Cinderella: A Garota Mascarada - Dramione escrita por BDP


Capítulo 10
Capítulo 10 - Como no baile


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito? Então, se sim, acho que esse capítulo vai compensar! Eu estou muuuuito apaixonada por ele! Principalmente pelo final!
Espero que vocês gostem



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À hora do jantar estava chegando. Hermione, a contragosto, já tinha colocado seu uniforme. Pansy ainda se arrumava no quarto e Judith tentava ajudar a irmã a cobrir o roxo do nariz, mas Pansy apenas gritava com a pobre Judith.

Minutos depois, a campainha tocou e Georgia mandou Hermione abrir a porta. Abaixando a cabeça, Mione foi até a porta da casa e abriu a mesma, ainda olhando para seus pés.

– Mione? – Perguntou Draco, surpreso. – O que faz assim? Ah... não, espera. Era para virmos fantasiados de alguma coisa?

A garota levantou a cabeça e abriu ainda mais a porta, ignorando a pergunta dele, e dizendo:

– Entre, por favor, senhor Malfoy. Seus pais não vieram?

Draco olhou para Hermione e riu baixo. Achado que fosse algum tipo de brincadeira:

– O que é isso, Mione?

Antes que um dos dois pudesse falar algo, Pansy aparece com a roupa mais escandalosa possível e solta um gritinho:

– Draco, amor!

Ela se jogou nos braços do garoto, que a abraçou, ainda confuso, mas continuou olhando para Hermione.

– Vem, mamãe e Judith estão na sala.

Pnasy saiu puxando Draco pela mão, antes que ele pudesse protestar. Draco virou a cabeça para Hermione e perguntou, movendo os lábios “você não vem”?

Hermione suspirou e os seguiu. Essa seria a mais longa noite de sua vida.

– Draco! – Exclamou Gergia, o cumprimentado com um leve abraço. – Onde estão seus pais? – Então a campainha toca. – Devem ser eles! Hermione vá abrir a porta.

– Com licença – pediu a garota, recebendo mais um olhar confuso de Draco.

Ignorando, mais uma vez, Draco, ela se retirou da sala e foi abrir a porta.

– Boa noite senhor e senhora Malfoy – disse, educada, Hermione. – Entrem, por favor.

Eles entraram e Hermione os guiou até a sala. Ao chegar lá, a menina se retirou e ficou aguardando na cozinha.

Draco passou meia hora na sala conversando. Ele sentava ao lado de Pansy, que segurava sua mão e deitava no seu ombro. Mas ele não prestou atenção na conversa. Queria saber o que estava acontecendo com Hermione. O Malfoy estava tão desconcentrado, que acabou derrubando o copo de vidro, que se espatifou em mil pedacinhos.

– Mil desculpas! Eu estava distraído e acabei...

– Não precisa se desculpar, querido – disse Pansy. – EMPREGADA! – Ela gritou. Mione logo apareceu na sala. – Limpe isso.

– Claro, senhorita Parkinson – disse, engolindo o orgulho.

Ela voltou até a cozinha e pegou um pano, uma pá e uma vassoura. Depois, voltou para a sala e começou a limpar o chão.

– Então, Georgia – começou Narcisa – onde está aquela menina... Hermione? Ela costumava brincar com o Draco quando era criança e soube que a guarda dela está com você.

Então Hermione gelou. Parou com a vassoura ainda empurrando cacos de vidro para a pá e fechou os olhos. Uma bomba estava prestes a explodir, e ela sabia disso.

Draco, vendo o desespero de Mione, tentou alertar a mãe:

– Mãe... não acho que... – mas Gerogia a cortou.

– Você não reconheceu Narcisa? – Perguntou Gerogia, rindo. – Hermione é ela. Você deve tê-la confundido com a empregada.

Várias perguntas surgiram na mente de Narcisa. Como: “por que Pansy chamou Hermione de empregada?” e “por que Hermione está limpando a casa”, mas ao olhar para o marido, viu que ele pedia para ela ficar quieta. E foi o que ela fez.

