Never Grow Up escrita por WaalPomps


Capítulo 1
Just never grow up


Notas iniciais do capítulo

Heeeeello amadenhas.
Surgi com uma short, que brotou em minha mente.
Espero que gostem.
Ah, ela é uma "continuação" da minha primeira short Fabine, "Make This Place Your Home". Ok, ok?



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Ele jamais imaginou que alguém pudesse quebrar seus muros, dobrar seus joelhos, virar seu mundo, até que ela chegou. Isabelle de Sousa Queiroz, 3,45kg e 49 centímetros, cabelos castanhos claros e olhos castanhos enormes, iguais os da mãe.

Não que tivesse medo ou algo assim, mas simplesmente não havia conseguido acompanhar o parto da filha por motivos de trabalho. Ele, Érico e Maurício estavam em Itu, em uma reunião com um cliente, quando a bolsa de Giane estourou. Até que Malu conseguisse que o celular do irmão tivesse sinal para avisá-lo que a filha estava nascendo, a criança já estava praticamente coroando.

O rapaz conseguiu chegar ao hospital quando a filha já estava banhada e examinada, deitadinha no berçário, diante do olhar babão dos avôs e avós. Ele chegou tremendo de ansiedade, e a primeira coisa que aconteceu, foi um grande abraço de Plínio.

_ Meus parabéns Fábio. Sua filha é linda. – parabenizou o cineasta, emocionado.

Ele guiou o filho mais velho até a janela do berçário, mas sequer precisou indicar Isabelle. O rostinho pequeno era igual ao da mãe, e o rosto de Giane, Fabinho conhecia muito bem.

Conseguiram com a enfermeira que ele pudesse entrar para ver a filha, e lá se foi Fabinho, com o coração na garganta, com as mãos suando, com os olhos já lacrimejando. Mesmo após nove meses se acostumando com a ideia, não conseguira assimilar totalmente que ele era pai.

_ Sr. Queiroz? – a enfermeira o chamou, fazendo-o virar depressa sobre os pés – Sua filha.

Ele encarou a criança nos braços da mulher, sem saber ao certo o que fazer. Ele se aproximou trêmulo e nervoso, fazendo a enfermeira rir. Ela ofereceu a criança, que ele pegou desajeitadamente. A mulher ainda arrumou o braço dele, deixando Isabelle mais bem acomodada e ele mais tranquilo.

_ Já volto. – ele sequer assentiu, maravilhado demais com a criança em seus braços. Isabelle piscou seus olhinhos para o pai, o encarando e tentando descobrir quem era aquele homem.

_ Oi princesa. – sussurrou ele, acariciando a bochecha dela com o dedo. Ela levou a mãozinha até a dele, agarrando seu dedo, e fazendo-o sorrir de orelha a orelha – Minha filha... Eu sou o papai.

Ele trouxe o bebê para perto de seu rosto, colando a bochecha com a dela, deixando que o calor de seus rostos se encontrasse, e desejando que aquilo nunca mudasse, que ela ficasse sempre daquele tamanho, para que ele pudesse fazer aquilo para sempre.

~*~

_ Para papai, para. – gargalhava a menininha, enquanto Fabinho enchia sua barriguinha de cócegas. Os dois estavam na cama dele e Giane, fazendo a maior farra.

_ Mas que bagunça toda é essa? – perguntou a corintiana mais velha, aparecendo na porta do quarto, a barriga de seis meses empinada para frente – Já era para a mocinha aí estar na cama, e não fazendo bagunça. Desse jeito, o Matheus não vai parar quieto aqui dentro e eu não durmo hoje.

_ Ah mamãe, eu não to com sono. – resmungou a menina, pulando sobre os joelhos – Eu quero ficar brincando com o papai.

_ A mamãe tá certa meu amor. Você precisa dormir, porque tem escolinha amanhã. – Fabinho mediou a situação, pegando a filha no colo – Dá um beijo na mamãe e vamos escovar os dentes.

Isabelle beijou o rosto da mãe, saindo no colo do pai. Ele a levou para o banheiro e vistoriou a escovada nos dentes, ajudou ela com o cabelo (eles precisavam convencê-la a cortar logo) e a levou para o quarto sobre os ombros, fazendo a filha rir.

_ Muito bem, que história você quer hoje? – perguntou Fabinho, após ter ajeitado a menina sob as cobertas da Sininho. Ela agarrou a bola de pelúcia, fazendo cara de pensativa – Que tal a do gato xadrez?

_ Que gato xadrez? – perguntou curiosa, fazendo o pai rir.

_ Era uma vez um gato xadrez, e pode parecer que ele é chinês, mas ele era inglês e falava francês. – a menina começou a gargalhar, fazendo o pai rir – Ele gostava de molho xerez, e de jogar xadrez e... Não sei mais nenhuma rima com “es”.

