Cinderella: A Garota Mascarada - Dramione escrita por BDP


Capítulo 13
Capítulo 13 - Feriado!


Notas iniciais do capítulo

Oi minha gente, então, ando muito doente, por isso a demora! Não gostei muito desse capítulo, mas o próximo vai ser BEM melhor, acreditem!



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E, como em outra qualquer manhã comum, Hermione pulou da cama mais cedo do que qualquer pessoa normal ousaria. Porém, é claro, a garota não se considerava normal. Era uma escrava, praticamente. E, se quisesse ir para a escola, tinha que preparar o café da manhã, despertar sua “linda e simpática família” e, depois, ainda tinha que lavar a louça e guardá-la.

Depois de colocar seu uniforme de doméstica, ela desce e começa a preparar a comida. Então, quando ela está pronta, vai chamar suas meias-irmãs e sua madrasta. Como sempre, Hermione era obrigada a comer na pequena mesa localizada na cozinha, separada das outras.

Pansy, Judith e Georgia não demoram muito para comer, assim como Mione. Então, logo, a garota já estava retirando a mesa. Enquanto ela limpava os pratos, começou a pensar nos últimos dias de sua vida.

Já fazia um mês que ela e Rony estavam juntos. Era tudo muito novo para ela, ter alguém que se importava tanto com ela quanto o ruivo, mas, do mesmo jeito, Hermione não se sentia completamente satisfeita. Rony não a beijava como Draco já fez. Com Ronald, era tão delicado que chegava a ser infantil. Na visão da garota, parecia namoro de jardim de infância.

Ela ainda lembrava da discussão que tiveram com Draco assim que o garoto percebera que Hermione, apesar de tudo, estava determinada a ficar com Rony.

(flashback on)

Depois de três semanas que Hermione estava com Rony, o ruivo não largava mais a garota. Estava sempre com ela, seja abraçando, dando a mão ou apenas conversando. Sendo assim, Draco nunca tinha oportunidade para se aproximar.

Quando, finalmente, o Malfoy visualizou sua morena andando sozinha pelos corredores, ele correu até ela e a puxou pelo pulso – sem sequer ligar se estava sendo delicado ou não –, ele foi até os jardins. Chegando lá, foi para um lugar mais isolado, atrás de uma árvore, e começou a falar:

– Você estava falando sério sobre o Weasley? Eu não acredito que me trocou por ele! – Hermione percebeu que ele parecia magoado e, até, desapontado.

– Por favor, Malfoy! Eu não te troquei por ninguém, como faria isso? Você nunca foi meu, assim como eu nunca foi sua – respondeu ela, cruzando os braços sobre o peito.

Mas Draco nem ligou para a resposta da garota. Parou de prestar atenção logo no início, quando ela o chamou de “Malfoy”. Era fato que Hermione estava mexendo muito com as emoções do garoto. Ele nunca se sentira desse jeito antes, não sabia como lidar com isso, só sabia que queria Hermione para ele desesperadamente. Que queria seu corpo colado no dela. Draco estava perdendo o juízo, louco por aquele sentimento insuportável. Estava bebendo e fumando mais do que o normal e indo para a beira do penhasco.

Ele soltou uma risada pequena, fraca e completamente sarcástica:

– Ah, quer dizer que voltamos a nos tratar assim? Por sobrenomes? Tudo bem, Granger, mas você sabe que somos muito mais íntimos que isso.

Hermione nem sabia o que responder. Seus sentimentos por Malfoy eram completamente malucos. Cada hora ela sentia uma coisa, era tudo muito confuso e misturado. Porém, nesse momento, a única emoção destinada ao loiro era raiva. Pura raiva. Ardente e feroz, queimando a garganta, fazendo Hermione querer socá-lo. Mas, em vez disso, ela começou a gritar coisas que estavam entaladas e enterradas dentro dela há muito tempo:

– Pode ser sarcástico o quanto quiser, Malfoy! Pode por, à vontade, toda a culpa em mim! Pode fingir que não é um babaca! – Ela fechou os punhos e começou a tentar a bater no peito do garoto, porém sua tentativa era falha, porque ele segurou os braços dela. Indefesa, ela só pode tentar conter as lágrimas, enquanto olhava nos olhos azuis-acizentandos de Malfoy e gritava – Mas é isso que você é, Draco Malfoy, um babaca imbecil!

– Eu sou um babaca?! – Retrucou, ainda segurando os braços dela contra seu peito e tentando se conter para não gritar. – Por quê? O que eu fiz?

