QUINN

Ai que vontade de matar aquela morena gostosa, meu deus a que ponto cheguei? Nem consigo xingar ela mais! O que ela fez comigo passou dos limites, ta eu deveria ter me segurado, mas como é possível fazer isso com a Vivian tirando toda a minha roupa?

Agora eu estava na solitária, terminando de me vestir e com muita raiva, mas se é assim que ela quer jogar todo bem.

VIVIAN

Eu estava indo em direção à cela quando me deparei com um loirinho me fuzilando com o olhar.

–Por que vocês me deixaram sozinho?

–É por que eu e a sua mamãe tínhamos que conversar.

–E cadê ela? (ele perguntou com um olhar desconfiado)

–Ela esta muito estressada, não sei onde ela esta.

–O que a mamãe disse, eu não entendi direito (nossa essa era a primeira vez que eu ouvi esse pequeno dizendo que não entendeu).

–Ela disse umas coisas que não eram nem pra você ter escutado.

–Não me vem com essa, fala logo que eu to curioso! (já vi que eu teria que explicar uma coisa que nem eu sei direito)

–O que você não entendeu?

–Tudo o que ela falou praticamente, na verdade mal escutei, ela disse muito rápido, mais eu entendi ela dizer alguma coisa sobre amor, beijo e namoro (ele disse confuso).

–Am... Ta me deixa ver, quando duas pessoas se gostam elas começam a namorar e são comum elas se beijarem, para demostrar carinho (ta até ai eu não estava indo tão mal)

–E o que é o amor (vishi fudeu)

–É... Acho que cada um tem a sua definição própria do amor.

– E qual é a sua (nessa hora eu olhei para ele, o que eu poderia dizer? Procurei palavras verdadeiras para responder essa pergunta difícil).

–Eu acho que o amor é quando você gosta tanto de uma pessoa que faria tudo por ela sem pensar duas vezes e quando você não consegue passar um segundo longe por que você só se sente bem quando ela esta ao seu lado, tipo a sua mãe, ela te ama. (ok momento triste aqui, vamos todos chorar em comunidade).

–A entendi, eu também amo a minha mãe, mais não como você tia vi.

–Como?

–Eu já sabia sobre todo esse negocio de amor tia, eu só queria ver se você sabia que a amor que eu sinto e diferente do amor que você sente pela minha mãe (ele disse me abraçando).

As palavras do pequeno me fizeram congelar, como assim ele já sabia de tudo e estava me testando? Esse garoto não é normal! Eu na o sei se eu AMO a loira, sempre achei essa palavra muito forte e depois da morte da Jessica eu jurei para mim mesma que NUNCA diria isso para alguém novamente, mas por outro lado o que sinto pela loira não e um simples desejo, droga o que eu faço?

QUINN

Matei um tempo conversando com o PJ e depois fui para a cela e me deparai com uma cena bem estranha, o PJ estava abraçado a Vivian, ela parecia estar enfrentando uma guerra em sua própria cabeça, nem me viu chegar!

– Vivian? (perguntei balançando a mão em frente ao seu rosto para que ela me notasse)

–am?, Oi, o que foi?

– nada só você que estava ai mongando!

–eu não estava mongando, eu estava pensando.

–pensando no que tão distraidamente?

Não deu tempo de ela responder, pois PJ abriu a cela nos chamando para o almoço.

–mas e o tay? (Vivian perguntou)

– eu cuido dele (o policial respondeu)

– tem certeza? (eu perguntei)

– claro são só uma hora, eu posso me virar. Bom, cofiando em PJ eu e a Vivian fomos para o refeitório, entramos, separadamente, é claro, e fazemos a mesma rotina eu me sento com a Dani e a zoey e a Vivian deita em uma mesa com seus livros, não comia nada nem falava nada que não fosse necessário.

VIVIAN

Eu estava deitada como de costume, comecei a ler um dos livros que eu trouce, aqui poderia ser muito chato às vezes só venho para garantir que essas loucas não tentem nada. Passaram-se uns vinte minutos e eu comecei a ouvir gritos e passos na direção do refeitório, era o pequeno e um PJ cansado e bravo, eles estavam um pouco longe ainda do corredor do refeitório, só consegui escutar por que sou uma vampira.

