Diário de uma Descontente Crônica escrita por Audrey Evans


Capítulo 1
Um Presente Anônimo


Notas iniciais do capítulo

Reviso amanhã gente! Estou caindo de sono...

Beijos, Audrey.



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Lily Evans corria desesperadamente pelos corredores de Hogwarts até a biblioteca no horário vago.

A garota de nada mais que quinze anos acabara de sair de seu primeiro N.O.M.’s e não queria perder um minuto de estudo sequer! Puxou seu livro de Herbologia da pesada mochila escolar e iniciou seus estudos, mas, apesar dos esforços da ruiva, seu sossego logo fora interrompido.

— Lilizinha! Como você corre querida! Poderia pelo menos esperar por nós, não acha?! – Alice Fortescue dirigiu-se “carinhosamente” a amiga de cabelos acaju – Espere por suas maninhas para entrar no mundo dos estudantes aplicados... Novamente! – a loira reforçou, sendo claramente ignorada e mentalmente repreendida pela ruiva.

— Você poderia se acalmar um pouco, não acha? Até onde eu sei, chá de camomila não mata! – Marlene Mckinnon chegou como sempre: os cabelos castanhos bem arrumados, roupas e pele impecáveis, um debochado sorriso no rosto, e admiradores a seus pés. – Ruiva você tem estudado demais! – a melhor amiga da garota falou aquilo que todas já haviam notado, mas agora, com um real semblante preocupado. – Você tem que relaxar mais!

Lily levantou-se da mesa com raiva, recolhendo qualquer vestígio de seus pertences, e virando-se apenas para deixar uma mensagem.

— EU NÃO AGUENTO MAIS! VOCÊS NÃO ME DEIXAM VIVER A MINHA PRÓPRIA VIDA! – chorando, trombou em uma Dorcas de chegada e saiu sem direção pela porta da biblioteca.

— O que aconteceu com ela? Pensei que seria mais difícil convencê-la a parar de estudar por um momento... – a última integrante do grupo de amigas chegou sem entender o acontecido.

— Acontece, Dorcas – Marlene colocou uma das mãos em seu ombro – que desta vez, acho que realmente irritamos, e magoamos, a ruiva.

As três amigas saíram vagarosamente da biblioteca, imaginando onde Lily havia se metido.

***

Lily chorava incessantemente enquanto corria pelos corredores do castelo. Precisava de um lugar completamente vazio, onde ninguém a achasse, até que lhe ocorreu: a Sala Precisa.

Correu até o sétimo andar, e desejou com todas as suas forças um lugar seguro, longe de intrusos e com algo que lhe trouxesse conforto. Em poucos segundo, para a alegria da garota, uma porta materializou-se a sua frente, e ao abri-la teve a visão de uma réplica perfeita de seu quarto.

Deitou-se na cama exatamente igual a que esperava-a em casa todo Natal e fim de ano letivo encarando o teto recoberto por adesivos brilhantes de estrela - resultado de tentativa em imitar as constelações preferidas aos 9 anos - e refletiu sobre o ocorrido mais cedo. Não deveria ter gritado com as amigas. Foram sempre muito tolerantes quando tratava-se de sua ânsia por estudar, porém já havia passado dos limites.

Um estalo interrompeu os pensamentos da garota, que pôs-se a analisar o "quarto". As janelas largas e brancas, estantes com milhares de livros, uma escrivaninha de madeira maciça e a larga cama de casal coberta por pelúcias, eram réplicas perfeitas, mas ao observar minuciosamente o quarto, algo estava fora do lugar: sobre a escrivaninha, um caderno de couro com uma caneta a tinteiro ao lado lhe despertou a atenção.

Desconfiada, tomou a varinha escondida no bolso das vestes e, com cuidado, aproximou-se da peça deslocada daquele ambiente familiar. Buscou em sua memória todo e qualquer feitiço que poderia ajudá-la identificar perigo naquele objeto claramente mágico, estes não viriam com facilidade.

"Pelo visto não estou assim tão preparada quanto acreditava para a prova de Feitiços", repreendeu a si mesma, mentalmente.

Abriu o caderno de couro, e já nas primeiras páginas, uma dedicatória despertou sua atenção: Para Lily, de todo o meu coração. Espero que goste do presente. De seu admirador secreto.

Tocando os dizeres de seu nome escrito em dourado na capa - fato inicialmente despercebido pela garota (ou adicionado durante sua leitura) - Lily sorriu, deixando a Sala Precisa. Pensaria sobre os problemas com as amigas mais tarde. Deixava aquela região do castelo plena pela sensação de ser lembrada.


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