– O que você fez?! – Hermione, diferente de Draco, não se importou em gritar. Ela puxou seus braços de volta, obrigando o garoto a soltá-la e respirou fundo. Não podia gritar essa parte. – Não é óbvio? Você acha que não percebo? Diz que gosta de mim, que quer ficar comigo, mas, mesmo assim, namora a minha meia-irmã? Por favor, Draco, sei que você está come ela por um simples motivo: sexo. Ela é bonita, não é? E está louca por você. Uma presa fácil. – Hermione olhou para o chão e balançou a cabeça. Quando voltou a olhar nos olhos de Draco, tinham lágrimas de raiva ameaçando a cair pelo rosto da garota. – Você me dá nojo.

Então ela saiu dali apressadamente, direto para o banheiro. Precisava respirar fundo e conter sua raiva, assim como suas lágrimas.

(flashback off)

– Não desconte suas mágoas nos pratos! – Brigou Georgia, que apareceu na cozinha de repente, assustando Hermione.

Com o susto, ela acabou deixando o prato cair no chão, o quebrando em mil pedacinhos.

– Limpe isso logo, ou se atrasará para a escola – diz Georgia antes de se retirar da cozinha.

Hermione bufa e começa a limpar o chão rápido, recolhendo todos os cacos de vidro. Depois disso Hermione olha no relógio e quase dá um grito. Ela tinha dez minutos para se arrumar.

~*~*~

Às vezes, Hermione achava que tinha algum super poder. A maioria das garotas demorava anos para se arrumar. Mione nunca tinha paciência para esperar Gina. Porém, com ela, era diferente. Ao longo dos anos, ela teve que aprender a tomar banho, arrumar a mochila, escolher a roupa, botá-la, calçar o tênis e secar o cabelo em apenas dez minutos, como aconteceu hoje. É claro, ela amava quando sobrava um tempo extra e ela podia se arrumar melhor e sem pressa, mas isso era um tanto quanto raro.

Quando, finalmente, saiu de casa, o carro de Harry já estava esperando. Hermione sorriu. Era muito melhor ir de carro para a escola do que de ônibus. Ela entrou no carro rapidamente e cumprimentou o amigo.

Logo eles chegaram à casa dos Weasley. Harry, depois de um tempo esperando, buzinou. Gina saiu de casa claramente estressada. Ela entrou no carro e bateu a porta com força, fazendo Harry contrair o rosto, com medo de ter causado algum estrago.

– O que houve? – Perguntou Hermione.

– Ronald. Atrasado, como sempre.

Depois de alguns segundos, Rony sai de casa descalça, com o tênis e a meia nas mãos. Ao entrar no carro, dá um selinho em Mione e cumprimenta Harry para, depois, começar a se calçar.

Hermione não conteve a risada com a cena. Era a cara de Rony fazer isso.

~*~*~

A aula passou muito devagar, como sempre. Hermione nem olhava na cara de Draco, os dois não tinham se falado mais depois da briga. Mas, ao contrário de Hermione, ele fazia questão de ficar a encarando e admirando.

Apesar disso, o dia estava sendo bastante normal para Hermione, até que...

– Então, eu vou viajar para uma casa na praia no final de semana do feriado – disse Harry – e vocês estão convidados a irem comigo!

– Eu topo! – Disse Gina, já super animada. – Tenho vários biquínis lindos – ela lançou um olhar malicioso a Harry.

– É claro! – Respondeu Rony, sem perceber o clima entre Harry e Gina.

Hermione imaginou. Seria perfeito, todos os quatro na praia... uma férias bem merecida... e impossível, inalcançável. No feriado seria a festa de aniversário das gêmeas, ela teria que servir os convidados e trabalhar duro.

– Desculpa Harry, eu não posso... – Hermione disse.

– Poxa, Mione, tem certeza? – Perguntou Rony. – Não teria graça sem você!

– É mesmo, gata! – Falou Gina, com seus apelidos ridículos e estranhos. – Sem chance de ir?

– A mínima. Festa das minhas meias-irmãs. Esqueceram? Você foi até convidado, Harry.

O moreno fingiu um calafrio, fazendo Hermione rir:

– Nunca vou sequer chegar perto daquelas duas! Sério, só me convidaram porque eu tenho dinheiro. Ridículo!

Antes que alguém pudesse responder, o sinal tocou, indicando o término das aulas. Os quatro se dirigiram a saída e entraram no carro.

– Mas, Mione, se você não for, eu também não vou! – Disse Rony, quando todos se acomodaram.

