Its Wrong To Love? escrita por headacheman


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Booooom pessoãs, aqui é a tiia Matsu e vim postar esta fic [leia-se: projeto de fic ¬¬"] a pedido da Kou, isso é um presentinho de dia das crianças para o ser. Isso só porque eu pedi o presentinho de aniversário. u3u"
Mas enfim, se tiver algum erro de digitação relevem, sim? Eu digitei a metade correndo 8D
Enfim, leiam :Dv



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            Era o primeiro dia das férias de verão, e um garotinho magrinho, de corpo esguio e cabelos claros, num tom de loiro mel, fitava o relógio meio impaciente. Ele estava na sala montando algum quebra-cabeça, o que já não estava tão interessante devido a sua ansiedade. Ficava encarando o relógio, chegando a acompanhar os ponteiros com os olhos. Já havia perguntado à mãe várias vezes se estavam chegando, mas se cansou após ouvir a mesma resposta.

            Ouviu-se então um barulho de motor de carro, o pequeno logo levantou e saiu correndo parar abrir a porta, passando na frente da mãe afobado. Ao abrir a mesma, correu apressado até o carro.

            - Vovó! – o menino gritou sorridente com os braços abertos, se jogando nos braços da jovem senhora.
            - Kou! Como você cresceu. – a mulher o abraçou carinhosamente, rindo da alegria do seu primeiro neto.
            - Vovó, cadê o tio... – antes mesmo de terminar ele escuta a porta do carro fechando, e seu sorriso se alargou ainda mais. – Yuu! – o loirinho se jogou nos braços do maior, que o abraçou apertado, com isso acabaram caindo no chão.

            O mesmo era Shiroyama Yuu, seu tio, irmão caçula da mãe de Kouyou. Yuu ou Aoi, como gostava de ser chamado, tinha apenas quinze anos, seus cabelos pretos e um pouco compridos, num corte repicado, contrastavam com sua pele tão clara quanto a de seu sobrinho, tinha também lábios fartos. O moreno adorava passar as férias na casa da irmã para pode ficar com o sobrinho. Amava ficar perto dele, fazendo todas as vontades de Kouyou, que tinha uma verdadeira adoração pelo tio. Mas dessa vez não seriam apenas férias, iria passar um tempo morando com a irmã, pois seus pais estavam passando por alguns problemas.

            - Kou-chan, é impressão minha ou você tá crescendo bem rápido? – Aoi perguntou apertando o pequeno carinhosamente entre os braços, com um sorriso largo nos lábios.
            - É, eu to ficando grande. – o menor levantou vendo o outro se sentar, ainda com a mochila que trazia nas costas. – Já tenho sete anos, vou ficar bem grandão, maior do que você, Yuu-chan.
            - É mesmo? – o moreno logo se levantou, pegando Kouyou nos braços, o garoto estava crescendo, mas não deixaria de mimá-lo.
            - Hai, e também vou ficar bem bonito, que nem você. – Aoi riu com o que o menor disse, então entrou na casa de sua irmã, onde a mesma e sua mãe já estavam. – Você vai brincar comigo, nee Yuu-chan?
            - Claro, vou fazer o que você quiser Kou-chan. – o maior sorriu e recebeu um beijo no rosto do outro, que corou levemente.

            Logo foram para o quarto de Kouyou, onde Yuu deixou suas coisas e então seguiram para a cozinha, onde sua irmã havia preparado um lanche para os dois. Ambos conversavam animados enquanto comiam, Kouyou contava o que acontecia na escola onde estudava, o garoto tinha apenas sete anos, mas era bem inteligente para sua idade.

            - Yuu-chan, você disse que ia brincar comigo... – o mais novo falou após terminar o lanche, fazendo um biquinho.
            - Eu disse? – o outro disse sorrindo de canto, vendo o menor inflar as bochechas e aumentar o bico.
            - Hai, e não adianta me enrolar. – Kouyou cruzou os braços e virou o rosto irritado. O moreno riu baixo e se levantou, parando ao lado do outro.
            - Você sabe que eu sempre brinco com você, nee? – o maior morde a bochecha do pequeno levemente, fazendo-o rir um pouco. – Vem. – Aoi se vira e o outro logo pula em suas costas, rindo abertamente quando o mais velho começa a correr, indo para o quintal.

