A Friendzone de uma Nerd na Merda escrita por Vick Yoki


Capítulo 6
The Grandfather of Gajeel


Notas iniciais do capítulo

Hey, olha eu aqui de novo o/
Terminei esse capítulo agora e fiquei tão feliz com o resultado que resolvi postar hoje mesmo. Ainda não respondi todos os reviews, mas se meu pai não me arrancar daqui e o download de Lovely Complex terminar logo, eu respondo tudo hoje.
Eu particularmente gostei desse capítulo, principalmente do começo.
Dedico ele a todos que comentaram até agora, em especial a DarkAngel, que pediu o ataque dos bolos de morango. Entendedores entenderão ~nem eu entendi, então não sou entendedora~
A Darkane, DarkAngel, Chimetsu, Nêssa Dragneel, Magikick, Enay (leitora nova, seja bem-vinda ^^), Rachel Nelliel e Shika Chan.

Se quiserem uma trilha sonora, ouçam Fall To Pieces, da Avril Lavigne. Não tem muito haver com o capítulo ~como sempre, a maioria das músicas que eu ouço não se relacionam com os capítulos~ mas eu realmente gosto dessa música, faz parte da fase legal da Avril. Depois eu faço uma discussão com vocês sobre fases da Avril ^^
Já viram Lovely Complex? Eu to tentando baixar o primeiro capítulo desde as 14 horas de hoje. Agora são 18:07 e o download está na metade ~net lenta é outro nível~. Se vocês já viram, me contem como é. Estou lendo o mangá, mas gosto de ouvir as opiniões de vocês.
Depois de ouvirem Fall To Pieces, ouçam A Little Piece of Heaven ~festival de músicas com nome "Piece"~ do Avenged.. Huahahahaha *-*

Acho que é isso..
Até o/
PS: Eu odeio quando as notas ficam maior que o capítulo, mas fazer o que, a Levy fala demais.. Hehe



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O avô do Gajeel

– Baixinha, me ajude aqui!! Estou sendo atacado por bolos de morango assassinos!!

– E o que eu posso fazer??

– Sei lá, dá um jato de quimera neles!!

– Gajeel, eu não sei fazer isso!

– Ah nem vem, você passa boa parte de sua vida jogando luta virtual! Improvisa, desse jeito minha glicose vai exceder o céu com a doçura desses bolos!!

– Ok, a Imortalidade em Pessoa vai entrar em ação!!

Então, a Imortalidade em Pessoa se joga em cima dos bolos assassinos, ficando completamente coberta de glacê. Ela da um jato de quimera neles e consegue salvar o garoto indefeso, Gajeel Redfox.

– Eu te amo, Imortalidade em Pessoa!

– Ah, eu sei...

– Posso tirar o glacê dos seus lábios?

– A-Aye sir!

Um beijo quente e saudável faz a Imortalidade em Pessoa surtar e acabar viajando para o Ponchá em seu pônei alado. Porém, um simples movimento pode estragar tudo...

– Baixinha? Baixinha, você está me beijando?!

Ahn??

– O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO SEU BAKA??

– Eu que te pergunto, você estava me beijando!!

– E-EU NÃO ESTAVA TE B-BEIJANDO..

– Estava sim, você se aproximou toda sonolenta e me deu um beijo.

– MAS EU NÃO SEI BEIJAR, NUNCA BEIJEI!!

– Então eu fui o primeiro a ganhar um beijo seu. Admita, você estava sonhando comigo e no sonho você me beijava. Vamos, admita!

Que mentira, era você que estava me beijando!

– EU NÃO VOU ADMITIR PORCARIA NENHUMA! E NÃO SAIA ESPALHANDO PARA AS PESSOAS SEJA LÁ O QUE TENHA ACONTECIDO AQUI!!

– Ah Levy, nem foi tão ruim assim. Seus lábios têm gosto de toddynho, hehe..

QUIMERAAAA!

– Olha só Hihi, Levy-chan acordou cedo!!

– E qual o motivo? Levy nunca foi de acordar antes das uma e meia da tarde..

Gajeel sorriu de lado e murmurou algo do tipo “além de baixinha, é preguiçosa”, eu apenas rodei os olhos. Estava com muito sono e um pouco atordoada com a ideia de ter beijado o Gajeel.

– Vamos até a casa do avô do Gajeel.

– Faz tempo que eu não vejo, então, Levy deu a ideia de irmos lá.

– Que bom! Tomem café e levem um lanche, a viagem não vai ser curta.

– Okay.

Sentamo-nos a mesa e nos alimentamos de tudo que Hihi nos ofereceu. Em seguida, nos despedimos e fomos até a estação de metrô.

Meia hora depois..

– Falta pouco para chegarmos, daqui já vejo a cidadezinha que ele mora.

Olhei pela janela e vi diversas árvores. Logo adiante vi uma cidade que apresentava várias casas simples, afastadas umas das outras. Aparentemente não era tão urbanizada.

– Ahn? Por que parou?

– A última estação é aqui.

Resultado: Tivemos que caminhar por ruas de terra até chegar a uma choupana de aparência bem cuidada com um jardim florido.