_ Você é bobo, papai.

_ Sim, seu bobo favorito. – lembrou ele, beijando a testa dela.

_ E eu vou ser sempre sua filha favorita? – questionou Isabelle, intrigando o pai.

_ Porque a pergunta bonequinha?

_ Ah, a Clara lá da escola que falou. Ela disse que depois que o irmãozinho dela nasceu, os papais dela não tinha mais tempo para ela, porque eles gostavam mais do bebê.

_ Que besteira Isabelle. – ralhou Fabinho, acariciando o cabelo da filha – Eu e sua mãe não vamos te amar menos, ou cuidar menos de você, só porque o Matheus vai nascer. Nós vamos cuidar e amar os dois igualmente, mas você precisa entender que enquanto seu irmão for pequenininho, ele vai precisar de mais atenção, que nem você precisou quando era bebê.

_ Você promete? – pediu a menina, erguendo o mindinho. Fabinho riu, dando o mindinho para ela.

_ Prometo meu anjo. Agora é hora de dormir, vamos. – ele deitou ao lado dela, começando a cantarolar alguma música que estava em sua cabeça. Ela logo começou a respirar mais devagar, indicando que havia adormecido – Boa noite princesa.

Ele ajeitou a coberta, acendendo o novo abajur de Belle. Eles o haviam comprado para a casa nova, que estava em reforma, mas a pequena já quis estreá-lo no quarto antigo mesmo. Observou as pálpebras da menina se agitando com os sonhos e sorriu, beijando a testa dela e saindo do quarto.

~*~

_ Vai pai, mata o dragão. – gritou Matheus, quase quebrando o controle do videogame.

_ Sai da frente da TV que eu vejo se consigo. – ralhou Fabinho, quase quebrando seu controle também.

_ Se quebrarem os controles, não vão poder comprar outros por um mês. – avisou Giane, descendo as escadas – Isabelle, se você quer que eu te deixe no cinema, é melhor andar logo.

_ Mãe, eu já tenho 14. Posso ir de táxi, ou de metrô. – tornou a reclamar a jovem, descendo as escadas emburrada. Fabinho tirou o olho do jogo por um momento, logo pausando e levantando irritado – O que foi pai?

_ Que tamanho de short é esse, menina? – ralhou ele, fazendo a filha bufar – E não ouse bufar para mim Isabelle se Sousa Queiroz. Suba agora e coloque algo descente, de preferência até o pé.

_ Mãe. – implorou a menina, mas a mãe deu de ombros.

_ Seu pai está certo. Isso está muito curto para alguém da sua idade.

_ Da idade dela? De qualquer idade. – exaltou-se Fabinho.

_ Menos fraldinha, que eu usava saias desse tamanho quando a gente namorava. – Giane fuzilou o marido – Filha, coloca uma calça ou outro short mais comprido, por favor.

_ Vocês estão destruindo minha vida. – gritou a adolescente, subindo as escadas correndo. Fabinho suspirou, sendo abraçado pela esposa.

_ Belle vai ficar de castigo. – comemorou Matheus, recebendo uma fuzilada dos pais.

_ Quem vai ficar de castigo é você, se não largar o videogame e ir fazer a lição de casa, agora. – mandou Giane, e o garotinho começou a reclamar. Ela foi até ele, bronqueá-lo, enquanto Fabinho subia as escadas.

Ele parou em frente ao quarto da filha, ouvindo a gritar no telefone com alguém, enquanto tocava alguma cantora pop no rádio. Suspirou, batendo na porta.

_ Vai embora. – mandou ela.

_ Belle, abre a porta, por favor. – pediu com a voz calma, tentando não ser grosseiro.

Demorou alguns segundos, mas logo a porta era destrancada por dentro e o pai a abria, encontrando a menina emburrada na cama.

_ Princesa, não fica assim. – pediu Fabinho, indo sentar em frente a filha.

_ Princesa é coisa de criança pai. – reclamou ela, fazendo o homem rir.

_ Você e seu irmão vão ser sempre crianças para mim, lamento te informar. – ele sorriu, vendo a garota revirar os olhos – Belle, fala para mim o que está acontecendo. Você não é assim, não briga com a sua mãe pra ir sozinha nos lugares, não briga comigo por conta de roupa... Na verdade, você nunca usou roupas assim, e nem nós compramos. Onde você conseguiu esse short?

_ É da Rafa, ela me emprestou. – Fabinho assentiu, esperando por mais.

_ E porque você pegou um short desse? – ela desviou os olhos – Isabelle?

_ É por causa do Humberto. – Fabinho riu do nome, até se tocar que Humberto devia ser um menino. E mais: um menino em que a sua garotinha estava interessada.

_ E quem seria o Humberto? – perguntou, tentando manter a calma.