            Passaram a tarde brincando, o moreno sempre fazendo todas as vontades do outro. Um bom tempo depois, a mãe do menor chamou os dois, que logo entraram e foram direto para o banheiro, como a mulher mandou. Ao entrarem Aoi já tirava sua camisa exibindo assim seu corpo magro, porém com seus músculos levemente definidos. Atraiu assim o olhar do pequeno, ele percorreu o corpo do mais velho observando-o, corando em seguida e abaixando um pouco o rosto quando os olhos do tio encontraram os seus. O maior reparou que o mais novo o olhava de forma diferente, então se abaixou na frente do mesmo.

            - O que houve Kou-chan? – ele perguntou levando a mão ao queixo do outro, levantando assim o rosto do mesmo.
            - Você é tão... Bonito, nee... – o pequeno disse olhando-o envergonhado, com o rosto extremamente. Ao escutar o que Kouyou disse, o moreno sorriu achando-o ainda mais adorável.
            - Você também é lindo Kou-chan. E vai ficar ainda mais bonito quando tiver meu tamanho. – Kouyou sorriu largo mostrando seus dentinhos pequenos e infantis, acenando a cabeça positivamente. – Agora vamos tomar banho. – o maior sorriu, beijando o rosto do sobrinho.

            Aoi ajuda o pequeno a se despira, e então os dois tomam banho, com Kouyou fazendo uma pequena bagunça, jogando água no maior. Após muitas risadas e brincadeiras, eles saem e vão se vestir, logo já haviam descido para jantarem. Durante o jantar, Aoi estava um tanto pensativo, lembrando de como o sobrinho tinha o olhado. Decidiu afastar os pensamentos, devia ter sido só impressão. Depois do jantar voltaram para o quarto, pois Kouyou queria assistir. Os dois deitaram na cama do menor, e ficaram assistindo TV, Aoi estava deitado na cama e Kouyou ao seu lado com a cabeça deitada no peito do maior. Após algum tempo assistindo, o menor sentou-se de frente para o outro, o fitando.

            - Yuu-chan, por que as pessoas se beijam... Na boca? – Aoi arregalou um pouco os olhos ao escutar a pergunta do menor, que corou um pouco.
            - Bom, as pessoas se beijam porque namoram e se amam. – ele respondeu calmo, porém receoso. Logo depois se assusta ao sentir seus lábios serem pressionados pelos de Kouyou de forma desajeitada, num selinho inocente, que após alguns segundos foi encerrado pelo mesmo que estava totalmente corado. – Por que fez isso Kou?
            - Porque eu amo você Yuu-chan. – o mais novo disse envergonhado. Aoi sorriu meio bobo com o jeito do outro, também um pouco corado.
            - Eu também amo você Kou. – ao dizer isso o menor o abraçou forte sorrindo largamente.
            - Agora somos namorados, nee Yuu-chan? – Kouyou perguntou de forma inocente.
            - Namorados? – o mais velho se afastou um pouco, olhando o outro, espantado.
            - Sim. Por quê? Você não quer namorar comigo? – o pequeno franziu o cenho, numa expressão triste. – Você não me ama?
            - É claro que eu amo você Kou-chan. – Yuu abraçou o menor carinhosamente, odiava ver seu pequeno triste.
            - Então por que não quer namorar comigo? – o loirinho disse com a voz abafada, ainda triste. Aoi ponderou um pouco sobre o que responder, não queria ver seu sobrinho triste.
            - Desculpa meu pequeno. – ele olhou o menor, e selou seus lábios aos do outro por poucos segundos. – Pronto, somos namorados, certo?
            - Certo. – o menor sorriu radiante, deu um último selinho no tio e voltou a deitar a cabeça no tórax do maior.

            Os dois voltaram a assistir, com Aoi acariciando os cabelos do sobrinho. O moreno acabou se distraindo, pensando sobre o que havia acontecido. Há algum tempo ele percebeu que talvez sentisse algo a mais pelo sobrinho, mas quis tirar isso da cabeça, pois sabia que era errado. Só que esses pensamentos voltaram depois da atitude do menor. Um sorriso surgiu em seus lábios ao lembrar-se do que Kouyou disse, sentindo-se aquecido por dentro. Aoi olhou o outro que já estava adormecido, então ajeitou o pequeno na cama, desligou a televisão e se deitou ao lado do sobrinho. Ficou olhando o menor, acariciando o rosto do mesmo levemente. O mais novo se aproximou, aconchegando-se ao corpo do outro, os dois logo adormeceram.