– Nossa! Não me lembro desse jardim..

Será que o vovô se deu bem após a partida do neto para a cidade urbana? Sua choupana era a mais bonita daquele lugar, pelo menos, até agora.

– Vamos entrar.

Gajeel abriu o portão de grades enferrujadas (é, o portão não combina nada com a casa) e caminhamos pelo trilho que levava até a porta principal. Ele bateu na porta, mas não ouve resposta.

– Deve não ter escutado, tente de novo.

– Okay.

Gajeel bateu duas vezes na porta. Ouviu-se um “já vai” ao longe e aguardamos.

– Pois não? – Uma mulher de aparência cansada apareceu na porta.

– Ohayo, eu estou procurando pelo Omu Redfox, ele está?

– E quem é você?

– Sou seu neto, Gajeel Redfox, vim visitá-lo. Ele está ou não?

– Estávamos a sua procura, Redfox-kun. Queríamos te avisar, mas não sabíamos do seu paradeiro.

– Me avisar o que? Seja direta, onegai.

Eu já sabia do que se tratava, só tinha medo de que fosse verdade.

– Redfox-san morreu há duas semanas. Ele queria falar com os netos, mas não sabíamos onde encontrá-los.

– Então certamente Juvia não sabe.. – Gajeel disse para si mesmo.

– Entre, ele deixou algo para você.

Gajeel parecia não acreditar no que ouvia. Estava meio desacordado, meio fora de seu corpo. Porém, ainda nesse estado, acompanhou a mulher que nos levou para uma sala arejada.

– Sentem-se.

– Arigatou. – Eu disse, ainda preocupada com o estado sadio de Gajeel.

– Pegue isso, Redfox-san deixou para você.

A mulher entregou um pacote para Gajeel e o olhou curiosamente. Gajeel abriu o pacote e tirou um envelope e uma carta dali. Abriu e começou a ler:

– Meu neto, Gajeel..

“Gostaria de te dizer algumas coisas há muito tempo, mas as circunstâncias não me favoreceram. Quase seis anos sem nos vermos e você deve ter uma imagem um tanto negativa de mim. Um velho mal humorado e sem vida que não dava a mínima para o único neto e única pessoa que morava com ele. Sim, esse era eu. Mas após o sumiço de meu filho, a morte de minha nora e a descoberta de uma doença incurável, perdi todo o sinal de vida que me restava. Peço desculpas por não ter dado atenção a você. Por não ter te dado o amor que você tanto precisava. Confesso que fui um tanto egoísta ao pensar que só eu estava sofrendo com tudo aquilo. Você estava como eu, havia perdido os pais e estava praticamente sozinho no mundo. A verdade é que eu sempre amei você, mesmo que não tenha conseguido demonstrar. A ideia de te ter ao meu lado era maravilhosa, mas eu estava fechado para tudo e todos e não consegui aproveitar. Agradeço por ter ido embora, mas não porque fiquei feliz com sua partida e sim porque eu acordei para a vida. Quando percebi que estava sozinho, decidi que estava na hora de parar de me deprimir. Vi que era hora de abrir os braços para receber uma nova vida, um novo sentido. Não me importava à hora que eu morreria, o que me importava era aproveitar até o fim tudo que me restava. Você deve estar se perguntando por que eu não te procurei. Tive medo de que você não me aceitasse, tive medo de arriscar. Então preferi escrever cartas para você, mesmo que elas nunca fossem entregues. Espero que você possa me perdoar. E mesmo que nunca se esqueça dos maus momentos que passou aqui, quero que fique com a escritura dessa casa. Poderia dar essa escritura a Juvia ou a meus outros filhos, mas decidi deixar a você porque foi você quem esteve boa parte da minha vida ao meu lado. Sempre vou me lembrar de você e de seus olhos meigos e doces, aqueles olhos, tão carentes de amor.. Amor que eu nunca fui capaz de entregar a você.

Espero, sinceramente, que me perdoe.

Com amor e carinho, de seu velho Omu Redfox.”

A mulher estava secando algumas lágrimas, Gajeel ainda fitava o papel e eu não sabia o que dizer. Queria muito abraçar Gajeel e dizer que eu estava com ele e que ele não estava sozinho, mas aquele não era o momento.

– Você é alguma coisa do meu avô?

– Apenas vizinha. Mudei para essa cidade há dois anos com meu marido e meus dois filhos. Redfox-san pediu que eu cuidasse das coisas para ele, pediu que eu tomasse conta da casa até que você fosse encontrado. Como foi lido, essa casa agora é sua.

– Ainda não sou maior de idade, não posso tomar posse dela.

– Ah, entendo..

– Mas gostaria de pedir que você tomasse conta de tudo até eu alcançar a maioridade, iria me ajudar muito.

– Claro, cuidarei de tudo para você.

– Okay, arigatou.

– A propósito, nem me apresentei. Eu me chamo Otsuu Akawa.

– Prazer, Otsuu. Ah, essa é minha amiga, Levy Mcgarden.

