Lima, Ohio. – 16/08/2036

Um novo dia iniciara na pequena cidade de Ohio. O belo sol inundava o céu que se mostrava com pouquíssimas nuvens, mostrando a todos que este seria um dia belo. E bem, era exatamente o que a família Abrams pensava, enquanto se reunia para o café da manha.

– Bom Dia família. – pronunciou o primogênito dos Abrams, Charles. Artie olhou para o filho, sorrindo, enquanto Sunshine lhe deu um beijo de bom dia. Charles os observou, enquanto se servia de panquecas e suco. – Onde está o Josh?

Artie deixou seu jornal de lado, e encarou o filho mais velho. Ele estava cada vez mais parecido com o mesmo.

– Ele saiu. Foi na casa da Lucy. – disso o cadeirante .

– A essa hora? São nove horas da manha! Eles não se cansam dessa melação não?

– Não fale assim do seu irmão. Quando se está apaixonado as pessoas ficam bobas filho. – Disse Sunshine rindo da careta do filho mais novo.

– Ainda bem que desse mal eu não sofro. – Charles falou rindo em seguida, observando a mãe revirar os olhos, e o pai sorrir.

– Ainda não Charlie, mas não se engane – comentou Artie, voltando sua atenção para o jornal.

– Eu hein, não sofro e nem quero . Vou só terminar aqui, depois vou tomar um banho e sair. Não me esperem para o almoço ok? – perguntou.

– Onde você vai? – Charles escutou a mãe perguntar.

– Pra casa do Alex, onde mais podia ser? – brincou , indo para seu quarto. Sunshine olhou para o marido séria.

– Relaxe baby, relaxe! – sussurrou Artie beijando a esposa.

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Os dois adolescentes se encontravam no quarto da mais nova. Estava cedo, e ambos sabiam disso, especialmente Lucy, porém estavam completando um ano de namoro, e Josh apenas queria que ambos passassem o maior tempo possível juntos. E outra, era um sábado lindo, e como se estivesse tudo conspirando para o belo dia dos dois. Lucy ainda estava sonolenta e de pijamas, mas não que ele se importasse com isso, ela continuava linda na opinião dele, e ficar deitado na cama dela com a mesma apoiando sua cabeça no peito dele, era mais do que ele podia desejar.

– Ainda tá frio J, e muito cedo – ele escutou ela murmurar sem se mover

– Eu sei amor, eu sei. Por isso eu preparei teu café e trouxe aqui – ele disse sorrindo e a trazendo para mais perto de si. –O que me rendeu uma bronca da tua mãe por eu estar, segundo ela , “te mimando demais”. – riu ele, sentindo seu peito tremer, abafando a risada de Lucy.

– Você é um fofo sabia? – disse ela juntando sua mão com a dele. Josh sorriu com o ato, e encarou suas mãos unidas.

– Eu sei, fofo e lindo – ironizou ele arrancando mais uma risada da namorada, que se levantou minimamente, somente para o olhar.

– Convencido também –falou Lucy sorrindo.

– É, mas você me ama desse jeito – sussurrou ele se aproximando e a beijando calmamente. Lucy não respondeu apenas se entregou ao beijo. Beijo esse que durou poucos segundos, graças a Teddy Fabray.

– MANTENHA SUAS MÃOS LONGE DO CORPO DA MINHA IRMÃ ABRAMS. – escutaram ele gritar em frente à porta do quarto,arrancando risada dos mesmos – E BOM DIA L. – escutaram novamente,só que dessa vez notaram o tom mais calmo, e Lucy enterrou seu rosto no peito de Josh.

– Tava demorando – brincou ele abraçando a namorada, que riu e assentiu. – Hoje será um grande dia, prometo a você – falou.

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– Por Díos, carajo. – ela esbravejou contra o vento, andando apressadamente por vários cantos de sua casa atrás de suas coisas.

– Sant amor, se acalme. – escutou Brittany dizer, mas nem se deu ao trabalho de olhar. Era sábado. Dia esse em que todas as famílias se reuniam para passar um tempo juntos, mas não ela. Tinha que trabalhar, em pleno sábado, e já estava completamente atrasada para seu plantão. E tudo estava conspirando contra ela. Sua bolsa sumira, as chaves do carro não sabia onde estava, traduzindo, estava mais que nervosa, e não conseguia achar nada. Brittany suspirou, cansada. Ainda estava muito cedo, por isso se encontrava de pijamas, encostada no batente da porta, observando Santana, que no momento acabara de dar um murro no balcão, o que fez a loira se sobressaltar, e ir ao encontro da morena, que mantinha a cabeça baixa e os olhos fechados. – Ei, o que tá acontecendo? Fale comigo – sussurrou Brittany abraçando a esposa por trás. Santana apenas se virou e abraçou a esposa fortemente.

– Eu te amo tanto! – falou a latina. Brittany não evitou sorrir, sentindo seu coração disparar. Era sempre assim, depois de todos esses anos juntas, sempre pareceria à primeira vez em tudo. Os “Eu te amo’s”, as vezes que se tocavam, que faziam amor.

– Eu também te amo San, muito! – respondeu

– Eu só... Hoje eu tenho uma cirurgia tão difícil, tão complicada. Eu estou com medo porque, é uma criança, tão frágil, e tão amável. Ele conquistou todos nós do hospital, e tem só 3 anos Britt. Essa é a cirurgia da vida dele, e eu... Se eu falhar, se eu cometer um erro, ele pode morrer. Eu nunca fiz esse procedimento. Ninguém no mundo fez. Isso me assusta. Não assustou antes, mas agora, no dia, isso está me apavorando – Falou Santana, sem soltar a esposa. Brittany deu um meio sorriso.