            O dia seguinte se passou tranqüilo, Aoi chegou a pensar que o outro esqueceria a história. Mas havia se enganado, Kouyou estava ainda mais carinhoso, mas ficava sempre com o rosto corado quando trocavam selinhos inocentes. O menor era mesmo inocente, mas também era inteligente, e apenas demonstrava o amor que sentia pelo tio, agora também seu namorado. Yuu achava o jeito do menor ainda mais adorável, não desgrudando do mesmo um minuto, o que deixava o pequeno ainda mais feliz.

            Com o passar dos dias, o que o mais velho sentia acabou ficando ainda mais forte. Os dois estavam ainda mais próximos, fazendo praticamente tudo juntos. O moreno já via o sobrinho com outros olhos, sentia-se ainda mais atraído pelo menor. Em sua cabeça também se sentia confuso, havia confirmado suas suspeitas de que estava apaixonado pelo próprio sobrinho, e sabia muito bem que isso estava ainda mais errado. Mas não conseguiu evitar, não conseguiu pensar nesse namoro com algo infantil e passageiro, acabou levando tudo a sério demais. É possível que com o passar do tempo Kouyou esqueça essa história, e quando estiver mais velho nem lembre mesmo que isso tudo aconteceu.

            Ao cogitar a possibilidade de ser esquecido pelo sobrinho, Yuu sentiu um aperto no peito, sabendo o quanto seria doloroso se isso acontecesse. Talvez o melhor jeito de não passar por isso futuramente seria se afastar do pequeno, enquanto tudo estava apenas começando. Não seria melhor para ele, mas seria para Kouyou, que logo lhe esqueceria.

            Nesse mesmo dia o moreno decidiu, iria arrumar suas coisas, aproveitando que o menor havia saído com a mãe. Claro que isso a muito custo, pois o mesmo queria ficar em casa com o tio, mas Yuu conseguiu convencê-lo a ir passear um pouco. Assim que os dois saíram o mais pensou, decidindo que iria voltar pra casa no dia seguinte, não importava como a situação entre seus pais estaria lá, e conversaria com o pequeno quando ele chegasse.

            Após alguns minutos, já estava deitado no gramado do quintal da casa, com a cabeça apoiada sobre um dos braços e os olhos fechados, distraído, ainda perdido em pensamentos. Kouyou chegou com sua mãe e entrou em casa correndo, indo direto para o seu quarto à procura do tio. Como não o encontrou lá, foi procurá-lo pela casa, indo então até o quintal, encontrando o mesmo deitado. Um sorriso largo surgiu nos lábios do mais novo, que olhou para a mão vendo o que tinha comprado para o moreno e guardou-o no bolso. Correu até o maior silenciosamente e se ajoelhou ao lado do mesmo, inclinando-se e depositando um leve beijo nos lábios fartos do mais velho, que apenas sorriu já sabendo quem era.

            - Eu trouxe uma coisa pra você Yuu-chan. – Kouyou falou sorridente, vendo o maior se sentar.
            - O que é? – o moreno perguntou curioso, arqueando uma sobrancelha, fitando o outro.
            - Você vai ter que fechar os olhos.
            - Pra quê?
            - Vai Yuu, fecha os olhos. – o pequeno cruzou os braços e fez bico, fazendo o outro rir um pouco.
            - Ok, tá bom. – Aoi logo fechou os olhos, o menor então pegou uma de suas mãos e colocou o que havia comprado na mesma.
            - Pode abrir os olhos Yuu-chan. – em seguida o moreno abriu os olhos e olhou para sua mão, onde havia uma pulseira preta com uma medalhinha, na mesma tinha o no nome do mais novo gravado. O mais velho sorriu de forma boba, Kouyou apenas o fitava ansioso. – Você gostou Yuu?
            - Claro que eu gostei Kou-chan. – o maior puxou o outro para um abraço apertado. – Gostei muito...
            - É pra você não se esquecer de mim, nee... – o pequeno disse já com o rosto corado, e então recebeu um beijo carinhoso na bochecha. O moreno colocou a pulseira no braço, mas então se lembrou do que tinha para falar com o sobrinho, seu sorriso logo desapareceu.
            - Kou-chan, nós precisamos conversar. – Aoi olhou o garoto seriamente.
            - Sobre o quê Yuu-chan?
            - Meninos! – antes que Aoi continuasse, sua irmã chamou-os parada na porta. – Venham, preparei um lanche para vocês. – ela sorriu e entrou em seguida.
            - Vamos Yuu. – Kouyou levantou puxando a mãos do mais velho, que também ficou de pé. Depois conversaria com o sobrinho, iria aproveitar esse tempo com ele.