_ É um menino da minha sala. E eu meio que gosto dele. – admitiu a jovem, corando – Só que ele nunca vai olhar para mim. Ele namora a Marcinha, e ela é toda cheia de roupa curta e decotada, e tem peito, mais que eu.

Fabinho suspirou algumas vezes, tentando pensar no que dizer. Esse era o tipo de conversa que caberia para Giane, mas ele tinha que vir xeretar, e agora estava sobrando para ele.

_ Princesa, se um menino for gostar de você, ele vai gostar do que você é. – Isabelle bufou – Eu to falando sério. Quando eu conheci sua mãe, ela era um verdadeiro moleque, mas não só na aparência. A maneira como ela agia, não deixava ninguém chegar perto. Quando nós começamos a namorar, ela já se vestia como uma mocinha e blá, blá, blá, mas por dentro continuava a mesma. A diferença é que ela deixou que alguém se aproximasse. – ele tentou explicar de melhor maneira possível – E posso dizer uma coisa? Eu ainda acho que a hora que ela fica mais linda, é de regata, short e tênis, correndo atrás de uma bola, e me chamando de perneta.

_ Você está falando isso só pra eu me sentir melhor. – garantiu Belle, mas o pai negou.

_ Filha, você é a menina mais linda do mundo, até mais que a sua mãe, porque você puxou a genética minha e dela. – a menina riu – E você é a pessoa mais linda do mundo aqui dentro também. Você é meiga, gentil, carinhosa, paciente... Na verdade, nesse ponto você agradeça que não puxou a mim e sua mãe.

_ Vocês são as pessoas mais incríveis do mundo papai. – garantiu a menina, o abraçando.

_ Se o Humberto for gostar de você, ele vai gostar de você como você é. De calça comprida e tudo. – garantiu o pai, beijando o topo de sua cabeça – E se ele não gostar, alguém vai gostar. E vai ser alguém que mereça seu coraçãozinho.

_ Eu te amo papai. – sussurrou Isabelle, beijando o rosto do homem – E eu vou colocar uma calça.

_ Pode ser uma bermuda ou saia, desde que fique só um palmo acima do joelho, está bem? – propôs Fabinho, e ela concordou – Então vai rápido... Sua mãe tem compromisso.

_ Ela tem mesmo que me levar? – perguntou Belle – Digo... Meus amigos vão sempre de táxi ou metrô.

_ Filha, não precisa ter vergonha da sua mãe. Garanto que ela é bem mais descolada que muita mãe por aí. – a jovem riu – E nós estamos te perdendo aos pouquinhos, conforme você cresce. Não prive sua mãe de ser sua mãe enquanto ela ainda pode.

~*~

Que ela nunca crescesse. Esse foi o único desejo de Fabinho quando segurou a filha nos braços pela primeira vez, quando sentiu o peito doer de tanto amor, quando se dispôs a fazer tudo que estivesse ao seu alcance para fazer sua garotinha feliz.

Mas ela cresceu, virou uma mulher, e agora, ele a observa correndo pelo quarto, cantando e dançando no pijama de ursinhos, arrumando a mala e encaixotando as coisas. Porque sua princesinha vai para outro castelo, um castelo com outro marmanjo chamado Humberto.

Não que Fabinho não esperasse por isso desde o dia em que Isabelle aparecera com o rapaz em casa, ambos com 15 anos recém-completados. Só de ver como o namorado encarava sua menina, o publicitário soube que havia perdido o posto de homem número 1 na vida da filha, e que dificilmente conseguiria recuperá-lo.

E aqui estava ele, cinco anos depois, a poucas semanas de ter que atravessar o corredor de uma igreja, para entregar Isabelle para Humberto e perder de vez aquilo que mais queria segurar.

_ Você sabia que iria ser assim algum dia. – Giane o abraçou pela cintura, deitando a cabeça no ombro dele. O homem apenas suspirou, assentindo.

_ Uma das piores coisas que vem com a idade é a maturidade. – ele garantiu, fazendo a mulher rir – E os cabelos brancos. A propósito, você precisa começar a pintar essa juba pivete, tá ficando feio.

_ Que pintar o que? Não tenho um fio branco. Você que está cheio de moitinhas brancas. – ela riu, bagunçando o cabelo do marido – Coisa feia Fabinho... 47 anos e já começando a parecer vovô?

_ Nem brinca com isso, pelo amor de Deus. – implorou o ex-badboy, fazendo Giane gargalhar. Isso atraiu a atenção de Isabelle, que encarou os pais na porta, sorrindo emocionada – O que foi princesa?

_ É só que... Vocês brigam tanto, mas também se amam tanto. – ela explicou, fazendo os pais rirem – Eu fico pensando se eu e o Berto vamos ser assim.

_ Do jeito que aquele lá é mosca morta, acho difícil. – brincou o mais velho, recebendo um beliscão da esposa – Ai Giane, já falei que seus beliscões doem, sabia?