Com o momento de tensão já acabado, Hermione tirou de vez todos os cacos de vidro e depois se ajoelho, e começou a passar o pano, secando o chão. Isso a deixava muito próxima de Draco, então ele sussurrou para ela:

– Mione, o que está acontecendo?

Mas ela não respondeu, apressou o seu serviço e saiu dali assim que possível. Draco quis se levantar e ir atrás dela, mas Pansy o abraçou forte, o impedindo de sair dali.

– Hermione! – Chamou Georgia – Já pode servir o jantar!

Pansy levou todos para a gigante sala de jantar e todos se sentaram à mesa. Hermione sai de uma porta, equilibrando três travessas de comida nos seus pequenos braços. Imediatamente, Draco se levanta e ajuda a garota – que fica cada vez mais desesperada com as atitudes do garoto.

Draco estava indo para cozinha com Hermione, ajudá-la a trazer o resto das coisas, quando seu pai segura o pulso do Malfoy mais novo.

– Sente-se Draco – ordena.

E Draco obedece.

O resto do jantar é horrível para Draco. Ele olhava para Pansy e seu coração dizia que ele não estava apaixonado por ela, como estava apaixonado pela Garota Mascarada. Seu coração dizia para ele levantar e fugir dali. Ir para cozinha, para Hermione. E ficar horas conversando com a garota. Ele amava conversar com ela.

Porém, seu estúpido cérebro falava que era impossível Pansy não ser a Garota Mascarada. Ela sabia da máscara e lhe explicou tudo direitinho. Mas ainda não era a mão de Pany que ele queria segurar sorrateiramente debaixo da mesa.

Draco resolveu seguir seu cérebro, e ficou sentado para o resto do jantar. Não falou nada. Apenas olhou para seu prato e brincou com a comida. Também não estava com fome. Além disso, largou a mão de Pansy, o que fez a garota ficar um pouco brava. Mas ele não estava ligando, só queria sair dali.

Quando todos já tinham acabado de jantar, e Draco achava que estava prestes a se livrar desta terrível noite, Georgia grita:

– Hermione! A sobremesa.

Hermione entra pela porta e começa a retirar a mesa. Draco tenta ajudá-la, mas seu pai o lança um olhar mortal. Indicando que era para ele continuar sentado.

A garota leva todo o resto da comida para dentro, juntos com os pratos sujos. Ao voltar para sala, ela trazia uma travessa de pudim em um braço e, em outro, um bolo todo refinado. Nem parecia um bolo.

Sem pensar, Geogia colocou o pé na frente de Hermione, que acabou tropeçando, fazendo o bolo refinado ir com toda força no rosto de Pansy. E o pudim, caiu no colo de Georgia.

Pansy gritou. E Georgia, pulou da cadeira, mas o estrago já tinha sido feito. Sua saia estava toda suja. E o rosto de Pansy estava pior. Não tinha uma parte que não estivesse coberta por glacê, chocolate ou cobertura. Elas iriam matar Hermione.

Mas Mione não se intimidou. Toda a vergonha e a raiva que ela sentira naquela noite, vieram para fora naquele momento. Hermione tirou um pano, que estava pendurado no bolso do seu uniforme, e disse:

– Ah, Pansy, me desculpa! Eu te ajudo a se limpar.

Hermione pegou o pano e esfregou na cara de Pansy, imediatamente retirando toda a maquiagem de sua irmã.

– Nossa, Pansy! – Hermione exclamou, fingindo espanto. – Você andou se metendo numa briga?

Draco sabia que deveria se sentir preocupado com Pansy, por causa de seu nariz roxo. Mas ele sentia vontade de rir. Finalmente, não estava entediado. Graças a Hermione.

– Numa briga, você sabe que eu não me envolvi! – Gritou Pansy. – Foi VOCÊ que me socou!

Hermione revirou os olhos. Pansy sempre, sempre, conseguia se fazer de coitada. Não contou toda a história para que todos se virassem contra Hermione, e isso estava claro para ela, Judith e Georgia.