Eu acho que o PJ não vai dar conta de cuidar do pequeno e minhas suspeitas foram comprovadas quando a figurinha loira apareceu na porta do refeitório.

Evidentemente todos olharam, não é uma coisa comum ver crianças da idade de tayler por aqui, atrás dele chegou o descuidado do PJ super ofegante.

O coração de Quinn parecia que iria saltar do peito, eu já estava mais calma, não tinham como associar o tay a ela, bom até agora.

– desculpem a mãe dele esta muito ocupada hoje, por isso ele esta aqui (disse PJ tentando explicar).

Nem todos pareciam entender mais quem questionaria um policial? Ainda mais ele sendo o PJ que todos sabem que é o único que se entende comigo.

– vamos você não pode ficar aqui (disse PJ para o Tay)

– NÃO, eu quero ficar.

–aqui é só para as presidiarias.

– o que e presidiarias?

O loirinho iria ficar sem resposta, se ele soubesse isso iria fazer mais um monte de perguntas tipo o que a mãe dele estava fazendo aqui e coisas do gênero.

O tay estava sendo visto como filho do PJ e já que todos sabem que ele é meu amigo não haveria problema nenhum eu intervir não é?

–deixa o garoto ficar (disse e todos ate o PJ me olharam surpresos)

–tem certeza (ele me perguntou)

– tenho, se você insistir ele pode querer a mãe (disse e PJ se tocou).

Se descobrirem que a Quinn é a mãe dele o PJ provavelmente iria perder o emprego e tirariam o tay da Quinn então se esse garotinho for esperto mesmo ele não levantara suspeitas.

– eba (tay comemorou)

– então ta (disse PJ saindo)

As presidiarias ainda me olhavam surpresas menos as três chatas, elas estavam gritando VOCE É MALUCA? Com o olhar.

Eu ri da cara delas e tay percebeu, eu ainda estava deitada com o livro sobre minha barriga, tay subiu na mesa, pegou um dos meus livros e fingiu ler, só que o livro estava de ponta cabeça, vou admitir, foi fofo.

– tia vi ta rindo de que? (ele perguntou)

– de você, e sua habilidade de ter um ano e já saber ler tão bem que consegue fazer isso de ponta cabeça (disse arrumando o livro dele).

– é mesmo, sou um gênio (disse ele todo convencido o que me fez rir mais).

Só que ninguém ali estava acostumado a me ver rir, e eu estava gargalhando com as coisas que o pequeno falava, tanto que rolei da mesa e cai no chão!

Todos queriam rir, mas não se atreverão ao contrario de tay que ria alto e em bom som, e para melhorar a apresentação dos palhaços, por que era isso que estava parecendo, ele pulou da mesa caindo em cima de mim!

– deus vou morrer (brinquei)

– vai nada, você e muito gorda, se me aguenta (ele respondeu).

– a seu moleque (disse e comecei a fazer cosigas nele)

Agora todos já estavam rindo e eu nem ligava, eu ria junto, é surpreendente como a simples presença do tay pode deixar tudo mais engraçado!

Acalmamo-nos um pouco e sentamo-nos à mesa, ele se aproximou como quem queria contar um segredo de estado.

– por que você sempre senta sozinha ao invés de sentar com a minha mãe?

– eu não posso sentar lá tay.

– por quê?

– por que isso seria uma fraqueza.

– não entendo.

– nem todas as pessoas que vivem aqui são boas, elas poderiam tentar me machucar machucando a Quinn ou ate mesmo você, entendeu?

– por que elas querem te machucar?

– por ganancia tay.

– tia, você esta sendo sincera comigo? É só esse o motivo?

Eu não respondi

– tia vi, eu percebo que você acha muito reconfortante estar longe das pessoas, e isso me preocupa. Você não deveria achar a solidão tão acolhedora. (ele disse de um jeito meigo)

Eu fiquei besta com o que ele havia dito, esse garoto parece uma criança uma hora e na outra um adulto!

QUINN

A Vivian estava se matando de rir com o meu loirinho, e não era só ela, ta eu fiquei com medo quando o vi entrar aqui, mais afinal acho que nada pode dar errado, elas acham que o tay e filho da Vivian com o PJ! Ta tudo bem, nos meus primeiros dias aqui eu também achei que eles tinham um caso, mas filhos são demais!