            Os dois foram lanchar, a mãe do menor havia preparado sanduíches para ambos, na mesa também havia bolo e biscoitos. Tio e sobrinho aproveitaram tudo, sempre brincando ou trocando gestos carinhosos. Logo após os dois foram para o quarto jogar vídeo-game, coisa que eles adoravam. Já havia anoitecido quando foram tomar banho, indo jantar logo depois.

            Após o jantar, Yuu e o pequeno voltaram para o quarto, agora o moreno iria conversar com ele. Temia a reação do sobrinho e também sabia que se sentiria ainda pior com isso, mas seria melhor para o bem de Kouyou, tinha medo de que algo pior viesse a acontecer. O maior sentou-se na cama, com o outro de frente para si.

            - Yuu-chan, você tá sério. – Kouyou disse olhando o outro fixamente, como se o analisasse. – Você quer falar o quê comigo?
            - Eer... Kou-chan, é que... – o moreno olhou o pequeno, que ainda o fitava curioso, e abaixou a cabeça suspirando pesadamente. – Eu vou embora Kou.
            - Embora? Como assim ir embora Yuu-chan? – o menor arregalou os olhos assustado, sentindo os mesmos arderem.
            - Eu decidi voltar pra casa.
            - Mas por quê? Eu fiz alguma coisa errada? – Kouyou já estava com os olhos marejados, lágrimas ameaçando escaparem.
            - Não, você não fez nada de errado Kou-chan. – Aoi tratou logo de explicar, sentindo um aperto no peito ao ver o outro quase chorando. – A culpa é minha...
            - Mas nós estamos namorando, nee Yuu? – as lágrimas já desciam livremente pelo rosto do menor, que passava a mão nas bochechas tentando secá-las.
            - Vamos ter que terminar...
            - É por causa da pulseira? Você não gostou?
            - Kou, eu gostei muito da pulseira. Isso não tem nada haver com você.
            - Então... Você não me ama? – Kouyou perguntou num fio de voz, abaixando a cabeça.
            - Kou-chan... – o moreno abraçou o menor apertado, o mesmo deitou a cabeça em seu ombro, chorando baixo. – Eu amo você Kou, amo muito... E é por isso que eu vou embora. – a última parte, Yuu falou baixinho.
            - Eu não entendo... Eu não quero que você vá embora Yuu... – o loirinho disse chorando, o maior afagava seus cabelos carinhosamente.
            - Me perdoa Kou-chan. – os olhos do moreno já ardiam, faltando muito pouco para que finalmente suas lágrimas descessem.
            - Você não me Yuu-chan... – o loirinho se desvencilhou dos braços do maior de maneira brusca, afastando-se dele. – Você tá mentindo pra mim.
            - Kou, não diz isso, por favor. – lágrimas quentes desceram pelo rosto de Aoi ao ver o menor recusar seu abraço, encolhendo-se.
            - Eu não quero mais falar com você. – Kouyou levantou e saiu correndo do quarto, indo em direção à sala. Ao chegar à mesma sentou-se num espaço que havia entre a poltrona e a parede.

            Kouyou ficou ali encolhido, abraçado as próprias pernas, chorando baixinho, com medo de fazer qualquer barulho, pois sua mãe já devia estar deitada. Sentia uma forte dor no coração, como se lhe arrancassem um pedaço do mesmo. Nunca havia sentido isso, amava demais o tio para deixá-lo ir embora.

            Depois que o menor saiu do quarto, Aoi ficou ali sem reação alguma, pensou em dar um tempo para o pequeno aceitar a situação. Realmente não queria que isso acontecesse, queria ficar em casa com o seu pequeno até quando o mesmo ficasse maior e pudesse morar com ele. Será que ele conseguiria esperar? Será que conseguiria se conter perto do sobrinho? Perguntas como essas o deixavam confuso, e ao lembra-se do outro chorando, suas lágrimas voltavam.

            Poucos minutos se passaram, quando o moreno saiu do quarto à procura de Kouyou. Foi até a sala procurando o menor por todos os lados, até que o encontrou encolhido, já estava adormecido. Aoi sorriu ao vê-lo, soltando um suspiro de alívio, logo foi até ele pegando-o no colo com cuidado para não acordá-lo. Voltou para o quarto e colocou-o calmamente na cama, deitando-se ao lado do mesmo. Ficou olhando o loirinho, acariciando os cabelos claros dele levemente, temendo acordá-lo, observando o pequeno dormir tranquilo. O rosto do mais novo ainda estava um pouco úmido, com rastros de lágrimas e as bochechas levemente avermelhadas.