A palavra “amiga” é tão linda.. Já estou acostumada a ouvi-la sempre..

– É um prazer conhecê-la, Levy-chan!

– É um prazer para mim também, tia.

A tia sorriu e eu retribui o sorriso, porém Gajeel ainda estava triste.

– Vamos indo baixinha, temos uma longa viagem.

– Okay.

A tia Otsuu nos deu uma cesta cheia de doces, disse que era para comermos durante a viagem. Agradecemos, nos despedimos e caminhamos até o portão. Olhamos para a choupana pela ultima vez e caminhamos pelas ruas de terra.

– Estou cansado, vamos parar ali debaixo daquela árvore.

Ele apontou para uma árvore com muitos galhos e muitas folhas. Havia uma imensa sombra ali. Gajeel se sentou e eu sentei em seguida. Ele estava ao meu lado, mas parecia estar distante, em outro mundo. Após “viajar” por alguns instantes, Gajeel retornou a si e falou:

– Sozinho no mundo, de novo. E olha que eu nem o odiava... Se eu o odiasse seria mais fácil esquecer, mas eu não o odeio.

Fiquei calada. Esperei que ele dissesse tudo que estava sentindo para depois consolá-lo.

– Se eu soubesse da doença... Ah, poderia ter feito tanta coisa para ajudá-lo. Eu sou um idiota, deveria ter vindo aqui antes. Eu sou um completo idiota!!

– Não diga isso, Gajeel! Você não é um idiota, você estava apenas tentando viver do seu jeito assim como seu avô estava fazendo. E você sabe que não está sozinho, eu estou aqui. Eu estou com você.

Gajeel não conseguia olhar para mim, apenas deitou sua cabeça em meu ombro e começou a chorar. Fiz carinho em seus cabelos e beijei levemente sua bochecha. Senti um arrepio que percorreu todo o meu corpo e acho que Gajeel também sentiu, já que levantou a cabeça e me encarou. Eu não tinha o que dizer, preferi ficar olhando para seus olhos.

– Levy, arigatou por estar aqui comigo.. Não me sinto sozinho quando estou com você. Arigatou por tudo.

– Não precisa agradecer, gosto de estar com você.

Eu e as palavras que não deveriam ser ditas..

– E você tem uma família agora. Hihi, chichi, Wendy, Lily e eu somos sua família. E apesar de a Wendy não contar muito, ela pode ser sua neechan.

Gajeel sorriu e me abraçou. Seu abraço era muito bom e seu perfume também.

– Queria poder ficar aqui.

– É, eu também.

Não queria ir embora. Estávamos mais juntos do que nunca e aquilo significava muito para mim. Mesmo que ele não sinta nada e que me veja apenas como uma irmã mais nova e baixinha, eu o vejo como o melhor garoto do meu mundo. Claro que ele não é o mocinho perfeito apaixonado pela mocinha, ele sempre se pareceu mais com o irmão revoltado do mocinho, ou algo do tipo. Mas eu gosto dele, do jeito que é. Adoro quando consigo arrancar um sorriso dele ou quando o deixo sem jeito. Adoro quando ele me abraça subitamente ou quando toca minhas mãos e inventa uma desculpa mal feita de que tem medo de ficar sozinho. Talvez tenha um pouco de verdade. Mas não quero descartar a ideia de que é uma desculpa para tocar em mim. Adoro quando ele me chama de “pequena”. Adoro quando ele fica bem próximo... Só não adoro quando ele me arranca de meus devaneios sem pedir licença...

– Você tá legal? Estava suspirando como uma bocó..

– CALA A BOCA!

– Mas é sério, pensei até que estivesse dormindo, só que como você não babava, desconsiderei essa ideia.

Virei os olhos e me levantei da árvore. Já estava me acostumando com seu modo babaca de estragar prazeres.

– Vamos andando, pequena. Não podemos perder o metrô que vai passar agora.

Ele pegou minha mão e caminhamos juntos até a estação do metrô. Nunca vou me esquecer desse dia, nunca.

– Temos que tirar essa tristeza do rosto e nos alegrar. Lembro que vovô era muito maneiro quando eu era pirralho, ele odiava a tristeza e fazia de tudo para alegrar a família. Contraditório, não? Mas o que eu quero te dizer é que ele não iria gostar de saber que eu estava nesse estado, chorando como um bocó. Vou me lembrar dele como um bom homem, um bom velho.

Sorri e assenti, ele estava certo. Ele disse mais:

– E veja por esse lado, agora a gente tem um lugar para morar quando nos casarmos.

O QUE?!


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Notas finais do capítulo

Hey ho, aqui estou eu, a Imortalidade em Pessoa o/
Estou um pouco cansada, hoje me aconteceu muitas coisas.
— Sonho maluco, não? E poxa, eu precisava mesmo ter beijado o Gajeel?! Não quero comentar, é um pouco vergonhoso :3
— Uma pena o avô do Gajeel ter morrido, queria ter conhecido o velho..

E no próximo capítulo da minha dramática vida, Ciúmes Errados e Segunda Tentativa de Conquistar o Gajeel: Surpreendê-lo.
Até o/