A mão esquerda de Lúcifer escrita por Drama Queen


Capítulo 6
A sentença está assinada com batom vermelho


Notas iniciais do capítulo

Oi!! :D Mais um capitulo! parapapa!! UAHS
Espero que gostem!

Obrigada!



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Dois anos antes. (P.O. V Melanie)

Há uns meses quando estávamos na casa de Tia Luci, eu estava vasculhando algumas coisas no Sótão, e achei um livro de capa branca, com folhas velhas e amarelas. Era o diário de meu pai, lá tinha todos os segredos dele todas as anotações. Não só sobre mostos e demônios, mas também sobre coisas pessoais. Eu o folheei, encontrei diversos feitiços e espécies de criaturas que eu e Katy nunca havíamos enfrentado, e também encontrei o roteiro de busca dele com John Winchester. “A busca do demônio de olhos amarelos” estava escrito com letra maiúscula em uma pagina em branco.

Lá dizia coisas a respeito de um demônio ter jogado sangue em minha boca quando eu tinha apenas seis meses, e que o principal motivo para meus pais terem outro filho era que Katy precisava de transfusão de medula, Katharine havia nascido com leucemia, e eu era um bebê de proveta.

Depois um ano que eu nasci Tia Luci internou Katy que teve uma crise, ela me perguntou se eu gostaria de salvar minha irmã, e é claro que eu disse que sim.

Fizemos então a doação de medula óssea, porem, não só meu sangue já estava infectado pelo “demônio dos olhos amarelos” como também estava amaldiçoado, naquele dia, o dia em que eu salvei a vida da minha irmã eu transferi para ela o sangue contaminado e todas as visões e dores insuportáveis.

Quando minhas dores de cabeça e os sonhos de gente morrendo começaram a me atordoar não demorou muito até que Katy tivesse enxaquecas frequentes também, e pesadelos. Eu já sabia o que significava mais nunca tive coragem de contar a ela, então na noite em que Katy teve a sua quarta enxaqueca e eu a minha decima peguei as chaves do Strada vermelho que estava parado em frente à porta do hotel e dirigi até uma encruzilhada com a desculpa de que ia comprar um remédio.

Dentro de uma caixa de maquiagem coloquei uma foto, ossos de animais e umas plantas de ritual. Enterrei a caixa bem no meio da estrada, e como o silêncio da noite lá estava ela, uma mulher de cabelos curtos e pretos, com um vestido preto de festa, uma carteira de mão dourada, e os malditos olhos vermelhos.

– Olá querida me chamou? – Disse ela em uma voz casual.

– Sim.

Ela se aproximou de mim com cara de garota de programa, e um sorriso sexy no rosto.

– Muito bem mocinha. – Disse chegando peto de meu rosto – O que você quer?

Eu me afastei dois passos.

– Eu quero que você limpe o sangue da minha irmã. – Disse tentando não parecer amedrontada.

–Sua irmã? – Ela riu em deboche, e aquilo me irritou – Você pode pedir qualquer coisa no mundo e vai me pedir para limpar o sangue de sua irmã? Por causa de umas dorezinhas de cabeça? Pense direito Melanie.

– Eu já disse o que eu quero.

Ela olhou para o chão e logo em seguida para mim, sorrio e tirou da carteira de mão um batom vermelho e um espelho, ela o passou nos lábios carnudos bem devagar.

– Bom, se é isso que você quer. Mas fique sabendo que eu não posso limpar a alma da sua irmã.

– Como assim?

– Ora, a alma dela vai para o inferno junto com você, e isso eu não posso mudar.

– Ela também morre? – Perguntei quase desistindo.

–Ai que difíceis vocês apaixonados pela família – Ela pareceu pensar por uns segundos e então disse em um tom mais serio, mas ainda sim sexy – Olhe tudo bem, ela não morre, mas a alma dela desce quando você morrer fica lá por cinquenta anos toda vez que ela dormir, a não ser que você aceite a contra proposta lá oferecida e eu vou dar três meses depois da sua morte para ela sonhar em paz. E para você, dou dez anos. Ou isso, ou ela vai para o inferno de qualquer jeito com aquele sangue de demônio.

– Mas ela sofrerá como eu lá?

A moça revirou os olhos e sorrio mostrando os dentes brancos em contraste com o batom vermelho.

– Não, dez por cento do que você enfrentará.

– Eu aceito. – Disse rápido e sem pensar muito nas consequências, o que eu mais queria era impedir que minha irmã ficasse com sangue de demônio no corpo e o pior, que ao invés de cinquenta anos passasse e eternidade no inferno.

O Demônio se aproximou de mim, passou a mão pelos meus cabelos e me beijou, mas não um simples beijo cinematográfico, ela me beijou mesmo usando a língua, e eu com medo de que não desse certo se não a beijasse de volta também usei.

– Ora, - Disse ela afastando o rosto de mim – Fazia uns anos que eu não beijava uma garota tão atraente. Mas elogios à parte, nós nos veremos daqui a dez anos minha querida.

Quando eu voltei para o hotel, Katy dormia como uma criança e nunca mais sentiu dores de cabeça ou teve pesadelos fora do normal outra vez, os meus, entretanto começaram a vir com mais e mais frequência, até o dia em que não pude mais me controlar.

Mas eu sei, sei que fiz a coisa certa. Minha irmã não vai passar a eternidade no inferno.


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