Mas somente fechar os olhos não trazia Carly de volta. As coisas rodavam o tempo e sua rapidez.

Aquela tarde ocorreria mais um ultrassom de Carly para saber sobre o bebê. Não disse nada sobre isso, nem para Sam e Gibby, só não tinha forças para discutir que Carly e eu seriamos pais de uma maneira não comum.

Há uma semana não falava direito com Sam, para evitar seus interrogatórios e seus comentários sobre o estado de Carly e os Shay’s, dentro de mim sentia que não havia salvação para nós. Nenhum de nós.

Seja como for, eu fui verificar o velho estúdio e na velha caixa de mensagens do site. Só não espera ver aquilo.

Olá Freddie namorado, é a Carly aqui.

É estranho chamar de “querido”, mas tenho vontade de fazer.

Esse e-mail antes do baile é tão louco querido.

Só que senti que precisava escrever antes de termos nosso momento. Demorei a dizer sim, por medo, medo e medo.

Só que precisava ter certeza que leria isso, eu estou ansiosa esperando esse momento entre nós, onde ninguém mais importa, onde, nada que pensem faz diferença. Só que tenho medo de partir para escuridão...depois de dar o gosto do que nós podemos ser “unidos”.

Sinto que vou ter você e perder, deixa-lo, é existe uma angústia prévia de te abandonar. Só quero que saiba que seja lá pra onde eu for, desejo ter o nosso momento perfeito e que seja um bom jeito de admitir ...

Freddie Benson , desejei ser sua namorada mais do que é permitido, e você é, a) o cara mais gentil, b) paciente, c) respeitoso, d) companheiro. Saiba que Te amo cada pequeno instante mais...Obrigada por nunca ter desistido de mim, e por favor nunca desista... Se eu te deixar esperar por mim mais uma vez, e estou com medo do que está por vir, mas quero que prometa que vai esperar novamente, do seu amor. Carly.

...

Não encontrei muitas respostas dentro de mim naqueles dois meses, contudo, encontrei respostas naquele e-mail. Foi como suas mensagens no celular, dizendo que “precisava esperar por mim” e “Não posso evitar querer te encontrar todas as manhãs...”.

Soou para mim, apaixonado, agora parecia um apelo angustiado para que não a esquecesse.

Quando cheguei ao hospital e consegui sentir a emoção me tomar ao ouvir o coração do pequeno bebê que crescia dentro da minha namorada em coma. Uma parte de nós, e sim assumiria tudo que Carly quisesse como sempre fiz...

Amigo, companheiro e apaixonado por cada pequena coisa da garota da porta da frente. Esperaria paciente que Carly abrisse os olhos me visse ali esperando ela acordar.

– Ela está gravida não é? – Sam chegou de surpresa no quarto quando o médico saiu.

– Não sei como pensaram que esconderiam de você – Suspirei . Sam sorriu e abraçou Carly como sempre fazia.

– É minha melhor amiga, e sou um gênio ninguém passa Sam Puckett para trás...

– Claro – Consegui rir. – Quero que veja algo. – Entreguei o Celular para Sam.

– Nossa nem dá pra acreditar que ela te amava tanto seu bostinha – Sorri . Sam não mudava.

– Nem eu acredito...

– É bom que espere ela, por bem ou por mal.

– Não tenho escolha né? – Levantei e puxei a loira e nós abraçamos. – obrigado.

– De nada, – Sam sussurrou em resposta. – Será que ela vai ficar brava se eu comer esses biscoitos? Afinal ela tá dando uma de bela adormecida e comendo tudo por tubos...

– É do Coronel – Avisei sobre os biscoitos.

– Tanto faz, eu sinto inveja dela...- Apenas arqueia as sobrancelhas na expectativa de um comentário absurdo e aí vai.

– Carly , não precisa cansar mastigando para comer e ainda pode colocar umas 100 comidas diferentes batidas e obter um banquete...

– Você é a melhor amiga que uma garota em estado grave de coma pode querer...

– Ela ia querer que fosse assim, um cinismo de chocar os espectadores... - Sam bateu no meu ombro com soquinho. – Saca os mesmos, porém dando um suporte extra enquanto ela dorme.

– Sam, você vai me ajudar com o bebê?

– Sabe, sou uma pessoa muito boa, - Ela engoliu a gelatina do copinho em um sugar. – Vou ajudar até essa preguiçosa acordar!

– Obrigado! – Agradeci, não pelo “suporte”, mas por Sam fazer o certo, não dormir com Carly e como eu fazia, mas sim acreditar que dormindo ou acordada ela sempre seria o nossa base e precisávamos continuar sendo seus complementos sempre e pra tudo.

... 5 meses depois.

Próximo as férias de verão a Gravidez de Carly havia avançado, eu não esperava, porém os rumores desta gravidez avançarem proporcional a barriga que aumentava da minha namorada. E já no 6º para o 7º mês, uma bomba de rumor explodiu.

Tive de entrar pelas portas do fundo do Hospital. O Coronel precisou usar sua influência para tentar abafar o caso, só que a tentativa era infeliz a cada segundo.

Carly não acordava e nossa filha estava prestes a vir ao mundo. Uma garotinha que eu torcia para ter seu olhar doce e terno.

– Não sei o que fazer!– Spencer falou quando entrei no antigo quarto de Carly para entregar uma ultima sacola de roupas de bebê que mamãe comprará.

– Nem eu, sou o “pai” e estão me perseguindo até nos banheiros – Confessei desesperado.

– Não quero que minha sobrinha nasça e seja aberração do circo de Seattle!

– Já é querido! – Sam riu.

– O que podemos fazer? – Questionei para sabia Sam.

– Hu hu, simples, admitir e depois que virem e estudarem tudo como é, e ficarem especulando e falando, vão cansar.

– Eles sempre cansam. – Concordei vendo à luz no fim do túnel.

– Melhor cortar agora antes que o bebê nasça? – Spencer quis saber.

– Sim, deixe eles se fartarem agora e em 3 meses o bebê terá paz.

E foi a decisão, a gravidez de Carly o caso raro de coma. Iria para tela da tv do computador...mas uma vez o show da Carly.