Bufando, ela tacou o pano na mesa, em cima dos pedaços de bolo que caíram na mesa, e subiu correndo. Era ridículo. Pansy era ridícula.

– Pansy, acho que ela não... – tentou Draco, mas ela o cortou.

– Está a defendendo?!

– Não é isso, Pan, mas...

– Filho, acho que está na hora de ir – disse Narcisa.

Sem Hermione ali, o trabalho de levá-los até a porta foi para Judith. Assim que a garota fechou a porta, Lúcio começou a falar:

– Como essa Hermione ficou mal educada! Onde já se viu bater naquele jeito na irmã? E fazer todo aquele desastre?

– Não foi culpa dela... – tentou, mais uma vez Draco.

– Você devia estar defendendo sua namorada! – Ralou Lúcio.

Então Draco, de repente, não quis mais ficar no mesmo recinto de seu pai. Quanto mais no mesmo carro. Por isso, ele rapidamente inventou uma desculpa:

– Quer saber, pai? Você tem razão. Irei ficar aqui mais um pouco, para me desculpar com Pansy.

Lúcio deu um sorriso, orgulhoso da atitude do filho, e entrou no quarto. Não se importava em como ele iria voltar para casa, por Lúcio, Draco poderia até dormir ali. Ele só queria que Draco estivesse com a Pansy rica Parkinson.

O carro luxuoso dos Malfoy arrancou para longe dali, deixando Draco sozinho. O menino olhou para casa e viu tudo escuro. Já deviam ter ido dormir. Ele dá a volta, indo para a parte de trás da casa. Não iria sair andando pela rua tão tarde assim, seria assaltado, era melhor, sentar ali e ficar esperando o tempo passar.

Quando Draco chegou, ele viu uma piscina enorme. Tinham luxuosas espreguiçadeiras ao redor da piscina. Mas ele não se sentou ali. Um pouco mais afastado da piscina, tinha um banco para dois de madeira. Ele parecia extremamente confortável, e um pouco mais velho, comparado as outras coisas da casa.

Ao se sentar, Draco pegou um maço de cigarros do bolso e acendeu um.

Hermione estava no seu quarto desde o ocorrido, já tinha tomado banho e posto um pijama. Agora estava deitada na sua cama. Mas não conseguia dormir. Ela se lembrou, sorrindo, que nas noites mais geladas, como essa, ela e sua mãe saiam, sentavam no banco de madeira, com um chocolate quente e ficavam vendo as estrelas. Resolveu sair de casa.

Ela não pegou casaco, não planejava ficar muito tempo fora. E não estava tão frio assim. Hermione saiu de casa e se dirigiu ao banco de sua mãe. Mas ficou chocada ao ver Draco sentado nele.

– O que faz aqui? – Ela perguntou, se sentando ao lado dele e abraçando seu próprio corpo. Estava mais frio do que ela imaginava.

– O que você faz aqui sem casaco? Quer ficar doente, Mione? – Ele retirou o seu próprio casaco e colocou na menina.

Então eles ficaram um tempo assim, apenas completando à noite e às estrelas. Tinham muitas coisas para falar, na verdade, mas permaneceram calados. Até Hermione quebrar o silêncio:

– Você fuma?

– Só quando estou triste, estressado, sentimental, com raiva, frustrado... essas coisas – explicou Draco.

Os dois não se olhavam. Conversavam olhando para frente. Para noite, para a piscina, para as estrelas e para a lua.

– E isso funciona? – Perguntou Hermione.

– Não.

Mesmo com a resposta de Draco, Hermione tirou o cigarro da boca de Draco e botou na própria boca, tentando fumar. Mas ela começou a tossir desesperadamente.

– Vai com calma – disse Draco rindo. – Vem aqui, eu te mostro.

Draco botou Hermione de frente para ele e colocou o cigarro na boca dela.

– Vá em frente – Hermione inspirou. – Agora inspire de novo – Hermione fez. – E agora... solte – então Hermione abriu a boca e saiu fumaça dela. – Você me surpreende cada vez mais, senhorita Granger. Achei que fosse dizer que fumar fazia mal, e que eu não deveria fazer isso...