            Observando o menor dormir, Yuu se perdeu em pensamentos. Já estava pensando seriamente em desistir da ideia de ir embora. Sempre quis ficar mais perto do loirinho, muito mais do que já ficava, e agora que tinha a oportunidade não poderia ir assim. Claro que tinha um lado negativo nisso tudo, pois era oito anos mais velho do que o outro e pelo fato de também ser tio do mesmo, mas o que sentia por ele era mais forte e com certeza não iria desistir de Kouyou.

            Ainda estava meio inerte quando sentiu uma mãozinha agarrar sua camiseta. Olhou para o lado e viu Kouyou se aconchegando mais em seu corpo, com o cenho um pouco franzido, abrindo os olhos devagar.

            - Não vai embora Yuu... Por favor... – o menor murmurou ainda sonolento. Ao escutar o que o pequeno disse, Aoi abraçou-o carinhosamente, afagando seus cabelos.
            - Eu não vou embora Kou. – sussurrou beijando a testa do outro levemente. – Eu vou ficar aqui, com você. – o moreno sorriu, apertando-o entre seus braços. O pequeno fitou o mais velho, um sorriso largo iluminando seu rosto.
            - Mesmo Yuu? – o menor sentou-se, virado de frente para o outro, fitando-o.
            - Mesmo... Eu não vou te deixar pequeno. – Aoi sorriu largo contagiado pelo o menor. O mesmo se jogou nos braços do moreno, abraçando-o forte.
            - Eu te amo Yuu-chan. – o pequeno falou baixinho, colocando seus braços em volta do pescoço do outro, sentando-se em seu colo.
            - Eu também te amo Kou. – o moreno sorriu meio bobo com o outro, quando o mesmo colou os lábios aos seus.

            O maior apertou-o carinhosamente, se surpreendendo quando sentiu o toque leve da língua do mais novo em seus lábios, sentindo-o meio receoso. Sorriu de canto levando uma mão ao rosto do menor, acariciando-o, entreabrindo os lábios e alcançando os do outro com a língua, meio temeroso por ser a primeira vez que tinha esse contato, que o beijava de verdade, ainda mais pela a atitude ter partido do pequeno. Tinha medo de acabar assustando o seu loirinho.

            Sentiu a língua do outro deslizar pela sua de forma tímida, deixando o menor ditar o ritmo do beijo. Kouyou estava com o rosto extremamente corado, não sabia muito bem o que fazer. Tinha visto um casal de namorados fazer o mesmo em um filme que havia assistido e achou que pudesse fazer o mesmo, só não sabia como. Mas ao sentir o moreno entrelaçar a língua a sua, decidiu segui-lo.

            Assim o beijo começou lento e meio sem jeito da parte do mais novo. O mesmo passou a acariciar a nuca do maior, que se arrepiou um pouco com o toque leve dos dedos. Aoi apertou-o de forma carinhosa, beijando-o calmamente, com receio para não acabar fazendo o outro se afastar. O moreno inverteu as posições, ficando assim sobre o outro, ainda o beijando. Suas mãos adentraram a camiseta do menor, acariciando a cintura do mesmo, sentindo-o se arrepiar sob seu toque.

            Afastou-se minimamente fitando o loirinho, que ofegava baixinho, arrastou então os lábios pelo rosto dele até o pescoço, passando a distribuir beijos pelo mesmo. Sentiu as mãos de Kouyou em seus cabelos, enroscando os dedos nos mesmos numa carícia leve. Começou então a levantar a camiseta do pequeno, tirando-a devagar, acariciando a pele descoberta. O moreno se afastou um pouco, também tirando a própria camisa, vendo o menor corar ao olhar seu corpo. Abraçou o mesmo aproveitando o contato e o calor dos corpos, o que o fez sentir uma fisgada em seu baixo-ventre, mas estava se controlando. Seus toques eram calmos e carinhosos, pois não queria assustar o seu pequeno, queria apenas demonstrar o amor que sentia. E iria fazer isso o tornando seu, apenas seu.