_ Ignora seu pai, querida. Ele só está azedo porque você está indo embora. – explicou a mãe, beijando o rosto da filha – Quer dizer, assim penso eu, porque você não empacotou nada ainda. Cadê as caixas?

_ Eu pedi para o Matheus ir pegar lá na garagem. – lembrou ela, e Giane bufou.

_ Outro azedo. Vocês dois só brigam, mas quero ver como vão aguentar ficar longe um do outro. – a mais velha suspirou, virando-se para sair – Eu vou lá resgatar ele. Vocês dois, comecem a separar o que vai nas caixas.

_ A mamãe sempre foi assim, meio general? – perguntou Belle, começando a pegar alguns livros.

_ Enfermeira general. – riu Fabinho, ajudando a filha – Ela piorou um pouco com o tempo, se quer saber. Desconfio que tanto tempo sendo um moleque desleixado deixou muita organização reprimida. E quando ela soltou, veio que nem um tsunami e nunca mais parou.

Belle gargalhou alto, antes de sentar na cama e começar a olhar o quarto. Fabinho soltou os livros que segurava, sentando ao lado dela.

_ Eu me lembro de tantas coisas que passei aqui, nesse quarto. – ela disse em voz baixa – O dia que você me contou que o Matheus tinha nascido, o dia que o vovô Plínio me deu a máquina fotográfica. Quando você ficou aqui comigo a noite inteira, depois que a vó Madá morreu. A primeira vez que eu e o Berto... Hã, esquece.

_ Vou fingir que você não disse nada e acreditar que você vai casar intocada. – brincou o homem, fazendo a filha rir – Sua mãe estava igual no dia em que encaixotamos as coisas dela na casa do seu avô.

_ Eu lembro do som de você chegando em casa. Você entrava gritando “Monstrinhos, cheguei”, e o Matheus corria escada abaixo, deixando aquela droga de sertanejo tocando. E quando eu chegava lá embaixo, encontrava você e a mamãe se beijando. – ela lembrou, os olhos perdidos em saudade – E quando você me via, você sorria como se fosse a melhor coisa do seu dia e vinha me abraçar, mesmo que eu estivesse mau humorada ou fazendo chilique por alguma coisa.

_ Porque a melhor parte do meu dia era chegar em casa e encontrar vocês três. Na verdade, ainda é, mas agora, você não vai estar mais aqui. – explicou Fabinho, beijando a cabeça dela – Eu não acredito que você vai embora.

~*~

Ela foi embora. Ela deixou seu ninho para trás, seu cantinho, sua mãe, seu irmão mala, e seu pai... Seu super-herói nos momentos difíceis, seu abraço favorito, seu porto seguro.

A convivência diária não estava sendo fácil, ela e Humberto eram muito diferentes. Ele deixava a pasta de dente aberta, ela se esquecia de tirar os cabelos do ralo da pia, ele jogava a toalha molhada na cama, ela enfiava o dedo na comida dos potes, lambia e colocava novamente.

Ela ganhava bem em seu emprego de fotógrafa na Crash Mídia, ele ainda estava cursando medicina e vivia com a mesada dos pais. Ele esquecia de pagar as contas no banco, e ela de comprar o chocolate que ele gostava no mercado, sempre trazendo o favorito do pai ou do irmão.

Na época das provas dele, eles simplesmente não conseguiam ficar no mesmo cômodo, sempre brigando e gritando um com o outro, até que ela se trancava no escritório e acendia o abajur de joaninha que os pais a haviam dado quando pequena, se lembrando de quando o pai cantava sobre um gato xadrez, ou sobre sapos que não lavavam o pé.

Nessas horas, desejava nunca ter crescido.

~*~

Ela realmente havia crescido. E por mais que nem ele, nem ela tivessem gostado muito disso, havia acontecido de verdade. Isabelle havia crescido e deixado de ser a garotinha de Fabinho, e a prova disso, era que agora ela colocava sua própria garotinha nos braços do pai.

_ Ela é tão linda. – sussurrou Fabinho, emocionado – Parece você quando nasceu.

_ Ela vai chamar Fabiane. – contou a jovem mulher, vendo o pai sorrir – Foi o melhor que eu consegui para combinar seu nome e o da mamãe.

_ Me sinto lisonjeado. – garantiu o mais velho, beijando o rosto da filha. Ele voltou a encarar a neta, sorrindo largo – Era uma vez um gato xadrez, e pode parecer que ele é chinês, mas ele era inglês e falava francês.

Belle sorriu, se recostando na cama, enquanto observava o pai cantarolar em rimas para a criança em seu colo. E naquele momento, desejou que a filha nunca crescesse e o pai nunca envelhecesse, só para poder ver aquilo se repetir para sempre.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram?
Comeeeentem.
Beijos