– Você disse que apenas fumava quando estava se sentindo... péssimo. Então, resolvi tentar. Mas qual o seu motivo de estar fumando? Como você está se sentindo? – Perguntou Hermione.

– Todas as emoções juntas, é uma opção?

– Talvez. Tente explicar melhor.

Draco dessa vez olhou para Hermione para falar, mas a garota continuou olhando para frente:

– Você já... se sentiu apaixonada pela pessoa errada? Por exemplo, você primeiramente acha que dessa vez, a pessoa seria O amor da sua vida. Mas, quando está com ela, não sente nada. Apenas vontade de fugir para ficar com outra pessoa?

– Não, nunca me senti assim. Não exatamente – respondeu Hermione, dessa vez olhando para Draco. – Eu já senti que, talvez, se eu tivesse me apaixonada por... essa pessoa em outra época, em outra vida teria dado certo.

Então eles voltaram a olhar para frente, Hermione pediu um cigarro para Draco, mas o menino se recusou a dar. Disse que não queria viciá-la, mas, de vez em quando, Hermione roubava um pouco o cigarro de Draco.

– Então... – disse Draco, depois de um tempo sem falar – você está apaixonada por alguém?

Hermione olhou para Draco e viu que ele lhe encarava. Ela olhou para os seus olhos azuis acinzentados e disse:

– Sim... Eu acho que sim.

– E quem é o cara de sorte?

– Ninguém.

Draco sentia ciúme de quem quer que seja o garoto que roubou o coração de Mione. Ele tentava adivinhar quem podia ser.

– Não me diga que é o Rony – disse Draco, desesperado.

– Não! Ele é só um amigo.

– Como eu sou só um amigo?

– É... mais ou menos.

E a conversa morreu de novo. Ficaram, mais uma vez, apenas fumando e olhando para a noite. Tinham muitas coisas para falar, mas aquele momento estava tão bom, que não queriam quebrá-los com perguntas incômodas. Mas algum dia elas precisariam ser feitas. E Draco foi o primeiro a fazê-las:

– O que foi aquilo tudo essa noite?

Hermione respirou fundo. Teria que inventar uma desculpa para isso.

– Não foi nada. Pansy queria que a noite fosse perfeita, por isso me obrigou a servir vocês.

– Você não parecia muito feliz com aquilo.

– É porque eu não estava.

– Então por que fez?

– É complicado...

Então eles caíram na monotonia do silêncio de novo. Ficaram quietos, até que Draco voltou a falar:

– Eu não acho que você bateu na Pasny. Acredito em você.

– Eu bati nela.

Draco a olhou confuso e surpreso por alguns segundos. Mas depois começou a rir. Nunca imaginou uma garota dando um soco forte daqueles! De uma menina, esperaria um tapa. Mas, como ele já havia dito, Hermione o surpreendia cada vez mais.

– Ela provocou! Pansy me deu um tapa, então eu dei um soco na cara dela – explicou Hermione.

– Foi bem feito!

Hermione olhou surpresa para Draco, afinal, apesar de tudo, Pansy continuava sendo namorada dele. Mas, depois, os dois começaram a rir. Então, depois de um tempo, conseguiram parar com as gargalhadas. A essa altura, os rostos deles estavam a centímetros um do outro.

– Eu não acho que eu esteja apaixonado por Pansy – sussurrou Draco, por causa da repentina proximidade. – Eu nem gosto dela, para falar a verdade. Eu acho que estou apaixonado por outra pessoa.

Então Draco acabou com a distância entre o rosto deles, dando um beijo de dar inveja a qualquer um. Hermione, imediatamente, correspondeu ao beijo. Era espetacular, exatamente como na noite do baile. E isso também não passou despercebido par Draco.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram tanto quanto eu?
Ele ficou um pouco maior que os outros, tem gente que acha isso bom, mas tem gente que acha ruim...
Eu estou demorando muito para postar recentemente, não é? Só posso pedir desculpas, ando muito desanimada recentemente...