 

            Era um pouco tarde, os raios de sol já adentravam o quarto, batendo contra o rosto do moreno que ainda dormia. Kouyou estava acordado há pouco tempo, com a cabeça apoiada sobre o tórax do maior, fitando o rosto do mesmo com um sorriso tímido nos lábios. Só em lembrar-se do que havia acontecido na noite anterior, sentia seu rosto esquentar, mas estava feliz. Yuu abriu os olhos devagar, piscando-os um pouco, se acostumando com a claridade que fazia no quarto. Ao olhar para o lado, viu seu pequeno sorrindo, e acabou sorrindo de um jeito abobado.

            - Bom dia Yuu-chan. – Kouyou disse alargando o sorriso, franzindo assim o nariz, ficando ainda mais adorável.
            - Bom dia Kou-chan. – o mais velho levou uma mão até os cabelos do menor, acariciando-os.
            - Já sei o que vamos fazer hoje Yuu. – o pequeno falou, sorrindo divertido.
            - Mas tão cedo? – Aoi riu um pouco, fitando o outro. – E o que vamos fazer, hum?
            - Nós vamos passear e você vai comprar sorvete pra mim.
            - Sorvete?
            - Sim, você promete. – o pequeno fez um bico birrento, olhando-o de canto.
            - Sei, espertinho. – o moreno riu, beijando o bico do menor. – Mas agora vamos levantar.
            - Ah, não Yuu-chan. – Kouyou se deitou ao lado do maior, se agarrando ao travesseiro, falando manhoso. – Preguiça.
            - Nada disso Kou. – o mais velho se levantou e pegou o menor nos braços. – Vem meu preguiçoso. – e rindo foram ao banheiro fazer a higiene pessoal, para logo em seguida irem tomar o café da manhã.

            Após o mesmo, a mãe de Kouyou teve que sair e avisou que só voltaria à noite, mas havia deixado o almoço pronto para os dois. Os mesmos passaram a manhã jogando vídeo-game, com Yuu sendo derrotado todas às vezes pelo mais novo, que comemorava zombando do maior. Algumas horas mais tarde almoçaram, e depois foram assistir algum filme a pedido do menor. Ficaram assistindo abraçados, trocando carícias inocentes. Kouyou adorava sentir as carícias do maior em seus cabelos, nem assistia mais o filme, estava com os olhos fechados, chegando a ronronar com o carinho que recebia. O maior o olhava com um sorriso nos lábios que não queria desaparecer, acariciava os cabelos claros do menor com uma mão, enquanto a outra passeava pelas costas do mesmo. Agora tinha certeza que queria ficar assim, perto do seu pequeno sempre, não conseguiria mais ficar longe de Kouyou. Seus pensamentos foram interrompidos pela voz do mesmo.

            - Yuu-chan, você tem um apelido nee? – o mais novo perguntou, levantando o rosto e fitando o maior.
            - Sim. Por que anjo? – o moreno o olhou sorrindo.
            - Eu também quero um apelido.
            - Hum... – Aoi olhou o menor, ficando meio pensativo e sério. O loirinho estranhou o outro lhe encarando e piscou os olhos, um tanto confuso.
            - O que foi Yuu-chan?
            - Que tal Uruha?
            - Uruha? – o mais novo fez um biquinho, pensando no apelido, mas acabou abrindo um sorriso largo. – Eu gostei.
            - Então agora você também tem um apelido, meu Uru-chan. – Aoi sorriu e depositou um beijo nos lábios bem desenhados do menor, que se aconchegou mais em seu corpo, sorrindo largamente.
            - Eu amo você Aoi-chan. – Uruha falou baixo, suspirando em seguida.
            - Eu também te amo Uru. – o moreno beijou o topo da cabeça do outro, o apertando carinhosamente.
            - Aoi-chan... Você não vai me deixar, nee?
            - Nunca... Vou ficar com você pra sempre. – o maior sorriu abobado, acariciando o outro.
            - Mas por que você disse ontem que ia embora?
            - O que eu disse não importa mais. Esqueça isso ok?
            - Ok, nee... Mas eu não me esqueci do sorvete que você prometeu. – Kouyou sorriu divertido, levantando-se e puxando a mão do moreno.
            - Tá bom. Vamos tomar sorvete. – Aoi riu e levantou junto, acompanhando o menor.

            Para o moreno não importava mais se esse namoro era errado ou não, não importava mais se era tio de Kouyou, e sabia muito bem dos problemas futuros que iria enfrentar. Mas passaria por cima de tudo pelo seu pequeno, pois o amava demais. Afinal, é errado amar?

 

            Fim.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Eu sei que não mereço, mas... Reviews? ;-;'