem auto confiança, continue assim! - Dessa vez, seu sorriso era maior.

Começamos a conversar, tudo estava sendo tranquilo até...

"O que está fazendo...?" Uma voz na minha cabeça falou em um quase sussurro, não conseguia identificar se era um homem ou uma mulher. Resolvi ignorar.

"Quando for exterminado, eu devorarei sua alma" Essa voz continuava, sem motivo algum.

De repente me sentia sendo controlado, meu corpo se mexia sozinho. Eu pegava a arma em baixo no banco e a colocava ela perto de minha cabeça, aquela voz estranha estava me controlando para me matar! E eu não podia fazer absolutamente nada pois não tinha controle. Meu dedo estava no gatilho.

–Hey, cara! O que houve? - Tou me perguntou empurrando de leve a arma para baixo. Ele tinha uma cara preocupada.

–Hm? - Eu olhava para a arma um pouco surpreso, me sentia suando frio. - Não foi nada, esqueça isso... - Comentei por fim. Ele ainda me olhava daquela forma.

–Você não ia...

–Não. Com certeza não.

–Pois parecia.

–Eu também achei que seria isso. Que bizarro.

–Não me de mais um susto desses, ainda precisamos de você.

–Ainda? - Falei com um pequeno sorriso no rosto com um tom de brincadeira.

–Um dia você não será mais útil. Afinal, você ainda é muito jovem. - Ele falou com um tom semelhante ao meu.

–Vocês vão sentir minha falta. - Falei rindo, e voltamos a conversar normalmente, a última coisa que ouvia daquela voz foi "Não tente fugir. Você vai morrer a qualquer instante".

Chegamos no local. Estacionamos o carro lá dentro e saímos indo em direção a porta. Encostei a minha mão na minha na maçaneta, mas sentia um leve arrepio.

–Não vai abrir? - Tou me olhou meio duvidoso.

–Estou com uma sensação ruim se abrirmos essa porta.

–Você está estranho hoje, Kai...não vai mudar nada você abrindo ou não. Ele me empurrou para fora da porta e tocou na maçaneta e começou a abri-la. De repente, sua expressão de rude passou para espantado.

–Tou, o que aconteceu? - Perguntei me aproximando dele e vendo o que tinha por trás da porta. Agora entendia sua feição.

Todos lá dentro estavam mortos, sem uma única exceção. Alguns esquartejados e outros com marcas de tiros em diversas partes do corpo. Outros até mesmo com facas, canivetes e até espadas enfiadas em seus corações. A cena era aterrorizante,eu ficava paralisado e sem saber o que fazer. Apenas os encarava sem saber se tentava socorrer ou não.

–O que está fazendo ainda parado, Kai!? Vá procurar ajuda agora! Não dá para pegar um kit de primeiros socorros no meio desses corpos! E não podemos fazer isso sozinhos!

–S-Sim! Já estou indo! - Sai correndo de lá com um celular na mão já ligando para uma ambulância para vir o mais rápido possível, fiquei perto do carro e fui rapidamente atendido por alguém.

–Boa tarde, em que posso ajuda-lo? - Falou a voz do outro lado da linha.

–Sou Kai Sahou, militar da S.W.A.T! Preciso de reforços agora! O quartel inteiro está cheio de mortos! - Ouvi um suspiro assustado da pessoa.

–Já estamos mandando ajuda! Em menos de um minuto estaremos aí! - E desligou.

De fato, em menos de um minuto várias ambulâncias chegaram para socorrer meus colegas, Tou saiu do quartel assim que ouviu o barulho das sirenes.

–Vamos rápido! Tem muita gente lá dentro! - Tou dizia com um tom muito sério.

Os enfermeiros saiam de dentro da van para entrar no quartel quando de repente, um deles parou do nada e colocou a mão em seu coração. Fui para perto dele para ajuda-lo pois os outros tentavam entrar.

–Senhor, você está bem? - Perguntei. A respiração dele era ofegante. Eu o segurava para ele não cair.

Do nada o seu coração saia de dentro dele, sem um motivo ao certo. O homem agora estava coberto de sangue.

Olhei para os lados, não era apenas ele, todos os enfermeiros estavam morrendo sem causa lógica. Apenas os que não se aproximavam que continuavam vivos.

–Merda! Temos que ir! Corra! - Falou Tou me puxando e fazendo soltar aquele corpo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Por favor comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mortals" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.