– Nem eu! – Disse Gina.

– Parem de besteira, vocês dois! Só porque eu não vou, não quer dizer que vocês não podem aproveitar!

Depois de muita relutância, Hermione conseguiu convencê-los a irem sem ela.

~*~*~

Gina, Harry e Rony evitavam falar sobre o feriado perto de Hermione. Mas a garota era esperta e sabia que ia ser incrível. Harry convidou muita gente, afinal, a casa era enorme! Dentre as convidadas estavam: Luna Lovegood e Lilá Brown. De resto, Mione não sabia ao certo.

Ela estava preocupada demais com a festa das gêmeas que estava chegando. Ela teria muito trabalho e, além disso, vinha a humilhação de trabalhas como empregada em frente a, praticamente, toda a escola.

Ainda faltavam três dias, mais o estresse e a correria já começava. A festa seria grande, além de Hermione, trabalhariam mais quatro garçons e três empregadas. Mas Mione tinha mais trabalho que os outros, tinha que verificar a comida, a decoração, e, até, auxiliar as meninas sobre vestidos e maquiagens – essa, definitivamente, era a pior parte para Hermione.

Os dias foram passando muito rápido para Hermione. Hoje foi o último dia de aula antes do feriado, o que significava se despedir de seus fies escudeiros e de seu namorado. E, claro, também significava que amanhã era o dia da festa. Hermione não poderia estar mais nervosa.

De noite, em seu quarto, ela não parava de olhar para o teto. Hermione estava deitada na cama, mas sem conseguir dormir. Pensava no fiasco que seria quando um barulho a assustou. Ela pulou da cama e ficou de pé. Alguém estava subindo a escada do sótão, a escada que levava para seu quarto. Ninguém nunca vinha visitá-la.

Assustada, ela pegou a primeira coisa que viu pela frente – uma escova de cabelo – e a apontou firmemente em direção a escada. Até que uma cabeleira loira surgiu. Era Judith.

Hermione – que não reparara até agora que estava prendendo a respiração – soltou um suspiro e largou a escova.

– O que você quer Judith? Já está tarde e amanhã terei que trabalhar o dia inteiro para as duas princesas.

Judith encolheu os ombros e se sentou, timidamente, na cama de Hermione. A morena arqueou uma sobrancelha, se perguntando quando ela deu essa intimidade a Judith, mas não falou nada.

– Eu só queria conversar – respondeu Judith quase num sussurro.

Hermione, que já encontrava surpresa, ficou espantada.

– Tudo bem... sobre o que quer conversar? – Perguntou Hermione, receosa.

– Você sabe que eu nunca concordei com o que Pansy e minha mãe fazem com você, não é? Só não me oponho por medo – ela começou a dizer, apressadamente. – Mas eu nunca fui rigorosa com você, nunca nem briguei com você! Eu sei que você me acha burra, então, pensa que eu não percebo quando você não limpa direito meu quarto ou quando você usou minha maquiagem para ir ao baile da escola! – Ela falou isso tudo sem respirar e ela não fez, sequer, uma pausa.

– Está falando sério? – Perguntou Hermione, muito confusa.

Era verdade. Judith nunca foi má com Hermione, mas a morena pensava que era por ela não ter capacidade de discutir com alguém.

– Sim! Nunca te dedurei, porque gosto de você, Hermione. Mas, se revelasse isso, minha mãe e Pansy me matavam! Sério, você não tem noção! Não pretendia te contar isso tudo.... mas passou dos limites! Hermione, Pansy está louca! Só fala no Malfoy e de “como você vai morrer de ciúmes quando você o ver dançando com ela na festa dela” É um saco!

Hermione sorriu e se sentou ao lado de Judith.

– Então... amigas? Nem Pansy e nem Georgia precisam saber! – Propôs Hermione.

– Claro! – Respondeu Judith rindo. Hermione estendeu a mão, mas Judith revirou os olhos e a puxou para um abraço.

Então as duas ficaram conversando horas. Nenhuma das duas notou a hora passar, até que Hermione olhou no celular e vi que já eram quatro horas da manhã e a morena precisava acordar cedo. Sendo assim, elas se despediram. Judith já estava com metade do corpo sumido do quarto, apoiado na escada, quando parou e disse:

– Eu escolhi o vestido que você gostou. Muito mais bonito do que aquele que Pansy pediu para eu usar.

Hermione riu e Judith terminou de descer a escada. Então, a morena caiu na cama e dormiu quase imediatamente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem, okay?