– Ei, você é perfeita. Tudo o que você faz é perfeito. Você é uma das melhores médicas da atualidade San, eu sei disso, e todo o mundo também sabe. E você não vai falhar, sabe porque? – perguntou ela atenta as reações da esposa, que negou com a cabeça – Porque eu acredito em você. Seus filhos acreditam em você. Olha o que nós nos tornamos San, e foi tudo graças a você. Essa criança, ela confia em você. Ninguém no mundo fez, mas você será a primeira, e entrará para a história. Irá inovar a medicina mais uma vez. Olhe tudo o que você já fez amor, você merece estar onde esta. Eu confio em você. Vai dar tudo certo! – terminou ela se afastando da esposa apenas para olhá-la diretamente, e lhe dando um sorriso. Santana sorriu de volta. Era impossível não corresponder o sorriso da esposa, esse sorriso que por tantas vezes sempre a conquistou.

– Obrigada por existir na minha vida. – falou ela, observando o sorriso da loira crescer mais ainda. Sentiu ela se aproximar e juntar seus lábios, e tudo o que Santana conseguiu pensar, foi em corresponder o beijo que tanto a acalmava.

– Logo cedo, sério? – ambas escutaram ser dito, e sorriram entre o beijo, se afastando em seguida. O dono da voz sorriu, e se aproximou de ambas, dando um beijo no rosto de cada uma, para em seguida se jogar na mesa, servindo-se de torradas com mel.

– Bom dia Alex – falou a loira sorrindo para o filho, notando mais uma vez o quão parecido com Santana ele estava. Na verdade Alex era o único dos três filhos do casal que tinha puxado Santana completamente. Santana voltou a procurar suas chaves, após dar um sorriso para o filho.

– O que a mamãe tanto procura? – o moreno perguntou se virando para a mãe que estava preparando panquecas. Brittany olhou para o filho rapidamente.

– Ela está atrasada para o trabalho, e não consegue encontrar as chaves do carro. – disse a loira, voltando sua atenção para o fogão. Assim como Santana, Alex era apaixonado por panquecas, e a loira fazia questão de sempre preparar para ambos, mas como Santana sempre acordava mais cedo, ela somente preparava as panquecas da esposa, para preparar as dos filhos somente depois. Alex observou a mãe revirando a casa e se levantou, indo até seu quarto, voltando menos de 2 minutos depois.

– Mamãe? – chamou ele, porém sem sucesso. Santana estava realmente focada em achar suas chaves. – Mamá, ei, olhe aqui! – chamou novamente. Santana parou e olhou para o filho rapidamente. – Tome, vá com meu carro, eu não pretendo sair hoje com ele, e qualquer coisa eu ligo para o Teddy, ou Charles. – ela o ouviu dizer e em seguida as chaves serem jogadas para ela. Sorriu e foi até ele, o abraçando.

– Obrigada filho. Mas tarde eu te devolvo. Se precisar pode ir buscar no hospital. – disse ainda o abraçando. Alex apenas sorriu. – Ah, e eu espero que você não tenha transado com ninguém dentro do carro. – falou se afastando do filho e pegando sua bolsa, que conseguira achar embaixo das almofadas do sofá minutos antes, indo até a esposa e a beijando rapidamente. Olhou para o filho e o encontrou com a cara assustada como se fosse pego no flagra. Riu gostosamente, e saiu de casa, indo para o Ohio Hospital Center, mais que atrasada. Brittany sorriu e olhou para o filho que voltara a comer, o servindo com as panquecas que acabara de fazer.

– O que o senhor tá fazendo acordado a essa hora da manha, em um dos seus últimos dias de férias praticamente? – perguntou o olhando. Alex olhou para a mãe enquanto colocava mel em suas panquecas.

– Nada. Só acordei e não consegui dormir novamente. E nem é tão cedo assim. São nove horas ainda. – respondeu o moreno sorrindo de lado. A loira sorriu, observando o sorriso idêntico ao da esposa preencher o rosto do filho.

– Sério Alex? – perguntou rindo. Se existia uma coisa que Brittany sabia que tanto Alex quanto Santana tinham em comum, era a preguiça e o mau humor pela manhã. E o filho acordar cedo em um sábado, de bom humor não era normal. Alex á olhou erguendo uma sobrancelha, tentando intimida-la, o que não deu muito certo, pois minutos depois ele bufou vencido.

– Ok. Charles virá pra cá daqui a pouco. Provavelmente Teddy aparecerá também. Parece que nossos novos vizinhos se mudarão hoje, e bem, nós queremos os conhecer. – respondeu ele dando um sorriso safado. Brittany riu gostosamente.

– Querem conhecer, ou apenas querem saber se eles podem ter uma filha bonita que vocês três brigaram para ver quem entra primeiro nas calças dela? – perguntou ela sarcástica. Alex arregalou os olhos, rindo em seguida.

– MÃE! – advertiu ele, mas sabia que sua mãe estava dizendo a verdade e a que a mesma também sabia disso.

– Ok, não está mais aqui quem falou. – disse a loira sorridente, subindo para o quarto – Vou estar no meu quarto, qualquer coisa me chama. – gritou ela da escada, sem olhar para trás. Alex apenas riu. Seus misteriosos vizinhos se mudariam hoje, pelo que ele ficou sabendo pelo pessoal da mudança. Ele realmente estava ansioso. Começar as aulas com algo novo em mente.

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